3 - J.C. Blake - Parte I

Sessão de fotos - Cameron Blake

— Muito bem Camerom, as fotos ficaram ótimas. — Freddie as passa rapidamente enquanto visto meu moletom. Realmente ficaram boas, mas acho que não é por minha causa não, mas a câmera do Freddie faz mágica.

— Gostei. — Pego minha mala e dou um cumprimento de amigo nele e um rápido abraço de despedida. — Tenho que ir agora. Meu assistente se despediu e enquanto não arranjar outro tenho que anotar meus próprios recados. — Saio da Agência e dou a mão pra um táxi assim que piso na calçada.

Um dia vou comprar um carro, mas estou iniciando a vida de modelo agora e a prioridade é uma casa, porque logo o Elliot vai inventar de casar com a minha irmã e eu vou ficar no olho da rua morando de aluguel.

Um táxi logo para na minha frente e eu entro dando o endereço do meu apê.

Meu celular começa a vibrar no bolso da calça e eu o arrasto com dificuldades por causa do óleo que passaram no meu corpo e ficou nas minhas mãos.

— Alô? Amor?

— Oi meu amor! Advinha onde eu tô?! — Jenna fala toda animada.

— Não sei. Onde sua louca? — Rio.

— São 3:00 da manhã agora.

Olho meu relógio e vejo que ela está à fusos de diferença.

— Tá no Japão sua doida?! — Pergunto surpreso. Desde que a Jenna começou a ser modelo de passarela, isso tem um mês, ela vive pulando de país em país. Do jeito que planejavamos fazer juntos.

— Sim! — Ouço a animação da sua voz.

— Que bom amor. Você voltar quando? Tô morrendo de saudades.

— Não sei Cameron, acho que só daqui a umas 3 semanas. Meu agente disse que vai ter vários desfiles e talvez eu seja contratada pela Victória Secret. Já pensou isso?!

— Nossa... — dou um riso mais desanimado. Eu não aguento mais ficar longe dela. — mas se você for contratada pela Victória Secret vai ter que morar aí na Europa não é?

— Sim. Mas você também tá ficando muito famoso. Logo vai vir morar aqui também. E a gente vai ficar juntos. Não é nada certo com a Victória Secret. É só uma hipótese. Fica tranquilo. Eu te amo e nunca vou deixar de te amar. A distância não vai apagar isso.

Suspiro um pouco triste.

— Tudo bem. Te amo viu.

— Também te amo. Agora vou dormir. Só liguei pra ouvir sua voz linda. Tô morrendo de saudades.

— Também tô Jenna. Boa noite. — Desligo com o coração na mão.

É muito difícil ficar longe dela. São dois anos inseparáveis e um mês que eu tô perdidinho. Não tenho nada pra fazer fim de semana, não tenho companhia pra maratonar na n*****x nem pra ir ao cinema. Ainda por cima tem o Elliot de um lado, num grude só com a minha irmã, me fazendo lembrar da Jenna, e do outro lado o William me chamando pra farra.

Não quero que dê nada errado na vida da Jenna, mas se ela passar a trabalhar na Victória Secret vai ser foda pra mim.

Pago o taxista e desço do carro entrando no apartamento. Aposto que vou encontrar o Elliot tendo uma crise de fúria por ainda não ter encontrado o tema da exposição.

Abro a porta e o encontro sentado no sofá olhando fixamente pra parede com o celular na mão. Acho que ele tá em transe. Ou ele pode ter tido a grande ideia. O Elliot é estranho se vez em quando. Só a NASA pra estudar ele.

— Elliot? Teve a grande idéia? — Fecho a porta e me aproximo dele, balançando a mão em frente ao seu rosto até ele voltar a si e me dar um belo susto no suspiro dele. — Cacete! — Pulei pra trás.

— Que foi?

— Por um momento eu pensei que você tava possuído. Sério, não me assusta assim Elliot! — Jogo minha cochila numa poltrona e deito na outra. — O que você tem? Tá estranho.

— O que você acharia se eu trouxesse uma garota pra morar com a gente?

— Você não engravidou outra garota que não seja a Sierra não, não foi?! — sento assustado.

Elliot é doido, quem sabe!

— Não! Eu nunca traí a minha namorada! Tô falando da minha irmã. Meus pais expulsaram ela de casa porque ela já é maior e não se decidiu sobre a faculdade. — Coça a cabeça um pouco contrariado. Coitado do meu amigo.

— Eu não me importo. — Dou de ombros. — Eu nem sabia da sua irmã. Ela é maníaca por limpeza igual a você? — Ajo com sarcasmo.

A nossa sorte é que a mãe da Jenna vem todo fim de semana aqui, senão a casa tava só o quarto do Mutano dos jovens Titans.

— Sério mesmo Jordan? — Me encara surpreso com minha resposta.

— Sim. — Assinto.

Não vejo problema. É irmã dele. A minha irmã vive aqui também. Só não mora. E ele nem reclama.

— Tá bom. Cara você é um amigão! — Ele salta encima de mim me abraçando. — Mas já aviso, ela é doida.

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