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Arthur:

     Dia seguinte acordo bem e cedo,todo um banho quente e depois me seco e me visto,depois vou tomar café e olhar a vista.

-Fala aí meu irmão-diz o Rogéria chegando perto de mim.

-Fala aí braço-falo sério e os gringos que estavam perto nos olhavam sérios.

-Tava conversando com o menó e ele disse que uma das imagens que ele apagou,viu você com uma morena,o cara disse que é bonita.

-Idaí?-olho em seus olhos,bem mais sério que todas as vezes.

-Queria saber se tu conhecia,se pode jogar na minha fita.

-Conheço,mas não vou j**a na fita de ninguém e muito menos caras como eu,ela merece pessoas melhores que nós,não cafetões,nem ladrões,nem traficantes e nem assassinos.

-Eu mudei mano,nunca mais tiro a vida de ninguém,isso é passado.

-Que bom,mas tu encontra uma mina maneira,aquela mina não é pá nós.

-Mas conhece ela de onde?.

-De SP,ela trampava na mansão do Pietro,aonde nós era sócio até ele me trair de todas as formas possíveis.

-Então ela era p***?.

-Ela era obrigada e estuprada,isso sim,ela foi mais uma mina sequestrada e forçada a trabalhar se vendendo pra gente lucrar.

-Defende mesmo ela em,não parece só conhecida.

-Me apaixonei por ela,tinha um jeitinho de criança,fora as inúmeras qualidades,era sensível,leal,amiga,ela é incrível.

-Gamadinho ainda.

-Talvez,mas eu tenho a Cíntia e o bebê,não posso deixar que elas corram o risco de nunca mais me vê e isso que a mina me causaria,uma fuga sem volta.

   A gente só come e depois cada um segue seu caminho.   Me agasalho mais e vou sair pela cidade,queria conhecer um pouco mais os lugares,então fiquei andando por um tempo,até da de cara com revistas.

    Na capa estava a Niara de calvinha e sutiã,o tema era de empoderamento das mulheres e de se amar,eu fico adimirando ela pelo vidro,até que resolvo comprar e vê se tinha uma matéria completa.

   Vou até uma praça e me sento ali ao ar livre,folheio tudo até que encontro uma entrevista com ela,ela era modelo e mãe,ela fala sobre seu medo em trabalhar com fotos por causa das estrias que normalmente as mães tem,mas então um tal de Ben(Benjamin) ajudou ela a superar os medos e trabalhar como modelo e da uma vida melhor para seu bebê.

    Depois de ler tudo eu sinto meus olhos pesados,a Yasmin tinha razão,ela seguiu a vida dela,ela tinha um filho,eu não devia mesmo procura-lá pra acabar com sua vida...mas ao mesmo tempo que penso nisso,também penso no porque ela achou que eu voltei por ela?,ou porque ela disse "a gente"?,não tem como ela ter um filho meu,se houvesse um bebê o Pietro matou depois de tanto bater nela e mesmo se houvesse,a criança já seria grandinha,não um bebê como diz na revista.

    Me vejo fraco novamente,isso que o amor me causava,fraqueza,então eu descido achar ela,eu precisava tirar toda essa história a limpo.   Então pesquiso os estúdios de fotos na cidade,haviam só dois,então eu vou até lá pra saber se ela trabalha lá e se estava lá.

   Fui no primeiro que não era muito longe do hotel,mas ninguém sabia dessa moça,então fui até o outro procura-lá,assim que cheguei todos me olhavam,talvez sejam por causa das tatoos,aí eu fui até uma menina que estava com uns papéis na mão.

-Bom dia,eu estou procurando a Niara-tento falar em sua língua,mas ela ri de mim.

-Você é estrangeiro não é?-pergunta sorrindo e me olhando de cima a baixo.

-Sim.

-Percebi pelo seu sotaque fofo-ela sorri largo-,Niara a modelo?.

-Sim.

-Você é o que dela?.

-Uma longa história...

