Capítulo 05 - jade

Não consegui dormir bem. Estava ansiosa em começar aquele trabalho e dar início a uma nova vida. Tomei café logo cedo e como não sabia como pegar ônibus ali naquela cidade me afastei do pensionato para que ninguém pudesse me ver e peguei um táxi. Não teria como explicar por que precisava trabalhar como doméstica se eu tinha dinheiro para pagar um taxi.

Cheguei pontualmente às sete e me identifiquei na portaria do condomínio. A casa era uma das últimas do bloco C.  Na garagem lateral da casa pude ver um jipe amarelo enorme todo sujo de lama e duas motos tipo aquelas usadas para competições de Motocross.

Aproximei da porta e toquei a campainha uma vez e esperei. Nada. Toquei de novo e ninguém abriu a porta. E agora? Será que o cara tinha saído mais cedo? Estava me preparando para voltar na portaria quando a porta se abriu com um solavanco e eu quase dei um grito de susto. O homem estava vestido com um macacão de corrida preto de pés descalços e sua aparência demostrava que não tivera a melhor das noites. Parecia com sono ou bêbado, sei lá e mal se mantinha de pé.

- Entre logo, você deve ser a tal empregada que minha mãe arrumou.

Eu hesitei em entrar naquela casa com aquele homem naquela situação. Vai saber se ele estava só bêbado ou se tinha ingerido mais alguma droga.

- Eu... não vou entrar aí com você desse jeito, não.

- Ótimo, eu nem queria você aqui mesmo!

E bateu a porta na minha cara.

Lembrei então que a mãe dele tinha dito que ele não estava em um período legal e que não seria educado comigo. Talvez o coitado estivesse com algum problema sério. A mulher não iria me colocar em risco se soubesse que seu filho é um homem violento. Toquei novamente a campainha. Ele voltou e abriu a porta.

- Ou entra ou vai embora, porque eu quero dormir.

Passei lentamente por ele e entrei. Ele bateu a porta com força e caiu no sofá de novo de olhos fechados. Ele tinha tirado a parte de cima do macacão e agora deixava à mostra o peito musculoso e uma barriga achatada.  Ele era moreno, mas a cabeça era bem clarinha e sem um fio de cabelo. Era magro, mas cheio de músculos. Muito lindo, mas parecia muito distante dali, jogado de qualquer jeito sobre o sofá.  Meu olhar desviou-se para o peito dele novamente.  Ele tinha um argola de prata presa no bico do peito!

Deus de misericórdia! Aquela maravilha de homem será meu patrão?

Aproximei-me devagar e toquei o braço dele com a ponta do dedo:

- Ei... moço? Não é melhor você deitar na cama?

Ele empurrou minha mão e tentou sentar, focando o olhar em minha direção.

- Minha mãe te mandou aqui para cuidar da porra da casa, então me deixe em paz!

Ia ser difícil!

- Tudo bem. Vou cuidar do meu serviço.

Quando virei na porta que dava para a cozinha, ouvi o som de algo se quebrando contra a parede.

 Bem, Jade, já tem mais alguma coisa para você limpar.

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