O castelinho da rua Apa está em silêncio profundo, seus cantos escuros e quietos guardam segredos terríveis, uma brisa gélida percorre todo o imóvel carregando consigo o odor da morte. Tony está no quarto dos hóspedes, sentado na cama olhando pela janela, a escuridão da noite é de uma densidade jamais vista por ele, nesta escuridão não há sons de carros na rua, nem de pessoas passando, nem há estrelas no céu e para completar o cenário sinistro, a lua cheia desapareceu. O garoto escuta sua própria respiração e um amargor na garganta, um misto de náusea e azedume que o incomoda e aos poucos vai deixando o medo dominar sua sanidade. Ele não percebe, mas seu aspecto físico já não é o mesmo de quando chegou naquele lugar, seus olhos arroxeados escuros e profundos se destacam em um corpo mirrado, em pele e osso, feridas surg
Ler mais