• A VERDADE DÓI! • ⁰²

"A verdade e a sinceridade são as mais valiosas qualidades que um ser humano pode ter."

• PIEMONTE | ITÁLIA •

 • 09:00 AM 

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Levantei e fui de encontro a grande janela que enquadra perfeitamente a cidade de Piemonte. Não paro de pensar no evento que acontecerá mais tarde e estou bem confiante porque assim como em tudo que faço conseguirei o que tanto desejo.

— Não sei ao certo em que momento Alessa me enfeitiçou... — um sorriso puro que só ela consegue arrancar de mim, ganhou vida em meu rosto —, a única coisa que sei é que irei resgatá-la. — Respirei tranquilamente e voltei a me sentar.

Retomei o trabalho para não criar situações sem sentido na minha cabeça sendo obvio imaginar o pior. — Hoje ela sairá de lá comigo, e isso é um fato!

Foquei nos novos lotes de terras que comprarei para expandir meu lindo vinhedo e amanhã conhecerei o proprietário das terras para dar início a negociação e desejo que seja a primeira e única tentativa, visto que o solo é ótimo e não quero mais um vendedor se achando o dono do universo. Definitivamente não tenho paciência para atitude desse tipo.

Estava idealizando o primeiro encontro com o Sr. Lazzo quando minha paz foi quebrada em pedaços com minha porta sendo escancarada batendo com toda força contra a parede. Puxei o ar com abundância por minhas narinas para conter minha vontade de matar esse Figlio di puttana que se intitula meu sogro.

— Domenico minha filha já está desaparecida há mais de 20 dias o que você fará para resolver isso? — aprecio bater na minha mesa com violência como se fosse ele o dono do lugar simplesmente o encarei sem dizer uma palavra se quer — DIZ! — Vociferou.

— ... O que você espera que te responda? — me recostei em minha cadeira para admirar sua cara velha — Veremos, suponho que deseja que eu alimente sua curiosidade em relação ao acordo inicial e caso ela não retorne, terá que devolver a quantia absurda paga para vendê-la ao meu pai não é mesmo! — Sua cara mudou de cor.

Minha secretaria entra assustada e sei que não é culpa dela por esse boçal invadir minha sala sem ser anunciado.

— Senhor ele não... — levantei minha mão para silenciá-la de modo a obter o silêncio que tanto amo — me desculpa... — Sussurrou saindo do meu escritório.

— Não seja petulante Domenico, me responda! — torna a berrar me levando a alisar minhas têmporas — Quero minha filha de volta.

— Veja bem, acredito que tenha que clarear sua mente de merda para ver se você consegue entender que não deve em hipótese nenhuma invadir meu escritório Vittorio, Alessa encontra-se desaparecida por incompetência sua, já que seu único dever era cuidar da minha futura esposa até o dia do nosso casamento que irá acontecer em dois meses contados a partir de hoje, então por obséquio, se retire da minha sala imediatamente, e outra coisa não é um pedido formal e sim uma ordem porque só tolero à sua cara decrepita no dia do meu casamento.

— Você está de brincadeira porra! — me levantei tendo plena convicção que não conseguirei focar no trabalho e a minha única saída é dar um pouco de sanidade a esse velho ridículo — Sou seu sogro! Se não me respeita como tal que seja ao menos por minha idade avançada garoto.

— Você tem ideia do que acabou de dizer? Se bem me lembro você vendeu sua filha por uma grande fortuna... — contemplo com satisfação enquanto o vejo fraquejar em sua pose de merda de homem mais velho — a sorte tremenda que teve, digo tanto você quanto meu pai é que eu me apaixonei por minha Lessa e comigo, estará mais segura do que contigo seu desgraçado! Tenho inúmeros motivos para te odiar. — informei mantendo uma certa distância para não perder minha compostura e lhe acertar a face — Você vendeu sua filha para manter sua vida de luxo Vittorio então não venha com seu discurso de pai preocupado porque não acredito nesse seu teatro.

— Me respeita desgraçado! — Exige e tenta se aproximar me levando a dar um passo para trás.

— Você pensa que pode vir aqui e gritar comigo? Ou que tem o direto de exigir alguma coisa? — o questionei seriamente — Saia daqui antes que eu mande dar um fim à sua medíocre existência! — adverti — Tire sua bunda arcaica da minha sala imediatamente!

— Vejo bem a classe de homem com quem fiz negócios... hm, é do tipo que manda fazer não mete a mão na massa. — Com repulsa fui até ele e golpeei sua cara sem piedade.

— Primeiro, te odeio por tratar sua filha como se fosse um negócio, e isso só me faz sentir mais nojo ainda de você miserável! E segunda, mando porque tenho condições para isso, geralmente o homem que está acima já passou da fase de fazer e começa delegar funções — expliquei a mais pura verdade —, mandar fazer o que quero é só o fardo de ser o chefe aqui, o poderoso ou rotule como achar melhor.

— Não seja ridículo! Alessa é minha filha e a amo! — Diz uma coisa que nem ele acredita sentir muito menos eu.

— Não perderei meu tempo com você, pois é o mesmo que falar com um monte de merda no chão, digamos que resolvi matar um pouco da sua curiosidade, portanto peço que escute com bastante atenção. Buscarei a minha Lessa e tenha em mente que ela vai para minha casa e a mesada para bancar minha noiva acabou ou você pensa que não sei que o dinheiro que envio para os estudos dela são gastos com esbórnia!? Foi você o primeiro a quebrar o contrato não a protegendo então de agora em diante serei eu pessoalmente a cuidar dela.

Sem dizer uma palavra sai às pressas da minha sala. — Como pode um ser humano desse existir? O único motivo de não estar morto é por ser o pai da minha amada e, porque estamos perto de terminar com tudo que estava no contrato principalmente a última clausula ser a melhor de todas que é levá-la até mim no altar.

Sentei-me e voltei a focar no trabalho, sendo que em poucas horas estarei indo buscá-la...

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