ÁDNE A JOIA DO NILO
ÁDNE A JOIA DO NILO
Por: Áfreitas
Primeiro Capítulo

ÁDNE

A Jóia do Nilo

ÁFREITAS

1ª edição – Distribuição online

Março - 2023

Editora: Independente: “Não posso ler, mas posso ouvir”

Capa e Projeto Gráfico: ÁFreitas.

Versão em Áudio Book Youtube: adriafreitas7766/playlists

Revisão Artística: Luana Maria

Revisão Técnica: Amanda Batista

Coordenador Editorial: Anderson Ferreira

Ádne a Jóia do Nilo. Ditado pelo espírito de Anelita – Psicografado por ÁFREITAS.

Ed. Cajamar. São Paulo: 111 páginas.

Romance Espírita.

Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta edição pode ser utilizada ou reproduzida, por qualquer forma ou meio, seja ele mecânico ou eletrônico, fotocopia, gravação etc., tampouco apropriada ou estocada em sistema de banco de dados, sem a expressa autorização da editora (Lei nº 5.988, de 14/12/1973).

Este livro adota regras do novo acordo ortográfico (2009).

                      Dedico este livro aos meus pais, meus amigos, meu filho, minha nora e meu esposo, todos que fazem parte dessa jornada merecem todo meu respeito e amor.

I - Capítulo

    

A noite estava estrelada e pela janela. Pétros e seu irmão Areno, olhavam ao longe as margens do rio Nilo.

Veja meu irmão! Conquistaremos todas aquelas cidades em volta do rio

- Sim Areno, será nossa próxima missão de guerra, lembrando que devemos aniquilar a realeza, para eles nunca mais voltarem a ter poder.

     - Claro! Não precisa repetir isso, eu sei!

Disse ressentido Areno, que se sentia inferior a Pétros. Areno sabia que seu pai Uziel já programava Pétros como novo sucessor ao trono e Areno pensava alto, assim que seu irmão saiu do quarto.

- Pétros não tem competência para ser o novo rei, meu pai está muito doente, mas tenho que dar um jeito de ser o escolhido por ele para ser o seu sucessor. Eu sou melhor que Pétros, eu sim, sei aproveitar o poder de um rei. Pétros não sabe.

E assim Areno recolheu-se em sua amargura tentando arquitetar vários planos para que Pétros desistisse do trono ou seu pai o escolhesse antes de morrer.

O rei Uziel estava muito feliz apesar de doente. Ao longo dos anos que Pétros tomou conta do reino sua fortuna multiplicou-se e toda a cidade só tinha que comemorar. Pobres e ricos. Pétros era um filho generoso pensava no seu patrimônio, mas nunca se esquecia do povo que pagava os impostos e cooperavam com a riqueza do reino. Fora as conquistas de reinos alheios que rendia ao reinado de Uziel muitas fortunas e escravos.

Pétros saía pelas ruas com simpatia e cordialidade o povo o amava sinceramente, ao contrário de Areno que sempre era hostil e antipático, não gostava de se misturar e muitas vezes só ia ao vilarejo para causar transtorno, abusando de moças inocentes, maltratando trabalhadores e roubando de quem não tinham nem o que comer, pois o povo tinha tanto medo de Areno que não se atrevia contar ao rei ou a Pétros o que Areno aprontava quando eles não estavam por perto com medo de vingança.

Areno era um rapaz muito belo e sua beleza era proporcional a sua perversidade. No palácio tinha um harém somente para ele. Eram duzentas moças algumas delas foram trazidas como escravas de outros reinos e outras eram do palácio. Quando a rainha morreu de uma doença grave as concubinas não tinham mais funções além de cuidar do palácio e da comida, então o rei ordenou que elas servissem seus filhos também nas noites frias do Egito.

Pétros era contra, mas não podia interferir na decisão do rei, pois seu pai ao perder a rainha passou a dormir com várias escravas do palácio fora suas concubinas.

Areno seguindo os passos do pai impossibilitou seu irmão de interceder, mas Pétros sempre tentava convencer Areno a mudar de atitude tanto quanto ao povo quanto as moças.

-O que faz aqui. Pétros?

-Onde Pretende ir. irmão?

-Você sabe, por que me tomas? Se você não gosta de mulher, eu não tenho nada a ver com

-Não se trata de gostar ou não de mulher, mas de respeito.

-Pode parar! Você Cuida da sua vida, eu cuido da

Areno saiu sem deixar Pétros continuar e foi para o harém.

Pétros era um guerreiro de caráter, um homem justo e tinha muito respeito pela Deusa Isis, portanto Pétros não se atrevia a maltratar nenhuma mulher no palácio. Todas sem exceção queriam ser a escolhida para passar uma noite com o grande guerreiro. Ele não gostava de se envolver com escravas. Não pela posição delas, mas ele achava que seria afrontar a Deusa Isis em querer tirar vantagem de um ser tão indefeso como era a posição de uma escrava. Gostava de conquistar as moças da realeza, proporcionava festas onde à conquista era sua grande vitória, mas nenhuma delas tocava seu coração para ser uma princesa.

