Capítulo 2 - Decisão Tomada

Ngozi sabe que alguém corre perigo por um ato imprudência de Talib.

Malik ouviu aquela conversa se pode se pronunciar. Ele era um grande amigo do rei. E por causa dele corria perigo.

Quando Talib chegou, por pouco Madzimoyo não perdeu a razão. __ Seu idiota. Inconsequente! Você irá se casar! E reze para que uma noiva apareça para o meu casamento. Por que se não, eu mesmo jogo você para os leões. Suma da minha frente!

Malik pega alguns documentos com o rei e sai seguido de Ngozi. __ Malik precisamos conversar.

Numa cafeteria pararam para tomar um café. __ Sabe que terei que enviar um comunicado a Rainha Niara? E a sua esposa o que irá pensar?

Malik põe a mão no ombro do amigo. __ Eles me deram tanto amor. Deram-me o seu nome. Não suportaria se acontecesse algo a ela.

Bem longe dali...

No Brasil Anaya Mpumelele Martins, uma pedagoga reconhecida pela forma de se adaptar em qualquer área em que for atuar. Considerada como umas das melhores professoras da rede municipal de Petrópolis, município do estado do Rio de Janeiro. Conhecida com cidade Imperial. Em terras brasileiras escondeu sua verdadeira identidade. A princesa no Brasil, não existia e sim a simples professora Tia Anaya. Amava a vida de professora. Apreciava o recreio barulhento e até participava das brincadeiras e dançava com as crianças. Mesmo sendo, da realeza adorava o jeitinho brasileiro de viver. 

Não havia ninguém seguindo seus passos. Podia ouvir o pagode, o funk, sambar, usar um biquíni. Coisas simples que não poderia fazer no seu país de nascimento. Era feliz no Brasil. Não havia preocupação com guerrilhas ou grupos separatistas. O seu nome foi escolhido pelo pai, que se chamava Silvano Martins. Um diplomata carioca, que foi representar o Brasil no país Nassor, onde conheceu o rei Ghedi Mpumelele e sua linda filha Niara Mpumelele. Um grande profissional que estreitou os laços entre Brasil e Nassor.

Com discussões entre os dois países conseguiu assinar contratos e tratados representando o Brasil. A amizade se solidificou com o rei Ghedi Mpumelele, quando salvou sua única filha de um sequestro por um grupo separatista, que infelizmente anos mais tarde, o mesmo grupo tiraria a sua vida num atentado.

Anaya tinha na época sete anos e seu irmão quinze. Foi uma fase muito triste. Sua avó Silvana pediu que trouxessem os netos para passarem um tempo no Brasil. Anaya desde que dormiu pela primeira vez no quarto de solteiro do pai, nunca mais quis dormir em outro lugar. Ela dizia que não havia escuridão ali. O quarto de Silvano estava sempre iluminado pela luz que vinha da rua. E isso levou a associação da pequena Anaya, como se ela pudesse ver o agressor antes de chegar até ela. Anaya quando completou quinze anos pediu de presente de aniversário a mãe para estudar no Brasil e ter a mesma profissão da avó Silvana. Queria ser professora. O rei Ghedi, seu avô entendia que a neta procurava fugir da tristeza e da saudade que sentia do pai.

No Brasil, ela era apenas Anaya Martins, não usava o sobrenome de princesa para não chamar a atenção para si. Sua mãe, a rainha Niara até gostava dessa vida, por ter um pouco de liberdade.

Passear com os filhos por Petrópolis, tendo os seguranças a paisana a uma certa distância. Sentia se livre coisa que jamais poderia pensar em fazer em seu país. Ser princesa no seu país, também era correr risco, ainda mais sendo mulher. Muitas nações eram unidas quando uma princesa era raptada ou sua virtude fosse desonrada. O casamento acontecia como forma de reparar o erro. E assim, mortes eram evitadas.

A filha era muito feliz com o magistério. Trabalhava na Escola Municipal Doce Céu, pela manhã com o segundo ano de escolaridade e na Escola Municipal Sabedoria à tarde com orientadora da educação infantil. Dedicada a sua profissão. Passava o dia fora de casa.

Enquanto em Nassor...

