CAPÍTULO 2

"Eu conheço você

Acho que sei o que você está fazendo

Você pode bancar o inocente para todas as outras garotas aqui

Mas eu sei o que você é, o que você é, baby.

Olhe pra você

Está totalmente diferente

Querido, você

Manipula todas as suas marionetes pelas cordinhas acima delas

Fingindo ser bonzinho, mas quando te vi já percebi

Eu sei o que você é, o que você é, querido

Mulherengo, mulher-mulherengo, você é um mulherengo

Você diz que eu sou louca, eu te deixo louco

Você não é nada além de um mulherengo"

- womanizer, Britney Spears

1/2 13:36PM, Florença

DENTRO DA MANSÃO não demora para que eu ache Klaus. Ele vira nos calcanhares quando me vê, indo na direção oposta que leva a sala.

—Ei! Ei! Ei! - corro atrás dele, me segurando em seu braço quando escorrego e quase caio de bunda no chão.

— Já sei que está aqui para me vigiar, até demorou pra chegar. - sorri de lado e eu faço minha expressão de sempre quando não tenho o que dizer.

Onde tem Klaus Salvatore, tem Stella.

— O que aconteceu nesses dias? - olho ao redor.

— Vamos subir. - ele aponta para a saída da sala e eu o sigo para fora dela em direção ao quarto dele. Assim como ele, eu tenho meu próprio quarto na mansão Bennaci, e o sapo e a Suzy também na mansão Salvatore. Minha mãe não quis aceitar a ideia de deixar o sapo dormir no jardim.

[...]

—Conta. - Me sento na cama em um pulo, ficando de joelhos.

—Não pula na minha cama, caralho! - aponta.

—ME CONTA! - jogo uma almofada que b**e direto na cara dele, e Klaus como o vingativo que é, devolve na mesma moeda e após sentir a mesma acertar o centro do meu rosto, coloco ela no colo para ouvir o que ele tem a contar. Eu sou muito curiosa, e eu estou mais do que nunca para saber o que aconteceu com ele e a Suzy enquanto eu não estava. Ele se deita na cama ao meu lado e eu continuo sentada, esperando as confissões.

— Eu fiquei com ela. - Sorri de lado, o olhar dele brilha falando de Suzy, é impossível para ele esconder o quanto ele gosta dela. É esquisito porque sempre foi assim, de um amorzinho de criança para a vida adulta, ou quase...nem um de nós age como se já estivesse nessa fase. Eu sorrio com sua felicidade, seria impossível ser diferente.

Vibramos com as conquistas um do outro, assim como choramos com a tristeza. Somos um par e sempre vai ser assim, do útero até a morte.

—E como foi?!

—Fomos até o lago.

— O lago? - Pergunto me referindo ao que fica no meio da floresta, meu tio matava pessoas lá, na maioria das vezes queimadas mas deve ter jogada uns corpos naquela lago. Já faz décadas mas ainda é nojento.

—É. Ela disse que vou ter que lutar para conquista-la.

— E qual foi a reação dela quando você disse que não gostava de concorrência?

—Disse que se eu matar estou desclassificado, porque é covardia. - ri nasalmente junto comigo. Não é assim que os Salvatore jogam, mas acho que vai ser mais difícil se ele não jogar o jogo dela. —Fui pedir conselhos para o Eric.

-—E ficou dividido entre o que ele, Death e Alissa disseram. - Constato.

— É, vou acabar fazendo do meu jeito mesmo assim, se não der certo, vou testar as opções que me deram.

—Vai conseguir conquistar a Suzy, um Salvatore nunca perde e você é o mais bonito.

— Só fala isso porque sou igual você.

— É...- concordo. - Será que a gente pode fazer aqueles lances de gêmeos do mesmo sexo? Trocar de lugar, você usa uma peruca.

— Palhaça! -ri. — Já brigou com o Lorenzo?

—Ele é um idiota. Joguei suco nele quando cheguei.

