Meu Vizinho Pervertido
Meu Vizinho Pervertido
Por: Turquoise Grace
Capítulo 1
Os gemidos perfuraram a parede fina, forçando Kate a acordar. A última coisa que ela precisava era outra noite sem dormir. O trabalho vinha se tornando cada vez mais difícil, com uma carga cada vez maior, e agora ela estava perdendo as oito horas cruciais de sono que precisava para funcionar. Ela resmungou, rolando para fora da cama e vagando para a cozinha. Pegou um copo d’água, tomando pequenos goles na esperança de que seu vizinho já tivesse terminado quando ela voltasse. Ao esvaziar o copo, o colocou na pia e voltou para seu quarto, agora silencioso. Ela murmurou um agradecimento para o ar e fechou os olhos, na esperança de que o sono a encontrasse rapidamente.

Qualquer chance disso acontecer desapareceu quando ela ouviu a cabeceira da cama batendo na parede, a cama rangendo, e os gritos perturbadores da mulher no outro quarto. Ela tentou ignorá-los, usando seu travesseiro para abafar os sons, mas foi em vão.

Ela bateu na parede de punho cerrado.

“Calem a boca.”

Kate sentiu a raiva queimar em suas bochechas pelo desrespeito dele. "Coloque uma meia na boca dela, pelo amor de Deus, Colton!"

"Ignore minha vizinha", ele grunhiu para sua amiga: “Ela é só uma piranha azeda que não transa.”

“Eu não sou isso, seu idiota. Algumas pessoas têm que trabalhar de manhã, então calem a boca!”

Os ruídos do outro quarto silenciaram, e Kate abriu um sorriso presunçoso. Ela esperava que a mulher tivesse ficado envergonhada e não permitisse que ele continuasse. Ela estava ansiosa para ver a raiva queimar nos olhos escuros de Colton no dia seguinte, sabendo que o havia causado alguma frustração. Era uma doce vingança pelas incontáveis ​​horas de sono que ela havia perdido ao longo dos três meses em que morava ao lado dele. A última coisa em que pensou foi naqueles olhos negros se estreitando, irritados, antes de cair em um sono tranquilo.

*

Voltando de sua corrida, Kate abriu a caixa de correio, folheando os envelopes distraidamente antes de subir as escadas para seu apartamento. Uma loira voluptuosa usando um vestido preto apertado esbarrou em seu ombro, os grandes olhos azuis piscando nervosos em sua direção. A julgar pela maquiagem borrada e cabelo emaranhado, Kate supôs que a loira era a mulher escandalosa da noite anterior. Ela abafou uma risadinha, indo para o quarto andar e torcendo o nariz com o forte cheiro de maconha.

Colton, sem camisa, estava encostado no corrimão, o baseado aceso apertado firmemente entre os lábios. O cabelo preto estava espetado e bagunçado, e seus olhos escuros a encaravam enquanto ela subia as escadas.

“Ela ficou aqui mais tempo do que o normal”, Kate bufou, movendo-se para destrancar a porta da frente.

“Alguém empatou minha foda ontem à noite.” Ele se virou, apoiando os antebraços contra o corrimão, apresentando suas costas bem arranhadas para ela como um troféu. “Tive que terminar o que comecei. Não dá para passar o dia com dor nas bolas, não é?”

“Porque seus dias são muito difíceis mesmo.” Kate balançou a cabeça, destrancando a porta da frente e entrando. “Deve ser bom passar os dias sem fazer nada, mas algumas pessoas não levam uma vida só de sexo e maconha, então, por favor, mantenha suas amigas de foda quietas.”

Colton virou para encará-la, o fogo em seus olhos apenas aumentando sua atratividade. Ele abriu a boca para falar, mas Kate fechou a porta na cara dele. Ela jogou a correspondência na mesa da cozinha, indo até a geladeira.

Estava vazia, completamente vazia. Ela precisaria fazer compras na volta para casa. Resmungou, enfurnando-se em seu quarto para tomar um banho e se vestir para o trabalho.

O cheiro de maconha era fraco, mas estava ali, e Kate borrifou um pouco de perfume depois de vestir uma calça preta e uma blusa branca. Pegou uma jaqueta, a bolsa e as chaves e saiu pela porta, trombando com Colton.

