Aurora Estro II
Aurora Estro II
Por: Jack Bellintani
Aurora estro II

Jack Bellintani era um garoto peculiar para sua idade. Ele não se interessava por esportes em geral, muito menos Futebol. Era sempre deixado no banco de reservas. E ainda se indagava, pois, quando jogava ele não transpirava enquanto os outros meninos pingavam de suor. Era um ponto positivo. Certa vez fora chamado para jogar o derrubavam, caçoavam dele e o cobravam. Sempre fora um menino doce e gentil, mas ali já residia a semente de um homem firme e forte, não era vingativo e rancoroso nunca fora, mas não se deixava ser desvalorizado, não quando sua lucidez o fazia se defender e seu amor próprio e dignidade gritavam mais alto. Em um desses jogos de educação física em que a rapaziada já estava na malícia, nesse dia em específico, Jack usara seu coturno de couro com bico de aço e cadarços compridos e fortes. Quando os meninos viam com maldade para derrubá-lo dando bicudas em sua canela ou tentando passar, rolinhos, carrinhos e empurrões, Jack revidava com botinadas quase como coices que afundavam nas canelas e joelhos da molecada que fora percebendo o quanto aquilo machucava tanto para Jack quanto para eles. O cômico foi ver o time inteiro segurando as lágrimas depois da aula devido os cascudos que Jack dera com a bota enquanto só sobrara ele em pé naquela quadra cinzenta e triste de mármore em que ecoava sua juventude. Esses relatos não possuirão cronologia histórica, mas serão citados épocas e lugares que situarão por uma certa lógica contextual o tempo e período do ocorrido. Houve um outro episódio também em que o pequeno Jack brincava com seus coleguinhas de sala após a aula de artes que apesar de ser apaixonado por artes ao que parece sua mente surreal se desabrochou em sua idade mais adulta, entretanto naquele dia havia feito um desenho de um saci que rugia como um leão. Não se sabe exatamente o porquê e nunca saberemos, mas seus colegas adoraram o desenho inclusive a menininha mais bonita da classe. E o apelidaram de Saci que rugia e corriam brincando por aquela vasta quadra colorida, o solo, as portas e portões, com cercas de ferro pintadas, predominava o vermelho o amarelo o azul e o branco. E gritavam, “Saci... Ruge...” E o pequeno Bellintani se estrebuchava de gritar. Um rugido forte em que as cordas vocais de um adulto não suportam, até mesmo no colo de sua madrasta quando foram busca-lo um coleguinha passou e gritou e ele rugia e rugia... E nesse dia ele percebeu que transpirou, de felicidade e alegria. Sua madrasta toda orgulhosa no carro a caminho de casa perguntara como foi o seu dia e ele contara todo realizado enquanto brincava com seus bonecos de plástico que estavam no carro. O pequeno Jack já morou em tanta casa que nem se lembra mais, mas sempre morou com seu pai até sua juventude rebelde aflorar. O ano era 1994. Ele e sua madrasta na época apesar que nunca fui a favor deste termo e mais como segunda mãe mesmo.  O natal se aproximava e nessa época ele morava em um apartamento, era um prédio bonito. Agora se não me falha a memória devia ser no Edifício Laura ou seria na Rua São Paulo. Acho que a primeira opção. Ele havia tirado notas azuis em todo o boletim. Seu irmão mais velho jogava Super Nintendo no quarto. O Jogo era “ Final Fantasy VI”. Quando o pequeno Jack fora chamado na sala por papai e sua boadrasta. -Feliz aniversário, filho... Uma lembrança tão bela e remota parece um filme mágico e brilhante afunilado no fundo da mente, mas ainda me lembro da cena, do piso do apartamento do sorriso deles e de minha alegria. Não me recordo se era uma Monark ou uma Caloi 90 Aspem, acho que a segunda pois ela era mais compacta e um vermelho brilhante e tinha marchinhas apesar de ser de criança. Lembro-me de abraçar forte papai e mamãe e beijar eles fortemente e depois corri para a cozinha subi em um banquinho e em cima do armário Papai guardava aqueles guarda-chuvinhas de chocolate, bolinhas de futebol e dadinhos. Peguei vários para comer e testar a possante. Mamãe dissera que podia e papai riu. Freneticamente corri com ela pela sala de estar todo alegre com a boca cheia de doces e depois retornei para o quarto para ver meu irmão terminar o jogo e me pedia chocolates e um copo de água. Um tempo depois, Jack fora morar em uma peculiar casa enorme, parecia um castelo, pois ela era dividida em três e possuía dois andares. A casa da frente possuía uma garagem enorme e comprida com piso de ladrilhos vermelhos, o portão era de metal e de marrom-bombom. Logo ao passar por esse portal na direita era o corredor vasto da garagem que ia metros e metros até lá em cima, na entrada a esquerda havia uma pequena escadinha e um jardim grande compartilhado com o muro da segunda casa que no caso era a terceira pois ela dava a volta por trás, a planta dessa casa era uma coisa sensacional. Pois o irmão da minha madrasta que projetara, ele fora um renomeado arquiteto da cidade de Ubatuba.