Ele ri nasalmente. Já está acostumado com nossa guerra sem fim, ataque e contra ataque, vinganças e mais vinganças em um ciclo sem fim que só vai acabar quando um de nós matar o outro.

— Papai sabe que você está aqui por causa da Suzy, e também pra fugir das aulas de Don...mas pela Suzy principalmente.

—Ele sempre soube. Falei disso com ele, e também ouvi os conselhos.

— Tentar conquistar, se não conseguir tomar para si. - Assinto ao dizer. —É por isso que eu sou livre! Eu não quero conquistar ninguém.

— E com quem vai se casar?

—Se nada ser certo, com o Gabriel. Eu já disse do nosso trato. - ele revira os olhos em desaprovação e eu bato nele de novo com a almofada, até entrarmos em uma guerra de travesseiros.

Saio da cozinha mordendo um cupcake de morango. Meu deus isso é melhor que sexo. Um barulho no corredor do hall me faz parar no lugar, é a voz do sapo maldito e...alguma mulher? largo o cupcake no caminho em cima da mesa da sala de jantar depois de comer toda a cobertura rápido demais, deixando só a massa. limpo minha boca suja de chantilly no caminho as pressas. No corredor os dois próximos, aos risos e ao entrar no escritório, os sons são abafados. Olho ao meu redor, balançando a cabeça em negativo. Aí sapo feio, você não vai transar enquanto eu estiver por perto. Ando até o corredor em silêncio, a porta grossa torna difícil ouvir qualquer coisa então me abaixo para olhar pelo buraco da maçaneta da porta, com um olho grudado na mesma e o outro fechado, vejo a interação quente deles. Eu gosto de vouyer...mas não vou ficar de espectadora dessa vez.

O corpo da loira é agarrado por ele aos beijos, ele a coloca em cima da mesa, ficando entre as pernas dela e é nesse momento que me levanto.

—COMO FEZ AQUILO COM A MINHA AMIGA E ESTA PRESTES A FAZER ISSO COM ESSA POBRE MOÇA?! - Pergunto aos gritos depois de empurrar a porta com meu corpo, olhando para ela, faço uma cara de piedade.- Sabia que ele tem AIDS? Agora minha amiga está doente por culpa desse infeliz.

—Como é?! - Ela se afasta dele em um piscar de olhar, o empurrando para longe.

—É mentira! ela é louca, benzinho...- Tenta se aproximar dela mas ela recua dois passos, erguendo a mão para deter seu avanço em um gesto.

—Quer falar com ela?! Ela está desolada, quer me dar seu número? Eu provo, com o exame assim que ela me mandar. - Saco meu celular do bolso.

—Não precisa...- Balança a mão no ar, o olhando com choque. Eita, quanto preconceito com soro positivo. É só usar camisinha.—Lourenzo... fala com Rubens depois. - Ela sai tão rápido quanto entrou. Fechando a porta e nos deixando sozinhos. Eu sorrio para ele com a minha melhor cara de "hahahaaa se fudeu".

—Além de bruxa, virou empata foda?

—Pode até ser verdade, dado ao jeito que você é...

— Escuta. - Se levanta em sobressalto, dando passos em minha direção e eu continuo no lugar. —Stella, que você é sozinha, mal amada, e amargurada, eu ja sabia, agora que você é invejosa? É nova.

Balanço a cabeça. Como esse sapo gosmento ousa?! corro até ele, e o tapa que desfiro em seu rosto faz a palma da minha mão doer, mas eu amei o som do estalo, é música para os meus ouvidos. Eu poderia tocar toda uma canção com isso. Até Mozart morreria de inveja.

Ele vira o rosto com o impacto, voltando a mim com a expressão dura. Acho que estão saindo fumaça de suas orelhas. Quando penso que ele vai devolver o tapa, ele me agarra, jogando meu corpo contra a parede, eu solto um gemido em protesto. Aí, grosso. Ele deve estar querendo quebrar a parede.

