Capitulo 2

— O que isso mãe, para de (falar) besteira é como se fosse meu irmão?

    — Irmão? Sei me engana que eu gosto! — Natasha Estava ficando impaciente com sua mãe pelas insinuações. E saiu de perto e foi andar um pouco no Jardim do salão que havia, e sentou numa cadeira, e ficou pensando.

    — Será que a minha mãe tem razão? Sou apaixonada por Arthur? Não pode ser! Ele é apenas meu amigo e nada mais, é como um irmão pra mim. Porque desse ciúme dele? Não é normal eu sentir?

— Estava pensando alto quando um rapaz se aproximou-se perguntando:

    — Está falando sozinha moça? — Ela levou um (susto) envergonhada sem saber o que dizer, vendo aquele rapaz atraente bem-vestido fazia frio, naquela noite de lua e céu estrelado, o coração batia forte. Aquela voz era conhecida, mas como era escuro, de máscara não dava para saber quem era, mas estranho era porque gostou dele. Havia sintonia entre os dois.

Ele sentou-se perto dela e começaram a conversar, e contar história do cotidiano ela não queria que ele soubesse do ciúme de seu melhor amigo, e muito menos sua intimidade. Arthur era amigo e ponto final. Esquecer um pouco da vida conturbada e confusa, esquecer um pouco que vivia estudando e fazendo planos de viajar para a Europa e ter uma profissão e ser bem sucedida.

Quanto a isso seus planos estavam traçados? Agora queria algo diferente, uma aventura, quem sabe um rapaz para namorar. Já tinha 17 anos de idade. E isso incomodava a pressão que sofria de suas amigas que já tiveram relações sexuais com seus namorados. Ela ainda não.

Embora não dando muita importância a isso, mesmo tendo suas convicções e opinião própria de não dar ouvidos a ninguém, mas era por ela mesma que se sentia incomodada, em carregar esse fardo. Sentia desejo de ser uma nova mulher, porque não transar com alguém, e aquele rapaz sendo gentil e cavalheiro ao mesmo tempo provocava uma atração irresistível.

Embora (acreditando) ser um estranho, seu coração batia forte no peito como nunca aconteceu em toda a sua vida, de repente se apaixona por um jovem de máscara e desconhecido, isso não estava certo? Até poucos minutos atrás se questionava pelos ciúmes do seu amigo Arthur.

E de repente esquece tudo ao se deparar com alguém que ela nunca viu na vida. Mas já que era sua festa de formatura e despedida de uma vida de estudante partindo para uma nova etapa. Seria um tempo desafiador na vida de Natasha.

Então já que tudo era festa deixou seu coração falar mais alto e se deixou levar pelos encantos do rapaz. Que também estava curioso em saber quem era aquela garota linda sentada no jardim falando sozinha, e sentiu curiosidade.

Era uma emoção diferente de outras vezes que se encontrava com as garotas, de boa aparência, e tinha certeza que era uma garota que sempre buscou para sua vida, embora suas intenções nunca fossem de assumir qualquer compromisso com alguém. Mas esse jovem galanteador que conquistou Natasha era mesmo Arthur, que para ela era um estranho que surgiu do nada das redondezas.

Poderia ser de qualquer lugar. Poderia ser um turista que pudesse vir de qualquer estado do Brasil. Já que Gramado era frequentado por muitos turistas de todos os estados do Brasil, poderia, mas não era! E sim seu grande amigo Arthur de quem ela tinha tanto ciúmes e não entendia porque? Mas ele estava na sua frente derretendo por ela. E ela por ele também.

Na mesma hora que saiu para pensar. Ele também estava confuso em relação aos sentimentos. Passou quase a noite inteira fugindo do assédio feminino, não gostava de garotas se jogando em cima dele, e a única pessoa que ele queria estar perto era Natasha, mas o estranho que não conseguiu vê-la.

Talvez tenha visto até, mas como as luzes da festa eram de “boate” e como tinham combinado de não se ver por uma questão de ciúmes, trato é trato. Ficar afastado pelo menos por enquanto.

Mas se sentiam solitários; faltava alguma coisa. Àqueles cuidados que tinham. As coisas nunca foram as mesmas quando ficavam distantes um do outro. E não sabiam que sentimento era aquele!

E porque nenhum dos dois tinha coragem de assumir o que sentiam? Viviam fugindo e dando desculpas! Só existe uma razão? Que se chama amor é claro, mas não na mente deles, que estavam em (evolução) cheios de energias, queriam viver mais intensamente sem ter que se apegar a ninguém, ou ter qualquer compromisso. Para ele, ela era uma estranha.

Não estavam prontos para isso. E paixão naquela altura dos acontecimentos colocaria tudo por água abaixo, os planos traçados pelos dois. Mas sabiam que um dia iam se separar de alguma forma!

Seja viajando ou quem sabe se casando, e essa ideia não aceitavam, mas tinham que se conformar com a separação, é a coisa do destino, faz parte da vida de todo jovem que são amigos quase uma vida inteira na fase da adolescência.E na adulta t odos sabem que cada um segue seu caminho e seu destino. Uns se casam, outros viajam, outros vão pra guerra caso foram chamados.

A juventude que nada é para sempre. E isso eles sabiam por serem inteligentes e realistas das coisas que acontecem na vida de um ser humano. Estavam bastante tempo, sentados olhando as estrelas e lua cheia que fazia companhia para os dois que não queriam mais sair dali daquele lindo jardim, enquanto as pessoas lá dentro dançavam animados e bebiam já que a bebida corria solta. E não deram falta de Natasha e Arthur.