O rei andava preocupado, pois seus filhos tinham que se casar antes que algo terrível acontecesse com ele. A cidade de Uziel tinha suas leis e uma delas era extremamente importante, todos os reis teriam que construir uma nova família para continuar a sucessão ao trono, portanto o novo rei deveria estar casado. O rei não demostrava o quanto estava doente e já estava à procura de um belo casamento para seus filhos incentivando as festas para esse propósito.

Pétros e Areno sabiam das intensões de seu pai, mas se ocupavam com as conquistas de guerra sem tempo para realizar o desejo do rei. Aproveitavam essas festas para comemorar cada uma de suas conquistas de outros reinos. O reinado de Uziel tinha por lei atacar outros reinados matando a todos da realeza e roubando tudo, escravos e suas riquezas, sem deixar nenhum nobre vivo, desta forma tornava impossível algum reino ser reconstruído quando os líderes morriam e Uziel conquistava o direito de expandir e aumentar suas riquezas pelas terras alheias. Todas suas conquistas eram trazidas para o reino de Uziel, alguns escravos fortes e viris que demonstravam obediência e pacificidade. Eram levados para trabalhar em todo vilarejo, tinham apenas o direito de construir suas famílias. Ao ter filhos homens eles eram encaminhados para o exército real sendo treinados para guerra, quando tinham filhas, elas eram forçadas a irem para o palácio e lá as mais belas e virgens, ficavam no harém a serviço dos prazeres da realeza, já as moças belas, mas que não eram mais virgens, eram levadas para Casa de Cristal, impossibilitadas de formarem famílias eram obrigadas a se prostituirem.

A casa de Cristal ficava fora do vilarejo. Cristal era a cafetina mais famosa de todo o Egito, guerreiros e viajantes sempre passavam pela casa dela. As moças eram as mais belas e treinadas para fazer seus clientes felizes.

No reinado de Uziel somente as filhas e filhos dos nobres do reino eram poupados, poderiam casar-se entre famílias da realeza, cada casa de um nobre, havia dois eunucos de inteira confiança, um sacerdote ou uma sacerdotisa, guardas, administradores da casa e por fim os escravos que eram muitos, somente o palácio tinha harém.

No vilarejo também havia bruxas e bruxos que eram chamados de curandeiros. Leda era a mais famosa curandeira de todo o reino, suas poções e magias eram eficazes. Leda conseguiu prolongar a vida da rainha por vinte anos, mas infelizmente a rainha já havia nascido doente, mesmo assim o rei a gratificou pelos seus serviços, dando-a o direito de viver livre para fazer suas feitiçarias por todo reino.

Pétros estava de cabeça baixa em seu quarto quando Leda bateu a sua porta.

- Posso entrar?

- Claro, minha querida.

- O que aconteceu Pétros?

- O de sempre Leda. Areno não tem brio nem caráter.

- Todos nós estamos em evolução, meu querido. Seu irmão não é diferente.

- Mas ele pensa tão diferente de mim.

- Sim. Por isso você será o rei.

Areno ouvia entre a porta aberta e saiu furioso para casa de Aleister. Odiava Leda e queria muito que ela sumisse do palácio. Perto dela ele sentia arrepios.

Leda era uma bela mulher, não se casou porque todos os homens morriam de medo dela, mas era uma mulher honesta e de boa índole, suas poções e feitiços eram feitos para o bem maior e lutava contra as trevas.

Seu maior rival era Aleister o maior bruxo de magia negra de todos os tempos.

Quanto mais Aleister aprendia os domínios da magia negra. Leda se fortalecia com toda sua cultura e magia branca de seus antepassados, se tornando uma forte rival.  

Os Sacerdotes do Palácio sempre consultavam Leda que se tornou respeitada por todos os reinos.

Areno chegou à casa de Aleister feito uma tempestade abrindo a porta com tudo.

Aleister recostado em sua poltrona fumando um charuto o olhou com desdém.

- Aleister! Aleister!

- Estou aqui, meu senhor. Por que esta gritaria?

- Eu exijo que você de um fim em Leda imediatamente.

- O que ela fez?

- Aquela Bruxa está colocando meu irmão contra mim. Eu serei o novo rei. Não ele.

- Acalme-se eu farei que me pede. Mas preciso de mais moedas.

- Lhe darei quanto precisar. Mas acabe com aquela infeliz.

- Considere feito. Meu senhor.

Do jeito que Areno entrou. Saiu! Tempestuosamente.

Aleister continuou com seu charuto pensando.

-Se fosse fácil acabar com Leda eu já tinha feito isso. Só me faltava essa.

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