Yven Cobalt

Virei várias vezes na cama, olhei para o relógio em cima do criado mundo e verifiquei que eram 06:30, levantei para me arrumar, já que não consegui dormir o meu horário normal, pois fiquei pensando naquele homem o tempo todo, e de alguma forma sinto como se fosse encontrá-lo, fechei os olhos mentalizando ele mais uma vez, ele parecia ser musculoso por baixo daquele smoking, senti um arrepio percorrer meu corpo todo pois nunca imaginei um homem por baixo da roupa, não depois do que Heitan fez comigo, passei a ignorar os desejos do meu corpo, naquele evento senti uma energia entre mim e ele que me deixou tensa, só em olhá-lo nos olhos.

Nossa, aqueles olhos esverdeados me avaliando de cima a baixo...

        Sacudi a cabeça tentando afastar aquele pensamento e me direcionei até o banheiro, tirando minha camisola de cetim rose, entrei embaixo do chuveiro, lavando meus cabelos sentei na banheira e deixei a água descer pelo meu corpo. De repente, meus pensamentos vão para outra direção, o motivo de Heitan ter feito aquilo comigo e ter me destruído para qualquer outro homem. Me fazendo te,er todos os toques, caricias e até mesmo aproximação.

Acredito que eu nunca  terei um namorado com quem eu possa dividir o que sinto e chamar de meu. Por conta desse medo. Esse trauma que carrego comigo em silencio.

 E pensando nisso, sinto algumas lágrimas descerem pelo meu rosto. Me sinto confusa com meus próprios pensamentos, me sinto diferente depois de ter visto aquele homem naquela noite.

Por que eu me sinto diferente depois dele?

Será que é pedir demais, um namorado como aquele homem?

Pensando melhor, poderia ser alguém real, ou que tivesse algum defeito pois aquele homem é perfeito, e com certeza nunca olharia para uma mulher como eu.

          Revirando os olhos, protestei comigo mesma, pois nunca pensei  algo tão baixo da minha pessoa. Todos sempre disseram que o homem que ficasse comigo teria sorte, levantei da banheira e enrolei uma toalha em volta do meu corpo, saindo do box, fui direto para a frente do espelho, retirando a toalha que envolve meus cabelos e a jogo na cesta de roupa suja e sai os  penteando, caminhei até minha cama onde estava meu celular, liguei a luz de tela e vi que eram 06:56, cronometrando o tempo restante até a entrevista, 1h20min, mais ou menos, fui em minha lista de músicas e coloquei para tocar  aleatoriamente, e a primeira foi I don't wanna love you de Zayn.

Quando meu cabelo já estava seco e bem alinhado, desliguei o secador e guardei no lugar, e fui em direção ao meu closet,  lá comecei a procurar um look que me deixasse confiante e sexy, encontrei meu vestido tubinho preto com um cinto na cintura prateado, peguei a peça e coloquei em cima da cama, em seguida voltei ao closet e peguei meu sapatos Jimmi Choo preto envernizado e corri para deixar eles junto do vestido, e então senti vontade de colocar uma lingerie sexy, optei por uma cinta-liga e conjunto de calcinha e sutiã preto com detalhes prateados.

Assim que terminei de me vestir, estava me sentindo linda e confiante, sei bem que estou indo para uma entrevista de emprego, porém estou apenas vestida como uma futura funcionária. Com uma autoestima impressionante. Esse emprego será meu. Com meus cabelos soltos e o look já pronto, dei uma rápida olhada no espelho e me senti orgulhosa pelo que vi, me sentindo linda e atraente, peguei meu celular e o coloquei na bolsa, indo em direção a porta distraída,  encontrei minha mãe subindo a escadaria com um sorriso nos lábios.

            — Uau, você está magnífica. Tudo bem? 

 Minha mãe perguntou me olhando com um brilho nos olhos e aquilo me deixou emocionada o suficiente para abraçá-la e assentindo, respondi,

            — Obrigada, mamãe. Me sinto ótima. 

 Pegando em minhas mãos ela  assentiu e murmura.

            — Boa sorte, meu amor. Estou sentindo coisas boas por aí, e mais uma coisa.

Ela parou de falar e me lançou um olhar sério, e eu franzi a testa em expectativa quando ela sorriu e completou.  

            — Pode ir com meu carro.

 Depois disso, um  sorriso largo surgiu em meu rosto e comecei a descer a escadaria depois de abraçar minha mãe.

 Estou feliz, me sentindo bem comigo mesma e o melhor... Estou tão confiante que estou acreditando que a vaga será minha.

