Capítulo 4: Colin

Eu aposto cem dólares que o tal O'Connor é da minha turma, tenho quase absoluta certeza que ele é gay. Esperei todos saírem do vestiário no final do treino, queria ter uma chance de pelo menos ouvir a voz dele, e quem sabe ter a confirmação de que ele gosta da mesma fruta que eu me lambuzo. 

Como eu já disse, não sou um cara que pratica abstinência, e muito menos vim para Los Angeles para ficar sem transar só por causa de meus comportamentos anteriores. Se eu tiver que me envolver com alguém, quero experimentar esse cara que faz totalmente meu tipo. Já posso considerar essa tarefa como cumprida, pois achei o tal O'Connor peladinho, como veio ao mundo, no chuveiro. Esta é a minha chance de atacar.

Vou direto para a ducha ao lado da que ele está. A água percorre seu corpo nú, e… que os Anjos me ajudem, pois eu vou ter uma ereção. Quem inventou os vestiários sem porta nas duchas para tomar banho, são uns filhos da mãe de espertos. Tenho que me controlar para não tocar nesse traseiro que me atrai feito imã.

Chego de mansinho, para não o assustar, percebo que ele está distraído com os olhos fechados. Abro a minha ducha e começo a me lavar, sem tirar os olhos dele, e imediatamente ele sai de seu transe e olha para mim. Então eu puxo papo, é lógico, é por isso que estou aqui, eu quero me aproximar.  

_ E aí, tudo bem? - Eu pergunto, ensaboando meu peitoral com o sabonete.

_ Tudo! E com você? - Ele me olha estranho, está um pouco assustado com minha presença, e responde fingindo ser indiferente a mim. Adoro caras que se fazem de difíceis. 

_ Beleza. E aí, o que tem para se fazer nessa cidade em plena quinta à noite? - Eu pergunto tentando quebrar o gelo.

_ Não muito. Já que temos regras que nos proíbem sair para baladas em plena quinta-feira. - Ele me responde seco. Nossa, pelo visto O'Connor é muito sério.

_ Humm… entendi. 

Aproveito o fato de que ele me olhou novamente, diretamente para as minhas mãos sobre meu peitoral trabalhado, então começo a descer em direção ao meu pau e aos meus testículos para dar aquela lavada merecida e ao mesmo tempo provocá-lo, pois eu quero ver como ele vai reagir. 

Se a meia parede fosse transparente, eu aposto que eu veria uma ereção se formando bem na minha frente, pois o cara não tira o olho do meu corpo. Começo a dar leves batidas, porque é gostoso demais ter seus olhos curiosos sobre mim. Estou há muito tempo sem transar e preciso urgentemente achar um parceiro.

_ Me chamo Colin. - Eu digo só para que ele continue me olhando, prestando atenção no que estou fazendo. Tiro minha mão que está nos testículos e a dou para ele apertar. Estou ciente que ele sabe bem onde ela estava antes dele me tocar. 

_ E-Eu… 

Ele gagueja, e é um delírio ver que ele percebeu que estou me masturbando. Então, ele mesmo hesitante estende a sua mão para pegar na minha, e seu aperto é bem forte. Não pude deixar de pensar nessa mesma mão segurando meu membro antes de abocanhar, tomando ele todo em sua boca, o que faz aumentar ainda mais o meu desejo. 

Enfim, ele consegue dizer seu nome: 

_ Sou o… Ty-Tyler… - Ele suspira ruidosamente. - Só… Tyler.

É uma delícia o jeitinho dele quando está nervoso, quase me fez gozar na mesma hora. Será que ele também está na seca assim como eu? 

Tyler  ficou boquiaberto com a minha atitude. Ele está surpreso e agora eu quero saber, o que ele vai fazer? Sair correndo daqui? Gritar dizendo para todo mundo que sou um pervertido de merda? 

Soltamos as nossas mãos, e durante alguns segundos eternos ele fica paralisado só me encarando, então volto a segurar meus testículos, pois adoro brincar com eles enquanto me toco. A incerteza de não saber o que ele vai fazer, me deixa eufórico, me faz arder da cabeça aos pés e de repente, a água quente e reconfortante, se torna insuportável ao encontrar com a minha pele que queima.

Então, contrariando toda a minha vontade louca de continuar com esse joguinho entre nós, termino o meu banho. Esqueço da vontade ensandecida de ejacular, e fico satisfeito com o que descobri. Além do Tyler jogar no mesmo time que eu, ele definitivamente ficou a fim, sentiu desejos por mim. E pude ver uma certa… acho que eu posso dizer… uma certa decepção em seu olhar quando eu fechei o registro da água. Talvez ele quisesse me ver gozar. Hum… quem sabe!