Enquanto eu reluto para o afastar, o dando t***s e socos no peito, meus pulsos são segurados e ele toma minha boca na sua. Me perco na sensação estranha e boa que o beijo me dá, e acabo cedendo. Quando nos separamos por falta de ar, semi cerro os olhos de raiva. Isso não podia ter acontecido...

—Não adianta beijar uma princesa, Não vai deixar de ser sapo nunca. - o empurro. -Vou indo, tenho um compromisso com alguém.

Ele puxo meu braço de volta quando estou quase tocando a maçaneta, me segurando com força.

—Vou te mostrar o que é um homem de verdade. - Diz, voltando a me beijar,desta vez me colocando em cima da mesa onde a outra estava agora pouco. Eu estou sendo a substituta? Ah, não ligo mesmo. Eu Passo a mão por seu pescoço enquanto cravo a unha em suas costas, tentando dominar o beijo.

Ele não separa os lábios dos meus para jogar os objetos da mesa contra o chão. Se vê preso no meio de minhas pernas que entrelaçam seu quadril. O ajudo a se livrar de suas roupas e mantenho o beijo quente, deixando escapar um gemido. Sobe minha saia, e quando chega a vez de minha blusa ele a arrebenta, quebrando os botões, revelando meu sutiã. O mesmo vai parar em algum lugar no chão do escritório, meus seios estão rígidos, e seu olhar fulminante cobre os mesmos.

—Ah, bruxinha. - sorri, abocanhando um de meus seios. Minha cabeça pende para trás, e ao morder meus lábios, arranho suas costas enquanto ele suga meu seio. O gosto metálico do sangue em meus lábios toma minha língua.

Sinto seu membro adentrar e solto um gemido alto, deixando minha boca entreaberta quando ele inicia as investidas.

—Bruxinha safada...

Ao me recuperar, me levanto da mesa, vestindo de volta minhas roupas. ou o que sobraram delas...

—Não me surpreendeu muito, mas você se esforçou - Passo a mão em seu rosto e sorrio.

—Não foi o que eu ouvi... Mais rápido... Mais rápido... - Imita meu gemido e expressão de forma exagerada e irônica enquanto ri.

—Já tive melhores.

—Sei... Mas se eu fosse você repensava, não vai ter isso para sempre. - bem perto de mim, ele cola seu corpo junto ao meu. Sua pele está quente, assim como a minha.

—Na próxima vez, faça melhor. - O olho nos olhos com dificuldade. Eu não quero olhar pra ele.

—Na próxima vez você que vai ter que fazer muita coisa. - Arregalo os olhos de surpresa quando ele dá um forte tapa em minha bunda.

—Mas - ergo o dedo. — Isso não significa que eu odeie menos você....só...- deixo a frase morrer. Será que eu devo dizer? Acho que ele é burro demais para supõr o resto.

—Vamos nos divertir. - Completa.

—É, não significa nada, só diversão. Mesmo que eu seja completamente apaixonante.

—Que iludida, bruxinha. Pode ir para o seu encontro, quando sentir falta de um homem de verdade, me procura.

—Se for nesse contexto, não nos veremos nunca mais. - Fecho o último botão da minha camisa. —Até breve, sapo.

Do lado de fora do escritório, eu encosto na parede do corredor. O que foi isso? com certeza foi melhor que o cupcake....

Eu transei com o sapo! O sapo gosmento e desprezível...e foi tão bom.

Balanço os pés descalços na piscina da mansão enquanto penso na vida. Eu fiquei com o sapo...queria poder contar isso para o Klaus, mas não vou e odeio isso. Sempre contamos tudo um paro o outro. É o melhor amigo dele e meu pior inimigo...

Bufo, vendo a água chacoalhar com meus pés submersos.

— tá pensando no que? - Ele se senta ao meu lado com uma das pernas cruzadas e eu nego com a cabeça.

