Capítulo 6

Dito insiste em encontrar uma gatinha para o Lucas e o mesmo diz que não quer. Mesmo assim ele não se dá por vencido. Vira uma dose de uísque.

— Eeeeeee  lasquera, essa queimou a garganta. Já volto com a gata. — Fala Dito.

Sorrindo, Lucas balança a cabeça está começando a sentir o efeito do álcool.

No andar de cima...

— Eu não consigo. Não me vejo dormindo com um homem que não amo. Ai senhor o que vou fazer?

As garotas tentam acalmar Juliana e o primo b**e na porta já entrando.

— Desçam todas agora, o bar está cheio. Juliana, seu primeiro cliente será o garoto Durant.

— Mais senhor...

— Sem mais ou dorme com ele, ou vai para rua.

Com lágrimas nos olhos, Juliana se levanta com a cabeça erguida. Gostaria de estar sentindo tanta confiança como está tentando demonstrar. As garotas saem e o primo avisa:

— Você tem 5 minutos para descer. Ele está esperando.

— Sim, senhor. — Ela concorda sem nenhuma emoção.

Quando fecha a porta ela desaba em choro.

— Eu não vou conseguir, o que eu faço? 

Cinco minutos depois ela consegue disfarçar com maquiagem que chorou e desce. Está provocante, como as outras garotas.

Não é muito alta, mais tem um corpo impecável, desde muito jovem já tinha corpo de mulher.

Seios G, nádegas G e pernas muito bem desenhadas, o rosto de uma beleza só. Está a alguns dias no Bar dos Primos, mais fez de tudo para não dormir com ninguém.

O primo aceitou até chegar esse tal de garoto Durant. Se não fosse por seu pai, sua vida não seria tão difícil.

Na chácara do veterinário.....

 Jessy, filha do veterinário está velando seu pai, que sofreu um acidente de carro na rodovia Fernão Dias.

Ele foi atender um cliente na cidade vizinha, estava muito cansado e dormiu ao volante. Já tinha perdido a mãe, ela foi dormir e não acordou mais.

Sua vida já era triste, agora se sente muito pior, é recém formada em veterinária. Mais acompanhou o pai desde pequena, tira seu novo trabalho de letra.

Precisa ver a agenda do pai, não pode perder nenhum cliente. Ela está sozinha nesse mundo agora e precisa trabalhar.

Bar dos Primos...

Juliana fica olhando de longe o garoto Durant, como as meninas disseram é muito bonito e jovem.

Uma colega passa do lado dela e sussurra:

— Tente se acalmar. Ele é muito carinhoso, agradável e educado, não força a barra. Vai gostar de estar com ele.

Juliana engole seco e está quase chorando de novo.

— Vai lá… certeza que amanhã você vai me agradecer, ele puxou o pai. Muito bem dotado, RS… Ai, delicia. — A moça revira os olhos e sai sorrindo, Juliana fica olhando para ela.

Volta a olhar para o Durant, não tem jeito, vai ter que se entregar para ele. Só de pensar em ir pro olho da rua se apavora. Alguém segura o pulso dela e ela se assusta.

— Oi gata. Você é nova aqui? — Fala Dito.

— Ãhn? Sim, senhor.

— Tu és gata demais. Bora ali que vou te apresentar um cabra.

A cada passo ela fica mais desesperada.

— Eu, é que eu...

— Bora. — Ele a puxa pelo braço a deixando em pânico.

— Tá aí a gata. Divirtam-se. — Fala Dito.

 Juliana está sem chão, muito nervosa, não sabe como se portar, nem o que fazer. O belo jovem a olha. De perto ele é mais bonito ainda.

— Sente-se. Quer uma bebida? — Fala Lucas.

— É que eu...

— Moça, só fica aqui me fazendo companhia. Mais nada.

Ela não acredita no que está escutando.

— Tem certeza?

— Sim. — O jovem diz e dá, um sorriso lindo.

Ela fica mais relaxada e começam a beber, não demora muito ele diz:

— Parei. Tô bêbado, aff.

