Capítulo -3- Coisas Estranhas

Pov- Rafaela.

Rafaela - No dia seguinte, ouvindo o som do celular, acordei com o som do despertador quase tendo um infarte e para falar a verdade eu detestava essa parte do meu dia, eu amava tenho que trabalhar dentro de casa e amava ainda mais a minha cama, mas tinha uma filha pequena então me levantei mesmo uma contra-gosto, fui até o banheiro onde lavei meu rosto e escovei meus dentes, passei mais como pelos cabelos e os prendem um rabo de cavalo bem feito no alto da cabeça, apenas troquei de roupa porque estava limpa e não precisava ter que tomar banho agora pois havia tomado banho ontem à noite antes de dormir, Heloísa estava acordada Então aproveitei para dar um banho rápido pois uma criança bem gordinha como ela era, acabava suando com muito mais facilidade.

Depois fui até a sala e a deixei no tapete felpudo assistindo televisão enquanto caminhava parar a cozinha e preparei um café da manhã simples, a mamadeira dela já estava pronta e a única coisa que eu precisava fazer era colocar no microondas para que pudesse esquentar, Heloísa acabou mamando tranquilamente e ficou ali assistindo seus desenhos enquanto eu me sentava na frente do computador com uma caneca de café nas mãos, o sufoco de saber que eu dependia desses livros para continuar cuidando bem da minha filha era doloroso mas eu amava escrever então todo trabalho que eu trabalhe e que goste dele, significa que não é trabalho de verdade.

Escrevi mais dois capítulos antes de ter que me levantar e preparar o almoço, com a minha filha não comia algumas coisas, acabei fazendo um purê de batatas com pedacinhos de frango desfiado e entreguei para que ela pudesse comer, era um pouco difícil no começo mas a minha filha comia tudo, por isso estava muito bem formada e bem gordinha ela era uma menina vistosa e todos se apaixonavam por ela, ela por isso que eu tinha muito medo do que Caíque Brito poderia fazer isso colocasse as mãos na minha filha, aquele desgraçado uma hora ou outra vai acabar aparecendo e eu preciso estar preparada para isso .

Sei que foi o acordo, mas eu não fazia a menor ideia de que a criança não era dele e que aquele filho da mãe acabou roubando esse bebê de outra pessoa ele roubou o feto de outra mulher mas por que será que a justiça ou a polícia não falou nos jornais locais nada sobre a morte de uma mulher no Rio de Janeiro muito menos em Niterói? Eu ainda não fazia minha ideia do porquê mas tinha que descobrir, O pior é que não havia endereço de ninguém que havia me dado o coração, então onde Caíque Brito acabou conseguindo esse coração para que eu pudesse sobreviver? E por que esse desgraçado queria que eu pudesse carregar essa criança para entregar para ele quando nascesse? Porque ele acabou desaparecendo de uma hora para outra como fumaça ao vento?

Eram muitas perguntas, mas eu tinha que me contentar com o que eu tinha agora, ele desapareceu por um bom tempo e isso era lucro para mim e para minha filha, eu não teria que dar satisfação para ele e para mais ninguém, em frente à justiça Heloísa era minha filha pois nasceu de mim, caso contrário Caíque Brito terá que enfrentar uma dura batalha na justiça contra mim para tomar a minha filha e pelo fato dele ter sido expulso do hospital então eu tenho certeza absoluta de que alguma coisa de ruim aconteceu e ele não vai correr esse risco.

Eu estava escrevendo quando a campainha começou a tocar, olhei para o lado de fora vendo que já estava no horário da tarde, quase duas ou três horas e isso quer dizer que o sol estava no seu máximo, então eu me levantei com cuidado e abrir a porta olhando para o lado de fora era um homem que estava apoiado no meu portão, ele parecia estar mal e o seu corpo era completamente enorme, eu não fazia a menor ideia do que estava acontecendo mas ele não parecia estar bem.

