Capítulo 5

mizades dilaceradas

Eu era uma menina muito pacata, muito "sonsa", não tinha facilidade nenhuma em fazer amizades, eu não tinha segurança o bastante para fazer amigos, tinha vergonha de mim. Porém, na igreja tinha uma menina com a mesma idade que eu, nos encontrávamos sempre aos domingos de manhã, então acabamos nos tornando colegas, isso mesmo, colegas, pois eu não acreditava em amizades, então eu e essa colega conversávamos sempre, trocávamos confidencias e com frequência uma dormia na casa da outra.

Aos 15 anos minha colega começou a trabalhar em uma casa de família, isso não mudou nosso relacionamento, só mudou porque ela tinha pouco tempo para ficar comigo, só encontrávamos aos Domingos, ainda assim somente na igreja.

Esse relacionamento estava com a data do final já escrita e eu não sabia, seguimos nossas vidas, tudo o que eu fazia ela sabia e assim vice e versa.

Certo dia o patrão dela começou a me perseguir, me seguia de moto todos os dias, e me pedia beijos, eu fugia sempre dele, mas, como era muito ingênua não contei isso para ninguém, pois, acreditava que eu fugindo sempre, uma hora ele iria parar.

Bom, infelizmente nada foi como eu pensei, ele continuou me seguindo e às vezes me puxava contra seu corpo, e agarrava meu rosto no intuito de beijar, eu ficava muito irritada e vermelha de raiva e de vergonha também.

Portanto, o que eu não esperava é que ele fosse me difamar, mas infelizmente foi o que realmente aconteceu.

Versão contada por eles:

Ele chegou na casa do cooperador quase de madrugada, perdendo o fôlego de chorar e pedindo ajuda, dizia que não aguentava mais eu dar em cima dele, se oferecer para ele.

No mesmo dia me chamaram para uma reunião na igreja para me explicar, eu contei tudo que aconteceu, mas, era minha palavra contra a dele, e numa cidade pequena todo mundo fica sabendo de tudo muito rápido e cada pessoa interpreta da forma que quer, então, eu fui crucificada, ninguém acreditou em minha versão dos fatos.

A partir daí minha coleguinha, a única, que trabalhava na casa desse safado, não acreditou em mim, e passou a virar a cara para mim. Foi mais um motivo acumulado em minha vida de tristezas, fracassos e desilusões.

Depois disso, eu já não queria mais sair, não tinha vontade de falar com ninguém, queria simples e unicamente morrer, para dar um fim em todo esse conflito, minha cabeça não assimilava tantos golpes em apenas um ano da minha vida.

Minhas metas eram fazer planos e descobrir algo que me matasse de uma vez, sem causar transtornos e sem dar trabalho para meus pais. Queria simplesmente sumir desse mundo...

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