Eu aposto cem dólares que o tal O'Connor é da minha turma, tenho quase absoluta certeza que ele é gay. Esperei todos saírem do vestiário no final do treino, queria ter uma chance de pelo menos ouvir a voz dele, e quem sabe ter a confirmação de que ele gosta da mesma fruta que eu me lambuzo.
Como eu já disse, não sou um cara que pratica abstinência, e muito menos vim para Los Angeles para ficar sem transar só por causa de meus comportamentos anteriores. Se eu tiver que me envolver com alguém, quero experimentar esse cara que faz totalmente meu tipo. Já posso considerar essa tarefa como cumprida, pois achei o tal O'Connor peladinho, como veio ao mundo, no chuveiro. Esta é a minha chance de atacar.
Vou direto para a ducha ao lado da que ele está. A água percorre seu corpo nú, e… que os Anjos me ajudem, pois eu vou ter uma ereção. Quem inventou os vestiários sem porta nas duchas para tomar banho, são uns filhos da mãe de espertos. Tenho que me controlar para não tocar nesse traseiro que me atrai feito imã.
Chego de mansinho, para não o assustar, percebo que ele está distraído com os olhos fechados. Abro a minha ducha e começo a me lavar, sem tirar os olhos dele, e imediatamente ele sai de seu transe e olha para mim. Então eu puxo papo, é lógico, é por isso que estou aqui, eu quero me aproximar.
_ E aí, tudo bem? - Eu pergunto, ensaboando meu peitoral com o sabonete.
_ Tudo! E com você? - Ele me olha estranho, está um pouco assustado com minha presença, e responde fingindo ser indiferente a mim. Adoro caras que se fazem de difíceis.
_ Beleza. E aí, o que tem para se fazer nessa cidade em plena quinta à noite? - Eu pergunto tentando quebrar o gelo.
_ Não muito. Já que temos regras que nos proíbem sair para baladas em plena quinta-feira. - Ele me responde seco. Nossa, pelo visto O'Connor é muito sério.
_ Humm… entendi.
Aproveito o fato de que ele me olhou novamente, diretamente para as minhas mãos sobre meu peitoral trabalhado, então começo a descer em direção ao meu pau e aos meus testículos para dar aquela lavada merecida e ao mesmo tempo provocá-lo, pois eu quero ver como ele vai reagir.
Se a meia parede fosse transparente, eu aposto que eu veria uma ereção se formando bem na minha frente, pois o cara não tira o olho do meu corpo. Começo a dar leves batidas, porque é gostoso demais ter seus olhos curiosos sobre mim. Estou há muito tempo sem transar e preciso urgentemente achar um parceiro.
_ Me chamo Colin. - Eu digo só para que ele continue me olhando, prestando atenção no que estou fazendo. Tiro minha mão que está nos testículos e a dou para ele apertar. Estou ciente que ele sabe bem onde ela estava antes dele me tocar.
_ E-Eu…
Ele gagueja, e é um delírio ver que ele percebeu que estou me masturbando. Então, ele mesmo hesitante estende a sua mão para pegar na minha, e seu aperto é bem forte. Não pude deixar de pensar nessa mesma mão segurando meu membro antes de abocanhar, tomando ele todo em sua boca, o que faz aumentar ainda mais o meu desejo.
Enfim, ele consegue dizer seu nome:
_ Sou o… Ty-Tyler… - Ele suspira ruidosamente. - Só… Tyler.
É uma delícia o jeitinho dele quando está nervoso, quase me fez gozar na mesma hora. Será que ele também está na seca assim como eu?
Tyler ficou boquiaberto com a minha atitude. Ele está surpreso e agora eu quero saber, o que ele vai fazer? Sair correndo daqui? Gritar dizendo para todo mundo que sou um pervertido de merda?
Soltamos as nossas mãos, e durante alguns segundos eternos ele fica paralisado só me encarando, então volto a segurar meus testículos, pois adoro brincar com eles enquanto me toco. A incerteza de não saber o que ele vai fazer, me deixa eufórico, me faz arder da cabeça aos pés e de repente, a água quente e reconfortante, se torna insuportável ao encontrar com a minha pele que queima.
Então, contrariando toda a minha vontade louca de continuar com esse joguinho entre nós, termino o meu banho. Esqueço da vontade ensandecida de ejacular, e fico satisfeito com o que descobri. Além do Tyler jogar no mesmo time que eu, ele definitivamente ficou a fim, sentiu desejos por mim. E pude ver uma certa… acho que eu posso dizer… uma certa decepção em seu olhar quando eu fechei o registro da água. Talvez ele quisesse me ver gozar. Hum… quem sabe!
_ Bom… foi divertido. - Eu digo a ele em um tom debochado, e antes de sair do box percebo a sua cara confusa com o que eu acabei de dizer.
Viro meu corpo de um modo que ele não possa ver minha ereção. Pego a minha toalha que está sobre o banco e começo a me secar. A todo instante sinto seu olhar sobre mim, me queimando, mas continuo a me secar e me visto rápido, enquanto Tyler continua de costas tomando o seu banho.