— Na vida. Sabe que não vamos poder ficar tanto tempo aqui, temos que ir para casa. Nossos pais vão dar um desconto porque sabe que vamos ter missões e treinamentos aqui, mas também temos que fazer o de lá. É a nossa máfia.

— Tô Ligado nisso, a gente vai voltar, mas quando eu estiver com a Suzana de vez.

—Então vai rápido. - olho para ele com a cabeça pendida.

— O mais rápido possível. - ele Assente. - Meu celular toca no bolso traseiro do short jeans e eu o pesco com dificuldade.

—É papai. - Mostro a tela para Klaus que concorda. — Oi pai, já cheguei em Florença.

-—Eu sei. - Reviro os olhos, é claro que ele sabe. —Seu irmão está com você?

—Do meu lado?

—Passa pra ele. - Pede e eu olho para Klaus como se dissesse "iiih" e o dou o aparelho depois de colocar no viva voz. Não vou perder nada.

— Oi pai.

—Tem dois meses para voltar, tem as obrigações aqui e vai fazer as aulas mesmo que não goste. - ouço seu tom rígido, e não importa que Klaus não seja muito disposto, ele vai acabar fazendo.

—Tá legal, pai. Eu vou fazer a droga da aula, mas preciso resolver aquilo primeiro. -Aquilo é: Suzy..

—Algum avanço? - ouço a risada nasal do meu pai, sabemos que ele está sorrindo.

— Sim, a gente ficou e tal mas não quero falar isso com você, é vergonhoso.

—Já é alguma coisa. Eric falou que você foi atrás dele pedir conselhos.

— É, eu ouvi de todo mundo depois de ouvir o seu também.

— E vai acabar fazendo o que quer e se der errado, testando todos os métodos. - Meu pai constata assim como eu, todos nos conhecemos bem demais, então já sabemos que vai ser assim. Klaus concorda com a cabeça.

— Preciso desenvolver meu próprio modo, não é? Vocês já tentaram o de vocês, aconteceu muita merda antes de rolar.

—Seja esperto. Vou sair com a sua mãe, não parem de dar notícias por vontade própria, é melhor saber por vocês do que ter que mandar investigar.

— Okay, pai. Até depois.

— Até, amos os dois.

— Também te amamos - Klaus, responde.

—Tchau pai! - é minha vez de falar, inclinando meu corpo para perto do celular.

— tchau, filha.

A chamada é encerrada.

— E você empatou a foda do Lorenzo? - Klaus pergunta rindo, o que me faz engolir em seco enquanto olho para os lados como se procurasse socorro ou ao menos uma resposta.

—sim...- será que esse sapo contou a continuação dessa história? Acho que não, se não o Klaus não diria rindo. Eu vou ficar até quieta para não me entregar. —Foi bom ver a cara dele de raiva.

— Olha, um tubarão. - aponta para a piscina me dando um susto antes me empurrar na mesma.

— VOU TE MATAR! - eu falo nadando até a borda e corro atrás dele encharcada.

—Lorenzo...por favor, vamos comigo? Eu preciso de alguém para me ajudar na pontaria. - Ouço Suzy implorar a ajuda para o sapo enquanto desço as escadas com Klaus. Então eles vão treinar hoje.

—Tá legal. eu vou mas só um pouco. - deixa um beijo no rosto dela.

— Se fosse eu, dava uma facada nele. - comento.

—E quem te chamou na conversa mesmo? Ah lembrei, ninguém. - Faço uma careta pra ele. Infantil, idiota.

— Eu vou com a Suzana, deixa. - Meu irmão fala entrando na conversa. E ele não ia mesmo perder a oportunidade de ficar com a Suzy sozinho.

—Não precisa, o Lorenzo vai. - Ela recusa. Eu não faria isso...

—Vamos os três então, eu aproveito e treino um pouco. - E o sapo agora acha o senhor gênio, resolvedor de problemas. Todos querem treinar, qual a ideia genial? Vamos todos nós.