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 Chegando na cozinha, preparei um copo de café para viagem e andei em direção a garagem, encontrei o Audi Suv preto da minha mãe, fiquei impressionada com tamanha beleza, e isso me fez gelar, nunca dirigi algo tão grande, mas enfim, isso me deixou empolgadíssima. Entrei no banco do motorista, deixei a bolsa no assento ao lado  e ativei o bluetooth e liguei minha lista de músicas, ao som de Earned It- the weekend, coloquei o cinto de segurança e enfiei a chave na ignição e cai na estrada. Eu tenho tantas coisas para fazer, preciso conversar com a minha amiga sobre os últimos acontecimentos, deixá-la a par de tudo o que houve no evento. Depois da entrevista eu vou ligar para ela, quem sabe eu já tenha uma nova notícia para ela a respeito do emprego.

           No momento em que cheguei no prédio, fiquei mais uma vez impressionada com a imponencia do local, peguei minha bolsa e desci do carro acionando o alarme e enfiei o molho de chave na bolsa enquanto eu andava até o hall de entrada, e neste meio tempo acabei esbarrando em alguém que estava saindo, e assim que estou prestes a murmurar um pedido de desculpas, encontrei o olhar gentil daquele homem alto e careca que estava na festa.

           — Perdão, senhorita.

Ele acenou e parece sem graça ao me olhar e com isso fico sem graça e murmuro.

            — Eu que peço desculpas, tenho mania de sair andando sem olhar ao redor.

 E sorri tentando quebrar a tensão e ele assentiu e sorri liberando minha entrada pela enorme porta que dava acesso a recepção.

 No momento em que pus meu pé na entrada, logo fui recebido por uma garota loira, elegante, com um sorriso nos lábios, parecia ter a minha idade ou um pouco mais jovem, e assim que se aproximou, estendeu sua mão em um cumprimento e murmura.

            — Eu sou Luisy, você é a Srta. Cobalt, certo?

 Respondi a pergunta de Luisy confirmando com a cabeça, mesmo não sabendo de onde ela tirou a informação mas sorri em silencio, Luisy vira-se de costas e murmura.

            — Pode me seguir, por favor. O senhor Louis, está esperando por você.

 Então continuei seguindo-a, enquanto agradecia mentalmente por não me atrasar, e paramos ao chegar na porta do elevador, onde levei um pequeno susto ao constatar que estávamos subindo para além do que pensei, para o 20 andar.

              Assim que a porta se abriu no andar solicitado, tivemos acesso a uma sala moderna, bem decorada e muito Masculina, havia poltronas e sofás em tons de preto e cinza, carpete nude o que deixou o lugar com cara de luxo, não que precisasse, pois todo o prédio era luxuoso, mas alem disso, este ambiente estava liberando uma sensação de conforto e sofisticação.

 Virando-se para mim, Luisy murmura.

             — Espere aqui, que irei anuncia-la ao Sr. Louis. 

 Assentindo, confirmei e me acomodei na poltrona, aguardando ser chamada, não sei por que, mas sinto um conforto em estar neste lugar, será que irá acontecer coisas boas comigo aqui? 

  Só em pensar isso, já senti um frio na barriga de expectativa.

 Ouço o ruído de uma porta sendo aberta, e assim que olho na direção, logo encontro o sorriso amigável de Luisy em minha direção e logo me ponho de pé.

             — O Sr, Louis já está esperando você, pode entrar.

 Ela ergue a mão com delicadeza e mostrou o caminho por onde devo seguir. 

 Sorrindo em agradecimento andei até a porta que estava aberta e bati duas vezes e com isso entrei.   

             — Com licença, Sr. Louis. Bom dia. 

Murmurei tranquilamente olhando nos olhos azuis daquele homem, que estavam alegres e me pareciam familiares, porém eu não recordava com quem parecia.

             — Bom dia, Srta Cobalt, que prazer revê-la,  sente-se, por favor.

 Sorrindo, me aproximei da poltrona e me acomodei enquanto o senhor Louis se acomodava em sua poltrona presidencial.

              — Então, querida, seu pai e eu conversamos, ele me disse que você é formada em Administração. E que estava à procura de um emprego inicial, procede?

 Concordando respondi com franqueza.

               — Sim, Sr. Louis, eu estou morando em Seattle atualmente, e com este passeio a casa dos meus pais, acabei pensando em ficar e coincidentemente, conheci o Sr. naquele jantar.

 E sorrindo ele assente e diz.

               — Querida, foi muito bom ter tocado no assunto, pois estão acontecendo algumas situações indevidas no financeiro da minha empresa, e com isso, meu filho tomará as devidas providências, ele já deve ter chego de viagem, e eu acredito que você poderia auxiliá-lo durante um tempo como secretária pessoal dele, depois disso você irá ganhar mais experiência e passará para sua verdadeira função, que será no setor administrativo.

