CAP 8

... - Com licença "Seu" Álvares, mas eu já  achei a babá perfeita para cuidar da nossa Alícia.- A dona Flávia falou em baixo tom chamando toda minha atenção.

Eu levantei a cabeça rapidamente

e segui a direção que ela olhava e ao me deparar com aquela mulher eu confesso que eu me assustei... Não é algo comum ter funcionárias novas ou atraentes aqui em casa, mas pelo jeito isso está prestes a mudar.

A moça que a Flávia me apresentou

como nova babá da Alicia tem uma aparência bem melhor do que as que eu estou acostumado a ver todos os dias ao andar pela casa... A moça tem uma aparência jovem, eu lhe dou no máximo uns vinte e quatro anos, ela é negra com a pele de tom chocolate, o seu corpo é tomado por curvas largas e voluptuosas, ela aparenta ter mais ou menos uns um metro e sessenta e nove de altura, seus cabelos são lisos e batem na altura do ombro, seu rosto é delicado e angelical, ela se parece até com uma boneca, mas não uma dessas sem graça, uma boneca gostosa e bem quente!

Eu fiquei calado por um tempinho

apenas a observando, mas ao notar que ela me fitava com um olhar de desconforto em seu rosto eu resolvi abrir a minha boca e falar algo.

- É bom que você faça essa menina

se comportar melhor ou você irá para o mesmo local que a última babá foi parar, no olho da rua!- eu falei com o meu olhar sobre ela, mas eu logo me obriguei a parar de encara-la e lhe dei as costas saindo da sala sem lhe dar a chance de falar algo.

Eu subi direto para o meu quarto

em busca de fuga da sala e também da imagem daquela mulher, mas não deu muito certo porque a sua imagem já estava cravada na minha cabeça.

Eu tenho uma regra pessoal que

eu levo para a minha vida que é nunca se envolver sexualmente ou emocionante com funcionários ou colegas de trabalho porque esse tipo de envolvimento só serve pra trazer dor de cabeça e eu francamente não estou a fim de passar por isso... Eu já tive um casinho com uma secretária há algum tempo, mas a experiência que eu tive com ela foi tão ruim que eu nunca quero passar por isso mais uma vez, nem ferrando!

Eu decidi deixar toda essa bagunça

do dia de hoje de lado e decidi focar em meu trabalho, que é o que importa no momento... Eu me dirigi até o meu escritório que fica no fim do corredor, eu entrei no cômodo fechando a porta atrás de mim e me sentei colocando todo o meu foco em meu trabalho.

Eu passei o resto do dia trancano dentro do meu escritório trabalhando e em todo esse tempo eu não saí do escritório para comer, beber água é nem ir ao banheiro... Eu fiquei toda a tarde focado e graças a todo esse meu empenho eu consigo finalizar todo o meu trabalho atrasado.

Assim que eu terminei todo o meu trabalho eu organizei as bagunças que eu fiz ao trabalho, eu desliguei meu comportamento, guardei as pastas em uma das gavetas e depois eu levantei saindo do escritório, mas antes de ir eu tranquei a porta para ter certeza que ninguém entrará aqui.

- Papai...- uma voz chorosa surgiu atrás de mim enquanto eu tirava as chaves da fechadura.

Eu me virei rapidamente assim que

eu ouvi a sua voz e eu logo me deparei com a minha filha parada de frente pra mim com uma feição muito triste estampada em seu rosto e com os seus olhinhos vermelhos... Eu dei um passo para frente ficando próxima dela e eu acenei com a cabeça permitindo que ela falasse.

- Você vai mesmo me mandar para

a Suíça? Eu não quero ficar longe de você!- Alícia diz com a voz engasgada enquanto chorava compulsivamente.

Eu estava bravo com a Alícia por conta de todas as reclamações que

eu ouvi hoje, mas eu não quero vê-la desse jeito... A pior coisa para um pai é vê o seu filho chorar, isso me deixa péssimo!

Eu peguei as mãozinhas da Alicia,

a puxei para mim e a fiz olhar para mim limpando as suas lágrimas.

- Olha pra mim Lice... Você não vai para a Suíça ou para qualquer outro lugar Alícia, o seu lugar é bem perto de mim, eu só falei aquilo porque eu estava bravo contigo. Eu te prometo que você não vai sair do meu lado!- eu falei com ela com calma sendo franco.

Ela ainda estava chorando quando

eu terminei de falar, mas aos poucos eu fui a acalmando... Eu sempre faço a linha de pai durão, mas é só a Alícia começar a chorar que eu volto atrás imediatamente, eu não aguento vê-la chorar!

- Você jura?- ela me questionou

enquanto choramingava com a sua cabeça encostada em meu peito.

- Eu juro! Agora para de chorar e limpa essas lágrimas... Eu não gosto

de te ver chorando!- eu falei enquanto afagava os seus cabelinhos loiros.

Apesar de ser um pai durão eu sei reconhecer quando eu estou errado

e eu não vejo problema nenhum em voltar atrás e hoje eu errei muito ao falar com ela como se ela fosse apenas um fardo ou descartável, ela significa o mundo pra mim e hoje eu agi como se ela fosse apenas um objeto que dá pra livrar com facilidade.

- Eu não te odeio...- ela falou em um tom quase inaudível enquanto olhava fixamente para o chão.

A Alícia é uma criança impulsiva

e quando alguém cutuca a ferinha que há dentro dela ela revida sem pensar duas vezes... Não é a primeira vez que ela diz que me odeia e eu também sei que não será a última, um pai que não escuta um "eu te odeio" com certeza já falhou em sua missão como pai.

- Eu sei que não... Por um acaso a senhorita já terminou suas lições?- eu a questionei mudando de assunto.

- Ainda não, você me ajuda?- ela me questionou já levantando sua cabeça e me fitando.

Eu desviei o meu olhar dela e dei

uma olhada em meu relógio e ao ver

a hora eu notei o quão atrasado eu já estava.

- Eu não posso, seu padrinho acabou de chegar da Europa e eu tenho que me encontrar com ele... A Flávia pode te ajudar, tudo bem pra você?

- Uhum!- ela me respondeu e logo desvencilhou os seus bracinhos de mim enquanto se afastava um pouco.

Continua... 

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