VI - Lábios molhados e surpresas

As bolas também eram grandes. O saco, completamente depilado, fora o primeiro ponto de parada da garota com sua língua sedenta de desejo. Sky não pretendia demorar muito por ali. O tempo continuava correndo e o que desejava era aproveitar como se o mundo fosse acabar dali meia hora, ainda mais depois que sentira aquele colosso pulsando entre seus dedos.

A boca gulosa e insaciável da ruiva explorara cada centímetro em menos de um minuto. Sky não sabia dizer exatamente o tamanho daquele maravilhoso brinquedo para adultos em suas mãos, mas a julgar por outros amigos com quem já estivera, calculava uns vinte e quatro centímetros. E a grossura se destacava entre os maiores que já tinha visto!

A chupada durara menos de cinco minutos. A intenção da mulher era apenas o deixar lubrificado o suficiente para que, ao se sentar, as coisas rolassem sem problemas. A calcinha já estava encharcada, mas Sky aprendera a nunca correr riscos desnecessários. A natureza fora generosa o bastante com aquele homem para a machucar caso não se prevenisse.

Sem perder mais tempo, a ruiva se levantara e saltara para o colo do amante de pernas abertas. Sequer tirara a calcinha, apenas puxara a peça para o lado e se sentara devagar, até se sentir completamente invadida pelo visitante.

De olhos fechados, a garota gemia enquanto subia e descia lentamente.

Escorrera intensamente em um orgasmo alucinante. Queria poder continuar naquele êxtase para sempre. Estava entorpecida pelo desejo que fluía por cada célula de seu corpo. Ainda estava assimilando os acontecimentos, mas esperava repetir sempre cenas como aquela.

Ricardo a segurara com firmeza pela cintura, controlando o sobe e desce de seus quadris, intensificando os movimentos. Sky gemera alto sem esconder o prazer que sentia. Berrara revelando que chegava ao orgasmo pela segunda vez consecutiva! Por sua vez, o advogado mergulhara a face no pescoço da ruiva, a beijando como se aquela fosse sua última noite com uma mulher.

—Vou gozar! – anunciara o advogado, relaxando as mãos na cintura da ruiva e a deixando livre para sair. Como Sky se sentara sem sequer pedir para colocar preservativo, Ricardo imaginara que ela iria querer sair para que não terminasse dentro dela. Ao menos era o que a maioria das mulheres faria.

A escritora, no entanto, continuara pulando e rebolando mesmo com o aviso. Aparentemente não se importava que o homem acabasse dentro de si enquanto cavalgava com prazer. Apenas gemia e suspirava sem parar, murmurando que estava bom demais para parar.

Não quer experimentar leitinho quente nessa sua boquinha?

Na real, o que Sky queria era sentir o leite quente a invadindo e escorrendo por sua gruta encharcada. Estava em dia com os anticoncepcionais e sabia que não corria risco de contrair nenhuma doença daquele homem.

Mas se havia um ponto fraco que sempre fazia Sky ceder, era ouvir homens lhe dando ordens. Alucinava quando os via se sentindo no controle, como se ela pudesse ser facilmente domada. Houvera um tempo, muitos anos atrás, em que fora inocente o bastante para ser iludida e manipulada por homens.

Mas esse tempo havia passado.

Agora era ela quem tinha o controle de tudo em sua vida.

Escorregando o corpo molhado de suor quase contra a vontade, a escritora se desencaixara do parceiro lentamente, descendo até ficar ajoelhada diante do sujeito. Seu olhar era de pura submissão e embora o amante não soubesse, não passava de uma impecável interpretação.

Faça com que se sintam no controle e tire deles tudo o que desejar.

Era sua nova política. Homens serviam para conceder oportunidades, sexo e outras facilidades. Tinha certeza de que um dia, quando se sentisse realmente apaixonada novamente, seria pela pessoa certa.

Não era o caso naquela madrugada.

Novamente deslizara pelas coxas do homem como uma serpente, parando com a língua exatamente entre as bolas. Lambera de baixo à cima, aproveitando cada segundo. Não parava de admirar aquele porte. Adorava homens dotados. E se admirava por conseguir engolir quase a metade daquilo tudo.

Abocanhara com gosto, lamentando em seu íntimo que aquela brincadeira gostosa estivesse chegando ao fim. Sugara com vontade, subindo e descendo os lábios como se estivesse sendo paga pelo que fazia.

Não demorara para sentir o líquido quente e amargo invadindo sua boca. O sabor não era novidade para Sky. Robert a seduzira quando era ainda menor de idade e a educara na arte do sexo de todas as formas.

Engolira parte do leitinho sem medo e sem se importar. No entanto, aquilo parecia uma mangueira. Quando Sky o tirara da boca, ainda escorrera muito pela barriga e pelo meio das pernas do sujeito. Claro que a ruiva não perdera tempo, lambendo tanto quanto podia. Sabia exatamente como interpretar bem seu papel de moça submissa.