 Eu o observei o tempo todo, estava realmente falando a verdade e me parecia muito preocupado, mas quem não ficaria? Será que está ocorrendo desvios de verba? isso é de fato muito preocupante, e assim que dei por mim esbocei um sorriso tranquilizador que também o fez sorrir e ele logo levanta-se e pergunta.

                 — Posso contar com você?

 Assentindo com toda a certeza, sorri e estendi a mão.

                  — Será uma honra fazer parte desta equipe, Sr. Louis.

 Ele pegou minha mão e a apertou, sorridente e a soltou com gentileza e disse.

                  — Vamos, preciso lhe apresentar a empresa.

 Assentindo, sorri e o acompanhei mas de repente ele para em seu lugar e pergunta.

                    — Antes de qualquer coisa, quando poderá começar o seu trabalho?

 Engoli em seco, pois não havia pensado nisso, eu pensei um pouco e respondi com a verdade, dentro das minhas atuais condições.

                     — Eu poderia começar na quarta- feira pois...

 Me interrompendo, Sr Louis deu a volta em sua mesa e murmura.     

                     — Perfeito, vou solicitar os documentos para sua chegada na quarta-feira. 

 Confirmei e o deixei me puxar de leve até a saída, e durante o trajeto até a porta, me dei conta que esqueci a bolsa na poltrona, mas dei de ombro e pensei em voltar para buscar depois do meu tour pela empresa.  Andamos por um corredor elegante com paredes de vidros, onde mostravam as principais ruas da cidade, em uma visão panorâmica de tirar o fôlego, e foi aí que lembrei daquele homem que  me deixou a mercê de sua beleza, de igual forma, sacudi a cabeça repreendendo a mim mesma por ter aquela lembrança exatamente neste momento. Acompanhando Sr. Louis, entramos em um corredor menos movimentado que ficava no andar de baixo, onde havia pessoas com semblante sério porém focado, nenhum deles mal vestido, mentalmente estava me agradecendo pela roupa escolhida.

            Assim que entramos em um corredor, havia uma sala de reunião com algumas pessoas entrando e uma senhora de aproximadamente 60 anos se aproximou e disse-        — Com licença, Sr. Louis.

 Ela me lançou um olhar como se pedisse desculpas pela interrupção e eu dei um passo atrás e os deixei conversar.

            — Os acionistas chegaram adiantados e...

 Antes que ela terminasse, o Sr  Louis se virou para mim e disse.

            — Yven, peço desculpas por isso, mas preciso dar procedência a reunião.  

 E assentindo, respondi a ele.

             — Está tudo bem, na quarta-feira estarei aqui pontualmente, eu só preciso pegar minha bolsa em  seu escritório. 

Assentindo Sr Louis diz.

              — Pode ficar à vontade, estarei no seu aguardo na quarta-feira. 

E dito isso, o observei ir em direção a sala com passos largos e uma postura confiante, não sei de onde mas aquela postura me é familiar, sacudi a cabeça e vi os executivos levantarem de seus assentos e a senhorinha fechar a porta atrás de si.

             No momento em que fecharam a porta, soltei um suspiro, e senti um misto de felicidade e orgulho feminino tomar conta de mim e com isso girei sobre os calcanhares e andei de volta ao corredor onde dava acesso a sua sala, quando uma moça morena me chama.

             — Com licença, você é a Srta. Cobalt?

 Assenti e permaneci em silêncio, e sorrindo a moça murmurou.

         — Sou Chris, a ajudante da Anne, secretária do senhor Louis, ele me pediu para que lhe entregasse isso.

 Ela me estendeu uma pasta escura com o nome da empresa e disse.

          — Se tiver alguma dúvida referente aos papéis necessários, é só me ligar.

 Assentindo esbocei um sorriso pois me senti instantaneamente grata pela recepção da Chris, e murmurei.

           — Pode deixar, se eu tiver dúvidas vou procurar sua ajuda, em falar nisso, preciso pegar minha bolsa na sala do Sr Louis, tudo bem?

 Ela assentiu e apontou a direção da sala com o indicador.

           — Pode ficar à vontade, é para lá.

E então agradeci com um aceno de cabeça e fui andando tranquilamente em direção a sala do Sr Louis, quando alguém abre a porta rapidamente e acaba me puxando para frente, me desequilibrei e tropeçando em meus saltos  cai de joelhos no chão, o problema é que meu vestido estalou na lateral, e pelo som, com  certeza não foi um pequeno estrago.

Merda rasgou, e agora?

Rapidamente tentei me recompor, quando sinto mãos calorosas e possessivas me segurando e puxando cuidadosamente pela mão. Procurei me firmar em meus pés e me recompor antes de olhar feio para a pessoa que me derrubou porém quando encontrei seus olhos, mais uma vez senti minhas pernas vacilarem e com isso senti seu corpo enrijecer para firmar o meu.

