Capítulo 4

-Voce vai sim, ela é sua filha e você tem que começar a participar da vida dela. 

Minha mãe grita do outra lado da linha.

—Eu não posso largar meus compromissos para ir em uma reunião de escola. 

Falo com raiva.

—Bernardo Lumière, você não me faça ir aí para lhe dar umas palmadas, quando você fez essa menina você ficou todo contente, agora haja como um pai e vai na reunião.

Ela desliga o celular me deixando ainda mais frustrado. Pego o telefone e disco o número da minha secretária.

-Cancele minha reunião. 

Pego minha maleta e saio da sala.

-Mais senhor...

Não espero ela terminar de falar e entro no elevador.

Brenda foi transferida da outra escola por que não estavam ensinando direito para ela, já faz um mês que ela está nessa nova escola, mais eu não soi bem onde fica, o motorista que sempre leva ela, ele irá me levar também, eu gosto de dirigir para espairecer, ou caminhar quando não é muito longe da empresa.

-Chegamos senhor. Ele fala parando o carro.

Ele vem até a porta e abre para mim, coloco meu óculos escuro e desço do carro, arrumo meu paletó e respiro fundo, ouço alguns mulheres suspirar ao olhar para mim.

Eu sempre gostei de me cuidar, fazer caminhada e academia, quando estou com insônia vou para a academia que tenho em minha casa.

A diretora vem me receber.

-A reunião já vai começar. Ela fala mostrando o caminho.

Ando devagar pelo corredor, estava passando em frente a uma sala quando alguém me chamou a atenção, não consigo ver o rosto dela, ela está sentada olhando algo no computador, parece preocupada, sua mão na testa indica que nada vai do jeito que ela esperava, eu poderia ficar mais tempo ali olhando aquela mulher, talvez até eu conseguisse ver seu rosto, um homem chega e põe apenas a cabeça para dentro da sala, ela olha para ele e faz sinal com a cabeça. Ele fecha a porta então é a minha deixa para seguir meu caminho.

Sento em uma das cadeiras, a sala de reunião é bem espaçosa, pego meu celular e tem uma chamada perdida da minha mãe, faço de contas de que não vi e ponho o celular novamente no bolso, olho para frente quando uma voz suave começa a conversa, ela explica como vai ser o ano letivo dos alunos, as atividade, trabalho e o passeio de meio do ano, ainda não sei se a Brenda vai, ela tem muitos outros afazeres no decorrer da semana, quando meus olhos focam na mulher é que percebo que é a mesma da sala anterior.

-Minha filha entrou a pouco mais de um mês, ela está tendo o mesmo desempenho do outros alunos?

Pergunto.

-Professora Kepner pode responder?

-O senhor é pai do?

A interrompo.

-Da Brenda Lumière. Falo 

-Ela com certeza tem grandes chances de se sair tão bem quanto os outros, ela é muito esforcadas e inteligente. Ela fala sem graça

-Ótimo, não pago tão caro nessa escola para ela ter um péssimo desempenho. Falo arrogante

-Que ótimo, um troglodita. Ela balbucia, mais minha audição é perfeita.

-O que falou? 

Pergunto cruzando os braços, que professora abusada.

-Falei que ótimo uma pai preocupado com a filha. Ela faz um sinal engraçado com as mãos.

Fico olhando ela de cima a baixo, não consegui conter pensamentos sujos com ela, não vi nenhuma aliança em seu dedo.

A diretora dar a reunião por incerrada, antes que eu saia da sala posso ouvir a diretora chamar seu nome, saio da sala e fico observando ela de longe, seus olhos cruzam com os meus e ela rapidamente desvia a visão.

Saio da escola com o olhar dela em minha mente, céus o que estou pensando.

-Volte para a empresa. Falo para o motorista e ele segue novamente para a empresa.