"Olha por onde você anda!", ele retrucou, apagando o baseado no cinzeiro ao lado da porta da frente.

"Eu?" Kate estava boquiaberta. “Não fique parado na frente da minha porta.”

Os lábios de Colton se curvaram em um sorriso de deboche desagradável quando ele se aproximou dela. Kate sentiu um nó se formando em sua garganta, observando o rosto dele cada vez mais perto. Ele era tão atraente. O clássico alto, moreno e bonito, e era por isso que ele tinha uma abundância interminável de convidadas noturnas. Mas então ele abria a boca, e as coisas mais vulgares e condescendentes eram despejadas como uma torneira. Se ao menos seu exterior combinasse com seu interior horrível, as mulheres não cairiam tão facilmente na lábia dele.

Sentindo a repressão, ele falou: "Já foram duas vezes agora."

"Duas vezes?"

"Sim. Duas vezes que você me disse o que fazer”, ele se queixou. “Você não pode me dizer o que fazer.”

Ele levantou um braço, pressionando-o contra a parede em uma tentativa de prendê-la. O sorriso presunçoso no rosto dele tirou Kate de seu transe, e ela estreitou os olhos castanhos para ele: “Considere três vezes, então.”

As sobrancelhas de Colton se ergueram de leve, como se ele estivesse em choque, mas Kate não permitiu que ele dissesse nada.

"Sai da minha frente." Ela empurrou o peito dele, escapando da gaiola em que ele a mantinha contra a parede. Seu coração disparou, mas ela optou por não olhar para ele. Em vez disso, desceu correndo as escadas e se afastou daquele menino tóxico de alma horrível.

*

Quando Kate chegou em casa, estava exausta. Mal conseguia subir os lances de escada com o pequeno número de compras que havia feito no caminho de volta. Ela chutou a porta atrás de si, colocando as sacolas no balcão da cozinha. Tirou os itens que precisavam ir para a geladeira e os guardou antes de decidir deixar o resto para o dia seguinte.

Ela desabotoou a camisa e a tirou, jogando-a no chão, junto com a calça. Procurou por seu pijama na cômoda, enquanto brincava distraidamente com a borda de sua calcinha de renda.

Um assobio baixo soou atrás dela. Kate deu um salto, agarrando a camisa mais próxima que conseguiu encontrar e enfiando-a por sobre a cabeça, em uma tentativa de se cobrir. Encontrou o par de olhos negros encarando-a. Havia algo persistente naquelas profundezas que ela não conseguia identificar.

"Como você entrou aqui, Colton?", ela retrucou, os olhos castanhos se estreitando para a figura sem camisa enterrada em seus travesseiros. Os braços dele estavam cruzados atrás de sua cabeça, exibindo a grande variedade de tatuagens em seu corpo. Seus olhos varriam as pernas nuas de Kate com uma satisfação presunçosa, que a fez querer bater nele.

"Eu gosto mais de você quando você está sem roupa", ele sorriu.

"E eu gosto mais de você quando você não está no meu apartamento", Kate fez uma careta, vestindo um par de shorts. "Eu deveria chamar a polícia."

Colton soltou uma risada rouca. “Você não vai. Você deixou sua porta aberta. Por que faria isso se não me queria no seu apartamento?”

“Se eu deixei aberta, Colton, é porque você estava parado na minha porta como um idiota. Agora que você já deu seu showzinho, pode ir embora.”

Estreitando os olhos, ele se levantou da cama. Seu abdômen duro ficou tenso sob a pele, e Kate não conseguia parar de olhar. “Talvez você tenha deixado aberto porque gostou do que ouviu ontem à noite.”

Os dedos dele deslizaram contra o tecido da camisa dela, roçando a pele macia acima de sua calcinha. A respiração de Kate ficou presa em sua garganta, absorvendo as belas feições do rosto dele. A mandíbula esculpida de Colton flexionou enquanto ele olhava para ela, o olhar escuro travado no dela. Ele cheirava a maconha, mas havia um leve vestígio de colônia e hortelã, e Kate se pegou querendo saber qual era o gosto da boca dele.