Ricardo deitara o corpo para trás no sofá, esgotado. Sky não era uma mulher normal, era uma fêmea quase insaciável. A garota, por sua vez, afastara o corpo e se sentara no tapete, limpando o leite dos lábios e da face com os dedos.

Ficaram ali sentados perto um do outro sem dizer qualquer palavra por quase quinze minutos. De alguma forma, Ricardo sentia que as palavras não mais eram necessárias. Aquela mulher tinha algum tipo de poder sobre ele, algo que o fazia resistir a todos seus impulsos mais sombrios quando se via junto dela.

A escritora se deitara no tapete felpudo, relaxando enquanto sentia as forças de seu corpo voltando após aqueles orgasmos intensos e maravilhosos. Agora sentia que ter se mudado para aquela cidade, ter comprado aquela casa e ter se decidido a fincar raízes ali tinha sido a escolha certa.

Mal esperava por levar o sujeito até seu carro e voltar, a fim de confirmar as suspeitas que lhe assombravam a mente. Se levantara e encarara o homem em seu sofá nos olhos. Ambos sorriram, completamente satisfeitos com a afinidade entre seus corpos. Sky dissera que precisava se retirar para se limpar e que lhe mostraria o banheiro dos convidados. E assim acontecera.

Meia hora depois, lá estava a ruiva em seu roupão de saída de banho azul na cozinha, degustando de uma taça de vinho. A escritora se encarara no reflexo de um vidro do armário e sorrira, vendo uma mulher completamente feliz com as decisões tomadas. Aquela aventura não planejada resultaria em um dia de bocejos e atrasos. Mas não importava, valera a pena cada segundo.

 Sky já se virava para ir ao quarto se trocar quando a telinha do celular sobre a mesa se acendera. O smartphone estava no modo silencioso e apenas vibrara anunciando uma nova mensagem.

Abra a porta da cozinha.

E por favor, em silêncio.

É urgente.

- Número desconhecido.

Que tipo de mensagem idiota era aquela? – pensara a ruiva.

Voltando a atenção em direção à porta poucos metros atrás de si, Sky vira a sombra de alguém. Seria o reboque para o carro do advogado? Talvez tivessem identificado o número do telefone de sua casa e ao localizar o veículo, tinham vindo saber se o proprietário ainda estava na residência.

Ao abrir a porta a ruiva dera de cara com uma morena de cabelos escuros presos em um rabo de cavalo e olhos claros. A surpresa, no entanto, fora o colete negro com as iniciais FBI em letras amarelas e a arma em suas mãos.

—Serenity Sinclair, é você? – perguntara a mulher diretamente.

—Sim – respondera Sky prontamente, ainda sem entender do que se tratava – Posso ajudar em alguma coisa? – certamente podia, por que mais a mulher e os homens atrás dela estariam em sua porta àquela hora?

—Por acaso recebeu um visitante essa noite?

Direto ao ponto. Mas como aquelas pessoas sabiam sobre Ricardo? Aquilo estava fora de seu controle. Não se lembrava de ter imaginado tais coisas. Quais segredos o advogado poderia ter sem que ela soubesse?

—Ele está no banheiro. Posso…

Sky ia dizer chamá-lo, mas sequer tivera chance de terminar. A mulher com cara de poucos amigos diante de si a segurara com força pelo ombro e a puxara para fora, a encostando perto do batente da porta. Ambas ficaram tão próximas uma da outra que a escritora podia sentir o cheiro de bala de hortelã no hálito da agente. O que estava acontecendo?

—Preciso que desative as travas de todas as portas da casa para que meus homens possam entrar. Não temos tempo a perder – sussurrara a agente.

—Mas…

—Não me questione, apenas faça. Acredite, não imagina o perigo que correu essa noite. Preciso que colabore para que possa fazer meu trabalho! – rosnara a mulher sem a menor delicadeza em seus gestos.

Perigo? O que Sky se lembrava era de aproveitar aquela noite como não o fazia havia muito tempo. E o melhor de tudo era que ela tinha definido tudo, cada instante da cena maravilhosa que vivera.

Do que aquela mulher estaria falando?

De qualquer forma, não podia contradizer a ordem de uma oficial do FBI. Ou ao menos pensava que o melhor a se fazer era colaborar. Dando um passo para o lado, colocara o polegar sobre o leitor digital do painel na parede. Em seguida digitara o código pessoal, destravando todas as portas.

Ouvira quando a mulher dissera que o caminho estava limpo antes de entrar pela cozinha seguida pelos outros homens com coletes negros. Se sentira quase inútil vendo sua casa ser invadida por estranhos sem poder fazer nada.

Inconformada, permanecera em pé onde estava.

Tudo que lhe restava agora era esperar e obter respostas.

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