            — Senhorita, Yven, está tudo bem? 

 Ele me puxou para dentro da sala com cuidado e me colocou sentada na poltrona de frente para ele, que se agachou na minha frente se aproximando dos meus joelhos que ardiam um pouco e estavam vermelhos pelo impacto abrupto com o chão, e assim consegui encontrar o estrago em meu vestido, mas o problema é que o homem também viu  e seus olhos pousaram no rasgo e depois foram para o meu rosto e com sua sobrancelha arqueada em minha direção, engoliu em seco após passar a língua nos lábios para umedecê-los e aquilo causou coisas em mim desconhecidas em mim.        

             — Eu... estou bem. Não precisa se preocupar.

Falei tentando dissipar um pouco da tensão presente e tentando tirar o foco de visão dele,  pois eu acredito que  ele tenha visto a cinta-liga através do estrago, com isso notei um olhar de preocupação ser tomado pela diversão silenciosa, ele esboçou um sorriso e levantou-se para sentar na poltrona de frente para mim, e tentando engolir o bolo que se formou em minha garganta, senti meu corpo relaxar um pouco após a distancia que ele tomou.

Uma distância segura, para o que estou sentindo agora.        

              — Bom, eu preciso ir, tenho uma viagem a fazer.

Murmurei desviando o olhar daqueles olhos predadores, que estavam me deixando nervosa e por conta do silêncio que tomou o ambiente, o encarei novamente, vi que sua expressão mudou e ele olhou diretamente em meu rosto.

              — Viagem a passeio, suponho.

 Ouvi a sua voz grave, me tirando dos meus pensamentos e neguei com a cabeça.

              — Estou de mudança, quarta-feira irei começar a trabalhar com o filho do Sr Louis.

  E dito isso vi que sua boca se entreabriu e seu peito encheu de ar, e em seguida surgiu um sorriso tão sensual que me deixou tonta, e aquilo me fez fechar os olhos e apertar as têmporas, na tentativa de retomar o controle.

               — Tem certeza que está bem?

 O ouvi perguntando, enquanto seus olhos me analisavam atentamente e confirmando, juntei todas as forças que eu pude e levantei da poltrona direcionando minha atenção para minha bolsa, que estava exatamente ao lado dele, que seguindo meu olhar disse risonho.

               — Você voltou para buscar a bolsa, e eu a recebi da forma mais agradável possível.

 Senti um tom descontraído e irônico ao mesmo tempo e resolvi jogar.

               — Bom, desta forma, ninguém esquecerá os primeiros encontros.

  E esta foi a minha deixa para pegar a bolsa e virar de costas e sair andando, ,mas travei no mesmo lugar quando ele murmura.

                — Você não pode sair desse jeito, e isso não pode ser considerado um encontro.

 Engolindo em seco, o encarei e disse.

                — Foi um acidente, mandarei arrumar o vestido assim que chegar em casa.

Ainda mantendo minha atenção em seu rosto, ele me encara com um olhar puramente sexual e diz.

             — Irei consertar o estrago, Senhorita Yven.

 Pegando seu celular, ele liga para alguém que em segundos atende e ele fala algumas coisas enquanto eu fico ali perdida, não sabendo se devo de fato esperar ele me explicar o que quis dizer com” irei concertar o estrago” mas antes que eu pudesse falar alguma coisa, ele já está com a mão em meu braço, para chamar minha atenção e diz.

             — Pode me seguir, por gentileza. 

 E sorrindo seguiu para a porta e eu atônita, pisquei algumas vezes sem saber direito o que estava acontecendo.

       Aquele homem sabe bem o que estava causando em mim, desde nossa primeira esbarrada, e aquilo iria acabar comigo pois a última coisa que eu esperava era encontrar com ele aqui.

Respirando fundo, sai andando atrás dele que andava com toda elegância até o elevador, nesse instante, a tensão que a segundos atrás já se mostrava presente, se tornou quase palpável, e minha garganta secou de imediato, e arriscando um olhar pelo espelho, o flagrei com os olhos fechados e punho cerrado, como se tentasse se controlar para não fazer algo que não deveria.

O que está acontecendo?

Será que ele também sente o que eu sinto? 

Se ele estiver se controlando por conta da tensão que existe entre nós, fico muito feliz por isso, pois não sei se iria me controlar. Por sorte, poucos segundos se passaram e nenhuma outra pessoa se aproximou, pois poderiam ver o estrago do meu vestido ou então sentir a tensão sexual que estamos exalando e apenas deixando de lado como dois adultos que somos.