Só o próprio Stephan Hawking conseguiria ter essa ideia maravilhosa.

—Eu vou com a Suzana, sozinho. - Responde entre dentes pra ele entender de uma vez que ele quer ir só com a Suzy. Mas o sapo não sabe que o Klaus é louco por ela, então vou dar um desconto.

O olhar de Klaus vem para mim, mais um olhar do nosso vocabulário de gêmeos que significa "resolve isso pra mim agora!".

—Eu vou com o sapo.

— Eu não quero você dentro do meu carro não, vai que para de funcionar, você dá azar. - A piada idiota dele tem como resposta um olhar duro de Klaus, mas esse é do vocabulário de amigos e do "vai agora se não eu te mato" - Pensando bem, ela pode espantae os ladrões com o cara dela. - ele cede.

— Rum...- rio com olhos fechados, andando até o sapo e o puxando para fora pelo pulso, deixando Suzy sozinha com Klaus do lado de dentro.

—Cadê a chave do carro? - Paro na frente da porta principal, a beira dos degraus. Ele não diz nada, então eu apalpo seu corpo todo até a calça a procura da chave. Acabo pegando uma parte grande demais...pode ser o chaveiro, todo mundo gosta de chaveiro e os maiores são para não perder...

— Isso ai não é a chave. - ele sorri malicioso, quando meu olhar a pouco abaixado, encontra o dele por cima dos meus cílios.

Eu sei o que é.... entrou em mim!

Eu não tiro a mão daquela área por alguns segundos até puxar ela como se me queimasse.

— É o mesmo tamanho. - Eu encolho os ombros. —agora me dá a chave. - minha mão é estendida a frente do corpo e meu rosto vai para a melhor expressão de ordem irrevogável.

Ele suspira.

—Toma. - Entraga a chave na minha palma e seguindo em silêncio até o carro.

Saio a todo vapor para a fora da mansão, cantando pneu e a velocidade dobra quando chego na estrada.

—Bruxa...só cuidado, eu tenho muitas bocas para beijar ainda e não posso morrer.

Acelero ainda mais enquanto rio e olho pra ele.

—Olha pra estrada louca! - Ele se segura no banco, mesmo já estando com o cinto de segurança e os olhos estão tão arregalados que parecem que vão saltar para fora.

— Não sabia que tinha medo de morrer. - Eu digo sem olhar a estrada.

—Não falo por mim, minha filha. Falo por toda a população feminina da Itália que iria entrar em luto pelA minha morte.

— Ninguém liga pra você! - falo como se fosse óbvio. E é óbvio, o ego do homem hétero tem que ser estudado.

— Só se o ninguém for você, porque te garanto que muita gente liga.

—Não mesmo...- Ele revira os olhos com a minha descrença.

—Então, você tem uma boa pontaria? - pergunto me lembrando do que Suzy falou na sala.

—A melhor de toda máfia. - Ele diz muito seguro de si.

— Vou usar a minha boa pontaria pra cortar seu pau. - Falo manobrando o carro para o estacionamento da sede.

É perto, graças a Deus.

— Então posso ficar despreocupado. - Sai antes de mim.

Do lado de fora, com as chaves nas mãos eu uso o mini controle para travar as portas, o qual eu aperto várias vezes por não estar funcionando muito bem, o que me faz ranger os dentes, e para melhorar, nesta de apertar e balançar, a chave cai e eu tenho que abaixar furiosa para pega-la. Ele vê a cena rindo de mim, e parece que é sempre assim, sou o próprio circo para qualquer um que me vê.

— Pode mesmo, você nem tem um pra eu cortar. - Falo depois de finalmente conseguir fazer o que queria.

— Se você fosse uma mulher, eu te mostraria o tamanho... Mas bruxas do se interessam por maçãs envenenadas. - Estamos mesmo agindo como se não tivéssemos transando antes. Então esse é o truque, então onde fica aquela parte do "vamos só nos divertir" ?.

