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Niara:

Meu pai ja estava com sua decisão tomada,mas depois de muita conversa da minha mãe,ele acabou cedendo e até me ajudando muito.

Dois meses depois que voltei pra Bélgica,consegui um emprego de estagiária em uma imprensa,eu ajudava em tudo e gostava do trabalho,fora que era um bom dinheiro,pude comprar as coisas do bebê,pagar aluguel e organizar minha vida como mãe solteira,claro,isso até o Arthur ser solto e vir morar comigo,eu já tinha tudo planejado na mente,agora eu só aguardava o Arthur.

4 meses antes do bebê nascer assinaram minha carteira e eu pude ficar em casa,quando o bebê nasceu eu vi o Arthur ali comigo,nosso filho era a cara dele,era lindo,moreninho,tinha os olhos bem vivos como o do pai.

-Qual vai ser o nome dele?-pergunta minha mãe paparicando o bebê no horário de visitas.

-Noah...bom,eu acho bonito.

-Bonito mesmo,então eu e o seu pai vamos registar o bebê pra você,se importa de colocarmos o nosso sobrenome?.

-Não...melhor que só ter um da mãe.

-Ta bom querida,agora descanse um pouco,em breve voltará pra casa,agora vai ter que ficar la em casa,precisa ser cuidada.

-Sim senhora-eu sorrio.

Ela me da o bebê e sai com o meu pai e nossos documentos.

Depois que voltei pra casa recebemos muito amor de todos,meu pai era o que mais não queria largar o Noah,eu só ficava rindo,no início ele teve medo dessa gravidez por mim e agora ama o Noah de paixão.

Só voltamos pra minha casa quando o bebê tinha 2 meses,meus pais fizeram questão que eu ficasse lá por bastante tempo,pra eles curtirem o bebê e eu me recuperar bem.

Depois disso Noah ia crescendo saudável,quando fez 9 meses eu resolvi voltar a trabalhar,ele ja ficava com outras pessoas e não mamava tanto como no começo. Então segui trabalhando,cuidando do meu filho e esperando o pai dele vir nos vê.

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1 ano depois:

Eu estava organizando os papéis do chefe da edição,nesse meio tempo eu fui levantada de cargo,agora eu arrumava as matérias em ordem certa,corrigia erros e entre outras muitas coisas,eu gostava do meu trabalho,era cansativo,mas era bom trabalhar e poder ver meu bebê bem arrumado e alimentado.

Telefone:

-Alô?.

-Niara?.

-Sim senhor?.

-Trás os papéis aue pedi por favor.

-Sim senhor,só isso?.

-Só.

-Ja vou.

Telefone:

Junto os papéis e vou até a sala dele,nossa empresa agora também virou uma emissora de TV,era só relacionada a jornais de papél,agora também temos programas e novelas,meus amigos de trabalho davam muito duro pra que essa emissora chegasse ao patama das outras.

Assim que chego em frente sua sala eu bato,assim que recebo a permissão entro e vou até sua mesa,pedindo licença e cumprimentando o rapaz que estava ali dentro.

-Aqui senhor.

-Obrigado Niara,aé,sente-se um pouco,tenho uma proposta incrível pra você.

-Sim senhor-me sento e o encaro.

-Niara,esse é meu amigo Benjamin Toreto,ele trabalha com moda e desfiles e ele estava procurando por uma modelo,uma modelo diferente das normais,então eu disse a ele que aqui tinham moças muito bonitas e de respeito,uma delas é você,você que eu indicaria como modelo.

Eu olho o outro rapaz que sorria feliz,mas eu não me via como modelo,ja tenho filho,tenho meu tempo livre pra cuidar dele.

-Então Niara?.

-Desculpa senhores,mas eu não me vejo como modelo,aliás,o tempo que me sobra eu cuido do meu filho,eu sinto muitas saudades do meu bebê e gosto de ficar bastante tempo com ele,não quero substituir filho por trabalho constante.

-Entendo...

-Tem certeza que não quer?-questiona o Benjamin-,você pode pelomenos vê se gosta do trabalho,meu amigo aqui pode te da um tempo livre,dividir seus dias de travalho pra que não fique tão atarefada e nem fique muito sobrecarregada.

-Não sei não...

-Vamos moça,pelomenos veja se gosta,se quiser tentar,amanhã mesmo eu marco uma sessão de fotos e um mine desfile,poucas horas.

-Tudo bem,porque não né-sorrio amena.