 Chegando ao hall de entrada, ele murmura com uma xpressão mais aliviada, provavelmente pro termos saido de um ambien te tão pequeno.

              — Iremos com meu carro.

 Apontou para um Suv preto e com a cabeça a mil questinei.

             — Espere...

  E assim ele parou quando estava prestes a abrir a porta do carona para que eu me acomodasse.        

              — Onde vamos? eu... Eu nem mesmo conheço você... Você sabe meu nome, mas eu nem me lembro de ter me apresentado...  

Deixei a frase incompleta demonstrando um pouco do meu incomodo, e em seguida ele sorriu lindmente e estende sua mão para mim e diz.

              — Prazer, senhorita Yven, sou Michael.

 Ele sorriu de lado e parou de falar ao avaliar minha expressão, que automticamente se suavizou e então ele prosseguiu.

              —  Por hora, isso deve aplacar uma das suas dúvidas.  

E abriu a porta me indicando o assento, logo que me acomodei, ele fechou a porta e deu a volta, colocando sua pasta no banco de trás, se acomodando e colocando o cinto de segurança.

             — Você não é um desses sequestradores, não né? 

 Neste instante ele parou tudo o que estava fazendo e me encarou por longos segundos em silencio, arqueando uma sobrancelha em dúvida, ele questiona.

              — Como é? Eu pareço ter problemas psicológicos? 

Merda, porque eu não fico com a boca fechada? Culpa do meu nervosismo, por isso eu não consigo manter a boca fechada. Como se esse homem, que agora sei o nome, iria me sequestrar. Ele se chama Michael, o nome combina com ele, é imponente, elegante e lindo… 

      Ele fez menção de tocar no meu braço, mas acabei saindo dos meus pensamentos e voltando para o momento, eu respondi.       

            —Bom, você disse que queria experimentar algo meu logo na primeira vez que me viu, posso considerar isso como um problema psicológico?   

Fazendo um gesto com a cabeça ele solta uma gargalhada, o som da sua risada mexeu com algo dentro de mim e não consegui controlar e sorri também, e se recuperando ele responde.

            — Eu falei isso por que estava realmente com uma vontade imensa de... 

 Ele parou de falar por um momento e dirigiu sua atenção total para meus lábios e de repente, meu ventre aqueceu, mas sacudindo a cabeça, ele continua.

            — Deixa para lá, agora precisamos ir.

 Enquanto ele dirigia tranquilamente, eu ficava o devorando com os olhos, sentindo uma eletricidade percorrer pelas minhas pernas, me deixando cada vez mais tensa, até que chegamos em uma avenida bem movimentada, e logo conheci a rua famosa pelas lojas de grifes que esbanjam elegância e ‘glamour’, e me espantei por ele estacionar o carro em frente a uma delas.

           O acompanhei descer do carro e peguei minha bolsa após tirar meu cinto de segurança e desci antes que ele se aproximasse para abrir minha porta.

          — Ansiosa para compras? — 

 Ele sorri, mas é um sorriso que não chegou a seus olhos e então respondo sem vontade e até um pouco curiosa pelo interesse dele.

          — Na verdade, odeio fazer compras.

 E com essa resposta, notei que ele esboçou um sorriso quase imperceptível, mas que seus olhos demonstram certa surpresa após a minha resposta.

           —  Agora escolha umas das lojas e compre o seu vestido 

  Ele me disse, assim que paramos na calçada entre duas das dezenas de lojas de grife que tem nessa parte da cidade e negando eu disse.

            — Olha, Michael, eu penso que começamos do jeito errado. Não preciso de vestido novo. 

 Fiz questão de falar bem sério para que ele deixasse aquele incidente de lado para que fossemos embora, pois meu carro está na empresa e com isso, estarei presa com ele até eu convencer ele a irmos embora.       

             — Eu insisto, por favor. Estraguei seu vestido, mas prometo recepcionar você melhor, nas próximas vezes.

Isso me serviu de alerta. 

E piscou para mim e murmurou num sussurro que me deixou arrepiada.

             — Você não quer que outras pessoas vejam o tesouro que você guarda embaixo desse vestido rasgado, quer?

Sem reação após ouvir isso, e sentindo meu corpo todo aquecer, sem a capacidade de falar nada, senti apenas  quando ele me puxou pelo braço ao entrarmos na Channel e sermos abordados por uma vendedora bem vestida e que já estava babando pelo homem de 1,90 cm de altura ao meu lado.

 Depois que experimentei 5 vestidos, ele conseguiu sossegar, confesso que adorei cada troca de vestido, pois os olhos dele faiscavam a cada troca, mas acabamos discutindo quando eu falei que iria pagar pelos vestidos.

           — Eu rasguei o seu vestido, deixe-me compensá-la .