_ Bom… foi divertido. - Eu digo a ele em um tom debochado, e antes de sair do box percebo a sua cara confusa com o que eu acabei de dizer. 

Viro meu corpo de um modo que ele não possa ver minha ereção. Pego a minha toalha que está sobre o banco e começo a me secar. A todo instante sinto seu olhar sobre mim, me queimando, mas continuo a me secar e me visto rápido, enquanto Tyler continua de costas tomando o seu banho.

Quando já estou pronto para ir embora, com minha mochila nas costas, ouço a sua ducha ser fechada. Olho por sobre meu ombro e o vejo se enrolar em sua toalha. Bem, não foi hoje que eu pude dar uma bela olhada em seu corpo.

_ Nos vemos depois. - Eu digo já caminhando até a saída.

_ Até amanhã. - Tyler me responde tentando transparecer indiferença ao que eu quase fiz perto dele.

Céus!!! Estou muito interessado nesse cara. Quero descobrir mais sobre ele, que curso faz, se ele tem algum casinho aqui na universidade, quero ficar a parte de tudo. Só não sei bem como farei isso.

Sigo direto para meu alojamento, preciso falar com meu colega de quarto, Isak, que é bem legal, e conhece várias pessoas. Talvez ele conheça o Tyler, e possa me dizer algo a seu respeito. 

No caminho, meu estômago reclama, estou com fome de um belo sanduíche. Acho que hoje vou quebrar só um pouquinho as regras e conhecer alguma lanchonete perto do campus. Se Isak não quiser ir comigo, não tem problema, acho que se eu ficar mais perto da universidade, não corro o risco de me perder ou de ser sequestrado. Ele já até se prontificou a me levar para conhecer alguns lugares onde os estudantes mais frequentam, mas talvez não esteja afim de sair hoje.

Chego no meu dormitório e desabo na cama. Estou cansado demais. O treino exauriu todas as minhas energias, mas não ao ponto de não conseguir telefonar para os meus pais. Pego o meu celular no bolso da minha bermuda e faço a chamada.

_ Alô. Mãe!

_ Oi, meu filho. Que saudades.

_ Eu também, mãe, estou morrendo de saudades. Cadê o pai?

_ Ainda está na confeitaria. Hoje eu voltei mais cedo, o que foi bom… pude ouvir a sua voz sem interrupções. 

Eu e minha mãe somos muito ligados. De um jeito bem diferente do modo como eu sou com meu pai. Aposto que ela já tinha sentido com seus super poderes que eu ligaria.

_ Pensei em você o dia todo. Está se alimentando direito? Está dormindo bem? Não fique só comendo besteiras, você sabe que não tem muita resistência a fast-food. E por favor, não se envolva em mais confusões.

Então, de repente ela ressurge, a minha mãe preocupada de sempre, que eu amo!

_ Está tudo bem, mãe. Estou fazendo todas essas coisas. 

Na verdade, mais ou menos, mas ela não precisa se preocupar com isso.

_ Comendo e me alimentando direitinho, como sempre! 

_ Ahh… que alívio. 

Ela fica em silêncio na linha, mas posso sentir que vai me fazer mais perguntas e dizer mais conselhos.

_ Você já está de namoro com alguém? Está se prevenindo? Cuidado meu filho, com essas festas de faculdade. - Minha mãe me diz preocupada. - Não se esqueça que você foi para Los Angeles para estudar.

_ Não mãe, não estou com ninguém. Até estou me tornando virgem novamente. - Ouço a minha mãe rir do outro lado da linha, e a saudade aperta ainda mais no meu peito. - Estou totalmente na seca. E outra coisa, não conheci ninguém interessante ainda.

Bom, não é bem uma verdade. Conheci o Tyler hoje, que para mim, ele é totalmente pegável.

_ Humm. Está certo. 

Ela soa descrente. Cara, como as mães conhecem seus filhos. 

_ No próximo feriado quero você em casa, tudo bem?

_ Tudo bem. Com certeza irei. - Respiro fundo antes de me despedir, reunindo coragem. - Eu te amo, mãe. 

_ Eu também te amo, meu filho.

_ Diga para o pai, que deixei um abraço. 

_ Está bem, eu digo.

Desligo o meu celular, me aconchego na cama, para descansar um pouco, me sentindo amado. Mais tarde vou sair, conhecer pessoas e comer o meu merecido hambúrguer.

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