Durante o dia comi apenas uma barra de cereal, tive duas reuniõespor videoconferência. Quando a última reuniões acaba, desato o no da gravata, respiro fundo e me encosto na cadeira, aquela mulher passou o dia todo em meu pensamento, depois da morte da Laís, nenhuma outra teve espaço em meus pensamento, o que ela tem de diferente, apesar das duas ter alguma semelhança, os cabelos castanhos na altura da cintura, olhos perfeitamente desenhado, e o corpo bem escupido, apesar de que Laís tinha alguns quilos a mais, deixando seu corpo ainda mais lindo, à como ela me faz falta. Olho no relógio e já passa das cinco, sem pensar duas vezes junto minhas coisas e saio da empresa, hoje quero jantar em casa.

-Pode ir para casa. Falo para o motorista.

O trânsito estava caótico, depois de uma hora em um engarrafamento horrível, finalmente chegamos na minha casa.

-Não vou precisar dos seus serviços por hoje, pode se recolher. Falo e saio do carro.

Adentro minha casa, Brenda está sentada no tapete da sala com os cadernos em mãos, assim que ela me vê, a mesma abaixa a visão, é como se ela tivesse medo de mim.

-Oi filha. Falo pondo minha maleta na mesa de centro, sento no sofá olhando ela.

-Oi papai. Ela fala sem me dar muita atenção.

-Já jantou?

Pergunto.

-Ainda não está pronto, assim que jantar vou me deitar. Ela fala de cabeça baixa.

-Filha. Ela olha para mim apreensiva. -Por que está assim?

Pergunto.

-O senhor quer brigar comigo?

Ela me olha com os olhos marejados.

-Por que eu faria isso?

Uma lágrima escorre do seu olho.

-O senhor foi na reunião da escola e agora chegou cedo, o senhor nunca chega cedo do trabalho. Sinto o peso de suas palavras.

Eu sempre fui muito distante da minha filha, até mesmo ao chegar em casa mais cedo causa medo nela.

-O quê? Não princesa, eu fui sim a reunião, mais só recebi comentários maravilhosos sobre você, eu quis vim jantar contigo. Ela seca a lágrima e um pequeno sorriso brota em seus lábios.

-Sério?

Me aproximo dela e ponho uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, nossa como ela parece com a mãe.

-Sim meu amor, agora eu vou tomar um banho e daqui a pouco eu desço para nós dois juntarmos juntos. Falo e ela sorrir.

Subo para meu quarto e vou direto para o banheiro, tiro minha roupa e entro embaixo do chuveiro, a água morna deixa o box do banheiro embassado. 

(...)

-O cheiro está muito bom. Falo sentando a mesa.

Brenda senta em duas cadeiras depois da minha.

-Sente-se mais perto filha. Falo e ela muda para a cadeira que está ao meu lado.

Ruth serve a gente e depois volta para a cozinha.

-E o que está achando da sua nova escola?

-Gostei muito de lá, na verdade mais do que a outra. Ela fala animada.

-E as professoras, gostou de alguma?

Pergunto.

-São todas muito legais, mais de todas eu gostei mais da Gabriela. Busco na mente quem seria essa.

-Que bom, mais quem é Gabriela?

Pergunto levando um pedaço de brócolis até a boca.

-O senhor deve ter a conhecido lá, ela me da aulas de biologia e física. Ela fala cortando um pedaço do bife.

-Este é o sobrenome dela?

-Desculpa papai. Ela fala baixando a cabeça.

-Desculpar o que filha?

-Ela me pediu para chamar ela por o nome, disse que não gosta dessas formalidade, o nome dela é Gabriel Kepner. Ela fala de cabeça baixa, uma das coisas que exijo da minha filha é sempre tratar as pessoas pelo segundo nome, foi assim que minha mãe me educou, então tento passar isso para a minha filha.

-Se foi um pedido da sua professora, então não tem que me pedir desculpas, está tudo bem. Acalmou ela. -Amanha levarei você para a escola. Falo e ela me olha de uma forma engraçada.

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