Capítulo 3

Hélio acorda mais cedo que de costume, sente muitas dores a dois dias, vive sentado ou deitado, a algumas semanas não vai à academia e isso o ajuda muito a acabar com as dores, além de que seus músculos ficam bem salientes.

Hoje em particular está bem impaciente, desde que levantou tudo está dando errado, b**e as pernas em tudo, com certeza vai ficar cheio de marcas arroxeadas.

No banheiro b**e o braço na pia, não consegue virar direito a cadeira de rodas.

— Mais que saco! — Sai do banheiro nervoso e vai até à cozinha.

— Bom dia irmão, nem precisa falar nada, já sei que acordou com o pé esquerdo. — Helena sabe todos os defeitos do irmão, o mau-humor é um deles.

— Rum... bom dia! Muito engraçadinha.

— Sou mesmo, e mantenha essa língua afiada na boca já que está nervosinho. Sou sua irmã mais velha, te amo e quero respeito.

— Nunca lhe faltei com o respeito.

— Espero que nunca falte mesmo. Venha tomar café amor, a fisioterapeuta deve estar chegando.

— Não sei para que tanta frescura comigo.

— Eu sei, e é isso o que importa.

— Rum. — Hélio toma café e sai, perto do estábulo encontra o capataz e ficam conversando sobre o que deve ser feito durante o dia.

Quase que em seguida eles escutam um carro chegando e Helena sai da casa para ver quem é.

— Quer que vá ver quem é senhor? — Pergunta o capataz.

— Não precisa, minha irmã espera alguém.

— Certo.

Curioso, Hélio fica olhando o tempo todo, quer ver quem chegou, o Capataz acha graça e fica rindo da curiosidade do patrão, que até parou de conversar.

Naomi não sabe ao certo onde deixar o carro, então deixa na frente do casarão e sai, de longe o capataz comenta:

— Uma moça jovem bem magrinha.

Hélio fica olhando a moça sem conseguir desviar o olhar.

— É perfeita. — Hélio diz baixinho.

— O que disse senhor?

— Nada, vamos ver o Trovão.

Naomi olha ao redor e vê uma mulher loira, muito linda, com um pouco mais de quarenta anos sorrindo para ela.

— Bom dia, você deve ser Naomi. Bem-vinda a fazenda Silva e Silva.

— Obrigada, a senhora é a Helena?

— Eu mesma. Sou a irmã mais velha do Hélio seu paciente. Entre por favor, vou lhe mostrar suas acomodações e depois vamos tomar café.

— Sim, senhora.

Hélio tem que ir ao banheiro e não quer entrar no casarão, gostou muito da jovem moça, mais não quer entrar.

Sinceramente nem sabe mais como tratar uma mulher que lhe interessa.

Uma mulher que ele não pode nem tentar conquistar, quem dirá, amar ou fazer amor, imagina vê-la gritando no calor da paixão.

— Saco! — Hélio reclama.

"Com certeza ela chamou minha atenção, pelo fato de ser raro ver uma mulher, que não seja minha própria irmã." — Hélio pensa. — "Droga, tenho que ir ao banheiro."

Hélio se dá por vencido e entra no casarão, vai direto no banheiro e depois que sai às vê na cozinha.

— Hélio vem aqui mano.

Hélio não conseguiu fugir.

— Quero te apresentar a fisioterapeuta.

Hélio se aproxima e Naomi se levanta para o cumprimentar.

Como suas colegas do posto de saúde falavam... Uau... o homem é um colírio.

Mesmo sentado se vê quê é bem alto, Naomi não percebe que está babando pelo Hélio, mais Helena dá um risinho, sabe que o irmão sempre foi irresistível para a mulherada.

— Muito prazer senhor. Sou Naomi Satomi, sou fisioterapeuta e massagista. Acredito que nos daremos muito bem senhor.

— Espero que esteja certa. — Ele fala.

Naomi fica um pouco sem graça.

— Não liga querida, hoje ele chupou limão. Venha terminar seu café, quero lhe mostrar a casa e ao redor. — Fala Helena.

— Vou sair. — Hélio sai.

— Ok, volta menos azedo. — Fala a irmã.

Hélio sai e Naomi o segue com os olhos.

— Gato, não é verdade? RS. — Helena fica feliz que o irmão ainda encanta as mulheres apesar de seu temperamento azedo.

— Ãhn, é... Quero dizer...

— Eu sei o que quer dizer querida. Venha vamos conhecer a casa.

Hélio entra no carro e sai um pouco, quando percebe está entrando na academia, passa as próximas duas horas malhando.

Volta para casa todo suado e vai tomar um banho, no caminho encontra Naomi saindo do quarto, na academia tinha colocado bermuda, camisa regata e está sem chapéu.

— Senhor, posso te ajudar com o seu banho.

— Não precisa, eu sei me virar sozinho. — Fala seco.

— Certo.

Ele entra no quarto e começa a se arrumar para o banho, ainda bem que ela trocou de roupa, seu menino pode estar sempre quieto na cueca, mais seus olhos varreram toda beleza feminina dela, naquele vestido justo. 

Agora parece uma fisioterapeuta com calça e jaleco. Para um pouco de pensar nela e vai tomar seu banho.

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