Quando já estou pronto para ir embora, com minha mochila nas costas, ouço a sua ducha ser fechada. Olho por sobre meu ombro e o vejo se enrolar em sua toalha. Bem, não foi hoje que eu pude dar uma bela olhada em seu corpo.
_ Nos vemos depois. - Eu digo já caminhando até a saída.
_ Até amanhã. - Tyler me responde tentando transparecer indiferença ao que eu quase fiz perto dele.
Céus!!! Estou muito interessado nesse cara. Quero descobrir mais sobre ele, que curso faz, se ele tem algum casinho aqui na universidade, quero ficar a parte de tudo. Só não sei bem como farei isso.
Sigo direto para meu alojamento, preciso falar com meu colega de quarto, Isak, que é bem legal, e conhece várias pessoas. Talvez ele conheça o Tyler, e possa me dizer algo a seu respeito.
No caminho, meu estômago reclama, estou com fome de um belo sanduíche. Acho que hoje vou quebrar só um pouquinho as regras e conhecer alguma lanchonete perto do campus. Se Isak não quiser ir comigo, não tem problema, acho que se eu ficar mais perto da universidade, não corro o risco de me perder ou de ser sequestrado. Ele já até se prontificou a me levar para conhecer alguns lugares onde os estudantes mais frequentam, mas talvez não esteja afim de sair hoje.
Chego no meu dormitório e desabo na cama. Estou cansado demais. O treino exauriu todas as minhas energias, mas não ao ponto de não conseguir telefonar para os meus pais. Pego o meu celular no bolso da minha bermuda e faço a chamada.
_ Alô. Mãe!
_ Oi, meu filho. Que saudades.
_ Eu também, mãe, estou morrendo de saudades. Cadê o pai?
_ Ainda está na confeitaria. Hoje eu voltei mais cedo, o que foi bom… pude ouvir a sua voz sem interrupções.
Eu e minha mãe somos muito ligados. De um jeito bem diferente do modo como eu sou com meu pai. Aposto que ela já tinha sentido com seus super poderes que eu ligaria.
_ Pensei em você o dia todo. Está se alimentando direito? Está dormindo bem? Não fique só comendo besteiras, você sabe que não tem muita resistência a fast-food. E por favor, não se envolva em mais confusões.
Então, de repente ela ressurge, a minha mãe preocupada de sempre, que eu amo!
_ Está tudo bem, mãe. Estou fazendo todas essas coisas.
Na verdade, mais ou menos, mas ela não precisa se preocupar com isso.
_ Comendo e me alimentando direitinho, como sempre!
_ Ahh… que alívio.
Ela fica em silêncio na linha, mas posso sentir que vai me fazer mais perguntas e dizer mais conselhos.
_ Você já está de namoro com alguém? Está se prevenindo? Cuidado meu filho, com essas festas de faculdade. - Minha mãe me diz preocupada. - Não se esqueça que você foi para Los Angeles para estudar.
_ Não mãe, não estou com ninguém. Até estou me tornando virgem novamente. - Ouço a minha mãe rir do outro lado da linha, e a saudade aperta ainda mais no meu peito. - Estou totalmente na seca. E outra coisa, não conheci ninguém interessante ainda.
Bom, não é bem uma verdade. Conheci o Tyler hoje, que para mim, ele é totalmente pegável.
_ Humm. Está certo.
Ela soa descrente. Cara, como as mães conhecem seus filhos.
_ No próximo feriado quero você em casa, tudo bem?
_ Tudo bem. Com certeza irei. - Respiro fundo antes de me despedir, reunindo coragem. - Eu te amo, mãe.
_ Eu também te amo, meu filho.
_ Diga para o pai, que deixei um abraço.
_ Está bem, eu digo.
Desligo o meu celular, me aconchego na cama, para descansar um pouco, me sentindo amado. Mais tarde vou sair, conhecer pessoas e comer o meu merecido hambúrguer.
