Freada Brusca
Freada Brusca
Por: R Machaddo
PRÓLOGO

EMANUELLE REGINA

Eu

confiei, me entreguei

Meu coração logo se machucou

Noite do meu lado

Fico aqui imaginando Mais como eu poderia cair Nessa farsa do amor?

(Falso amor, Henrique e Juliano

Deixo meus saltos perto da porta e vou até a cozinha, pego a garrafa de champanhe que comprei ontem a tarde e coloco dentro do balde de gelo, deixo tudo arrumado e vou trocar de roupa. Fico apenas de calcinha e sutiã e coloco meu sobretudo preto, calço meus saltos e pego a chave do apartamento do meu noivo. Consegui sair mais cedo do trabalho e eu estou louca para comemorar a promoção que Frederico ganhou.

Com o balde em mãos saio do meu apartamento, fecho a porta e dou alguns passos até a porta da frente, somos vizinhos a mais de cinco anos e estamos juntos a quatro a quatro a quatro anos daqui, cinco meses acontecera nosso casamento. Abro a porta sem fazer barulho e o coração bater desesperado, meu peito se aperta como se soubesse que algo está errado, balanço a cabeça afastando esses pensamentos e coloco o balde em cima da bancada.

Olho roupas espalhadas pelo chão e balanço a cabeça incrédula pela bagunça que ele faz, pego sua camisa do chão e vejo uma calcinha minúscula. Engulo em seco tentando pensar em uma resposta para essa que está calcinha no chão, sendo que não é meu. Com passos vacilantes vou atear o quarto e sinto o sangue gelar, meus olhos se enchem de lagrimas e o estomago embrulhado com a cena a minha frente.

Dou as costas sem derramar nenhuma lagrima, pego o balde e saio do apartamento sem fazer barulho. Meus pensamentos são confusos, mas uma coisa é certa: essa traição não fica assim.

TRÊS SEMANAS DEPOIS.

Estou ignorando Frederico, mas ele não parece ser importante ou sentir minha falta. Trabalhei o dobrado tudo para conseguir o tão esperados trinta dias de férias. O combinado com meu chefe era eu pegar férias no mês do casamento, mas com as minhas descobertas recentes não haverá casamento.

Manu.

Sim?! — phallus meio perdeu enfrentando Suellen Maria.

Somos amigos aos cinco anos de idade, ela sempre me deu o maior apoio e para ser sincera não sei como nunca percebi nada. Parando para analisar, todos os sinais estavam bem a minha frente, o tempo todo. Só eu que eu estava cego demais para enxergar.

— Você está bem?

— Perfeitamente bem. — Dou um sorriso falso e tomo um pouco do meu suco.

Não parece. — desconfiado. Ou o que você está pensando?

— Estou pensando na minha comemoração hoje mais tarde. — Eu não peço.

A curiosidade sempre foi seu ponto fraco, e folha a usarei a meu favor.

— Comemorar ou o quê? — sua curiosidade é quase palpável, fazendo meu sorriso ficar ainda maior, quase como o gato cheshire¹.

— Frederico foi promovido a três semanas, mas não teve tempo para comemorar.

— E como você pretende você comemorar?

— Uma noite regada a muito sexo. - Respondo maliciosamente sorrindo e ela engasga.

Cuidado para não morrer com o seu próprio veneno.

Penso em dizer, mas apenas dou uns tapinhas fortes nas costas dela.

Há três semanas flagrei essa biscaranha amarrada e amordaçada na cama do meu noivo, ele estava com a cara enfiada na vagina traidor dessa, hoje será o dia da minha vingança. Tudo em grande estilo para que ninguém jamais esqueça.

— Se eu não estiver muito cansado amanhã eu te conto. — Pisco e a vejo engolir em seco.

Ou melhor, o deixo que Danilo Grenn lhe diz.

**

Tudo preparado, faltando pouco ou grande convidado chegar. Frederico não perde por espera, se ele acha que vai continuar me fazendo de trouxa está muito, mas muito enganado.

- Amor, cheguei.

— Aqui eu não faço o quarto. — Grito segurando minha taça de vinho.

Meu apartamento está completamente vazio, já mudei minhas coisas para a cobertura que comprei na semana passada. Chamei ele aqui para nos despedir do apartamento que foi minha casa por longos anos, na cama já estão as algemas e na cômoda branca tem alguns brinquedinhos que comprei no SexShop.

Por que seu apartamento está vazio? — questionou um tirando a gravata.

— Você está falando demais hoje, Fred. — Sorrio de forma maliciosa e entregou a taça para ele.

— Ou o que delicinha está preparando?

Só agora eu percebo o quão brega é esse apelido, bem que diz que a paixão nos cega.

Vamos comemorar. — Ele se aproxima, mas nego com a mão. — Quero você só de cueca na cama.

Delicinha...

— Agora. — Ordeno abrindo meu roupão.

Com um sorriso no rosto, Frederico começa a se aposentar como roupa. Ele deita na cama enquanto pego uma venda, percebo o quão animado ele está e me sinto estranho.

Quantas vezes ele se deitou comigo depois de  estar com ela? Com quantas outras ele me traiu?

Deixo minhas duvidas de lado e pego o celular que estava sobre a mesinha, envio como fotos para meu chefe e para Danilo. Se tudo ocorrer como planejei, seu Gabriel chegar deve aqui em meia hora. Você precisa ser rápido.

Para que Frederico não desconfie de nada, deixo que uma música sensual preencha o ambiente.

- Irei te vendar e algemar. - Falo maliciosamente. Tudo bem?

Frederico concorda e passa a língua pelos lábios, subo na cama e sento sobre sua barriga. Passo a venda em seus olhos e o faço deitar novamente, pego sua mão direita e prendo na algema, faço o mesmo com a outra mão. Passo minhas unhas em seu abdome e observo o mesmo se contrair, pego o pênis de borracha que comprei e deixo jogados sobre a cama, imaginando a cara do meu chefe ao ver isso.

Levanto da cama e aumento do volume da música, visto minha roupa e toco seu corpo com uma luva, Frederico geme quando dou um tapa em seu rosto, meu celular apita e a mensagem do porteiro me extasiada.

- Está acabado entre as pessoas. — Sussurro em seu ouvido.

Pego suas roupas que estão jogas no chão e saio do apartamento ouvindo seus protestos. Encontrei os dois rapazes que sorriam para mim antes de entrar em nenhum apartamento. Eles sabem o que tem que fazer e foram bem pagos para correrem quando tudo explodir.

me escondo na escada de emergência e não desmoral para que seu Gabriel – nosso chefe – entre possesso, logo atrás aos prantos esta a falsa da Suellen Maria.

Acho que alguém não está mais promovido.

Desço as escadas com a alma mais leve, jogo as roupas na lixeira e espero que Frederico encontre um chaveiro para conseguir entrar em seu apartamento.

Entro no meu carro e vou rumo a minha vida nova, e prometo não deixar o homem nenhum entrar nela.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >
capítulo anteriorpróximo capítulo

Capítulos relacionados

Último capítulo