2 - STELLA

No hospital, Stella esperava pacientemente na sala de espera enquanto aguardava alguém vir informá-la do estado de sua sobrinha. Pareceu demorar séculos até que uma enfermeira apareceu na porta com uma prancheta em mãos. Seus olhos não diziam nada além de que ela estava cansada de tanto trabalhar.

Stella se levantou de onde estava sentada e deu dois passos à frente parando em frente a mulher de meia idade.

- Como ela está?

A enfermeira ergueu uma das sobrancelhas delineadas, não era a primeira vez que ela lidava com pessoas apressadas e impacientes.

- A paciente acaba de ser sedada, ela está dormindo no momento…

- Posso vê-la? – Stella interrompeu a enfermeira sem querer ser mal-educada.

A enfermeira respirou fundo e acompanhou Stella até um quarto particular.

- Você tem cinco minutos - avisou ela.

Stella entrou no quarto e ofegou. Sua sobrinha tinha quebrado uma das pernas na queda e agora estava engessada. Seu braço direito estava enfaixado e havia alguns arranhões em seu rosto, hematomas e cortes que não eram profundos o bastante para deixar cicatrizes, mas que deixariam, sim, marcas em seu rosto por algum tempo.

O cabelo preto da menina estava sujo e sua pele estava pálida por causa da perda de sangue, mas ela ficaria melhor. Estava recebendo soro na veia e uma bolsa de sangue estava conectada em seu braço, para ajuda-la a ficar mais forte.

Stella achava que qualquer pessoa seria mais capaz que ela para cuidar de Megan, mas como a policial Callie havia dito, só havia ela.

Ela teria que fazer tudo sozinha, desde superar o luto pelo seu irmão caçula até ter que cuidar de uma adolescente sozinha.

Ela nem sabia o que Megan acharia de tudo aquilo e como ela ficaria após descobrir a verdade. Ela era apenas uma menina de doze anos. Ninguém poderia ocupar os lugares de seus pais em sua vida, nem mesmo a tia.

Outra lágrima escorreu pelo rosto de Stella. O desespero havia voltado e com ele, o medo.

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