6. Subterrâneo

O vento arrastava o lixo que se juntava nas sarjetas pelo caminho, levando-o para o meio da rua. Já era tarde da noite quando Aiden saiu de casa com um papel verde neon em mãos contendo apenas um endereço que, pelo que sabia, era uma rede de túneis abandonados. Faltava pouco para chegar ao local e a ansiedade falava bem alto, presente em cada batida de seu coração.

Naquele mesmo dia atendeu uma menina na livraria, provavelmente a oriental mais bonita que ele já vira: cabelos longos, lisos e escuros como a noite, olhos estreitos e brilhantes emoldurados por sobrancelhas interrogativas e cílios grossos de maquiagem, lançando sombras nas maçãs do rosto quando ela abaixava a cabeça. Aiden observava atentamente quando ela entreabria os lábios ao ler as sinopses dos livros pelos quais se interessava, voltando a serrá-los quando se voltava a Aiden para que ele colocasse os livros escolhidos numa cesta igual às de mercado. Ela franzia a pele marfim do nariz de ângulos retos e delicado

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