-Ela vai tirar fotos em minutos,pode esperar ali sentado,quando ela acabar pode falar com ela.

-Ok,obrigado.

-Nada gato-ela pisca e sai.

   Eu sento na cadeira que tinha no canto e fico olhando tudo,até que  chega a sereia,ela estava vestida com um vestido floral azul meio verde,uma sandália baixa,bem estilo de praia,eu sorri,ela era linda de todas aa formas,de roupa,sem roupas.

   Depois ela fez mais duas trocas e por fim foi se arrumar pra ir embora,então eu segui ela,mas entrei em um cômodo cheio de mulher.

-Ei,não pode entrar aqui!!!.

-Sai seu tarado!!-as mina gritavam.

   Mas então a Niara aparece pra defender as amigas,ela tinha uma vassoura nas mãos,então eu ri dela.

-Arthur,o que faz aqui?.

-Queria conversar,não sabia que ia ter várias mulheres...

-Me espera lá fora.

-Tudo bem e você fica linda usando a vassoura como arma-falo sorrindo e ela também sorri,só que corada.

   Então volto para aonde eu estava,em minutos ela apareceu sorrindo,se despediu de todos e só me disse:"Vamos",então eu a segui.

   Andamos calados até sair do recinto e logo ela se pronunciou no caminho até um ponto de táxi.

-O que faz aqui?.

-Eu queria conversar...acho que te devo explicações-paro e penso em como vou falar-,e você também me deve algumas,eu acho.

-Ok,então vamos pra minha casa,lá é bem tranquilo pra uma conversa.

-Por mim tudo bem,contanto que seu namorado não chegue quebrando tudo.

-Eu já disse que não tenho namprado-fala irritada e fazendo sinal para um carro.

-Então é mãe solteira?.

-É Arthur,mãe solteira...

    Entramos no carro quietos,ela da o endereço e segue emburrada,eu não entendi qual o problema dela,eu só fiz uma pergunta,achei que iria gostar de colocarmos tudo em pratos limpos.

   Quando chegamos ela pagou,mesmo me vendo pegar a carteira pra pagar,ela sai apressada e batendo a porta,então eu respiro fundo e saio do carro,sigo ela pela entrada do prédio chique,entramos no elevador e depois de minutos saímos dali e segui ela até uma porta de madeira fina,ela destranca a casa,entra e me da espaço pra entrar,eu entro e ela tranca  novamente.

    Eu olho tudo ao redor,a casa dela era linda,tinha móveis caros,aparelhos eletrônicos caros e muitas outras coisas.

-Manera sua  casa-ela só me ignora-,Sereia-ela me olha com uma leve faísca nos olhos-,eu não sei o que falei de mal,mas então me perdoa-faço carinho nos seua ombros despidos e sinto ela titubear um pouco,mas então volta para a realidade.

-O que quer conversar?,só sobre a criança?.

-Eu não quero falar sobre o seu filho,estamos aqui pra falar de nós...de mim,do passado.

-Então fala.

-Eu não vim atrás de você...

-Eu já entendi isso Arthur,não precisa jogar a todo tempo isso na minha cara-ela tinha os olhos cheios de lágrimas.

-Eu não vim porque eu não queria te força a está do lado de um ex-presidiário,eu não podia e nem ia conseguir te da essa vida que cê tem agora,de calmaria,paz,luxo,trampo tranquilo...eu vivo fazendo coisas ruins e erradas,eu preciso desse dim.

-Eu nunca liguei pra nada disso,eu só queria ficar com você-ela já chorava-,saiu tem quanto tempo?.

-Meses,quase um ano.

-Então a Amber ou o Carlos te contaram e você mesmo assim não veio?-agora seu olhar triste era carregado de decepção.

-Eles tinham que me contar algo?-agora eu quem tava confuso.

-Tinham,eu pedi,basicamente implorei pra Amber dizer ou pedir ao Carlos pra te contar que nós iamos ter um filho,depois pedi pra contaram que o bebê nasceu-ela chorava em cada palavra-,que era a sua cara,que era um menino e que estávamos te esperando ansiosos.