 Michael falou num tom tranquilo, enquanto a vendedora estava embasbacada com ele e eu o interrompi.

            — Tenho um corpo só, por isso pague somente um. Esse aqui. 

Entreguei a atendente o vestido marsala que ficava justo e lindo em meu corpo e negando com um gesto, furiosamente, ele aceitou a minha escolha enquanto passava os outros no meu único cartão de crédito em uma única vez.

Assim que Michael colocou as sacolas no banco de trás do carro, ele pareceu mais afastado, e com isso perguntei.

            — Você está bem? Não precisamos levar os vestidos. Não me importo com eles. 

  E sorri para ele, confirmando o que estava dizendo quando direcionou a sua atenção para mim, a expressão que vi em seus olhos, fez meu coração acelerar e ele sorriu e respondeu.

             — Você é a primeira mulher que fala isso, após fazer compras em uma Channel da vida, sem falar que preferiu 5 vestidos em uma loja só.

  Dando de ombros, eu respondi.

             — Acredito que tenha coisas mais importantes para me importar sabe, só isso.

 Ele confirma e sorri em silencio, entramos no carro já nos acomodando, apesar do silencio, eu sabia que ele estava surpreso novamente pela minha resposta e que por isso, ele sorria parecendo quase satisfeito enquanto dirigia.

         Voltar a empresa foi mais tranquilo e silencioso, na verdade, penso que o trajeto de volta esteja mais confortável, pois estou me sentindo um pouco mais segura com ele, mas acredito que eu nunca me acostumarei com a beleza e imponência que ele tem, me peguei sorrindo ao lembrar das vezes que eu trocava de vestido e ele me pedia para que ele pudesse ver em mim, e quando me dou conta, ele já estava estacionando o carro no meio fio e sorrindo lindamente para mim, que não consegui segurar e sorri para ele também, e isso o fez direcionar seus olhos para minha boca e engolir em seco e eu logo cortei nosso olhar desfazendo-me do cinto, abri a porta e logo apontei para o Audi da minha mãe.       

             — Meu carro está ali.

 Ele assentiu e pegou as sacolas do banco traseiro e me acompanhou até o meu carro e as colocou no banco depois que abri a porta.

             — Enfim, Michael. Muito obrigada pela companhia nas compras.  

 Ele sorriu e negando com a cabeça respondeu.

             — Foi um prazer, Yven. Posso chamar você assim? —

 Eu confirmei com a cabeça, um sorriso estava macado em meus lábios e ele continua.

            —  Espero que nas próximas vezes, nosso encontro não seja tão trágico 

 Franzindo a testa perguntei, de repente ,muito curiosa.

            — Próximas vezes?  

Ele confirma com um gesto e finaliza.

             — Nossos encontros. Não pense que este foi o último. 

 E olhando seu relógio ele diz fazendo cara feia.

              — Agora eu preciso voltar. — 

Ele sorri e virou de costas para mim e sai anandando enquanto eu fiquei ali babando por ele enquanto o olhava se afastar, em seguida entrei no carro e coloquei meu cinto de segurança e respirando fundo tentei me tranquilizar  antes de pegar a estrada, e sentindo o total controle do meu corpo novamente, comecei a manobrar o carro sentindo a brisa e as buzinas incessantes das ruas cheias de cheias de New York.

            Olhando ao redor, senti minhas emoções a flor da pele, nunca passei em minha vida por situações parecidas, acredito que existam pessoas com química forte, porém nunca vi ou passei por algo do tipo, não sei nem como reagir em uma situação como esta, fiquei algumas horas com ele, e isso me deixou extremamente interessada nele, e os pontos positivos é que ele trabalha aqui, é gentil, cuidadoso e extremamente atraente, fechando os olhos, tentei me acalmar e pensar em algo que não fosse Michael.

 Desde o momento em que pus os meus olhos nele, de cara, imaginei que nunca mais seria a mesma coisa, pois aquele homem, era meu sonho mais secreto, era másculo, lindo e parecia um amante perfeito, e o que mais m e deixava incomodada… 

É que acabei de descobrir, eu o quero para mim...inteiramente…

 Suspirando, tentei me recompor e esquecer aquilo tudo, pois consegui o que eu mais queria no momento, o emprego e de bonus  descobri o nome do meu Encantado.

 Com esse pensamento comecei a rir enquanto dirigia pelas ruas de New York.

 Deixei minha mente me levar para longe daquele espaço masculino e enlouquecedor, no trajeto para casa, acionei o bluetooth do meu celular no carro e liguei para Amanda, que no segundo toque atendeu.       

               — Adivinha quem vai morar em New York em menos de dois dias? 

Despejei tudo para Amanda ao invés de usar minha saudação habitual.                  

               — Não brinca. Você conseguiu um emprego? 