-Ok,então está certo,amanhã você terá folga e vamos ter o ensaio e o desfile,depois pode ir pra casa descansar.

-Ta bom,obrigada senhores.

Eu levanto pra sair,mas o Benjamin me da um cartãozinho e atrás tinha o endereço escrito á caneta. Saio da sala depois de me despedir e pedir licença,trabalho mais um pouco e quando termino,praticamente corro pra chegar em casa,assim que chego me despeço da babá e dou muito carinho para o meu bebê,assisto desenho e brinco com ele,até cairmos cansados do dia cheio de hoje.

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Arthur:

Depois que a índia foi embora eu fiquei na maior bad,passava meus dias bem normal,evitava contato com os outros presos e também brigas,queria sair antes por bom comportamento,essa é a parte boa de morar no Brasil.

Dois meses depois:

-Arthur?-chega um fardado na frente da cela.

-Sim senhor-falo sério.

-Tem visita.

-Quem é?-eu levanto de vagar.

-Uma loira gostosa,ela disse que é sua namorada,um desperdício de mulher.

-Por que desperdício?-coloco minhas mãos em uma abertura que tinha pra algemar as mãos antes de sair para as visitas.

-Uma mulher linda doando seus dias e fidelidade a um criminoso e preso,podendo está com um homem da lei-ele abre a grade e eu saio,então ele fecha novamente e começamos a andar de vagar.

-Como você?.

-Exato.

-Ela não é nada minha.

-Mas ela disse que...

-Ela é loka,eu não quero nada com ela,minha garota é outra e você nunca vai vê-la me visitar na prisão.

-Então vou continuar pedindo pra sair com ela.

-Vai em frente.

Assim que chegamos na sala de visitas ele tira as algemas e eu entro,então a porta é fechada e eu sento,antes que a Yasmin levante pra me abraçar.

-Não vai nem me dá um abraço,ou dizer "oi"?.

-Não. O que cê ta fazendo aqui?.

-Vim te vê e pagar sua fiança.

-Vai embora Yasmin,não quero visitas e nem seu dinheiro.

-Você nem é grato por eu vir te vê?,enquanto está preso,ela está em casa,deve está com outro homem e você aqui,dentro de uma cela imunda com superlotação e vivendo dessa forma injusta.

-Estou colhendo o que plantei.

-Mas está colhendo por culpa dela,enquanto o Pietro está solto!!!!!.

-Estou colhendo porque eu trafiquei drogas e armas,eu era o traficante de drogas e armas,eu trazia e escondia,até poder distribuir para as comunidades e biqueiras,não tem haver com a Iara,tem haver com meus erros. E o Pietro não vai vencer pra sempre,uma hora ele caí do cavalo.

-Acha mesmo que ele vai cair?,ele tem tudo que não temos,ele tem dinheiro,pai rico e um estatus impecável.

-Então eu vou fazer ele cair do cavalo.

-Preso aqui?.

-Logo eu saio por bom comportamento.

-Não quer mesmo que eu pague sua fiança?.

-Yasmin,guarda seu dinheiro,volta pra casa,cuida da sua família,ou refaz sua vida,deixa que eu me viro sozinho.

-Mas eu posso te ajudar,com qualquer coisa,só me falar o que precisa.

-Tem certeza que quer me ajudar?.

-Sim,com o que for.

-Vai até minha casa,procura pela Cíntia,tenta descobrir como está minha vó e vem me falar se ela está bem.

-Ok...vou vê se os antigos seguranças me dão seu endereço,acho que algum deles devem saber,melhor do que me dizer agora e eu esquecer.

-Tudo bem,não esquece...se a Cíntia falar que precisa de dinheiro pra minha vó,você me avisa,eu vou te da o nome e número da conta,essa é a única conta que a polícia não teve acesso,é uma conta que fiz no nome da minha vó.

-Ok...eu volto e estou morrendo de saudades de você.

-Fica quieta garota-falo sorrindo-,você parece burra,quem se apaixona por jma cafetão?.

-Eu...a Niara e até mesmo essa Cíntia,a Niara disse que ela parecia gostar de você.

-É...vocês mulheres são estranhas...

-Posso pelomenos te da um abraço?.

-Pode né,ta me ajudando.

Eu levanto e ela também,então lhe dou um abraço normal,ja ela me abraça apertado como se dependesse daquilo. Ficamos assim por minutos,até o policial dizer que acabou o horário de visitas,então ela saiu e eu fui novamente algemado e levado para a cela.

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