Capítulo -1- História

Pov- Rafaela.

Rafaela - Meu sonho , eu havia conseguido realizar o meu sonho de ser uma grande escritora e começar a distribuir meus livros em todos os lugares para que a nova geração pudesse saber mais sobre o mundo e também descobrir várias histórias, como viajar para vários lugares sem nem mesmo sair de um lugar.

Então quando finalmente eu vou conseguir realizar o meu sonho, um maldito o acidente me colocou no hospital, respirando por ajuda de aparelhos e com uma máquina no peito mantendo o meu corpo vivo porque o meu coração já estava começando a falhar, o maldito o acidente vai roubar todo o meu sonho de mim.

Porém para explicar o que aconteceu comigo, terei que voltar desde o início.

Eu estava me arrumando para viajar para São Paulo meu livro iria estrear no tão famoso Bienal e eu iria contratar alguns modelos para conseguir posar para os meus livros, para que eles pudessem ser meus personagens principais estava me arrumando e pronta para realizar o meu sonho e finalmente iria colocar o meu nome na história, as crianças poderiam aprender sobre mim . Há dois anos atrás quando peguei o meu carro no estacionamento do prédio onde estava morando, Eu só desejava ser feliz com o meu sonho, tentar mostrar para os meus pais que eu era alguém mesmo que eles não tivessem orgulho da filha deles, não tenho vergonha de dizer que vim de uma família pobre, minha mãe trabalhava como doméstica e meu pai ajudava a descarregar caminhões para ajudar a terminar de pagar as contas de casa e meu irmão era um modelo para mim, até que caiu no mundo das drogas e acabou morto pelo crime organizado no Rio de Janeiro, depois disso o mundo dos meus pais desabou e o meu também e eles simplesmente já não eram como antes , perdera sua luz clara que os mantinha felizes e aquilo foi um golpe para mim ,ver os sonhos do meu irmão ruir.

Eu me esforcei para tentar ajudar os meus pais e mesmo assim nada era do jeito que eles queriam e isso era o que mais estava me deixando desgostosa com a vida, então resolvi me mudar e deixar tudo para trás, meus pais já não eram como antes e provavelmente não sentem a minha falta, ele simplesmente deixaram que eu pudesse ir embora e não falaram nada não se despediram ou muito menos mandaram alguma mensagem.

Foi uma luta grande para conseguir me formar na faculdade em Niterói trabalhava quase 24 horas por dia para conseguir pagar as parcelas da faculdade mas ainda assim conseguir e eu comecei a escrever meus livros, minha vida estava feita e então vou conseguir dinheiro para iniciar o meu livro na Bienal para que eles pudessem vendê-lo, um grande romance de uma garota que teria que superar um amor perdido, era uma inspiração que muitos jovens iriam gostar de ler, então me preparei, me arrumei o mais bonito que podia ir no meu reflexo eu podia ver os meus grandes olhos, eles eram quase verdes e me lembravam dos olhos do meu irmão e eu acho que era isso que os meus pais não gostavam de ver, olhar para o meu rosto e vê-lo.

Aquela noite estava chovendo mas ainda assim eu iria para São Paulo uma noite antes da grande estreia na Bienal, tirei meu carro do estacionamento do prédio onde morava e comecei a dirigir pelas ruas de Niterói, me mudei do Rio de Janeiro para esta cidade é pouco próxima mas era um lugar novo, com pessoas novas e uma vida nova, foi um grande susto no começo mas consegui realizar os meus sonhos e comecei a receber meus frutos com isso.

Então O carro desgovernado entrou na minha frente acertando o para-choque do meu carro e me jogou para longe, não faço a menor ideia como tudo aconteceu direito só tive tempo de conseguir proteger a minha cabeça antes que o carro pudesse gerar, o cinto de segurança arrebentou lançando metade do meu corpo para fora quando o carro deu a última virada E então eu sentia a chuva caiu pelo meu rosto enquanto eu olhava para o céu nublado .