Não havia como Colton não perceber o efeito que estava causando nela. Ele se inclinou para mais perto, com as pontas escuras de seu cabelo bagunçado acariciando a testa dela.

Como um choque elétrico, Kate percebeu exatamente o que estava fazendo. Os dedos dele tateavam o material de sua calcinha, ousando deslizar por baixo dela. Ela não podia deixá-lo ir mais longe.

Dando um passo para trás, Kate balançou a cabeça: "Vaza."

"Eu achei que tinha te falado que você não pode me dizer o que fazer."

“No meu apartamento, eu digo. Sai daqui agora, Colton, antes que eu chame a polícia”, Kate retrucou. Ela se odiava por deixá-lo afetá-la, por deixá-lo ver que ele a tinha afetado.

Ela não veria o fim daquilo naquele momento e sabia disso.

Seu jeans escorregou um pouco enquanto ele se endireitava, revelando a linha em V de seu abdômen inferior. Ao perceber que ela o estava olhando mais uma vez, ele riu: "Eu pareço o tipo que tem medo de polícia?"

“Você não precisa ter medo deles.” Kate estreitou os olhos, marchando para a porta da frente e abrindo-a. "Eles vão só te tirar do meu apartamento, e, talvez, se eu tiver muita sorte, eles vão te prender durante a noite, para que eu possa passar uma madrugada sem ouvir mulheres fingindo orgasmos até às quatro da manhã."

Colton entrou na sala de estar, cruzando os braços sobre o peito de um modo desafiador, enquanto estreitava seu próprio olhar para ela. “Me avise quando estiver pronta para se livrar de todas essas teias de aranha”, ele fez uma pausa, apontando um dedo para os quadris dela: “e eu vou te mostrar como esses orgasmos são falsos.”

“Espere sentado”, Kate bufou, permitindo-se olhar o peitoral definido dele mais uma vez quando ele entrou no corredor. Ela bateu a porta com toda a força, trancando-a para evitar que Colton entrasse de novo. Ela odiava que ele estivesse tão impregnado nela, e odiava ainda mais por gostar disso. Kate não tinha intenção de ser uma das companhias de cama de Colton, alguém que ele usasse e depois chutasse para a sarjeta, mas a forma como ele a abraçou, o cheiro de sua colônia pairando no ar, a sensação de seus dedos permanecendo em sua pele aquecida, isso tornava tudo mais difícil do que precisava ser.

Deslizando sob os lençóis de sua cama, ela suspirou. O cheiro dele vagava em seus travesseiros, infiltrando em seus sentidos. A sensação de seus dedos roçando contra ela ainda estava fresca em sua memória, e ela permitiu que seus próprios dedos a substituíssem.

Kate sentiu um puxão na parte inferior de seu estômago quando ouviu a voz dele flutuando através da parede fina. Ele estava falando ao telefone, ela supôs, despejando um monte de palavrões para a pessoa do outro lado. Os olhos dela se fecharam, e Kate permitiu que seus dedos mergulhassem sob o tecido rendado, varrendo sua área mais sensível. Um suspiro estrangulou em sua garganta, e ela imaginou Colton. Os dedos ásperos a acariciando lentamente, tirando a umidade de sua excitação e usando-a para ajudá-los a deslizar. Ele soltou um resmungo frustrado do outro lado da parede, e Kate lutou para não gritar seu nome. Suas pernas ficaram tensas sob os lençóis enquanto ela acelerava o ritmo, mordendo o lábio ao sentir o cheiro dele no travesseiro. Ele cheirava tão bem.

Ela o ouviu grunhir novamente, e isso a levou ao limite, seus músculos relaxando contra os lençóis da cama. Jogando a cabeça no travesseiro, ela suspirou. Esperava que isso fosse suficiente para satisfazer o que quer que estivesse fermentando dentro dela, o que quer que tivesse sido acionado com o toque dos dedos de Colton.

Enquanto se enterrava nos lençóis, ela fechou os olhos e sentiu o sono tomar conta. Não havia a menor chance de Kate Grayson acabar na cama de Colton.
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