3. Derrotada

Os combates haviam terminado e todos estavam dispensados, eu me sentia mal e com bastante raiva, não gostava de perder, mas eu tentava esconder a desilusão que eu sentia. Eu havia me tornado numa pessoa dominada pelo ódio e não sabia conter correctamente, mas eu estava em terapia comigo mesma, na esperança de reduzir esses sentimentos e receber o distintivo de liberdade para realizar o meu propósito.

Decidi sair um pouco para tomar um copo num bar próximo, eu precisava apanhar ar fresco e me distrair. Entrei no bar, e me dirigi logo ao balcão e pedi um copo de whisky, e em dois minutos o empregado do bar serviu um duplo de black barrel com duas pedras de gelo.

- Obrigada - agradeci dando um gole.

- Dia ruim ? - perguntou o garçom.

- Você quer mesmo saber ?

- Se não for um incomodo.

Eu ri olhando pra ele e perguntei:

- Não tem clientes pra atender ?

- Para a jovem mais linda do bar, eu tenho todo tempo do mundo - disse ele num tom mais melancólico.

- E quem disse que eu necessito do teu tempo ?

- Desculpa tá - ele disse num tom mais calmo - Só estava a tentar ser simpático.

- Bom... você conseguiu.

Ele ficou me encarando por uns breves segundos.

- Eu nunca te vi por aqui, você é nova na cidade?

- Me sirva mais um duplo por favor - pedi dando o último gole, e ele serviu.

- Esse pode ficar por minha conta - ele olhou para a minha bochecha e notou o hematoma que lá estava - Você se envolveu em brigas?

- Não - respondi - Mas se continuar sendo chato talvez eu crie uma - levantei e deixei o dinheiro por cima do balcão ao lado do copo, dei de costas e fui andando em direcção a porta até fora do bar, e já estava escuro, eu fui andando pelo passeio e a cidade estava bastante iluminada e no topo de um prédio estava uma tela gigante de um anúncio da ex empresa dos meus pais e que agora está nas mão de Timothy Samuell, o homem que casou com a minha mãe e posteriormente a matou,e ver o rosto dele colado aí como o maior empresário do país me dava nojo e vontade de meter logo uma bala nele, mas eu precisava me manter calma, até do dia da minha aparição que seria no dia do aniversário da empresa, bom... se até lá o mestre decidir que eu estou capacitada, pois toda minha vingança já está preparada desde o momento que eu fugi de casa.

Tentei desviar todos os pensamentos que me causavam dor e me mantive calma, entrei num pátio isolado e me sentei num dos bancos observando as estrelas  que estavam muito visíveis, estava uma noite fria e tudo que eu pensava era em como eu fui derrotada, inspirei com intenção de relaxar, até que uns três homens vestidos de preto chegaram até mim e um deles pegou numa faca pequena apontando para mim.

- Me passa todo dinheiro que você tem aí e eu deixo você viver - disse um dos homens.

Respirei e ri dentro de mim, eu não queria problemas porque eu sempre tive problemas em controlar a minha raiva e acabava por matar, eu me mantive em silêncio.

- Você não ouviu ? - gritou o homem que tinha a faca.

- Hey ! - gritou alguém que vinha correndo em nossa direcção com um taco de basebol - Deixa ela em paz.

Eu prestei bem atenção nele e percebi que era o garçom que me serviu a bebida no bar e que veio pra me defender com um taco de basebol, ri mais uma vez dentro de mim e a atitude parva dele.

- Vão embora seus idiotas - disse o garçom.

Os homens com faca se puseram a rir dele em voz alta, e um deles o empurrou no chão de acertou a faca no seu ombro, ele deu um grito de gemido e dor bem forte, que eu levantei.

- Deixem ele - avisei - quem vocês querem sou eu não ? - eles me concentraram - vamos fazer o seguinte, se um de vocês conseguir me atingir somente um soco e me causar um arranhão eu dou tudo que eu carrego e deixo vocês matarem esse individuo, ta bem ? - eles riram mais uma vez enquanto que o pobre defensor gemia de dor deitado no chão. Todos pegaram as suas facas e o primeiro veio pra me atacar tentando me acertar os golpes com a faca e eu desviava a todos, então peguei no seu braço e torci partindo o seu osso e fazendo som estridente, e com a sua mesma faca eu cortei a sua garganta num movimento muito rápido e sangrento, os outros dois ficaram admirados e ao mesmo tempo furiosos e correram até a mim com agressividade girando os seus braços pra ver se conseguiam me cortar um pouco mas não conseguiam, dei um pontapé na cabeça do que estava vindo e caiu no chão tossindo sangue, enquanto o outro se aproximava eu chutei a faca de sua mão e caiu no chão e com a que estava na minha mão eu cortei um veia principal do seu pulso e caiu sem forças gritando e sangrando,e o que estava no chão eu mirei bem a faca e perfurou a sua cabeça, e todos estavam mortos, enquanto que o garçom sangrava no seu braço ele assustado somente olhava pra mim.

- Que porra foi essa ? - ele perguntou assustado.

- Você precisa sair daqui - disse me aproximando dele - precisa tratar desse ferimento antes que tenhas uma infecção.

- Você matou esses homens... como ?

- Deixa de perguntas, queria que eles matassem você? garçom! - dei a mão pra ele levantar e o ajudei.

- Mas... você trabalha para alguma inteligência? Algum departamento?

- Vai ou eu mato você garçom!

- Eu me chamo Christhoper, já  agora, mas pode me chamar de Chris.

- Eu não vou te chamar, não te preocupes.

Virei as costas e fui andando e ele questionou: - E qual é o seu nome ? - parei, engoli em seco, esse rapaz era chato e irritante, olhei pra ele e respondi: - Katherine. Mas pode me chamar de Kate - continuei andando sem olhar pra trás.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo