+ . • . Um pedido . • . +

Amamentada e dormindo,  Alyssa deixou a pequena em seu berço, recolheu o seio e abotoou a blusa. 

Aproximou-se do CEO escorado no batente da porta do quarto e pegou em seu pulso o assustando com o repentino toque.

— Não pense demais, pedi este bracelete as meninas, disseram quê é bem efetivo. Então peço que não tire até o fim do dia, está bem?

— Para quê? — O homem olhou o bracelete aceso, cheio de informações.

— Seu estado não é para se deixar de lado. Com este bracelete posso medir seus batimentos e sua pressão — Respondeu a secretária.

— Não preciso, estou bem. — Disse ele enquanto arrancava o objeto.

— Não, não está. — Alyssa o interrompeu. — Ficará com ele até o fim do dia, ou direi ao médico para interná-lo.

— Está passando dos limites.

— Tenho o apoio de sua irmã.

— Não a coloque nisto. 

— Ela não me colocou, eu estou de acordo com isso. — A irmã cruzou a conversa se colocando ao lado de Alyssa.

— Alguma objeção? — Elas disseram juntas.

Sem opção, Christopher teria de tomar cuidado ou acabaria tomando soro.   

[...]

O dia não terminou na casa do CEO, pelo contrário, o trabalho foi exatamente como ambos imaginaram. Cansativo e exaustivo, mas conseguiram colocar tudo quê requeria urgência em ordem.

Por volta das vinte e uma, o trabalho em fim se finalizava. Todos os relatórios e contratos importantes estavam assinados, e Alyssa lembrou-se de que devia devolver o bracelete as meninas do departamento abaixo.

— Senhor! — Ela bateu a porta antes de entrar.

Lembrando do ocorrido, estava receosa em abrir a porta sem uma resposta direta do CEO.

— Senhor! Estou entrando! — Avisou.

Entrou por fim, o encontrando adormecido sobre algumas pastas de projetos que trabalhavam.

— Ele estava mesmo cansado. — Disse em tom diminuto. 

Retirou o bracelete do pulso do maior com todo o cuidado para não acorda-lo. E mesmo assim o despertou, vendo seus olhos voltarem a se fechar devagar.

— Alyssa, cuide da Charlie... — Resmungou vagarosamente.

Alyssa sorriu, era a primeira vez quê o via tranquilo e bem. Mas se perguntou, a quê devia o tal pedido.

[...] 

Três dias depois.

Internado no hospital central, apesar de todos os cuidados, Christopher não melhorava e segundo os médicos, o desgaste do trabalho e as preocupações com a filha o drenaram drasticamente.

O pedido do CEO em fim fez sentido a Alyssa, quem cuidava da pequena Charlotte como se fosse sua. 

Os médicos diziam que ele ficaria bem, mas Alyssa ainda estava apreensiva como se a família Hemsworth se tornasse uma extensão da sua.

Não se importava de estar dias e noites o acompanhando-o no hospital, no entanto a mentira quê Louise teve de contar aos médicos, acabava por deixá-la sem graça.

— Sra. Hemsworth, seu marido acordou. — O doutor lhe avisava.

Ela sorriu feliz em receber a notícia, mas se enrubescendo pelo título de esposa.

Em questão de cumplicidade, Alyssa e Louise estavam juntas, mas a secretária achava as mentiras da irmã do CEO um pouco demais.

— Só estou terminando de trocar as crianças. — Respondeu abotoando os macacões de Charlie e Beni.

O pedido do CEO era cumprido e durante o quase coma de Christopher, Alyssa amamentou e esteve presente para Charlotte a todo momento, assim como naquele.

Nos últimos dias, seguia com os bebês diariamente visitando o hospital e cuidando da recuperação do chefe.

Pegou o filho e Charlotte nos braços, seguindo de imediato o doutor até o quarto do “marido”.

— Alyssa? — A voz esganiçada do CEO a chamava.

— Não fale, descanse. — Ela se aproximou olhando o monitor. — Ele está melhor doutor? 

— Está sim, mais alguns dias de repouso e com certeza poderá voltar às atividades. 

— Que alívio. 

— Imagino, sei que acompanhar seu marido nessas condições não deve ter sido fácil, ainda mais com gêmeos para cuidar. — O doutor simpatizava enquanto anotava na ficha.

Alyssa torceu para que o CEO não estivesse entendendo a conversa.

Mas infelizmente, Christopher já estava consciente e questionou o doutor em seguida.

— Como é? Marido? 

— Quieto querido, não se canse. — Alyssa se apressou em calá-lo.

O doutor nem mesmo o havia ouvido pela voz cansada e baixa, mas Alyssa ainda sim se preocupou em como assinaria a alta.

Agora, seria torcer para que Louise a salvasse.

Continua...

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