Pai dos irmãos Igor e Ivan Ventura. Igor era grande forte e barbudo e Ivan parecia um viking atlético, louro com cabelo curto bem liso e olhos bem profundos e claros e ambos extremamente simpáticos, alegres e inteligentíssimos. Eles conviviam bastante conosco nessa nova casa pois a casa era deles a terceira que eu fora morar. Nesse jardim de entrada havia também uma porta de grade que para minha altura na época era grande e ao lado uma janela com grades também em formatos geométricos que era o quarto de meu irmão, Fábio Saulo filho de minha madrasta. Lembro-me de me pendurar nas grades e ficar admirando o quarto dele do lado de fora e avistava sempre um cachorrinho de pelúcia o Pluto que ele trouxera da Disney e um guarda-roupas enorme que sempre me dava curiosidade de imaginar o que ele tinha ali, sempre tive uma imaginação muito fértil e ficava imaginando que naquele armário pudesse ter um super vídeo game novo e tecnológico ou brinquedos ultra diferentes ou livros raros de fantasia que não existiam em nenhum outro lugar ou será que teria fantasias especiais de super-heróis ou bonecos dos desenhos que eu gostava, a possibilidade era quase infinita, ás vezes eu torcia para eles abrirem mais vezes aquelas misteriosas portas de carvalho envelhecido mas poucas vezes ocorria e acredito que não devia ser nada demais. Uma vez lembro-me que vi de relance uma maquete que ele fizera para escola, achava mágico as maquetes que ele fazia me fascinavam o seu capricho e dedicação naquelas miniaturas. E ao lado de sua janela havia um muro pequeno que eu costumava pular e pular direto que dava diretamente para a sala da minha casa, a terceira casa do conjunto das três que possuíam no terreno. Jack contraria a doença catapora enquanto estava na escola primária Externato St Antonius. Foram tempos mágicos acredite. Pois fazia pouco tempo antes de contrair os sintomas das bolinhas vermelhas pipocarem em seu corpo de menino em que ele ganhara de sua irmã mais velha o famigerado console chamado “Nintendo 64”. Ele ganhara esse videogame no feriado de 12 de outubro. Dia das crianças no Brasil começou a escrever:

Estou a escrever esse livro com intuito de um dia O mundo poder entender o que aconteceu nesse ano, e um dia me perdoar. E para meu filho que um dia venha finalmente a compreender sua missão. As coisas que ele está destinado a fazer e o que ele deve se tornar. O que dizer de mim? Sou um ser diferente de tudo aquilo que você já viu. Carrego dentro de mim uma fúria sem limites e uma dor eterna.Aquela mesma antiga dor que se iniciou justamente em uma m*****a noite chuvosa de inverno, mudando completamente o meu destino.

E mudou o também o de meu filho, diretamente vossas vidas para sempre.

Aquilo que queima dentro de meu coração... Eu sabia que não seria nada bom, eu podia pressentir esse mal. Tento enxergar esse momento com olhos da mente e do coração.

Minha casa não costuma mais ser tão bela como antes, foi tudo em vão. Não tem mais aqueles toques especiais de minha esposa. Não possuí mais quadros rústicos que ela admirava e refletia suas paisagens toda manhã, em que ela feliz pintara para nós. Naquela grande sala cheia de tulipas e rosas brancas perto da lareira. Agora restam somente rachaduras onde havia mogno com cheiro de novo... Uma escada velha para a parte de cima, onde costumava ser um cômodo mais alegre do lar. Minha mulher, ela amava aquela cortina cor de rubi que compramos quando nos casamos. Combinava perfeitamente com o carpete escarlate de nossa sala.

Onde meu filho adorava ficar sentado, escrevendo perto da lareira, esperando pelo jantar.

Minha cozinha atualmente me faz sentir mal... O chão reflete a sujeira, o cheiro da tristeza.

A janela de vidros quebrados, como diamantes riscados. Era aqui onde passávamos nossas manhãs, era onde víamos o dia começar, com as mais belas refeições de minha amada Ângela.

Onde via meu filho viver mais um dia. E o sorriso puro, a voz de minha esposa mais uma vez.

Agora, essa cozinha vazia e fria, sem alma, sem vida, sem seus toques de perfeição, sem a luz do amanhecer... Aquele azulejo de platina que ela amava.

Sem contar a presença da carniça, onde havia lindas copas e taças de cristalina.

Costumávamos tomar muito vinho pela noite. Sempre amei vinho, nem isso consigo mais aproveitar Muito menos sozinho... A sacada de minha casa onde dava para um lindo pôr do sol no anoitecer; agora só mostra o cinzento sol que essas eras de trevas transformaram.

Meu quarto ainda com o cheiro de Ângela, lençóis arrumados, e a cama no mesmo lugar.

Ajoelho-me ao chão enquanto chove, posso escutar as gotas atingindo essa velharia.

