Capítulo 2

Helena volta feliz para a fazenda, já tem a pessoa certa para ajudar o irmão teimoso, a moça vai começar amanhã, deixou tudo nas mãos de Penélope.

No posto de saúde, Penélope chega para trabalhar e vai até Naomi.

— Boa tarde, Naomi.

— Boa tarde.

— Tem um tempinho?

— Sim, claro, vamos até minha sala.

Entram na sala e ficam a vontade para conversarem.

— Você é ótima no que faz. E como temos outro fisioterapeuta, escolhi você para trabalhar com a família Silva.

— Não estou entendendo.

— Helena Silva precisa de uma fisioterapeuta para cuidar do irmão. Aquele que ficou de vir a noite fazer fisioterapia e você ficou esperando e ele não veio.

— Sim, sei. Será que ele é educado? Eu não vou aguentar ser maltratada. As meninas dizem que ele não aceita nada com relação à saúde.

— Deverá ter um pouco de paciência, uma hora ele vai confiar em você.

— Não sei.

Penélope estica as pernas, pois estão doloridas.

— Você vai gostar do serviço. Ele trabalha no escritório da casa o dia todo, então você terá bastante tempo livre e lá é lindíssimo. Rios, cachoeiras, poderá andar a cavalo... você faz seu horário.

— Parece tentador.

— Que ótimo. Porque, você começa amanhã.

— O quê?

— Vamos lá Naomi, vai ser muito bom para você.

— Hum... — Naomi fica pensativa.

— Diz que sim.

— Está bem. Como fica meu serviço aqui?

— Vou dar baixa na sua carteira, lá eles vão te registrar.

Hélio está no escritório, seu serviço está super chato hoje, vai deixar o pouco que tem para o dia seguinte.

Volta a varanda, esses dias levemente frios também incomoda seus ossos, ficam doloridos.

Se sua irmã estiver certa e a mão da fisioterapeuta for boa, mesmo nessas épocas o ajudará bastante com essas dores inconvenientes.

Ele vai até à rampa levemente inclinada e passa por ela, o caminho até o Trovão não é longe.

Chegando no estábulo entra e vai visitar seu companheiro Trovão, ao vê-lo o cavalo relincha.

— Também sinto sua falta bonitão.

O cavalo é grande e negro, seus pelos brilham como o petróleo, o cavalo relincha novamente.

— Um dia meu amigo, um dia... — Fica passando a mão no focinho do animal que está com a cabeça baixa para receber os carinhos.

No casarão...

Helena está na cozinha preparando o jantar, chega um homem jovem e a abraça por trás com carinho lhe depositando um beijo no topo da cabeça.

— Oi mana. — Fala Carlos Silva.

— Olá, como vai caçula? — Helena fica feliz por ver seu irmão mais novo.

— Estou bem.

— E a Ritinha?

— Foi viajar com o namorado. — Ele fala enquanto se senta.

— Humm, e você não tem ciúmes?

— E, porque eu deveria ter?

— Hora vamos, ela é sua paixonite desde a faculdade.

— RS, já superei isso faz muito tempo. Ainda na faculdade para ser mais exato.

— E suas namoradas não têm ciúmes dela? Ele se mexe inquieto na cadeira.

— Sim, claro, não sei porque Rita faz questão de deixar elas com dúvida se somos amigos ou amantes. Às vezes, tenho que chamar a atenção dela.

— E, porque ela faz isso?

— Diz que para me proteger das interesseiras. E o Hélio?

— Estava no escritório.

— Vou ver ele.

— Vai lá.

Carlos vai até o escritório e não tem ninguém.

— Não está.

— Deve ter saído.

— Como assim? Agora ele está saindo?

— Raramente, mais sai depois que o carro PCD dele chegou.

— Que carro é?

— Um Amarok marrom.

— Que bom, fico feliz por ele. Vou procurar ele lá fora, ficarei para o jantar.

— Claro, querido.

Carlos entra no lugar mais perto da casa que antes era muito usado pelo irmão, o estábulo.

— Oi irmão. — Carlos chega por trás o abraçando pelos ombros. — Senti sua falta.

O irmão segura seu braço.

— Eu também.

— Vem, está escurecendo. Vamos para casa. Te ajudo a trocar essa roupa molhada, sem dizer nada Hélio aceita ser conduzido.

Em sua casa alugada, Naomi faz suas malas, amanhã cedo vai entregar a chave da casa alugada e vai direto para a Fazenda Silva e Silva.

— Espero não me arrepender. Penélope disse que terei meu próprio quarto na fazenda, então terei uma certa liberdade e privacidade.

Os irmãos Silva, jantam juntos e Carlos pergunta da fisioterapeuta.

— E essa senhora que vem ajudar o Hélio?

— Você deduz ser senhora, mais sinceramente nem eu sei. — Fala Helena.

— Se for senhora será melhor. — Comenta Hélio.

— Porquê? — Carlos pergunta estranhando.

— Mais experiente, claro. — Hélio disfarça com o comentário.

— Eu não sei, só sei que foi muitíssimo bem recomendada e é japonesa. Não sei de mais nada. — Fala Helena.

— Japonesa? — Pergunta Hélio.

— Sim, porquê?

— Ela deve ser boa mesmo. — Comenta Hélio.

— RS, tá gostando da ideia né danadinho? kkkkk... — Fala Carlos, se divertindo.

— Não seja inconveniente. — Hélio reclama.

— Fala sério, RS.

— Deixa de besteira.

Terminando de comer Carlos pergunta:

— E onde ela vai ficar?

— Como onde? Aqui no casarão conosco, na suíte ao lado do Hélio.

— Tá de brincadeira que ela vai ficar tão perto assim! Coloca ela no andar de cima. — Reclama Hélio.

— Não, ela vai ficar perto de você, caso tenha alguma crise a noite.

Hélio abaixa a cabeça.

— Raramente tenho crise.

— Eu sei amor, mais se ela estiver, por perto poderá ajudar.

— Já estou me irritando de novo com esse negócio de fisioterapeuta.

Carlos dá um sorrisinho e diz:

— Ah, fala vai... tá com medo da mulher te dar um trato? Bem que você está precisando.

Hélio fica calado, pois, o irmão não sabe que ele não pode mais.

— Bom, o papo está ótimo. Mais vou indo para casa, amanhã trabalho muito cedo e tenho um encontro agora a noite com uma modelo maravilhosa.

Carlos se despede dos irmãos e vai embora.

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