A vontade era ficar até o amanhecer e esquecer os problemas do dia a dia. Esquecer os compromissos diários de levantar cedo, ir ao colégio corrigir trabalho de escola, fazer planos, esquecer um pouco da rotina das cobranças da família. De fazer isso ou aquilo.

E tudo o que eles queriam, era se desligar um pouco da realidade e do mundo competitivo e cheio de cobranças e viver escravo de regras que se impõe a eles. Não tinham coragem de assumir que um amava outro por uma questão de ética e princípios, acreditavam que amizade e cumplicidade que havia entre os dois estava acima de tudo e que nada ia atrapalhar, e muito menos uma paixão passageira!

Acreditavam piamente que a paixão estraga uma grande amizade. Queriam que durasse a vida toda, mesmo tendo que suportar a dor da separação. Sabiam que na vida tudo é passageiro e que nada é para sempre. Então agora era aproveitar aquele momento delicioso um querendo tomar posse do outro, uma estranha sensação de liberdade que estavam sentindo naquele momento sem saber o que estava por trás disso tudo.

Aquela atração fora de hora num lugar apropriado diga se de passagem. E foram surpreendidos por um sentimento mais forte que eles que jamais poderiam imaginar que pudesse acontecer um dia.

A essa hora esqueceram-se do mundo, as convenções e conceitos, Natasha estava radiante linda de máscara vestido azul, olhos brilhantes, e Arthur encantado quase trêmulo na voz Perguntou o nome dela.

    — Como você se chama? — Natasha sem saber se deveria revelar seu verdadeiro nome. A um estranho que surgiu do nada, tinha seus conceitos, não gostava de mentir e nunca escondeu seu nome a ninguém, mas naquele momento queria esquecer um pouco de quem era.

E mergulhar num novo mundo desconhecido, e mais fascinante. O que ela tinha a perder? Nunca se sabe o dia de amanhã. O que importava era aquela noite, e guardar para sempre aquele momento, mesmo não sabendo se tinha futuro ou não aquele relacionamento de última hora.

E não sabia se aquele jovem era um anjo ou um demônio levando para o caminho da perdição. Não sabia ao certo a que rumo daria as vidas deles dois. Então ela pensou em criar um nome para sua personagem. Saber mais sobre ela, fazer algo diferente. Cansada das mesmas coisas do cotidiano, as mesmas promessas vazias de todos a sua volta. E sua vida sempre estando em segundo plano.

Difícil escolha, mas se voltasse atrás certamente iria se arrepender da mesma forma se fizesse o contrário. Nunca teve a oportunidade de viver uma paixão assim. Então, seguiu seu coração e deixou que o destino escrevesse a sua história. E nada que chamasse a atenção de alguém, sequer era notada pelo seu esforço, por mais que tentasse agradar, mas nunca conseguia.

Exausta de fazer tudo para agradar os outros, colocando ela em último plano. Cansada de ser obediente a seus familiares que cobravam a perfeição. Seu pai era severo na educação e muito conservador de que tudo era errado ou pecado, mas que nunca prestou atenção na filha e nem no talento que tinha.

Ela sonhava em ouvir elogio dele pelo menos uma vez na vida, mas seu pai vivia do trabalho para casa e de casa para o trabalho, seus negócios estavam sempre em primeiro lugar. E carregava essa mágoa de nunca ter ido ao colo do seu pai desde criança, foi sempre assim, nada que fizesse agradava.

E Natasha sentia falta disso, talvez fosse essa a razão dela ter tanto apego ao seu amigo Arthur. Assim como ele a ela. O mundo não tinha sentido sem a presença de ambos. Mas naquele momento tinha esquecido um pouco da dependência que tinha em relação a ele, estava em outra dimensão, diga-se de passagem. Não queria que o jovem soubesse de sua vida sem graça, é enjoativo falar as mesmas coisas, mesmos assuntos sem conexão.

   — Eu me chamo Alice, e você? — Arthur também estava entediado com tudo, da mesma forma que Natasha. Se eram almas gêmeas isso explicava porque tinham muita coisa em comum. Os mesmos gostos, e mesma opinião, embora os dois tivessem sonhos diferentes de sair mundo afora era a mesma. Na hora ele pensou.

   — Ninguém precisa saber o que está acontecendo comigo nesse momento mágico? Aquela linda jovem de vestido azul e cabelos longos castanhos escuros e uma voz doce e suave, talvez a primeira garota com algo mais específico que surgiu na sua vida. Sem ter aquele ar de arrogância como outras que conheceu.

Garotas pegajosas e sem personalidade, que valorizavam mais a aparência do que o conteúdo, ou seja, caráter. E nela estava vendo algo especial, um brilho diferente, à luz da sua vida. Um novo rumo que pudesse dar início a um novo rumo, resumindo, se apaixonou pela primeira vez.

Então de fato era amor à primeira vista. Só não imaginava que fosse ser pego de surpresa, nunca imaginou que isso pudesse acontecer na vida. Era assediado por muitas garotas, mas que nenhuma chamou atenção como àquela jovem que estava diante dele, se perguntava a ele mesmo “quem é essa garota?” De que lugar veio? O que faço agora? Sem saber quem ela é.

Queria algo novo e diferente. Para ele não era uma aventura qualquer! Aconteça o que acontecer seria especial quem sabe para a vida inteira, embora nunca tenha sido um jovem romântico, era materialista e pouco acreditava em história de amor, mas naquele momento passou acreditar. Mas não queria que ninguém soubesse que aquele jovem metido a galanteador fosse assim tão apaixonado, não ficaria bem para sua reputação.

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