-Ninguém me disse-falo sério-,ninguém me falo p**** nem uma de você!!,eles nunca me contaram isso,eu sempre perguntava pro Carlos durante as poucas visitas que pôde me fazer,ele dizia que não sabia,mas assim que eu saisse podia te procurar...a Yasmin que tocou no assunto sobre tu,ela levantou a hipótese de você ter seguido a vida sem mim,eu achei lógico e desisti de manter uma esperança de te vê,eu não queria te atrapalhar e nem acabar com sua vida.

   Ela chora mais e eu abraço ela,eu jamais ia imaginar que ela ia conseguir ter um bebê meu depois da surra do Pietro,mas era doloroso vê ela tão triste e frágil.

-Eu só queria vocês dois do meu lado,eu só queria que tudo fosse melhor,eu acreditei que eles estavam me ajudando,mas eles acabaram comigo,tem homens que querem se aproveitar de mães solteiras e novas,eu quase fui agarrada,já escutei piadas ruins e tudo isso porque eles não falaram a verdade...meu pai queria que eu tirasse,mas eu lutei com unhas e dentes pelo meu filho,pelo nosso filho e eu pude tê-lo.

-Calma,eu vacilei em não ter vindo saber se realmente estava feliz com outro,mas está tudo bem agora.

-Por que?-ela me olhava atenta.

-Porque estamos juntos-tiro sua franja longa da frente dos olhos-agora.

-Só agora-fala em um suspiro.

     Mas eu não perco meu tempo e a beijo,era um beijo calmo e com sentimento,esse mesmo que acumulamos durante dois anos e pouco.    Seguro nos cabelos de sua nuca e sinto ela extremesser,desço as alcinhas de sua blusa e ela tira minha camisa,aos poucos vamos nos deitando no sofá,mas quando as coisas estavam ficando mais quente ouvimos o barulho da porta,então ela ajeitou o top e subiu a blusa e eu fiquei normal,então a porta foi aberta por uma mulher branca e com roupas parecidas com a de uma enfermeira.

-Boa tarde dona Niara,chegou cedo-diz a moça com o carrinho de bebê-,boa tarde senhor.

-Boa tarde-diz a Niara sorrindo-,eu tive que resolver algumas coisas.

-Boa tarde-falo sério como sempre,aliás,ela acabou com a minha graça.

-Ata...a senhora vai  querer meus serviços ainda hoje?-diz a moça encostando a porta e colocando o carrinho perto da mãe.

-Não,pode ir pra casa descansar,amanhã no mesmo horário ok?.

-Sim senhora-ela sorri e se vai.

      Eu olho o garoto no carrinho,ele dormia tranquilo,não dava muito pra vê seu rosto,mas sua cor era igual da mãe,um dourado.

-Esse é o Noah,quer ver melhor?.

-Quero.

    Ela pega o menino no colo e ele já era grandinho,não tinha muita cara de bebê,mas tinhas alguns traços meus.   Eu mexo em seu rosto de vagar e então ele acorda,eu encaro o pequeno por minutos e ele sorri.

-Ele tem quantos anos?.

-Tem dois anos e alguns meses.

-Ele fala?.

-O processo de fala dele é um pouco lento,ele tenta falar mas ainda não consegue.

-Ele é bonito-falo sorrindo.

-É a sua cara-ela sorri olhando ele.

-Vou ficar aqui três semanas,depois volto para o Brasil.

-Isso não é um convite né?.

-Infelizmente não,mas eu queria poder vê-lo mais vezes,se eu poder...

-Claro-ela sorri amena-,pode dormir aqui hoje se quiser,eu não me importo.

-Então eu fico,só preciso ir no hotel pegar algumas coisas importantes.

-Tudo bem.

    Eu vou pro hotel e organizo algumas roupas,depois quando está quase escurecendo eu volto pra casa dela.

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