Prefácio

A inveja é o desgosto e até mesmo raiva provocada pela felicidade ou prosperidade alheia, a inveja é um sentimento que está entre nós como qualquer outro e todos nós estamos destinados a tê-la em qualquer momento de nossas vidas, isso não é ruim, quando admitimos para nós mesmos... Torna mais fácil de superar e controlar, conseguimos lidar, arrancá-la do peito, mas para outras pessoas essa proeza está bem longe e esse é o caso de Hector Weyne.

Só tinha dez anos quando conheceu aquele que se tornaria seu melhor amigo, Victor era só o filho de um grande advogado que trabalhava debaixo dos tapetes de sua família, a família Wayne, bilionários que atrás dos panos formavam uma grande corporação mafiosa. Hector desde cedo não teve o amor de sua família como se liam nos livros, era sozinho, não pode ter amigos ele tinha que lutar para ser o melhor, o imbatível e cruel que se tornaria. Quando teve a oportunidade de ter uma mínima amizade, um companheiro na escola particular que frequentava, ele não recusou e reconheceu os primeiros sinais quando surgiram, não era e nunca foi inveja para ele. No início apenas ciúmes pelo seu amigo ter o amor de seus pais, poder rir e se divertir com outros colegas e até mesmo sair de casa para brincar, mas na real o que isso importava? Hector sabia que era o melhor, o mais inteligente, o mais forte, o mais bonito e sério. Mesmo pequeno já tinha garotas da idade que fariam tudo para estar perto dele, os meninos o temiam pois já sabiam seu caráter escondido pela película furiosa de seus olhos e o único que parecia não se importar era o novato e o pequeno companheiro mais novo, Victor Scott. 

Era uma boa amizade, os dois tinham o mesmo gosto musical e até mesmo, a mesma rebeldia e valentia nas veias se necessário, apesar disso Hector não gostava da amizade de Victor somente por essas qualidades, ele gostava por saber também que um dia Victor seguiria suas ordens e trabalharia para ele assim como os pais dele já faziam a mando da máfia. Hector era superior o rei, ele um empregado. Isso sempre esteve claro, no entanto aos treze anos ele finalmente se encantou por uma garota, a pequena paixão fervorosa da infância. 

Grace Lee era uma menina baixinha de dez anos, com olhos negros e cabelos loiros encaracolados e bochechas rosadas, adorava usar vestidos com estampas floridas e doces. Hector criou uma pequena obsessão pela menina, sabia que ela era o amor de sua vida e que faria o necessário para ela ser sua, sabia tudo sobre ela e o necessário para agradá-la, entretanto logo ficou claro pra ele, Grace foi a primeira menina a lhe dizer "não" e toda garota que dizia não pra Hector, automaticamente dizia sim para seu melhor amigo, ele não se importaria com isso se fosse qualquer garota, mas se tratava da sua primeira paixão e saber que Victor estava criando afeto pela mesma fazia seu peito ferver de fúria, inveja. 

Carregado pela ira e com toda sua inteligência maquiavélica, não foi nada difícil. Ele já havia matado antes, começou desde de cedo com animais, caças e tiros ao alvo, aos pequenos até simples predadores, por conta dos deveres da família. 

Com frieza e sem puder, Grace foi encontrada esfaqueada na casinha de um parquinho que costumava ir aos fins de semana, usando seu melhor vestido verde com estampa de orquídeas que ficara ensopado pelo sangue. 

A única coisa que passara na cabeça de Hector era simples, se ela não seria dele... Não seria de mais ninguém.

A amizade com Victor continuou, mesmo tomando rumos diferentes ainda mantinham contato era bom pra Hector saber qual era o devido lugar do amigo, o que o próprio não sabia é que a história se repitiria no futuro, com outra mulher, com a evolução mais perigosa de sí e uma atração tão doentia que matar não seria a solução e isso chegaria em todos os limites da sua obsessão.

E aí meninas e meninos?! Gostaram do prefácio, espero que sim!

A trama não vai se passar na terceira pessoa, apenas esse prefácio para explicar essa história turbulenta!

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