Capitulo 4

 Voltamos para o quarto do Mestre em silêncio.

 Meu estômago ainda estava estranho com o que aconteceu, e meus nervos também não estavam se acalmando.

 Quando nos deparamos com a porta do Mestre, vi uma caixa de tecido em frente a ela.

 O Mestre colocou a ponta da minha coleira entre os dentes antes de levantar a caixa e abrir a porta.

 Ele chutou a porta assim que entrei.

 Minha coleira caiu no chão enquanto ele caminhava até sua mesa, colocando a caixa no chão com um suspiro.

 Fiquei parada, observando-o enquanto ele abria a caixa.

 — Khloé.

 Levantei-me mais ereta ao som do meu nome.

 — Sim? - minha voz calma respondeu.

 O Mestre tirou um pequeno recipiente cilíndrico da caixa, examinando o rótulo.

— Venha aqui. - ele disse sem rodeios.

 Deixei escapar um longo suspiro de preparação antes de fazer meu caminho lentamente em direção a ele.

 Ele continuou olhando para o recipiente antes de colocá-lo na mesa, mudando sua atenção para mim.

 Prendi a respiração enquanto ele tirava meu colarinho, colocando-o sobre a mesa também.

 — Tire sua camisa e vire-se. - ele ordenou, pegando o pequeno contêiner.

 Meu rosto corou.

 — O que? - soltei, instantaneamente me arrependendo.

 Acabei de responder ao meu Mestre!

 Se ele não planejava beber de mim esta noite, bem, eu apenas dei a ele uma boa razão para mudar de ideia.

 Seus olhos encontraram os meus por um segundo, me fazendo dar um passo para trás.

 — Eu preciso colocar essas coisas nas suas costas se você quiser curar em breve. - ele disse claramente, voltando os olhos para o recipiente.

 Eu apenas o encarei, olhos arregalados em confusão enquanto eu liberava a tensão em meus ombros.

 Seus olhos se voltaram para os meus uma segunda vez, desta vez me fazendo obedecer.

 Virei as costas para ele antes de levantar lentamente minha camisa sobre minha cabeça, mordendo meu lábio em um ato para esconder a dor.

 Um pequeno estalo veio do contêiner atrás de mim quando o Mestre se ajoelhou.

 Ele estava apenas olhando para mim, seus olhos examinando minhas costas enquanto eles se enrugam.

 Ficou tão ruim assim?

 — Isso também. - disse ele, puxando as alças do meu sutiã.

 Meus lábios formaram uma linha fina.

 Suspirei, sabendo que não poderia realmente desobedecê-lo e que teria que tirá-lo se quisesse que minhas costas se sentissem melhor.

 Então eu fiz, firmemente soltando os ganchos e deslizando o tecido para fora de mim, deixando minha camisa cair sobre meus braços para cobrir meu peito.

 Alguns segundos se passaram e o Mestre ainda não se moveu.

 Virei a cabeça para vê-lo ainda olhando por cima das minhas costas como se estivesse tentando descobrir alguma coisa.

 — Mas…Nico? - eu disse, tentando descobrir o que ele estava fazendo.

 — Quantos? - sua voz estava mais baixa que o normal.

 Acho que ele estava tentando contar os cílios.

 Meus olhos olharam para o chão, procurando a resposta.

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