Capítulo 5
Kate se revirou na cama. De dentro do apartamento de Colton, ela podia ouvir os gemidos ofegantes de Paloma e Heath e esperava que eles estivessem mantendo Colton bem acordado. Mesmo depois de um banho quente, ainda não tinha conseguido aliviar a sensação dele pressionando-se contra ela; a sensação da boca dele na dela. Naquele instante, entendeu por quê as mulheres ficavam viciadas. Ele era capaz de fazê-la sentir coisas que ela não sentia há muito tempo. O problema era que ele sabia disso, e era um babaca por causa disso.

Kate resmungou, rolando na cama em direção à sua mesa de cabeceira. Vasculhou a gaveta, puxando seu vibrador e então deitou-se de volta na cama. Odiava que Colton tivesse aquele efeito sobre ela, que ela quisesse senti-lo dentro dela. Ligou o vibrador, abafando a vibração sob os cobertores enquanto o deixava deslizar ao longo de sua entrada. Ela já estava completamente excitada. A sensação do toque de Colton a havia deixado super molhada; o piercing de língua dele contra seus lábios a tinha deixado louca.

Ela ofegou, empurrando o vibrador para dentro de si mesma e tentando se conter para não chamar o nome dele. Seus dedos enrolaram ao redor dos lençóis, suas costas arquearam ao imaginar que era Colton ali, aquela saliência dura em suas calças agora a preenchendo. Mas não era a mesma coisa. Ela sentia falta do gosto da boca dele na dela, o calor de sua língua percorrendo a boca dela e explorando-a.

Ela podia sentir as pernas estremecerem sob os cobertores, o nome dele na ponta da língua.

Uma batida em sua porta a arrancou de seu orgasmo iminente. Ela bufou, desligando o vibrador e jogando-o nos cobertores, enquanto rolava para fora da cama. Ajeitando o shorts do pijama, atravessou a silenciosa sala de estar, meio que esperando que Paloma estivesse do outro lado da porta.

Seus olhos cor de canela se arregalaram de surpresa ao ver Colton sem camisa do outro lado. Os olhos dele estavam mais escuros que o normal, cheios de algo que aparentava lascívia. Um suéter cinza pendia de seus quadris, incapaz de esconder a ereção que havia por baixo do tecido.

“Vá para casa, Colton”, Kate retrucou, fechando a porta na cara dele.

A mão grande de Colton impediu que a porta fechasse, e ele se esgueirou pela abertura estreita, fechando a porta atrás de si, trancando-a e andando na direção de Kate. A boca dele cobriu a dela antes que ela tivesse chance de dizer qualquer coisa, o comprimento da ereção dele pressionando com força contra o shorts úmido de seu pijama.

Afastando-se, Kate balançou a cabeça. “Ouvir os dois fez você ficar assim? Melhor chamar outra pessoa. Não estou interessada."

Os dedos dele agarraram seu queixo, puxando-a para ele. O rosto dele estava tão perto do dela que ela podia sentir o cheiro de hortelã de sua pasta de dente. “Eu não quero outra pessoa.”

Kate zombou: "Isso não vai rolar."

"É mesmo?" Até mesmo sua risada era repleta de desejo, e seus lábios tomaram os dela mais uma vez. Ele mordeu o lábio de Kate enquanto se afastava. A mão deslizou pelo pescoço dela, demorando-se entre os seios por um momento e deixando-a ofegante. “Eu te ouvi pela parede.”

As bochechas de Kate coraram. "O quê?"

"Eu pude te ouvir usando seu vibrador", ele murmurou, os dentes raspando pelo topo de sua clavícula enquanto as mãos desciam para seus shorts, esfregando o tecido fino para arrancar um gemido. Ele conseguiu, encarando-a com seus olhos negros mais uma vez. "Eu pude te ouvir gemendo e ofegante... e te ouvi chamar meu nome."

"Não, eu não chamei", Kate retrucou, tentando afastá-lo, com as mãos espalmadas contra o peito dele: “Você está sonhando.”

"Nos meus sonhos, você grita meu nome", ele sorriu, percebendo o choque em suas feições antes de atacar novamente os lábios dela. "Não sussurra desse jeito, como se estivesse tentando ficar quieta."

Kate abriu a boca para falar algo, mas percebeu que não tinha nada a dizer. Baixou os olhos, sentindo o constrangimento revirar seu estômago.

Colton agarrou seu rosto, forçando-a a olhar para ele. “Eu não poderia ficar sentado no meu quarto te ouvindo, sabendo que poderia estar fazendo melhor.”