Rafaela - Está tudo bem? - eu cruzei os braços na frente do peito me aproximando com cuidado enquanto tentava ver o seu rosto, ele estava com a cabeça baixa e suas braços estavam apoiados no meu portão de grade, parecia que estava passando mal - quer que eu ligue para ambulância?- ele levantou a cabeça então eu dei um passo para trás, meu coração bateu acelerado fazendo com que eu pudesse colocar a mão sobre ele, a olhar para aqueles grandes olhos verdes eu jurava que já tinha o visto em algum lugar, e meu coração estava insistindo que eu amava, Que droga está acontecendo comigo? Tratei de esconder o que estava acontecendo comigo e Olhei novamente nos seus olhos verdes, ele me olhou novamente durante alguns segundos quando se levantou normalmente como se nada houvesse acontecido e deu alguns passos para trás caminhando pela calçada e desaparecendo do meu campo de vista- mais o que foi isso? - eu fiquei com um pouco de medo de me aproximar da grade Por que não fazia a menor ideia do que ele poderia fazer ou se ainda estava ali então tratei logo de entrar para dentro e trancar a porta apenas para ter certeza absoluta de que ninguém iria tentar invadir.

Me sentei um pouco com a minha filha e apeguei no colo passando a mão pelos seus cabelos, ela sorriu para mim antes de bater palma para o desenho animado que estava passando pela televisão, ela amava a aventura daqueles cachorrinhos da patrulha canina Era uns dos seus desenhos favoritos e eu tenho que admitir que isso fazia com que eu pudesse ter mais tempo com o meu trabalho mas eu também perdi um bom tempo com a minha filha, eu amava ficar com ela cada segundo mais como se fossemos feitas uma para outra.

As seis da noite eu senti um arrepio no meu corpo e olhei para janela percebendo que já estava escuro, fechei todas as janelas de dentro de casa e levei a minha filha para o quarto porque ela estava dormindo, depois tranquei todas as portas para ter certeza de que ninguém iria tentar entrar para roubar, eu era uma mulher sozinha então tinha que tomar cuidado com esse tipo de coisa pois tenho uma criança e preciso tomar conta dela. Depois de fechar toda a casa voltei para o meu quarto onde eu olhei para minha filha dormindo dentro do berço então eu me lembrei dos olhos verdes daquele homem, eu nunca vi visto um homem tão bonito assim no Brasil, a não ser em filmes de romance ou descritos em livros, mas para falar a verdade nunca tinha visto um homem tão bonito assim o que será que esse homem estava fazendo no meu portão? Balancei a cabeça de um lado para o outro porque tinha certeza absoluta de que ele deveria estar esperando por alguém, então ele apenas se apoiou no meu portão para que pudesse esperar que essa pessoa pudesse aparecer ou foi engano, tratei de olhar para meu próprio corpo , eu era magra e esguia, meu tom de pele era negro e meus cabelos eram alisados para diminuir o meu trabalho com eles, porém eu tinha lindos olhos amendoados misturado com um tom de verde escuro era o que eu mais amava em mim pois eu me lembrava do meu irmão, aquele que morreu por minha causa.

Voltei para o banheiro onde tomei um banho rápido e coloquei a camisola no corpo, ela era de um plano simples de cetim branco e que deixava com que eu pudesse parecer uma boneca mas ainda assim muito bonita pelo meu gosto, então antes que eu pudesse me deitar a campainha começou a tocar de novo, eu senti um arrepio no meu corpo mas eu fiz o possível para não tentar parecer assustada, eu olhei para a sala de estar onde a minha arma estava escondida e deixei que a gaveta pudesse ficar entre aberta então eu olhei pelo olho mágico percebendo que havia uma sombra perto do portão, respirei fundo abrindo a porta com cuidado e acendi as luzes do lado de fora para minha total surpresa era aquele homem de novo, ele passou a mão pelos cabelos e olhou para mim.