Como estrelas atingindo a laje, como flechas vindas de um céu caótico.

Ao me levantar e ainda conseguir enxergar minha imagem naquele velho espelho de nosso quarto de um jeito que me chega a assustar.

Vejo um velho com uma rasgada jaqueta de couro, a barba grisalha mal feita, um homem cansado marcado com as linhas do tempo, mas que ainda possuí cabelos compridos

E quase rubros como a noite. Aquele meu marcante sorriso cético, um olhar sem fé, frio e com ódio naqueles meus mortos olhos cor de esmeralda. Um sofredor, um homem sem esperança, sem paz e com certeza sem amor. Que decadência, nem mesmo a imortalidade me faria bem, me curaria desse mal, O que fiz não tem volta, e condenei meu filho também a essa estrada da escuridão. Dessa vez o tempo não poderá cicatrizar esses ferimentos de minha existência.

Não enquanto eu não obter respostas... O porquê de a escuridão escolher a minha família?

Por que Ângela você precisou partir? Pereceste quando eu mais precisei de ti e de seu coração.

Nosso pequeno Ryan desapareceu, ele é só um garoto nessa selva de vida, não consigo encontrá-lo! Criaturas das sombras não param de aparecer, destruíram meu lar...

Minha vida, minha família e minha essência, de que vale essa minha existência?

Preciso partir mesmo que seja uma estrada sombria, onde meu coração implora por luz.

Eu oro por alguma verdade, algo que possa me dar força. E que meu pequeno filho estejas bem. Agora que as chamas tomaram praticamente quase toda nossa casa,

Minha alma foi queimada com ela. Com todos nossos momentos e pensamentos.

Mas eu me vingarei não importa o que aconteça, pela minha família.

Realmente seguir com o porquê de ter que encarar essa maldição milenar,

Eu já esperava por isso, sabia que voltaria, pra assombrar minha família.

Durante muitas vezes não conseguimos escapar de nossa sina.

Nem de nosso passado, muito menos de nosso destino.

Ainda encontrar vocês, por favor, Ângela olhe sempre por vosso Ryan.

Trarei aquilo que ao pior resta e que posso oferecer a essa família

Que era minha vida, um pouco de honra e glória, um pouco de justiça,

Alcançada pela minha arma.

Filho jamais se esqueça da origem da escuridão.

Quando essa maldição chegar à terra, você deverá destruir a qualquer custo, todos os seus sinais...

Ela terá uma bela face de anjo, mas um coração de demônio e uma linda voz musical.

Terá irmãos e irmãs por todo mundo, como anjos caídos, esses seres que sempre assombraram nossa família, malditos sugadores bebedores de sangue... Vampiros!

Ryan encontre o crucifixo de sua mãe, possuí vida, pode ser a chave para um coração perdido, sempre o carregue, sinta a fé de acreditar que você pode vencer, pois sua mãe sempre estará contigo. Aceite seu destino filho, por nossa família, salve essa terra, salve o futuro. Agora somente você pode ser a diferença. Jamais se esqueça que sempre estarei com você... Papai!

Robert Rainheart

Cidade de Camysidian.

II

Naquela época remota bem distante e calma, onde as planícies,

Ainda eram planas e os animais viviam prósperos com o homem.

Povos bem pacíficos dentre guerras vencidas,

Tempestades sempre superadas, ensinamentos passados deles

a admiração de gerações pois existiu um grande herói.

Um sombrio e solitário ser...

Sua alma era um mistério.

Buscando um mistério maior ainda, amar.

Um herói que fez a diferença, no planeta e no tempo.

Pois o universo e a realidade para si eram tudo pequeno demais.

Ele tinha a magia de ajudar, de cativar, transformar a poesia

E sua bela arte numa infinidade de sentimentos pelo espaço afora.

Um lendário poeta que marcará a história para sempre.

Muitos mais que isso, marcará corações e almas.

Principalmente daqueles que ele mais ama e a dele mesmo.

Querendo encontrar respostas de seus mistérios, a verdade sobre

O sonho e a realidade, pois sendo essa a missão de escrever

Esse pequeno diário, como uma viagem à mente e a alma poética.

A Lenda de Rainheart†

      (Sangue poético.)

Romance medieval com toque do sobrenatural.

Essa história mostra como o amor derrota a escuridão...

E como a escuridão oprime o amor...

Como palavras podem fazer a diferença.

Como os filhos da noite surgem...

Sempre podemos nos surpreender.

Nem tudo é o que parece ser...

Anjos que choram que sangram.

E nada pode fazê-los voltar a acreditar...

E lembrar, daquilo que um dia eles amaram

Com tanta força, e vontade que poderia ter sido a luz que faltava!

“É mais fácil viver sem felicidade do que sem amor.”

             William Shakespeare

Eu não sabia onde estava,

Tudo me parecia perdido e eu sabia

Que não pertencia a aquele lugar, eu precisava

Escapar, só não sabia como... Tudo que eu queria

 E mais precisava era acordar...

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