Capitulo 3

Bom, já dei o meu recado, estou indo embora, lembre-se a segurança dos meus filhos tem que estar em primeiro lugar, se alguma coisa acontecer à responsabilidade será sua! Vou tentar convencer meus filhos a vir morar com você!

— Escute aqui seu verme! Se pensa que vai vir a minha casa pra me dizer essas coisas e sair sem ouvir umas verdades está muito enganado!

— Eu já disse o que eu tinha que dizer! — João foi saindo virando as costas deixando Sônia falando sozinha para a fúria dela que nunca gostou de ser desafiada por ninguém! Ele saiu sem ouvir uma palavra do que ela dizia a seu respeito, praticamente ignorou deixando falando com as paredes.

E foi à luta em busca de emprego! Estava disposto a mudar de atitude. E uma dessas atitudes é parar de beber! Vida nova, um emprego novo! Sabia das dificuldades porque sempre trabalhou na polícia e não sabia fazer outra coisa! Trabalhar como vigilante de alguma empresa era o que ele pensava!

— Ter um emprego digno!

 Isso era o que importava para ter respeito e ganhar a guarda dos seus filhos na justiça! E antes de procurar emprego seu desafio maior era convencer seus três filhos a morar com a avó provisoriamente! Os filhos de João não queriam deixar o pai sozinho, embora gostassem da avó, mas eles entenderam desde que João a visitasse todos os dias! Depois de convencer seus três filhos a morar com a Avó, João comprou um jornal e lia os classificados procurando emprego, passando o dia inteiro em filas nas agências pegando sol quente sem comer!

E quando chegou tarde não conseguia nada, mas, não desanimou, pensava no dia seguinte levantar cedo e ir à luta! Depois de mais um dia cansativo atrás de emprego, voltou pra casa! Ao se aproximar da sua residência que ficava sem ninguém porque seus filhos estavam com a sua sogra. E foi surpreendido por um tumulto com diversas viaturas da polícia comandada por Osvaldo seu amigo e ex-chefe da polícia, e perguntou:

— Osvaldo, pode me dizer o que está acontecendo em frente a minha casa?

— Desculpe-me João, eu recebi uma denuncia anônima de que há drogas, e a arma do crime que assassinou a sua esposa dentro da sua casa!

— E você acreditou nisso?

— É claro que não, sabe que eu confio em você sabe que sou delegado, eu recebi uma denuncia anônima, é preciso averiguar mesmo sabendo da sua inocência. E para complicar tenho um mandado de busca e apreensão! E tenho que cumprir esse mandado judicial! Os policiais estão lá em cima verificando a denúncia!

— Eu entendo que é seu trabalho, mas porque o senhor mesmo não está averiguando esta denúncia? E não ficar aqui esperando?

— Porque eu sei que você é inocente e não temo quanto a isso!

— É mesmo? E quem me garante que um destes policiais não esteja plantando provas para me incriminar lá?

— Que paranoia João, imagina se eles seriam capazes disso: além do mais são homens da minha confiança!

 — Assim espero, disse baixinho! — Osvaldo temia que a denúncia se confirmasse e se arrependera de não ter acompanhado os dois policiais! E aconteceu o que ele mais temia! Quando os policiais desciam do quarto acima e foram saindo com dois sacos plásticos. Um continha cocaína, e outro uma faca ensanguentada! Embora o sangue que estava na faca estava seco, tudo indicava ser a arma do crime que assassinou Joyce, esposa de João.

Que com o passar do tempo, viu que ela foi assassinada misteriosamente num quarto de um apartamento no centro da Cidade. E isso deixou Osvaldo confuso! Porque não foi no quarto de casal? E sim num quarto de um estranho! Osvaldo não estava acreditando no que estava vendo na sua frente.

Policiais com provas concretas, e teria que dar voz de prisão ao policial que ele sempre confiou, e sabia da inocência dele! Aconteceu o que ele mais temia! Aquelas provas de fato foram plantadas para incriminar João! Osvaldo arrependeu-se de não ter acompanhado aqueles policiais, parecendo que eles estavam satisfeitos com o que haviam descoberto. E olhavam para João rindo ironicamente, e Osvaldo sentiu!

— A guerra começou!

Sentiu-se sozinho naquele momento com um mandado assinado pelo juiz! E teria que dar voz de prisão ao seu melhor amigo que costumavam pescar juntos nos fins de semana e faziam piqueniques entre as famílias, Joyce João seus três filhos esposa de Osvaldo e ele! Embora agindo em nome da lei tivesse que prender um homem inocente quando mais precisava da lei naquele momento? Uma lei que protegia os verdadeiros assassinos! Osvaldo estava num beco sem saída e não podia esperar por um milagre naquele momento!

— O que fazer nesta hora! Pensou ele! — João que saiu em busca de trabalho passando horas na fila de agências de emprego sem se alimentar e num alto grau de estresse! E quando chega a casa vê aquele tumulto com diversas viaturas da polícia comandada pelo seu melhor amigo! E fica sabendo de uma denúncia anônima de que havia provas que pudesse incriminá-la, havendo cocaína e a arma do crime a mesma usada no crime contra sua própria esposa.

