A vigarista e o criminoso
A vigarista e o criminoso
Por: Alyson Zagy
Prólogo

Colômbia

2015

07:22 PM

"Aconteça o que tiver que acontecer, em momento algum pense em sair deste lugar, ou muito menos abandone os seus irmãos. Fui clara Dayane?." sua mãe indagou entre lágrimas enquanto a refugiava no guarda roupas junto dos seus dois irmãos.

Alguma coisa não estava bem, embora a sua mãe tentasse ocultar a verdade Dayane via em seus olhos. Algo de errado estava acontecendo lá em baixo.

"Por quê.. o que está acontecendo mamãe?." dayane indagou entre soluços.

"Não me pergunte por quê, apenas me obedeça, e não saia daqui. Cuide dos seus irmãos, seu pai e eu iremos resolver as coisas." sua mãe proferiu novamente num tom que a assustou. Jamais havia gritado com ela, e por isso a mesma estranhava a atitude da sua mãe." Voltarei em breve para busca-los." sua mãe adicionou instalando trilha de beijos na testa de ambos antes de se retirar e fechar o guarda-roupas.

Naquele instante Dayane acolheu os seus irmãos em seus braços, totalmente assustada.

Algo de errado estava acontecendo lá em baixo. Suas dúvidas são tiradas ao escutar os gritos de dor do seu pai. Pouco antes da sua mãe os ter colocado no guarda roupas em meio ao jantar haviam tocado na campainha. Surgiu entre a porta uma mulher na companhia de dois homens com a massa corporal elevada. Seu pai sigilosamente fez o sinal para que a sua esposa protegesse os seus filhos. Apreensiva a mulher carregou em seus braços o seu filho de quatro anos o Miguel. Dayane fez o mesmo com o seu outro irmão Pedro. Embora os seus pais não tenham dito absolutamente nada dayane notou que algo de estranho estava acontecendo, notava-se na expressão facial dos indivíduos que aterrorizavam o seu pai sem se quer proferir uma palavra.

Ignorando completamente as ordens da sua mãe dayane deixa os seus irmãos no guarda-roupas, mas antes diz a eles que voltará em breve. Alguma coisa estava acontecendo e ela tinha que descobrir.

Assustada Dayane desce as escadas a passos cautelosos. Quanto mais ela se aproximava mais os gritos do seu pai se tornavam nítidos.

Discretamente Dayane abre a porta apenas de um modo que lhe permitisse observar a causa dos gritos do seu pai. Aterrorizada seus olhos se deparam com a imagem da mulher que ela chamaria de demoníaca segurando numa serra enquanto os seus dois homens agarravam nos braços do seu pai que se encontrava de joelho e imobilizado. Logo em seguida seus olhos encontram a sua mãe que por coincidência nota a sua presença. Seus lábios estão enfaixados por uma fita adesiva, com as mãos presas e sentada sobre o chão.

"Por favor, deixe-nos com vida, Não contarei a ninguém sobre o que vi." seu pai suplicou entre lágrimas. Dayane jamais havia o visto chorar, aquela era a primeira vez, o que significava que a situação era crítica.

"Lhe dei o dinheiro para que deixasse a cidade dentro de vinte e quatro horas mais não o fez. E disse claramente que se não o fizesse pagaria com vida." a mulher que tem os olhos ocultados por um par de óculos pretos diz entre os dentes. Seus cabelos são ruivos, mede um metro e sessenta, veste umas calças pretas que se alongam nos saltos altos que a mesma está calçando." É o momento de dizer adeus, testemunhou um crime que o meu filho cometeu por deslize e não estará vivo para testemunhar contra ele. Tanto isto quanto o senhor iram morrer neste preciso momento e a história jamais será sabida." a mulher diz antes de dar as ordens para os seus homens, para que lhe arrancassem a cabeça com a serra. Dayane viu a cabeça do seu pai sendo arrancada sem piedade, a mesma cabeça cambaleou para o chão e os seus olhos encararam a sua filha antes de se fecharem completamente." A senhora acaba de presenciar a morte do seu marido, eu até poderia deixá-la com vida mas penso que não manterá a descrição. Peguem-na e a despedaçem." a mulher ordenou novamente consumida pelo ódio.

Aterrorizada Dayane presencia agora a morte trágica da sua mãe. Os homens a despedação usando como arma um machado.

Um grito escapuliu da boca da Dayane, sua mãe estava sendo assassinada brutalmente, e a dor que a mesma sentiu foi grande, não pudia conter as lágrimas, muito menos os gritos de desispero.

Por mais que tentasse pedir por ajuda de nada adiantava, isto apenas faz com que a mulher a veja.

"Não á deixem escapar!." a mulher gritou, e os seus homens de imediato a agararão.

Sem hipótese alguma de escapar os homens a seguraram e a levaram em direção a mulher que a observou cuidadosamente como se tivesse gostado dela.

"A levem para junto das outras garotas. Daqui em diante irá trabalhar para mim." a mulher diz com determinação sem dúvida alguma das suas palavras, com as mãos agarradas no maxilar da Dayane." Escute garota, isso nunca aconteceu, se não quer se juntar aos seus pais sugiro que me obedeça." ameaçou entre os dentes antes de desferir um tapa em seu rosto.

"Por favor não!." dayane protestou entre soluços." Os meus irmãos, não os machuquem." pediu." Farei tudo que me disser, mas não os machuquem." suplicou entre lágrimas.

A mulher sorriu ao ve-lá totalmente submissa a ela e com a sua pose de superioridade disse:

"Linda menina, estará junto dos seus irmãos, se trabalhar para mim."

Embora a mulher seja a responsável pela morte dos seus pais, não lhe restavam alternativas, afinal a vida dos seus irmãos estava agora em suas mãos.

"Como..como desejar senhora." disse com a cabeça erguida.

"É Úrsula, para você é dona Úrsula." a mulher diz antes de erguer os óculos e da-la a visão dos seus olhos esverdeados.

Rigorosamente a mulher ergueu o seu queixo e a fez encara-lá.

"Temos um contrato, caso não cumpra com ele, não hesitarei em tirar a vida dos seus irmãos." adicionou entre os dentes." Tirem-na daqui, e tragam os seus irmãos, sairemos da cidade está noite." a mulher que agora tinha nome ordena entre passos.

Dayane a olhou, seus olhos seguiram os passos da mulher que ela amaldiçoou mentalmente com todas as suas forças. E foi a partir daquele momento que surgiu em seu coração um sentimento de vingança.

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