Capítulo 1

Dez anos depois

Dez anos se passou de de que tudo aconteceu com Bernardo, o capítulo a seguir é sobre Gabriela, professora formada em biologia, filha única, cuida do pai que está com uma câncer terminal no estômago, sua vida nunca foi um conto de fadas apesar de parecer uma princesa, o pai batalhou muito para criar ela depois de ter sido abandonada pela mãe quando tinha apenas dois anos, Gabriela trabalha para manter a casa enquanto o pai fica aos cuidados das vizinhas, Gabriela tem apenas vinte e cinco anos, mais tem a responsabilidade de um pai de família, nunca desejou mais que a saúde do pai, mesmo com as dificuldade ela sempre está feliz. Nascida e criada em Nova York.

Vou me atrasar novamente para o trabalho hoje.

-Filha come devagar, ou vai acabar como eu, com um câncer no intestino. Meu pai fala sentado.

Somos classe baixa, com muito esforço fiz faculdade de pedagógia com muito esforço, trabalhei em dois lugares, no turno do dia eu trabalhava em uma lavanderia e anoite eu trabalhava em um bar que fica bem perto da minha casa, não foi fácil, mais consegui, ganho pouco mais de dois salário, se eu continuasse trabalhando nos dois lugares com certeza ganharia melhor, pago o aluguel da nossa casa a água e energia e um empréstimo que tive que tirar para concluir a faculdade, meu pai faz as compras e compra o remédio dele, ele foi diagnosticado com câncer no estômago a alguns meses, ainda não consigo me acostumar com essa ideia, é tão deprimente ver ele cada dia mais fraco, as comidas dele tem que ser tudo batida no liquidificador, todas as manhãs acordo com medo de não ver ele vivo mais, essa odeia me apavora.

-Eu tenho que ir, vou pegar o ônibus ainda papai, qualquer coisa me liga. Falo pegando meus livros que estavam encima da mesa.

-Se cuida, e vê se come direito. Ele fala assim que saio de casa.

-Oi dona Lurdes, como está seus netos?

-Estão bem filha, e o seu João?

-Está bem, estou atrasada. Dou passadas largas até o ponto de ônibus. 

O mesmo está parado, corro até ele e adentro.

-Atrasada denovo?

-Obrigada seu Francisco, prometo acordar mais cedo amanhã. Falo e sento no banco da frente.

Seu Francisco é amigo do meu pai, ele sabe o que enfrento todos os dias para está aqui de pé pela manhã, eu não conheço minha mãe, ela foi embora quando eu tinha dois anos, papai foi quem me criou, estou com vinte e cinco anos, não faço mais questão de conhecer ela, até agora isso não me afetou, depois de uma hora no ônibus finalmente chego na escola, dou aulas em uma escola particular, a mãe de uma amiga arrumou esse trabalho para mim, não é o trabalho dos sonhos, mais pelomenos não passamos nescecidade.

-Obrigada seu Francisco, hoje a noite é lá em casa. Falo descendo do ônibus, só aí percebo que a frase ficou meio controversa. -O jantar gente. Tento explicar.

Saio rapidamente de lá, ainda ando alguns metros para chegar na escola, os alunos já estão adentrando a escola, um carro passa bem perto de mim, perto até demais.

-O filho da puta, não ver por onde anda não? 

Xingo.

Uma menina morena de cabelos longos sai de dentro do carro.

Ela adentra a escola e logo o carro se vai, entro na escola também e vou para a minha sala, hoje por a manhã tenho duas aulas seguidas de biologia e depois uma de física, atarde tenho que fazer o cronograma escolar, hoje o dia será bem longo.

Os alunos já estão na sala, a maioria em silêncio.

-Bom dia turma. Falo olhando os alunos.

-Bom dia. Respondem em uníssono, dou aula para uma turma de dez a doze anos.

Vejo a menina que chegou de a hora que estava perto da escola.

-Você?

Ela olha para mim assustada.

-Eu?

Ela pergunta olhando para toda a sala.

-Sim, voce é nova certo?

Pergunto.

-Sim, eu estudava em outra escola. Ela fala sem graça.

-Como é o seu nome?

-Brenda Lumière. Ela fala e tento lembrar de onde já ouvi esse nome.

-Muito prazer Brenda, meu nome é Gabriela e eu vou dar aula de biologia e física para você, espero que se sinta bem aqui conosco. Falo e volto a ficar atrás da mesa.

Dou início a aula.

(...)

-Obrigada professora por ter me recebido tão bem. A aluna nova fala depois que todos já tem ido embora.

-Se sentiu bem?

Pergunto.

-Sim, nossa foi uma das minhas melhores aulas. Ela fala animada.

-Fico feliz que gostou. Falo

-Me desculpa, mais da próxima xingue um pouco mais baixo. Fico vermelha igual a um tomate.

-Você...

Ela me interrompe.

-Sim, escutei. Ela diz e sai da sala sorrindo, que pestinha.

Terminei minhas aulas e depois segui para a sala dos professores. Meu celular começa a tocar, pego rapidamente com medo de ser alguma coisa com o meu pai.

O nome da Sandra aparece frequentemente na tela. Nos conhecemos na escola, ela não quis fazer faculdade por que seus planos sempre foi ter um negócio próprio, aos vinte e dois anos ela conseguiu, Sandra é da minha idade, a três anos ela tem uma loja onde vende bolos de todos os tipos, e está prestes a abrir outra loja, eu fico tão feliz por ver o sucesso dela, é tão bom realizar nossos sonhos. 

—Por que demorou tanto para atender?

—Desculpa amiga, estou fazendo o cronograma da minha próxima aula. 

—Vai fazer o que hoje?

—Depois que eu sair?

—Claro né, essa escola faz mal para você. 

—Para, você sabe que eu gosto do meu trabalho.

—Passa aqui quando estiver indo para casa, vou levar um bolo para meu pai e te dou carona.

—Eu adoro suas caronas.

—Sua idiota. 

—Tchau, beijo.

Desligo o celular assim que vejo o professor Samuel entrar, ele é muito bonito, mais infelizmente é casado, fazer o que se os melhores partidos são casados.

-Oi Gabriela. Ele me cumprimentar.

-Oi Samuel. Volto a focar no meu trabalho.

Olho no relógio e já passa das duas da tarde, meu estômago reclama da falta de alimento, já perdi três quilos em uma semana e meia, não venho me alimentando bem, meu pai não sai da minha cabeça e isso me tira o apetite, tenho tanto medo de receber a notícia que ele me deixou, como não consigo pagar uma pessoa para ficar com ele, minhas vizinhas que me ajudam, Maria sempre está lá fazendo a comida para ele, e a Nice me ajuda a cuidar da casa, dou aula três vezes por semana durante a manhã e duas vezes por semana atarde, amanhã é na parte da tarde.

Termino o que estava fazendo e junto meus matérias, pego minha bolsa e saio da sala dos professores.

Caminho um quilômetro até chegar na loja de bolos da Sandra.

-Cheguei. Aviso

-Até que enfim, pensei que tinha ido embora. Ela fala vindo me abraçar.

-Sabe que eu nunca iria rejeitar essa carona. Ela me olha feio e depois sorrir.

-Nossa amiga, cadê aquele corpinho seu? Está ficando muito magra. Ela me avalia de cima a baixo.

-Está indo pelo ralo. Falo sentando.

Eu fui líder de torcida por dois anos seguidos, saí quando descobri um câncer, é hereditário, mais o meu teve tratamento, mesmo que tenha me deixando uma sequela para o resto da vida.

-Vamos?

Falo desviando meu pensamentos, não gosto muito de pensar sobre meus problemas passados, isso não vai afetar minha vida, sempre penso nisso quando acordo.

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