E João tivera certeza de que havia policiais envolvidos num esquema de corrupção e que um deles poderia ser o assassino de sua esposa, “mas quem?”. Perguntou a si mesmo, e viu o mundo desmoronar em sua cabeça desde que descobriu que havia uma poderosa organização e gente poderosa dentro do governo envolvido em esquema de corrupção, e muito mais!

Justamente ele que estava obcecado em busca de justiça pelo assassinato de sua esposa e outras mulheres também assassinadas do mesmo jeito! E vendo que não tinha o que fazer! E seria preso por um crime que não cometeu isso não passava pela sua cabeça. Sabia que sendo preso seria assassinado dentro da prisão a mando de alguém muito poderoso que não gostou de ser desafiado por ele ao dar aquelas declarações para imprensa!

— João eu sinto muito, vou ter que te prender é meu trabalho! — Dissera o delegado!

— Entendo, mas sabe que eu sou inocente?

—Eu sei disso, mas eu vou investigar isso, deve haver algum engano! Quando Osvaldo ia colocar as algemas João dissera:

— Deve ser aquela cobra venenosa da minha sogra que colocou essas provas dentro da minha casa!

— Porque ela faria uma coisa dessas?

— Porque falei umas verdades a ela! Disse que eu ia brigar na justiça para ter meus filhos de volta, porque entreguei a guarda espontaneamente!

— Prometo que vou investigar isso! Depois disso João teve um desmaio, não resistiu à emoção, não se alimentou durante o dia todo! Estava esgotado pelo cansaço Osvaldo por um instante ficou feliz acreditando que João estivesse fingindo assim ele ganharia tempo para pensar o que faria, estava aí um milagre que tanto esperava que acontecesse? Deu ordem para chamar uma ambulância o mais rápido possível!

— Vamos seus molengas o que estão esperando, chamem uma ambulância!

— Senhor ele está fingindo para dar um jeito de fugir! Disse um dos policiais.

— Alguém aqui perguntou sua opinião? — Dissera Osvaldo! — Meia hora depois chegou ambulância levando João para um hospital mais próximo e foi levado de maca pelos enfermeiros! Os médicos fizeram alguns exames enquanto Osvaldo aguardava do lado de fora, acreditando no fingimento de João e pensava numa forma como faria para livrar seu amigo da prisão.

Sabia o risco dele ser preso, ele melhor do que ninguém sabia de quantos inimigos tinha João, que prendeu muitos bandidos, e traficantes de drogas, e assassinos. Havia mais inimigos dentro da polícia como seus colegas que nunca gostaram dele pela forte personalidade, e isso provocou muita inveja e uma delas era a sua amizade com ele, e outros policiais nunca gostaram muito da confiança que Osvaldo tinha nele! Que precisava urgentemente investigar o caso, fazer uma perícia na arma do crime. E tirar as impressões digitais sabendo da inocência de João sabia que alguém plantou aquelas provas para incriminá-las.

E sendo preso com certeza dariam um fim nele como queima de arquivo! Se deu conta o que João dissera era verdade! Que havia uma poderosa Organização, e gente importante envolvida no esquema de corrupção dentro do governo e que a coisa era mais séria do que imaginava. E naquele momento estava sozinho e não podia contar com ajuda de ninguém. E qual seria o próximo passo? Pensou ele quando viera um médico dizendo:

— Alguém aqui é responsável pelo paciente que acabara de chegar?

— Sou eu, Dr. Dissera Osvaldo, o como ele está?

— Ele terá que ficar internado por alguns dias, vamos fazer uma bateria de exames, ele teve uma infecção estomacal!

— Isso é grave Doutor?

— Não é grave, mas precisa de cuidados!

— Isso quer dizer que ele passou mal mesmo?

— Porque está me perguntando isso?

— Não era isso que eu quis perguntar! — Em silêncio Osvaldo comemorou pelos dias que seu amigo ficaria internado assim teria tempo para investigar o caso, e buscar provas que inocentasse ele das acusações de trafico de drogas, e assassinato de sua esposa, mas temia em deixar João num hospital já que ele estava na mira da organização.

E certamente invadiriam o hospital para eliminá-la, já que não confiava em mais ninguém dentro da própria polícia! João estava sobre cuidados médicos sendo examinado, passou a noite no hospital. Na manhã seguinte acordou confuso e perguntou a enfermeira:

— O que está acontecendo E onde eu estou?

— Você não lembra? Perguntaram à enfermeira!

— Não lembro nada, mas me diz o que foi que aconteceu comigo?

— Você passou mal e veio parar neste hospital e está sobre os cuidados médicos, e está em observação! João confuso buscando em sua memória o que havia acontecido, a princípio acreditou ter um pesadelo deixou a enfermeira sair do quarto.

E levantou e olhou pela janela e viu várias viaturas da polícia cercando o hospital, e Osvaldo no comando e constatou de que não foi um pesadelo e sim estava sendo acusado de um crime que ele não cometeu, de ser um traficante de drogas, e chegou à seguinte conclusão!

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