Capítulo 2

Rodrigo chega de carro, estaciona em sua vaga, perto do carro do Lucas. Anda em direção a área gourmet e vê, Érica agitada, gesticulando com Lucas e parece estar chorando. Quase em seguida vê a moça ir embora.

"Porque será que ela saiu tão nervosa?" — Pensamentos Rodrigo.

Ele espera a situação amenizar para ir conversar com o amigo. Nesse meio tempo, Alexandre aparece.

— Boa tarde! — Fala Alexandre.

— Opa. — Rodrigo o vê.

Alexandre se aproxima estendendo a mão

— Tudo bem, Rodrigo?

— Melhor agora. E você está melhor?

— Vivendo um dia de cada vez. Meus filhos são muito pequenos e não foi fácil a morte de minha esposa, é muito recente.

Rodrigo coloca a mão no ombro dele:

— Sinto muito, meu amigo.

— Eu também... e o Cássio?

— Venha vamos chamar ele para conversar.

Cássio tira um cochilo na rede, os remédios o derruba por horas às vezes.

— Patrão?

— Hum... — Responde abrindo os olhos.

— Nosso velho amigo veio nos ver. — Fala Rodrigo.

Cássio se levanta com a ajuda deles.

— E aí? — O cumprimenta com um aperto de mão.

— Vim ver se era verdade que um touro te derrubou.

— É sim, me lasquei todo.

— RS... — Rodrigo sorri com o comentário do patrão, Alexandre o acompanha.

— RS...

— Sente-se, vamos conversar.

— Vou indo, patrão.

— Não, você fica. A quanto tempo a gente não para, para conversar?

— Bastante. — Responde Rodrigo.

— Só nós três? Os mais velhos da turma? A anos kkk... — Fala Alexandre sorridente.

— Fico feliz que consiga sorrir um pouco. — Fala Cássio.

— Não posso me entregar. Tenho 3 filhos e uma fazenda. — Fala Alexandre.

— Você está certo. — Cássio sempre quis conversar abertamente com Alexandre sobre Mariza quando eram mais jovens.

Mais a dor que o viu passar na época o calou.

— Alexandre? — Chama Cássio.

— Pode falar.

— Quando a Mariza foi embora... — Cássio começa a falar e Alexandre suspira exasperado.

— Você ia direto no Bar dos primos, nós vivíamos nos encontrando por lá... lembra?

— Claro, raramente eu ficava sóbrio. Mais lembro perfeitamente.

— Se vivia lá ou trabalhando, como conheceu sua esposa?

Rodrigo apenas fica escutando.

— É uma longa história.

— Vou pedir um café. — Fala Rodrigo.

— Beleza. — Rodrigo sai rápido, e logo volta.

— Prontos?

Rodrigo serve o café.

— Foi em 2011, uns meses antes de nos casarmos...

Março de 2011...

— É hoje, é hoje... sim, sim, sim... — Dito canta e dança. — Dum, dum, dum... Há!

— Tá maluco cabra? — Fala Benê franzindo a testa.

— É hoje que eu entro naquele Bar!

— Kkk... dia de tirar o cabaço é?

— Que bagunça é essa? — Daniel chega.

— Dito vai tirar o cabaço hoje.

— Tá tirando em cara?! — Dito reclama. — Tu tá é com inveja que sua vez é só ano que vem.

— Pense o que você quiser, kkk... — Responde Benê enigmático.

— Peraí, tu já...??? — Pergunta Dito com os olhos arregalados.

— Cara, sou alto forte e bonitão, o que você queria? As, Mina pira. — Fala Benê. — Tu és um tampinha e magrelo.

— Kkk... coitado do Dito cabra.

— Não preciso que me defenda de nada. Vou considerar isso como recalque Benê.

— RS… E vai com quem? — Pergunta Benê.

— Com o Alexandre.

— Começa a se arrumar então. — Fala Daniel.

— Acabou o serviço por hoje? Rodrigo? — Fala Dito.

— Fala.

— Deu por hoje?

— Já podem ir descansar. — Fala Rodrigo.

— Beleza... iiiirraaaaaa... — Dito grita feliz.

Na fazenda três poderes...

Alexandre termina seu serviço, nunca mais soube o que estar sóbrio desde que Mariza o abandonou.

— Ela está beirando os 17 anos... — Fala amargurado. — Ah, Mariza porque me deixou desse jeito?

Pega a garrafa de pinga na cozinha e toma no gargalo.

Sobe para o quarto para tomar banho. No começo da noite sai de casa e se encontra com Dito no caminho.

— Então é hoje cara?

— Putz grila é hoje. — Fala Dito empolgado.

— RS... Então vamos!

Chegam no Bar dos Primos, Dito comenta:

— Tu já estás meio torto né? — Fala Dito

— É... você sabe dirigir né?! — Alexandre pergunta.

— Sei, mais ainda não tirei a carta.

— Bom, então nós dormimos por aqui qualquer coisa.

— RS, beleza. Bora entrar.

Dito entra com um sorriso de orelha a orelha.

— Oi lindão. — Uma das gatinhas do bar o, paquera 

"Nem entrei já estou me dando bem." — pensamentos.

— Oi gatinha.

— Me paga uma bebida lindão? Talvez algo a mais...

— Ai miséria, vou endoidar hoje.

Alexandre fala perto do ouvido dele:

— Cuidado para não ir com muita sede ao pote. Vai acabar não dando conta.

— Cara tenho energia para todas as gatinhas daqui.

— RS, todas menos uma.

Dito se aproxima do balcão com ele e pergunta curioso:

— Qual cara?

— Tem uma aqui que só fica comigo.

— Não pensa nos outros não, é cabra?

— RS... ela é diferente. — Alexandre fala sorridente.

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