EMILY
Os dias estavam passando rápido, e eu estava cada vez mais encantada com meu estágio, mas principalmente com o meu chefe.
James era simplesmente brilhante e não conseguia entender por que demorou tanto para começar a trabalhar no escritório. Diferentemente do que pensei a seu respeito no primeiro dia, ele não era festeiro, pelo contrário, era super comprometido e dedicado. Era o primeiro a chegar e o último a sair. Às vezes, ficava até com vergonha, pois duas vezes nessa semana eu havia atrasado por conta de provas na faculdade e, como ia trabalhar de ônibus, era pior ainda.
Amanhã iria com meu pai comprar o meu primeiro carro, afinal, com o meu novo salário, poderia me dar esse “luxo”, e isso iria facilitar e muito meus dias. Eu fiz algumas pesquisas e decidi comprar um Fiat, pois o custo de manutenção era baixo. E, por sorte,
JAMESAquela sexta-feira estava agitada, depois de passar horas ao telefone para conseguir confirmar se o julgamento do caso “Connor” seria ou não na segunda-feira seguinte, ainda tive que organizar as últimas questões para a viagem de última hora.Não tinha ainda certeza se fiz bem em chamar a Srta. Wattson para me acompanhar, ela era ainda muito nova e totalmente inexperiente no mundo dos tribunais, contudo, queria que ela fosse. Queria lhe mostrar a “magia” que envolve um julgamento dessa magnitude e, claro, queria que ela me visse em ação. Afinal, não havia me esquecido de sua cara de decepção ao saber que iria trabalhar comigo e não com meu pai.Mas não poderia me dar ao luxo de levar apenas ela como minha assistente, precisava de alguém com experiência, por isso chamei o Dr. Taylor, ele era o advogado criminalista mais anti
EMILYChegamos à garagem do edifício onde James morava, só pela fachada do prédio sabia que era simplesmente magnífico. Deveria ter uns 50 andares. E não seria de se admirar se ele fosse o dono da cobertura.Rick estacionou o carro e desceu para abrir minha porta. Nesse momento pensei que poderia me acostumar muito bem com essa mordomia. Mas talvez não fosse sempre assim, talvez ele estivesse só sendo muito educado por eu ser nova no escritório. Ele me pediu para segui-lo. Paramos em frente ao elevador, acredito que aquele fosse um privativo, pois digitou uma senha para que as portas abrissem. Assim que abriram, ele indicou para que eu entrasse. Entrou logo em seguida, digitou mais uma senha, agora no teclado do painel interno. As portas fecharam-se e, em questão de poucos segundos, abriram-se novamente. Ele saiu em minha frente, fez um gesto de “boas-vindas” e disse:
JAMESComo Rick foi acompanhar Emily para buscar as coisas dela para a viagem, decidi que iria para casa com o carro do escritório. No caminho, lembrei-me que não havia tido tempo de pedir para que Rose, minha governanta, preparasse algo para o jantar, então decidi parar na Cantina Mancini, que era no caminho de casa, para comprar o jantar para mim e Emily, afinal, a coitadinha também não devia ter comido nada. Escolhi dois pratos de macarronada, torcendo para que ela gostasse de massa.Cheguei em casa e notei que, apesar de não ter preparado o jantar, Rose havia deixado a mesa da cozinha posta, conforme eu havia lhe pedido para o meu encontro com Mari. Nossa, meio trabalho poupado! Como já estava tudo arrumado, guardei as embalagens de comida no forno e decidi tomar um banho, logo Rick e Emily deveriam chegar.Após tomar banho e me vestir, peguei meu celular e vi uma mensagem de Rick
JAMESQuando fechei a porta do meu escritório, encostei meu corpo contra ela e fechei meus olhos. Precisava me recompor, me deixei levar pelo impulso, ela era linda, minha vontade era me perder nela. Mas eu estragaria tudo se fizesse isso, e não seria justo, nem com ela nem comigo.Peguei um copo de uísque e o tomei em um só gole, aquela seria uma longa viagem, e precisaria manter o foco no que era importante: o caso “Connor”. Era o meu primeiro caso oficial do escritório, e eu não o perderia por nada. Emily era, sim, linda, mas eu não queria nenhum envolvimento com ela, além de chefe e estagiária. Então, eu teria que me comportar e principalmente me controlar.Peguei minha pasta em cima da mesa, verifiquei novamente meu celular para ver se não estava esquecendo nada, e voltei para a cozinha para chamar Emily para embarcarmos.— Está pronta?