 Eu conhecia aquele tom de voz, ela estava feliz por mim, e mais que isso, estava me apoiando mesmo não sabendo dos mínimos detalhes, pois era assim, minha amizade com ela, uma sustentando a outra em qualquer momento de nossas vidas, não importando se estamos entrando de cabeça num novo projeto, e é por isso que eu amo ela, por me apoiar em tudo sem me criticar em nada.       

                — Irei começar na quarta-feira, pois preciso ir buscar algumas coisas, e no fim de semana trazer tudo de vez.

 Respondi com meu melhor tom de felicidade, e logo senti um frio na barriga, pois eu iria me separar da minha melhor amiga, mas resolvi não tocar no assunto naquele momento.

                  — Como você está? E o jantar? 

 Perguntei sabendo o quanto Amanda havia se preparando para que tudo ocorresse bem.

                  — Os pais do Carlos me trataram muito bem, adorei eles. Apesar daquela primeira impressão ruim.

  Ouvi um tom de voz que eu conhecia muito bem.

                 — Pode desembuchar;

  Falei com um tom brincalhão e ela falou animada.

                 — Carlos e eu vamos nos casar!  

 Amanda falou sem interrupções e por um momento eu fiquei calada e senti meu coração acelerar e uma onda de alegria me consumiu e não conseguindo impedir acabei soltando um grito de felicidade.

                  — Minha nossa, amiga, meus parabéns. Estou tão feliz por você e Carlos. Gostaria de lhe abraçar agora.

  Senti uma onda de tristeza se aproximando, pois, gostaria de parabenizar minha amiga pela maravilhosa notícia.

                — Enfim... —  Ela continuou.  — Fico mais tranquila em saber que não vou abandonar você.

 Seu tom foi de preocupação para algo mais irônico e gentil.           

                — Você não vai se livrar tão fácil de mim.

 Falei provocando-a mesmo sabendo que quase não vamos nos ver depois que eu vir morar em New York.

                — Nunca quis, Yven, mas não vamos perder o contato, nunca. 

 Amanda me garantiu com a voz trêmula, o que me fez pensar que poderia estar quase chorando e coçando a garganta prosseguiu.

                — Agora tenho que desligar, Carlos irá me levar na casa de sua avó.

 E assentindo sorri e murmurei.

               — Até mais, Amanda, qualquer coisa me ligue.

 E após a despedida, desliguei a ligação, muito feliz pela minha amiga. Rapidamente cheguei a casa dos meus pais e estacionando o carro, logo vejo a porta sendo aberta e uma figura elegante usando rosa aparece com um sorriso nos lábios volumosos iguais aos meus.

               — Como foi, meu amor?

 Minha mãe perguntou puxando-me pela mão para entrar em casa, e com toda aceitação sorri e a acompanhei sem interromper.

                  — Mãe, vou começar a trabalhar na quarta-feira.  

Respondi sorrindo e vendo seus olhos se iluminarem de alegria por mim.

                   — Meus parabéns, querida. Sabia que você iria conseguir. 

Sentei no banco que estava próximo de mim e continuei.

                 — Hoje preciso encontrar um apartamento e empacotar minhas roupas, o resto pretendo trazer no fim de semana.

 Minha mãe baixou a cabeça e não pareceu gostar da idéia de me ver morar sozinha e antes que protestasse murmurei.

                  — Mãe, eu preciso de sua ajuda para que eu encontre algo aqui perto.

  E sua expressão suavizou ao me olhar.

                  — Sei exatamente do que você precisa, querida. 

 Mamãe falou, mesmo que a expressão de seu rosto dizia ser contra essa idéia de morar sozinha novamente.

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 Assim que chegamos em uma rua bem movimentada, perdi o fôlego com toda a beleza do lugar, era um bairro simples e aconchegante, havia prédios com arranjos de flores, outras com árvores bem cuidadas, um lugar lindo e digamos até romântico, parece aqueles bairros que aparecem em filmes de romance da Netflix.

          Minha mãe desceu o vidro, permitindo a entrada de uma leve brisa entrar no carro e apontando o dedo, mostrou-me um prédio de cerca de 2 andares e que era todo feito de tijolos, algumas lamparinas mais antigas embelezavam ainda mais o local, com uma vasta vegetação bem cuidada.

          — Querida, este vai ser meu presente de boas-vindas. 

 Mamãe falou e sorriu aguardando alguma reação e  simplesmente a abracei e murmurei emocionada.

          — Obrigada, mãe. É maravilhoso.

 Senti lágrimas brotarem nos meus olhos e perguntei.           

          — Podemos...? 

 E sem concluir minha pergunta, minha mãe confirma com a cabeça e desce do carro e fala.