O gosto de sangue estava predominando a minha boca enquanto as grossas gotas da chuva caíam pelo meu rosto, passei a mão pelo chão do asfalto sentindo aquele frio e tinha certeza absoluta de que aquele momento era o meu fim, nesse mesmo segundo os meus pais estavam perdendo outro filho.

A última coisa que pude ver foi um raio cortaram o céu quando tudo se apagou, não sei ao menos quando aconteceu mas assim que acordei, estava presa em uma cama hospitalar, várias enfermeiros estavam ao Meu redor e havia muitos aparelhos ligados em meu corpo me mantendo viva, um homem se aproximou de mim e disse que salvaria a minha vida, sua voz era grossa mas ainda assim tênue o suficiente para me acalmar, ele salvaria minha vida e eu poderia realizar o meu sonho.

Foi o que eu pensei na primeira semana em que passei no hospital, estava presa entre ficar acordando ele dormindo de novo e que os medicamentos que estavam colocando no meu corpo, mas estranhamente aquele homem sempre estava do meu lado, aquele médico e então quando eu percebi a gravidade do que estava acontecendo, ele se aproximou de mim em um dia e eu fui idiota o suficiente para acreditar em suas palavras.

XXX- senhorita Ribeiro, conseguimos um coração para salvar a sua vida, mas eu sou o único médico que vai conseguir fazer a cirurgia no seu peito, porém quero que você faça um trabalho para mim - não entendi direito o que ele queria mas afirmei com a cabeça, não podia suportar a dor de saber que os meus pais estavam perdendo outro filho - existe uma cirurgia de feto e eu preciso que você possa carregar essa criança para Que ela possa se formar em seu ventre, depois de nove meses eu vou fazer o parto e você vai me entregar o bebê - naquele maldito segundo a minha vida estava prestes a mudar para sempre e eu aceitei como uma idiota e cair no papo do vigário.

Alguns dias se passaram depois da cirurgia e então eu coloquei a mão no meu ventre, não sabia se ele havia feito direito aquela transferência de feto para o meu corpo, para mim era impossível que isso pudesse acontecer mas era verdade e depois do primeiro mês no hospital ele fez todos os exames e lá estava a resposta, POSITIVO.

Meu corpo estava carregando uma criança que não era minha mas estranhamente eu sentia o meu coração quentinho por amar esse bebê como se ele fosse meu, então o meu coração, aquele novo coração estava sentindo um sentimento de amor por alguém não me lembro de estar apaixonada mas com esse coração parecia que eu amava alguém mas, quem? Não importava enquanto isso pudesse demorar mas iria descobrir quem foi a pessoa que me doou o coração pois e seria eternamente grata.

Nos dois primeiros meses de gravidez ainda tive que ficar no hospital por causa do tratamento no coração, logo no terceiro eu pude voltar para casa, não sei o que aconteceu com o doutor Caíque Brito mas ele acabou sendo expulso do hospital e eu perdi todo o contato com ele, estranhamente o meu coração se sentiu mais aliviado por saber que ele sumiu e eu não teria que entregar aquela criança, eu não sei o que passou pela cabeça daquele homem mas eu tenho certeza que esse bebê não é dele, agora está dentro do meu ventre e eu vou protegê-lo como o meu, foi isso que passou pela minha cabeça naquele momento.

O primeiro ano se passou tranquilamente e a minha filha nasceu, Heloísa foi a maior felicidade da minha vida mas assim que eu vi o seu rosto pela primeira vez eu soube que realmente ela não era filha de Caíque Brito e isso me dava a total certeza de que a criança era minha, meu livro foi lançado na Bienal alguns meses depois que Heloísa nasceu e então comecei a receber um bom dinheiro que dava para que eu pudesse sustentar a mim e a minha filha, nunca mais vi aquele homem, aquele médico que fez a cirurgia no meu coração, ele salvou a minha vida para que eu pudesse ter essa criança e agora eu morreria para protegê-la.

Nos primeiros meses do segundo ano, consegui dinheiro suficiente para ter a minha posse de armas e fiz várias aulas para conseguir me defender eu morava sozinha e tinha uma criança e precisava saber me defender para quando esse desgraçado por isso aparecer na minha porta, algum tempo depois voltei a escrever outro livro e novamente foi lançado na Bienal, parecia que a minha vida estava andando de acordo com o que deveria ser, tinha um coração forte e sadio que ainda assim estava insistindo em me dizer que eu amava alguém, mas não fazia a menor ideia de quem era ou se a pessoa que era dona deste coração ou o dono era apaixonado por alguém e eu estava adquirindo esse sentimento.

Embora todo esse amor estivesse sendo dado para minha filha, pois ela era todo fruto da minha felicidade, meus pais sorriam de novo Quando mandei uma foto da minha filha, pela primeira vez pude ver a minha mãe feliz, ela disse que estava com saudades e meu pai dizia que estava orgulhoso da filha dele embora ainda não olhasse nos meus olhos, creio que não queria que eu pudesse lembrar Rafael.

No final do segundo ano a minha filha já estava super bem, não houve mais medo sobre o que aquele médico poderia fazer, eu ainda fui até a justiça para ter certeza absoluta de que iria manter esse homem longe de mim, apenas para ter certeza de que ele não tentaria nada contra mim e contra minha filha, eu tinha certeza que minha vida poderia melhorar e a minha filha era toda felicidade Ao qual eu precisava, Pelo menos era isso que eu pensava até ver a notícia na televisão de uma casa no bairro Camboinhas onde várias pessoas foram encontradas mortas, vários homens com tiros na cabeça e então aquele medo voltou, medo de Caíque Brito voltar e levar a minha filha de mim, pedia para Deus para que não pudesse ser ele e então eu poderia ser feliz de novo.

No começo do terceiro ano eu fui até numa loja fotográfica, eu queria fazer um álbum de fotos da minha filha e então uma garota me atendeu mas meu coração bateu acelerado ao olhar para um homem de olhos brilhantes do outro lado da sala, ele me olhou durante alguns segundos e logo em seguida virou de costas voltando a conversar com seus colegas, tratei logo de fingir que aquilo não aconteceu e eu olhei para a garota de novo quando me atendeu, conversamos durante alguns minutos e logo em seguida eu fui embora iria encher a minha casa com fotos da minha filha para que ela pudesse se sentir amada quando fosse adulta, todo amor que me faltou pelo sofrimento dos meus pais com a perda do meu irmão.

Quando estava chegando quase no meio do terceiro ano, houve um acidente no Rio de Janeiro na casa dos meus pais e eles faleceram, passei alguns dias no Rio de Janeiro com a minha filha e enterrei a minha mãe ao lado do meu irmão assim como o meu pai, minha vida novamente voltou a desabar e eu estava sozinha, mas precisava ser forte porque a minha filha depende de mim e não podia ser fraca agora, voltei para Niterói e comecei a trabalhar com mais esforço, vendia os meus livros não só pela Bienal como pela internet também enviando para qualquer lugar do Brasil, não importava o que acontecia Eu apenas precisava continuar trabalhando para dar uma vida boa para minha filha eu olhei para o rosto de Heloísa sorrindo brincando no tapete felpudo enquanto eu estava sentado na frente do computador, me sentei junto com ela no chão passando na mão para o rostinho e pela primeira vez eu jurei com todo o amor que tinha, ela era o meu bem mais precioso e eu iria lutar contra tudo e contra todos para que ela pudesse ser feliz, Heloísa é o meu bem mais precioso desta terra.

Rafaela- oh , amor - eu a paguei no colo - eu vou te amar mais que tudo nesse mundo, não vai existir ninguém mais importante que você, vou te dar todo o meu amor e a sua vida não vai ser como a minha vida eu prometo que você vai ter uma boa vida e irei fazer o que tenho que fazer...

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