— Eu tenho uma pra te dar.

No caminho para a sala certa, ele olha quase babando para uma mulher gostosona que passou por nós com a roupa de treinamento colada.

Quando a porta da nossa sala de treinamento se fecha, eu olho por todo o local. Uma das paredes tem suportes por toda sua extensão larga com algumas espadadas, adagas, e todas as armas brancas possíveis de todos os tamanhos, e no canto oposto, um ringue, a terceira parede alvos e a outra tem a porta a qual entramos.

— Somos só eu e você, pelo jeito. - falo. - Ninguém vai te salvar, e deve ser a prova de som, não adianta pedir socorro.

—Não me faça rir, Stella. tenho que me concentrar. - Ele tira a camisa que estava antes e exibe seus músculos e a barriga torneada, aí que droga! Sem tentação...

Deus? sou eu de novo!

—Em não perder? - Eu pergunto mas ainda estou distraída com a visão.

— Em não te machucar.

Tiro a jaqueta, a jogando no canto perto da porta. Ainda bem que eu já estava na intenção de me exercitar, então vou fazer isso com minha roupa de caminhada mesmo. Essa legging marca minha bunda.

— Eu fico com essa adaga. - Falo pegando a mesma na parede e entregando outra a ele. —Se você acertar o centro do alvo, eu não te xingo hoje.

—Parece bom para mim. - Como se ele tivesse outra opção além de aceitar, é a melhor proposta que posso fazer.

— Se prepare, Salvatore.

Ele se concentra, lançando a mesma no ar em um movimento preciso do braço e acerta o exato centro do alvo.

O olho com uma careta antes de fazer o mesmo no segundo alvo, acertando também o centro.

—O seu foi sorte. Vamos de novo. - pego mais uma adaga para cada um de nós.— Você primeiro.

Ele ri, pegando da minha mão e, de novo, acertando.

—Se eu fosse você desistia, seu negócio é poções.

Giro o canivete nos dedos para fazer uma gracinha básica, vai que isso convence e diz "nossa, ela habilidosa e tem prática". Pois é, prática eu tenho mas habilidade...

— AI! - Solto um grito alto de dor antes de instintivamente ssegurar meu dedo.,— Droga! Merda... - pressiono o dedo na outra mão, tentando estancar o sangue que escorre por ele. É isso que aquela gracinha me rendeu!

—O que foi? - Eu ouço seu tom confuso e não o olho, permanecendo curvada e pressionando o dedo com força até . não saber o que me causa mais dor, meu próprio aperto ou o corte do meu dedo —Sério, Salvatore? - Ri quando se dá conta da minha falha, já próximo de mim vendo o sangue.

Respiro fundo para tentar conter a dor, adiantou? Não. Eu concordo com a cabeça porque não consigo dizer "sim, caralho! Eu me cortei e está doendo".

—Senta aqui. - Ele me guia até uma cadeira, perto do armário pequeno de vidro onde há caixas de primeiro socorros.

Eu me sento na cadeira, olhando para ele.

—Vai terminar de arrancar meu dedo?

—E você por acaso precisa de ajuda pra isso? - volta com a maleta, se colocando de joelhos a minha frente e começando a limpar o ferimento com um algodão molhado de soro fisiológico. — Você é muito desastrada Stella.

— E você é...- gemo de dor quando ele passa algo que arde. —Você é...- olho em seus olhos. - Sujo. — falo a primeira coisa que me vem a cabeça e com certeza não é o melhor que eu posso fazer.

—Não seja fraca, Salvatore. - Ele finaliza colocando um band-aid

— Não sou fraca.

— Quem se machuca com uma navalha é no mínimo uma péssima mafiosa. - Sorri pérfido. Ah, é...ele estava caridoso demais para ser verdade.

Me levanto de uma vez.