O que foi aquilo? Poxa!!! Se alguém nos viu eu tô ferrado, não só eu, como o Colin também. Se for mesmo verdade o que Josh me disse, se ele veio transferido por ser um encrenqueiro, talvez ele não queira ter seu nome envolvido em mais uma polêmica, talvez ele fique realmente calado e esconda o que quase aconteceu, ou quase aconteceu. Pensando bem… ele agiu com tanta naturalidade, que agora não sei dizer se ele realmente estava se masturbando ou não. Por causa da meia parede, eu não pude ver se ele estava realmente com a mão em seu pênis assim como eu. Quando ele estendeu a mão para que eu pegasse, eu tive essa clara impressão. Porém quando ele saiu da ducha, se enxugou, vestiu a sua roupa, e logo se despediu, acabei ficando confuso. Se ele estava batendo uma, porque estaria tão normal assim? Será que foi coisa da minha cabeça? Será que… não sei o que pensar, mas uma coisa eu
Depois de uma caminhada de quase meia hora, eu finalmente chego ao Ucla Lanches. Eu poderia ter vindo de Uber, que seria o melhor a se fazer, mas como vou me empanturrar de comida, uma caminhadinha é bem vinda. O lugar é bem estiloso, tem as cores azul, amarelo e branco, como as cores do nosso uniforme. E mesmo sendo uma quinta-feira, está lotado, cheio de estudantes rindo alto e se divertindo com suas turmas ou somente com seus namorados e namoradas, em volta de dois carros, um deles está com as portas abertas, tocando uma música em um som bem alto. Acho que a regra de não ficar em baladas ou festas não se aplica a esse pessoal. Isak não quis vir comigo, disse que iria se encontrar com sua namorada. Não me importei de modo algum, se eu tivesse um parceiro do qual eu gostasse, também iria querer ficar sempre ao lado dele. Pararia com todos os casos, com todos os flertes desnecessários e me dedicaria àquela pessoa sem pensar duas vezes. Eu sei ser fiel, eu não nasci um safado sem ve
Perto da lanchonete, tem alguns bancos e mesas feitos de alvenaria, que durante o dia, as pessoas costumam se sentar para comer, ou simplesmente para conversarem. O lugar está deserto, mas é bastante agradável, tem algumas árvores em uma mata bem próxima dando um clima aconchegante. Só que à noite, é bem escuro, quase nem pode-se ver nada, se não fosse o brilho da lua no céu que está cheio de estrelas refletindo a sua luz, não daria para ver nem o rosto de Colin.Ficamos um pouco mais afastados da lanchonete. Eu me sentei de costas para a mesa apoiando seus cotovelos na beirada, enquanto Colin sentou com cada perna de um lado do banco, de modo que dava para olhar o meu perfil tranquilamente.Não posso negar que estar tão pró
Putz… nem acredito no que aconteceu comigo e com o Tyler. Não acredito também que ele tenha se arrependido. Como o cara depois de uma punheta matadora como aquela que eu fiz, simplesmente vai embora sem me dar chance para um segundo round? E depois de gozarmos feitos dois gêiseres, ficou bravo, disse aquele tanto de bobagens e foi embora, sem olhar para trás.Mas ele não me engana, ele se entregou facilmente a mim. Literalmente derreteu em minhas mãos. Até seus beijos eram urgentes e necessitados, como se ele estivesse esperando por isso há muito tempo. Não tenho dúvidas, Tyler me quer tanto quanto eu o quero, e se depender de mim, em pouco tempo estaremos nús, juntos em uma cama.Fui caminhando para o meu dormitório. Estava sentindo meu s
A noite passou tão rápido que meu corpo nem notou que havia dormido, e muito menos sentiu que descansou. Estou todo dolorido, parte por causa do treino de ontem, parte por causa da tensão que estou sentindo. Ainda bem que hoje, sexta, não temos treino, mas em compensação, fico na faculdade o dia todo.Como tenho que passar na biblioteca antes das aulas começarem, enviei uma mensagem para Robin, ontem a noite antes de dormir, dizendo que sairíamos mais cedo, para não nos atrasarmos para a primeira aula. Não gosto de chegar atrasado, é um ponto negativo para os alunos que jogam basquete, e Logan sempre fica sabendo quem não está cumprindo com seus deveres. Ouvir um sermão dele é a última coisa que quero.Tomei somente uma vit
O dia passou arrastado, estou exausto mentalmente e se não tivesse concordado sob pressão que sairia, não teria conseguido me levantar da cama e ter tomado um banho. Quando chego na cozinha, minha mãe Mary já está terminando o jantar._ Oi, meu filho. Vai sair? - Ela me pergunta intrigada.Me sento em uma das cadeiras da cozinha, sentindo o cheirinho gostoso da lasanha de frango._ Vou! Praticamente fui intimado._ Sei… - Ela me diz pensativa. - Você sabe que, tem que se divertir de vez em quando, não sabe?Minha mãe é daquele tipo de "m&
Não teve jeito, tentei conversar a sós com Tyler na biblioteca e não consegui. Tudo conspirou para me atrapalhar. Primeiro foi meu colega de sala Robin, que só estava me ajudando ao me passar um livro que teremos prova sobre ele.Como vim transferido, ainda estou me situando com os trabalhos avaliativos e as provas do final do semestre que já estão chegando. Robin é um cara legal, sentei perto dele no meu primeiro dia de aula, conversamos sobre basquete e logo ele se prontificou a me orientar.Depois foi aquele outro garoto, o Peter. Não sei como ele sabia meu nome, nem como me conhecia, mas fiz parecer com a minha incrível educação que já éramos íntimos, só para ver a reação de Tyler. Eu não cumprimentei meu colega de time, não falei nem um "bom dia" para
Por um segundo achei que Tyler fosse recuar, quando eu o perguntei sorrindo feito uma criança que acabou de ganhar um presente, para falar a verdade, eu ganhei mesmo._ Na minha. Óbvio. - Ele me diz revirando os olhos._ Beleza. Então… se não tem mais nada a fazer aqui… a não ser que você queira se despedir dos seus… é… amigos. - Eu tento segurar um riso e falho miseravelmente._ De maneira alguma. Só me siga, antes que eu mude de ideia.Tyler realmente não se despede de ninguém. Percebo que ele olha em direção aos outros, mas pelo visto até o dançarino que estava com ele já se ar