Juliana segura a cabeça com uma mão ela também não está muito bem O jovem se levanta cambaleando um pouco.

— Eu vou indo. Obrigado pela companhia.

— De nada.

O homem põe a mão no bolso e tira um maço de dinheiro e entrega para ela.

— Mais...

— Pega logo. Boa noite linda.

Ele vai embora, realmente ele é agradável, diferente de muitos que aparece no bar.

— Não te pago para ficar de conversinha.

Extremamente agradecida ao jovem Durant. Pega o dinheiro que ganhou dele e entrega para o dono do Bar.

É o suficiente para ele a deixar em paz por duas semanas, nos próximos dias não será obrigada a descer e ficar com os clientes.

 Muito menos a fazer o que não quer. Ela volta para o quarto é bom que cada garota tem seu quarto.

Senta na beira da cama e coloca as mãos no rosto.

Na fazenda logo cedo Rodrigo começa chamando a atenção dos rapazes por serem fofoqueiros.

Chegam os novos peões e com o patrão, vai falar o que devem fazer. Karen chega na hora do almoço e lhe mostra toda a fazenda. No café da tarde, fica olhando sua prima babando pelo filho do patrão cantando e sorri.

Depois leva a prima para a própria casa a instala em um quarto e vai para a sala. Seu celular está piscando, uma mensagem de Letícia.

— Precisamos conversar querido. Poderia vir hoje?

Ele responde:

— Claro, estou indo.

Rodrigo pega o carro e vai para fazenda Rio das Pedras. Passa pela cidade, em frente ao bar dos Primos.

— Ei Dito. — Fala Daniel.

— Quê?

— Aquele não é o carro do Rodrigo?

— Tá maluco? O cabra dorme com as galinhas. Deve estar no terceiro sono a essa hora.

Ele chega na fazenda e entra na casa um pouco preocupado:

— Bem-vindo querido, desculpa ter te chamado. Eu sei que não iria vir. Mais eu precisava conversar com você.

— Devo ficar preocupado? Está tudo bem com você ou seu filho?

— Sim, estamos bem. Mesmo assim a conversa é sobre nós três. Venha comigo. Preciso de uma bebida.

— Vamos.

Ele abre a garrafa e a serve, Letícia está nervosa, nunca a tinha visto assim.

— Por favor, diga o que está acontecendo.

Ela senta e pede para ele fazer o mesmo.

— Nós não podemos mais continuar esse tipo de relação.

Rodrigo estranha e pergunta:

— Porquê?

— Vou contar desde o começo. — Ela abraça as pernas e continua tomando o vinho.

— Consegui falar com o Tony.

— Que bom.

— Por favor, escute tudo antes.

Rodrigo se mantém calado.

— Meu filho me ligou, disse que já estava sabendo que tenho um relacionamento as escuras, com um jovem com idade para ser meu filho. — Ela para de falar envergonhada. — E me pediu para terminar…  

Ela abaixa a cabeça triste e Rodrigo ainda está calado esperando.

— Tony disse que aceita voltar para casa, e que se descobrir que ainda saio com você... — Leva a mão trêmula até os olhos chorando.

Ele se aproxima um pouco e senta no mesmo sofá.

— Disse que vai te matar. Não podemos mais continuar querido. Eu sinto tanto... sua companhia é tão boa para mim. Você é um homem tão doce e especial. Não quero que nada te aconteça.

— Mais...

— Agora vá querido.

— O quê?

— Ele mandou um homem nos vigiar. Se ficar mais que o necessário, acredito que irá desconfiar. Pode ir, eu ficarei bem. É meu filho, ele me ama, não me fará mal. — Rodrigo se levanta e a abraça.

— Significou muito para mim tudo o que passamos. Se você precisar de qualquer coisa, não exite em me chamar. Acredito fielmente que seu filho vindo para cá mudará seu jeito de ser.

— Tomara. Obrigada meu querido.

Rodrigo sabe que não adianta tentar conversar sobre o assunto, chateado vai embora.

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