Rafaela - senhor aconteceu alguma coisa?- eu perguntei olhando para o seu rosto e ele parecia bem cansado então acabou caindo de joelhos e quase desmaiou no meu portão, eu me abaixei colocando a mão no seu ombro querendo que ele pudesse olhar para mim porque não fazia a menor ideia do que estava acontecendo com esse homem mas também não podia abrir o portão para colocar ele dentro de casa com a minha filha aqui dentro - senhor? - balancei o seu ombro de um lado para o outro mas ele parecia não se mover e para falar a verdade não fazia a menor ideia do que fazer a partir de agora porque eu não era médica e muito menos sabia o que fazer então eu respirei fundo porque sabia que tinha que entrar para o lado de dentro para chamar a polícia, eu corri para dentro da sala de estar e peguei o telefone colocando o número da polícia antes de colocar no meu ouvido porém algo gelado tocou as minhas costas fazendo com que eu pudesse soltar o telefone e este acabar caindo no chão.

XXX- Fique quietinha - ouvir o som da porta se fecharam atrás de nós então ele me empurrou fazendo com que eu pudesse cair sentado no sofá, ele estava com os olhos tão cruéis desta vez que parecia que era diferente do homem que eu encontrei do lado de fora parado na minha porta - você merece morrer.

Rafaela - Por favor, eu não faço a menor ideia de quem você é, por favor vai embora - eu pedi com cuidado fazendo o possível para não colocar nenhuma entonação na minha voz para que ele não pudesse perceber que eu estava apavorada, mas enquanto ele estivesse comigo na sala, eu poderia ter uma chance de pegar a minha arma e defender a minha filha, eu não fazia a menor ideia do que estava passando pela cabeça desse homem mas eu tinha que fazer alguma coisa para defender Heloísa e para que ele não pudesse saber da sua existência no quarto dentro do berço - por favor, talvez o senhor acabou me confundindo com alguém, por favor vai embora.

XXX- há dois anos atrás você teve um coração doado e um homem chamado Caique Brito fez a cirurgia te dando um coração novo - o meu mundo caiu , tudo estava desmoronando ao meu redor porque agora só podia ser aquele desgraçado que veio atrás da minha filha, ele poderia estar trabalhando para Caíque Brito e agora está ouvindo roubar a minha filha de mim. - Eu quero esse coração de volta, você vai me pagar.

Rafaela - oh meu Deus - os meus olhos estavam completamente marejados quando dei alguns passos para trás mesmo que ele estivesse apontando arma para mim, eu me aproximei quase correndo da porta do quarto e tranquei com ele do lado de fora peguei a minha filha no colo e sem pensar duas vezes pulei a janela com ela antes de sair para o lado de fora, tinha um pequeno portãozinho na minha varanda de trás que me levava para a rua seguinte então usei ela para correr e fugir com a minha filha mesmo que estivesse de camisola, eu não me importava com isso, eu poderia me machucar com tanto que eu pudesse salvar a minha filha, Heloísa começou a chorar nos meus braços mas a única coisa que eu tinha era ela agora então eu cheguei na casa da dona Maria e toquei a campainha olhando para os lados, ela arregou os olhos quando me viu parada.

Maria - pelo amor de Deus menina, aconteceu alguma coisa?- ela abriu o portão me deixando entrar logo em seguida fechou deixando que os cachorros pudessem ficar andando de um lado para o outro, eles estavam acostumados comigo e com a minha filha então não avançavam- Rafaela o que foi que aconteceu menina?

Rafaela - Entraram na minha casa, um homem armado - Maria arregalou os olhos me colocando para o lado de dentro da casa e fechou a porta trancando, ela conseguiu ela pegou o telefone começou a falar com a polícia, a única coisa que eu tinha que fazer agora era esperar que a polícia pudesse chegar mais depressa possível e arrumar uma forma de saber o que aconteceu e quem foi o desgraçado que entrou na minha casa - tudo vai ficar bem meu amor - eu falei enquanto tentava acalmar a minha filha, eu não pude pegar a minha arma antes mas a partir de agora eu vou fazer o possível para matar qualquer desgraçado que tem de fazer alguma coisa contra mim e contra ela, se Caíque Brito mandou esse desgraçado atrás de mim para roubar a minha filha, ele está muito enganado achando que vai conseguir pois eu vou matar qualquer um que tentar...

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo