• $ O LEILÃO $ • ⁰⁴

"Espere qualquer coisa de todo mundo. O demônio um dia já foi anjo."

  LA VENTE AUX ENCHÈRES •

(O LEILÃO)

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Acabei de chegar ao grande palácio onde acontecerá o leilão e somente para ocupar um assento na primeira fileira de mesas do imenso salão oval tive que pagar 2 milhões de euros! Hm, daria toda minha fortuna se possível fosse apenas para ter minha Lessa fora desse lugar. Como paguei pela mesa a mesma era minha e eu poderia convidar quem eu quisesse para se juntar a mim, e mal me sentei fui abordado por um russo fedendo a charuto.

— Boa noite! Chamo-me Ivo Vassiliev o imperador da vodca! — com uma animação desnecessária se apresenta — Adoraria saber o que príncipe do vinho faz aqui! — Senti um certo deboche na palavra príncipe, porém não dou a mínima importância.

— ... Suponho que o mesmo que você! — Declarei o obvio sendo que aqui está cheio de homens que gosta de pagar milhões para ter uma mulher.

Evidentemente não me enquadro nesse lote!

Minha ilustre presença neste local tem um motivo muito especial.

— Posso? — me questiona apontando para uma cadeira — Serei rápido devido a minha mesa ser essa aqui ao lado.

— Se será breve não vejo motivo para sentar-se então diga de pé mesmo aí te poupa de se levantar em um curto espaço de tempo... concorda? — Perguntei educadamente.

— Mas quero me sentar! — Alterado me dá uma explicação que nem cheguei a pedir.

— Não quero outra companhia além a do meu segurança senhor, se puder me dizer o que deseja de mim, estarei ouvindo — declaro tranquilamente — não me intenda mal, mas não sou sociável e também não te conheço sendo assim devo informá-lo que as inscrições para novas amizades já encerrei por hoje.

Vi que entendeu o recado e finalmente se afastou. Que filho da p**a nojento! Muito em breve todos aqui estarão mortos sem exceção de ninguém evidentemente, visto que abomino qualquer coisa prejudicial ao sexo feminino... hm, digamos que tiveram o azar de atravessar o meu caminho sem o meu consentimento e para piorar pegaram minha noiva!

Estava distraído conversando com meu tio Fabrízio através de mensagem quando mais uma vez sou incomodado pelo russo inconveniente.

— Fique ciente que sua falta de cordialidade não sairá da minha cabeça... — sussurra próximo ao meu ouvido — Nunca mais!

— Tudo bem! Só espero que compreenda que quem tem responsabilidade e o dever de ser cordial com as pessoas é o dono do evento e não eu. — Inicialmente concordei com seu desabafo posto que não tenho muito a acrescentar com relação a isso e depois fiz o favor de explicar que não é obrigação minha, sorrir para ninguém já que não vejo nenhum motivo para fazê-lo.

— Está se achando não é mesmo? Sou tão rico quanto vossa alteza, principezinho! E homens como você não sai da minha mente enquanto estiver respirando! — Me ameaça e julgo que em sua cabeça realmente acredite que põe medo a minha pessoa.

— Sei... já eu tinha até esquecido da sua existência — declarei, pois, acho justo que nessa terapia em grupo gratuita seja de conhecimento dos envolvidos o meu lado da história —, tenho o hábito de focar em coisas que realmente mereça meu tempo, porém se me tornei especial para você, desejo boa sorte... eis que te asseguro Ivo que não sou um passatempo interessante... ah! Também não ligo a mínima para rótulos ou mesmo de ser chamado por príncipe sendo que serei obviamente o sucessor do meu pai que se encontra vivo e carrega o título de rei do vinho de Piemonte, portanto o apelido que me destes é muito bem-vindo — Bufando feito um toro sai às pressas em direção ao bar.

Volto a focar nos assuntos da empresa e torno a ser aborrecido, contudo, dessa vez por Andrea que finalmente se juntou a mim, indicando estar tudo preparado para a emboscada.

— Chefe, você realmente pagará para ter uma mulher que já é sua? — redirecionei minha atenção para ele por conta da pergunta mais ridícula que tive o desprazer de escutar porque o próprio sabe que se tratando da Alessa não meço esforços — Desculpa não queria ser invasivo.

Estalei minha língua para sua idiotice e voltei a conversar com meu tio sobre a reunião de amanhã com o Sr. Lazzo, mas parei de imediato quando o evento deu início.

— Boa noite! Cavalheiros estou imensamente horado de tê-los aqui em mais um leilão para satisfazer o desejo de cada um de vocês, e hoje em especial temos uma virgem fraquinha para os amantes das ingênuas jovens mulheres e desde já confidencio a todos que a beldade é tipo as que tem boca e não falam é bem submissa então guardem seus milhões sendo que a cereja do bolo virá muito em breve!

Admirei o leiloeiro doido para ver sua cabeça em uma bandeja só por falar assim da minha futura esposa. — mentecapto! Está com os minutos contados da sua m*****a vida miserável — Com raiva, porém ansioso com o intuito da minha Alessa entrar para os lances me mantive calado, e nem que eu saia daqui pobre coisa que acho muito difícil levarei minha noiva para casa comigo essa noite!

Os minutos se passaram quando finalmente ela veio vestida de branco para à frente do pequeno palco, roupa essa que indicava à sua pureza. — Calma meu amor, ninguém tocará um miserável dedo se quer em você. Tens a minha palavra!

Os lances foram dados um atrás do outro e permaneci observando cada um que cogitou a ideia de tocar na minha mulher — somente para garantir a morte mais dolorosa —, os instantes se passaram rapidamente e quando faltava o último lance o conhecido dou-lhe (o famoso dou-lhe três) para bater o martelo de vendida imediatamente dobrei o preço que esses filhos das putas deram para obtê-la. Com um sorriso no rosto admirei a cara mal fodida de cada um deles ali presente sabendo que minha mulher sairia daqui comigo, principalmente a do meu fã que foi o último a dar um lance de 40 milhões de euros.

— Vendido para o senhor vestido todo de preto aqui na primeira fila. — Com um sorriso de escárnio segui para reivindicar o que foi sempre meu.

Perto o suficiente e mesmo de máscara pude notar estar ainda mais linda do que já é, alisei seu rosto e sinto estremecer com meu toque.

" Esses malditos desgraçados filhos das putas vão pagar por fazê-la sentir medo de mim... ah, se vão! "

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