Latasha e Niara estavam sentadas na sala quando Malik chegou. Niara pede que o filho se sentasse. __ Malik, nós recebemos um comunicado. Malik já sabia do que se tratava e resolveu falar com a mãe e esposa. __ Já sei do que se trata. Não posso pedir isso para a minha irmã. E se me derem licença, preciso tomar um banho. Levantou e seguiu para o quarto. A esposa observa o marido no banho.__ Latasha! Por favor, não diga nada.

O que a esposa diz o assusta. __Estou grávida de três meses e meio.

Malik sai do banho com a toalha enrolada na cintura e encontra a esposa sentada na cama do casal. Ela mostra a foto do pequeno feto no ultrassom.__ Não brinque comigo! Vamos tentar resolver! Eu juro, não chore.

A esposa faz uma confissão ao marido. __ Fiz algo sem a sua permissão. Anaya pegou o voo para Nassor hoje pela manhã. Deve chegar daqui a seis horas.

Malik olha para a esposa incrédulo. Latasha continua. __ Não me olhe assim! Quero um pai para o meu filho. Não aceito ficar sem você.

Malik abraça a esposa. __ Vou fazer de tudo para ficar vivo por você e para o meu filho. Fique tranquila. Vou buscar Anaya no aeroporto e depois conversamos.

A caminho do aeroporto Malik, pensava no quanto a Anaya era linda. Ela parecia em muito com atriz Érica Januza. Os cabelos cacheados e a linda pele negra.

Algumas horas antes...

Anaya estava passando um exercício no quadro, quando Luiza a chamou para atender ao telefone.__ Alô! Quem é?

Do outro lado da linha. __Sou eu, sua cunhada. Como vai Anaya? Preciso conversar com você. É um assunto sério, que envolve o seu irmão. Mas, tarde mandarei um documento para que entenda melhor.

Latasha e Anaya sempre foram amigas. Ela não ligaria, na hora em que estou trabalhando. Deveria ser algo muito sério.

Assim que, chegou em casa leu o conteúdo do e-mail enviado pela cunhada.

Anaya não teve dúvida, ligou para as diretoras das escolas em que trabalhava, explicando tudo o que estava acontecendo. Elas eram de sua confiança e sabiam da sua verdadeira identidade, de ser uma princesa. Consegui uma licença sem vencimento.

A avó apoiou a atitude da neta. __E quando pretende ir?

Anaya ainda lia o e-mail, novamente para ter certeza, se aquilo era verdade. O seu irmão corria risco de vida. E por esse fato a sua vida também mudaria. Mas, era a vida de Malik que estava em jogo. __ Viajo ainda hoje. E quando estiver tudo certo, volto para a senhora. Deseje-me sorte.

Foram dez horas de viagem.

Malik chegou à vida de meus pais, bem depois que eles se casaram.

Minha mãe não conseguia engravidar e vivia triste. Meu pai sendo diplomata sempre tentava ajudar pessoas carentes e orfanatos. E ao visitar ao Orfanato Montsho, foi amor à primeira vista. Niara e Silvano sabiam que aquele garotinho era o seu filho. Não pensaram duas vezes, levaram o para casa como Malik Mpumelele Martins.

Oito anos depois, Anaya nascia. Dois irmãos que não se desgrudavam. Eles eram parecidos. Não há diferença entre os dois. Anaya sempre soube que Malik era adotado, mas ela dizia que ele é o filho do amor que deveria ser procurado e por eles foi encontrado para trazer mais alegria a nossa família. Nas férias, Anaya sempre tirava para visitar a família em Nassor.

O avião sobrevoava Nassor. Nos últimos três anos fazendo doutorado, ela não pode aproveitar as suas férias ao lado da família.

No saguão viu o homem tão amado, seu irmão. Antes de irem para casa, Malik levou a para um lugar conhecido deles para que pudessem ficar a sós. Malik sabia o quanto a irmã amava aquele pedacinho de Nassor, A Praça dos Baobás. __ Olha! Não quero que se case com alguém que não conheça. Não é justo que não se case por amor.

Era estranho, mas só Deus saberia explicar a tamanha semelhança de nosso pai com Malik.

Ele sempre meteu medo em quem se aproximava da irmã.

Parecia o ator "The Rock".

Anaya abraça o irmão depois de ouvi-lo. __ Estou aqui por amor a você. Se um casamento, é preciso para mantê – lo vivo, então que me leve ao altar. Amo você. E sei que faria o mesmo por mim.

Abraçados ele revela a irmã de que será titia.

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