— Faz quanto tempo que eu não te dou uma surra? Um ano e meio? - Tento me lembrar. —Vamos atualizar isso.

— É pra já, querida. quando eu te deixar acabada, não diga que foi violência conta a mulher. - Entramos no ringue.

— Não vai acontecer. - Sigo ele devagar antes de o atacar na velocidade da luz, juntando seus braços nas costas e o fazendo cair no chão, meu corpo montando em suas costas enquanto seguro suas mãos nas mesmas. —Já começou mal....- Eu sussuro me inclinando na altura de seu ouvido.

—Deixando você achar que tem algumas chance. - Ele vira o corpo bruscamente, me desequilibrando e conseguindo se levantar rapidamente. -—Vem, Salvatore. - Chama, na posição de ataque.

— Que bom que acordou disposto a ficar sem dentes. - falo indo até ele e acertando um golpe com a perna em sua cintura, o fazendo cambalear. Eu acho que fiz fraco demais.

Ele consegue acertar um soco em meu braço quando começamos os golpes, e em seguida me dá um chute.

— Filho da...- gemo de dor, andando até ele e em um movimento ágil acerto seu queixo, o fazendo cambalear tonto, me dando a oportunidade de subir em suas costas e o dar um mata leão, ainda em cima das suas costas.

Ele se j**a contra as grades do ringue, fazendo com que eu, montada nas dele, me choque como mesmo.

—aí! - Resmungo com o impacto, sem o largar.

— Nada que faça vai me fazer te largar, Bennaci! - falo com a respiração pesada depois do impacto de minhas costas com as grades.

—Isso que nós vamos ver... - Com um solavanco ele dá um mortal, fazendo eu cair deitada , e em um segundo ele está em cima de mim.

Eu fecho os olhos pela dor nos ossos de mais um impacto, desta vez com o chão e ao abrir os olhos, o rosto dele está bem perto do meu. E nossos olhares juntos em uma linha fixa, eu vejo as pupilas dele dilatarem.

Envolvo as pernas em seu quadril e com um movimento ágil onde coloco toda minha força, inverto nossas posições, ficando por cima dele e sorrio.

— Ganhei. - Declaro, os lábios tocando nos dele.

— Então empatamos, querida. - as mãos dele vão para minha cintura, as pressionando. Ainda com a respiração pesada, grudo seus lábios nos meus em um beijo que ele corresponde. O contato da minha buceta mesmo por cima da roupa provoca sua ereção que me cutuca.

— Prêmio de consolação por ser um perdedor. - Separo meus lábios dos dele.

—Vai ter que fazer melhor que isso Salvatore. - Sou tirada de cima dele, voltando ao chão para que ele se levante.

— Você não merece nada melhor que isso. - Me levanto com um pouco de dificuldade.— Você é um sapo mesmo, me beijar de novo não quebrou o feitiço. Então você é um sapo de natureza, gosmento e feio. Não era um feitiço.

—Deve ser por que transformações só acontecem com beijo de princesas, e você, é uma bruxa.

—Só de noite. - sorrio. — Princesa Salvatore de manhã e bruxa má do oeste de noite, não só isso...- movo a cabeça sugestivamente.—Mas você é sempre um sapo, antes e depois do por do sol.

— Só se for a princesa Fiona. - Volta a colocar a camisa.

—A Disney não fez nenhuma princesa como eu, não poderiam passar para menores de idade. - E nem sei se a Fiona é da Disney, dou de ombros interiormente.

—Com certeza não, iria traumatizar as criancinhas.

— Isso não posso negar...mas eu iria excitar os adultos. - Mordo o lábio ao pensar. —Vou achar alguém mais desfiador pra lutar... - Aviso, andando até a porta, mas paro nela, o olhando por cima do ombro. —Obrigada pela ajuda. - meu olhar cai em meu dedo coberto pelo band-aid

—Até o próximo corte, bruxa.

—Vai pro pantano! - Falo antes de bater a porta e o deixar sozinho.

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