Ele não lhe deu chance de responder, apanhando-a em seus braços musculosos e beijando-a. Levou-a para o quarto, colocando-a na cama. Sua boca permaneceu na dela, seus dedos tateando para arrancar sua calcinha. Kate não podia negar o quanto o queria naquele momento, o quanto ela precisava dele para acabar com aquele desejo que aumentava dentro dela toda vez que ele estava por perto. Ele a comeria e depois a deixaria em paz, e talvez isso fosse a melhor coisa para Kate.

Ela agarrou os lençóis, sentindo os lábios dele deixarem sua boca, descendo ao longo de seu pescoço, passando a língua pela batida acelerada na base da garganta, antes de comprimir o tecido que cobria seus mamilos endurecidos. Ela gritou, arqueando as costas e enchendo a boca dele com mais dela.

Puxando-a para a ponta da cama, ele ficou de joelhos, permitindo que sua respiração soprasse contra o ponto quente entre as coxas dela. Os olhos dela viajaram para o espelho de corpo inteiro que jazia ao lado da porta do quarto. A imagem dele, ajoelhado entre suas pernas, preparando-se para saboreá-la a deixou louca.

A boca dele colidiu com a pele dela, e Kate não conseguiu conter um gemido. Gentilmente, como se a estivesse provocando, a língua dele passou pelo clitóris, afastando-se de vez em quando para avaliar a reação. Quando seus olhos escuros se encontraram com os dela, ele gemeu. Ela mordiscou o lábio inferior carnudo, e Colton voltou-se para o meio de suas coxas. Ele chupou e lambeu como se sua vida dependesse disso, com o dedo deslizando em sua entrada molhada.

"Ah, Deus, Colton!", ela murmurou, puxando os lençóis com mais intensidade.

Suas coxas estremeceram, sua respiração estava ofegante. Colton agarrou a mão dela, forçando-a a emaranhar os dedos por entre seus cabelos pretos. Ele gemeu quando ela o puxou, mantendo o rosto dele o mais próximo possível dela. Com os dedos dele bombeando firmemente para dentro de sua entrada, a língua sugando seu ponto mais sensível, Kate podia sentir o orgasmo se aproximando. Ela jogou a cabeça para trás, contra o colchão, seus dedos puxando os cabelos dele, encorajando-o a fodê-la mais rápido, mais forte.

Adicionando um segundo dedo, ele rosnou para ela, levando-a ao limite. Ela gritou, contorcendo-se sob a boca dele enquanto ele lambia as últimas ondas de seu clímax.

Os lábios dele brilharam quando ele a encarou, e Kate não queria nada mais do que beijá-lo.

"É assim que eu imaginava nos meus sonhos", ele sorriu, lambendo os lábios enquanto se levantava.

A saliência em suas calças tinha ficado mais dura, se é que isso era possível, e Kate imaginou como seria bom ter aquilo dentro dela. Ela estremeceu ao pensar nisso. Podia entender por quê as mulheres imploravam pela atenção dele. Kate não podia imaginar quanta experiência ele devia ter para ser capaz de fazê-la gozar daquele jeito.

O pensamento fez seu estômago embrulhar. Ela era apenas mais uma de suas companheiras de cama, que ele usava e depois descartava como lixo. Colton rastejou sobre ela, sua boca pairando perigosamente próxima da dela.

Kate balançou a cabeça. Não podia deixar aquilo ir mais longe do que já tinha ido. "Isto foi uma má ideia."

"O quê?" A descrença em seu rosto era evidente. "O que você quer dizer?"

"Eu estou bêbada."

"Não, você não está", ele retrucou, passando, irritado, os dedos pelo cabelo. “Você não bebeu tanto assim.”

"Eu acho que você deveria ir embora, Colton."

"Você está falando sério?"

Kate não pôde fazer nada além de assentir. A culpa a atormentava, sabendo que ele acabara de lhe dar o melhor orgasmo de sua vida e agora ela o estava expulsando sem lhe dar nada em troca. Ela suspirou: "Eu posso te chupar, se você quiser. Para compensar, mas acho que não…”

"Você acha que estou chateado porque não recebi nada em troca?", ele rosnou, saindo de cima dela e postando-se raivoso ao lado da cama.

"Sim?"

"Você não tem ideia de merda nenhuma", ele bradou, os olhos escuros a fitando. Seu cabelo estava bagunçado pelos puxões dos dedos dela, e Kate não pôde evitar o rubor que lhe tomou as bochechas. “Tenha uma boa noite, Kate”, ele vociferou, saindo do apartamento dela e batendo a porta com tanta força que balançou as dobradiças por um momento antes de tudo se aquietar, deixando Kate sozinha no silêncio.
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