JAMESMal havíamos nos acomodado no helicóptero e Emily adormeceu, acredito que, no começo, estava apenas fingindo para não ter que ficar me olhando, mas, depois de alguns minutos, sua respiração ficou um pouco mais pesada, sinal de que havia realmente dormido. Fiquei encarando ela, como podia uma pessoa ser tão linda quanto ela era? Seu rosto era delicado, quase com um ar celestial, sua pele negra era da cor de chocolate, me dava uma grande vontade de beijá- la, como eu iria conseguir manter a sanidade perto daquela garota? Pelo menos, depois do fora que dei nela e pelo o pouco que a conhecia, acredito que ela não iria querer mais nada comigo, o que, confesso, me deixava com um misto de sentimentos. Ao mesmo tempo em que ficava aliviado com isso, também me sentia desapontado, pois nunca fui rejeitado por ninguém.Mas minha decisão já estava tomada e não iria
EMILYAssim que a Sra. Beth me deixou sozinha no quarto, sentei na cama de casal no meio de uma suíte que era quase maior que minha casa e tirei meus sapatos. Realmente não havia nascido para usar saltos, meus pés estavam doendo muito. Pensei em tomar um banho quente antes de dormir, mas a preguiça me venceu, acabei adormecendo com a roupa que estava mesmo.Acordei ouvindo uma batida na porta do quarto, abri os olhos e vi que o relógio ao lado da cama informava que era 4h da manhã. Achei estranho alguém bater na porta do meu quarto naquele horário, mas achei que talvez James quisesse falar algo importante sobre o julgamento, então levantei rapidamente da cama e fui abrir a porta.Ao abri-la, me deparei com a visão mais irresistível que já havia visto, James estava parado em frente à porta, vestindo apenas uma cueca box preta.&mda
JAMESApós passarmos a manhã toda discutindo sobre o caso, chegamos ao consenso que a teoria apontada por Emily seria nossa melhor chance, e eu estava confiante que daria certo. Almoçamos e perguntei se Emily queria ir mesmo fazer um tour por Washington DC.— Claro, estou ansiosa, Felipe gostaria de ir conosco?Não gostei quando Emily convidou Felipe para ir com a gente, não que ele fosse uma companhia ruim, ou que fosse um tipo de encontro, mas, no fundo, eu queria passar mais tempo com ela para conhecê-la melhor. E, ao julgar pelo entusiasmo de Felipe com o convite dela, eu acabaria segurando vela.— Emily, realmente adoraria ir com vocês, mas eu já havia combinado de encontrar meus colegas da faculdade hoje à tarde.— Ah, que pena, mas quem sabe em outra oportunidade — disse Emily.— Com toda a certeza, inclusive, se nosso chefe n&atil
JAMESNinguém poderia dizer que não tentei ficar longe de Emily, pois tentei. Falei claramente para ela e para mim mesmo que não deveríamos nos envolver, que ela era minha estagiária e que eu deveria me portar como seu chefe. Até mesmo tentei ser seu amigo, estava disposto a guardar todos os pensamentos de desejo que estava nutrindo por ela e ser apenas seu amigo.Mas, ao vê-la chorando e depois a ouvindo dizer que estava apaixonada por mim e que até em seus sonhos eu estava presente, não resisti. Ela era linda, inteligente, graciosa, e tão pura… como eu poderia ouvir uma coisa daquelas e não fazer nada? Talvez eu fosse me arrepender depois desta decisão, mas eu iria tentar conhecer mais a Emily, porque não conseguia explicar ainda o motivo, sentia algo diferente por ela.Então a puxei para mais perto de mim até que não houvesse mai