O fim de semana se aproximava rapidamente, e Kate sentia-se grata, embora não estivesse tão exausta como de costume. Colton vinha mantendo suas companheiras de cama quietas, e Kate tinha conseguido dormir oito horas bem-dormidas na maioria das noites. Tinha visto Austin aqui e ali, mas suas conversas eram curtas. Ela não queria se envolver com ninguém que fosse minimamente relacionado a Colton, e, apesar de Austin ser bem gato, ela não podia deixar de questionar por que um cara legal seria amigo de um idiota como Colton James. Tinha que haver algo de errado com ele, e ela não queria se envolver antes de descobrir.

“Vai, Kate. Toma mais um”, gritou Paloma, pousando o copo à sua frente. “Você tem trabalhado muito. Hora de viver um pouco.”

Kate riu, bebendo a dose e estremecendo quando o líquido desceu queimando sua garganta. “Já bebi mais que suficiente. Vamos jogar sinuca. Aqueles caras acabaram de vagar uma mesa.”

Ela deslizou para fora do sofá booth, puxando Paloma pela mão até a mesa vazia. Agarrou um taco de sinuca e arrumou a mesa, enquanto Paloma pegava mais bebidas. Kate presumiu que a obstinação de Paloma nada tinha a ver com deixá-la bêbada, e sim que a amiga queria distrair a mente de seus próprios problemas, então Kate decidiu não insistir no contrário.

“Encontrei um pessoal para jogar com a gente!”, Paloma disse ao voltar para a mesa.

Kate revirou os olhos, incapaz de conter a risada enquanto olhava para cima. Seus olhos castanhos claros examinaram os dois homens postados diante dela. O que estava com o braço em volta dos ombros oliva de Paloma era mais baixo, tinha cabelos castanhos com gel e pele cor de caramelo, trajando jeans apertados e uma camisa branca. Kate estremeceu ao ver o segundo homem. Ela reconheceria seu rosto em qualquer lugar.

Colton.

Embora não quisesse admitir, ele estava muito gato, vestido com jeans pretos, uma camiseta preta de banda e botas pretas. Seu cabelo estava bagunçado, espetado pelas mãos ásperas que corriam por ele, e Colton abriu um sorriso presunçoso de satisfação com a reação dela.

Ela queria desesperadamente dizer a Paloma que preferia enfiar alfinetes sob as unhas do que jogar sinuca com Colton, mas pôde ver que a amiga fitava o outro rapaz bonito com olhos sonhadores. Depois do recém-término de Paloma, Kate não podia negar aquilo à ela.

“Este é o Heath, e seu amigo, Colton. Eu disse para eles que poderiam jogar com a gente.”

Os olhos de Colton brilharam com a escolha de palavras de Paloma. Esse era o seu forte, brincar com mulheres e depois descartá-las como se fossem lixo.

Kate assentiu com relutância: "Eu vou supor que você não está no meu time."

Paloma concordou timidamente, permitindo que seu corpo esbelto se curvasse sobre o físico musculoso de seu parceiro. “Colton sugeriu que fôssemos nós dois contra vocês.”

Claro que ele sugeriu. Era exatamente o tipo de coisa que Colton faria. Kate tomou a bebida que Paloma havia separado para ela, estremecendo com o álcool, que desceu queimando. Ela empurrou o taco de sinuca para Colton e estreitou os olhos: “Você começa.”

Ele o fez com facilidade, atingindo duas bolas antes de se endireitar. Os olhos negros a encararam, um sorriso de soberba estampado em seu rosto bonito. “Parece que as nossas são as lisas.”

Incapaz de despregar os olhos dos dele, Kate foi trazida de volta ao jogo pelo grunhido frustrado de Paloma. Ela tinha errado a bola branca. Em vez de acertar a bola, tinha enfiado a ponta do taco no feltro verde. Heath passou os braços ao redor dela e acenou para Kate.

Kate pegou o taco de volta de Colton e se inclinou sobre a mesa. Ela alinhou sua tacada e bateu a ponta do taco contra a bola branca. As mãos dele esbarraram em seus quadris, e sua respiração travou na base da garganta enquanto ela olhava para o par de olhos negros que a observava com interesse. Errou completamente o alvo, distraída pela forma como os dedos dele dançavam na borda de sua calça jeans.

A risada de Heath a tirou de seu torpor. "Quanto vocês, moças, beberam?"

Kate enrijeceu, afastando-se da mesa, para longe de Colton. Ela balançou a cabeça, encarando o homem em quem Paloma tinha se aninhado. Não adiantava se defender. O que ela diria? Seu amigo passou os dedos pelo meu jeans e eu me distraí? O pensamento por si só era patético. Em vez disso, ela soltou uma pequena risada. “Talvez vocês devam jogar sozinhos.”

Ela se virou, apoiando o taco contra a mesa, e seus olhos procuraram a saída mais próxima antes dela correr para a porta. Precisava de ar fresco. Saindo para um beco mal iluminado, Kate permitiu que seu corpo descansasse contra os tijolos sujos. Fechou os olhos, tentando reunir coragem para voltar para dentro. Ela sabia que Colton era um idiota, e ainda assim seu corpo a traía cada vez que ele se aproximava.

A porta lateral se abriu. Kate se virou naquela direção, grunhinho ao ver a figura alta de Colton adentrando o ar frio da noite. Ele girou a cabeça, vasculhando o beco de cima a baixo, antes de finalmente repousar os olhos sobre a pequena figura de Kate.

Ele sorriu.

“O que você está fazendo aqui fora? O jogo acabou de começar.”

“Eu não quero jogar com você.”

Ele se aproximou. As tatuagens de seus braços ficaram em plena exibição quando o poste solitário brilhou sobre ele. Kate nunca havia prestado muita atenção aos detalhes das tatuagens antes. Um leopardo preto e cinza espreitando de cima de algumas árvores tomava todo o antebraço dele. Os olhos escuros de Colton observaram o rosto de Kate, e ela não pôde evitar deixar escapar uma respiração estremecida.

"Mas eu acho que você quer", ele abriu um sorriso.

Ele estava na frente dela agora, a respiração quente em seu rosto. Kate tentou manter os olhos baixos, mas o dedo dele enganchou sob seu queixo, forçando-a a encará-lo. Sua mão livre se ergueu, pairando sobre a borda dos jeans dela, o mesmo ponto que ele havia tocado antes; o ponto que ela tinha fantasiado sobre ele tocar repetidas vezes.

"Eu acho que você só é teimosa."

A voz dele era mais rouca do que Kate se lembrava, o que lhe causou uma cascata de arrepios pela pele nua de seus braços. Ela queria desesperadamente dizer alguma coisa, mandá-lo à merda, mas não teve forças. Seus quadris deslizaram para frente apenas um pouco, mas o suficiente para os dedos dele roçarem seus jeans.

Mirando-o sob os cílios escuros, ela viu como o lábio dele se apertou entre os dentes. Seu peito subia e descia mais rápido do que antes, e Kate se perguntou se ela tinha o mesmo efeito sobre ele que ele tinha sobre ela.

A boca dele cobriu a dela antes que Kate tivesse chance de pensar naquilo por mais tempo. Os dedos, que antes seguraram seu queixo, agora estavam emaranhados em seu cabelo, inclinando sua cabeça para dar a Colton um melhor acesso à sua boca. A língua dele deslizou por seu lábio inferior, e o aço do piercing que ele tinha passou esfriando o calor que havia ali. Era como se faíscas saíssem de seus quadris, onde os dedos ásperos dele roçavam a suavidade de sua pele. Antes que ela fosse capaz de se deter, uma de suas mãos envolveu a nuca de Colton, e a outra agarrou o material macio de sua camiseta.

Colton pressionou-se mais para perto dela, a saliência dura em seu jeans comprimindo-se contra a junção das coxas dela, e ele gemeu quando Kate mordeu levemente seu lábio inferior.