           — Essa semana iremos dar início a papelada da compra do apartamento, mas já pode morar nele .

 Empolgada, desci do carro e fechei a porta, uma onda de curiosidade me invadiu, como seria viver num lugar como este? Como será morar sozinha, sem Amanda? 

 Sacudi a cabeça, pois apesar de coisas boas estarem acontecendo comigo, também iria passar por momentos difíceis como todas as pessoas, mas encarei minha mãe que estava com um leve sorriso e estendeu sua mão que eu aceitei sem pensar duas vezes, e nos direcionamos para a casa, assim que batemos na porta, uma menina de cerca de 13 anos atendeu, e sorrindo murmura.

            — Sra. Cobalt, que bom que veio… Pode entrar, por favor. 

  A menina loira abriu a porta o suficiente para que eu e minha mãe entrasse juntas e agarrando a mão da minha mãe ela a puxou para dentro e achando aquela cena engraçada, eu as segui para dentro e encontramos outra moça na cozinha fazendo um bolo, pois o cheiro estava maravilhoso.

           — Ah! Sra. Cobalt, sinto muito pela Clary, Tudo bem com vocês?   A menina de olhos verdes perguntou olhando para minha mãe e depois gentilmente para mim, assentindo minha mãe responde.      

            — Estou passando por aqui para lhe apresentar a nova vizinha, Marcelly.

 E ergueu a mão delicadamente em minha direção que sorri nervosamente e acenei.   Sorrindo a moça, que descobri se chamar Marcelly perguntou.

            — É a sua filha?

 Assentindo, me aproximei e lhe estendi a mão e respondi.               

            — Me chamo Yven. Sou nova aqui, e estou vindo morar definitivamente na cidade a partir de quarta-feira. 

 Finalizei sorrindo de leve e sorrindo abertamente, Marcelly murmura.

             — Bem-vinda, já que vamos morar tão perto, espero que sejamos amigas.

 Imediatamente, me senti à vontade com ela, e sei que com certeza seremos amigas e com isso minha mãe olhou para seu relógio e me direciona um olhar expressivo.

              — Bom, Marcelly, precisamos ir agora.

 Mamãe falou com toda gentileza para ela que com um sorriso assentiu e se despediu. Assim que voltamos ao carro, minha mãe diz.          

              — O carro para buscar suas roupas já está pronto, só estão esperando por você. 

 Assimilei as informações e tentei me preparar psicologicamente para as mudanças que já estavam acontecendo comigo.

               — Mãe, o apartamento é mobiliado? 

  Minha mãe ficou séria e diz

                — Já está completo, se quiser, pode mudar a decoração, mas acredito que você irá gostar de como está.

 Com a cabeça confirmei que entendi o que ela disse, pois, minha mãe sempre teve muito bom gosto para o lar, e eu sou uma das admiradoras pelo bom trabalho dela e apenas aceitei.

                — Chegando em casa, vou trocar a roupa e depois partiremos para Seattle. 

 Minha mãe esboçou um sorriso satisfeito e direcionou seu olhar para além da janela.

Assim que chegamos, desci do carro, e fui trocar de roupa, pois sapatos de salto não eram muito confortáveis para uma mudança, trocando os saltos e a saia tubinho rasgada, que por um momento me fez relembrar das horas que passei com Michael, me fazendo sentir um misto de expectativa e ansiedade, afastei aquele pensamento e vesti uma calça jeans velha e muito confortável  com um par de tênis para o dia-a-dia, deixei meu celular na bolsa em cima da cama e sai do quarto em direção a sala onde havia deixado minha mãe, que estava lá conversando com o motorista, assim que cheguei no último degrau, os dois viraram para me encarar e eu parei de andar abruptamente por conta dos olhares em mim.

               — Querida, hoje você irá buscar apenas suas roupas, e objetos mais pessoais. Os outros pertences serão trazidos no fim de semana, é isso? —

  Minha mãe perguntou sem pausa e eu fiz um gesto positivo com a cabeça e ela continuou.

               — Eu mesma me encarregarei de buscar suas coisas. no fim de semana.

  Assenti confirmando com tudo, não quero deixar espaço para que minha mãe tente me ludibriar para que eu volte a morar com eles e respondi.

                — Tudo bem, mãe. Como você achar melhor.

 Dando de ombros, sorri e virei para Derek que estava encarando a minha mãe.

               — Já podemos ir, Derek? 

  Assentindo, ele bate em seu quepe e murmura.

               — Ao seu comando, Srta. Yven. 

  Sorrindo, observei ele se virando em direção a porta e eu o segui para fora. Enquanto ele tomava seu lugar atrás do volante, eu me acomodei antes de colocar o cinto de segurança e com isso me permiti relaxar, pois, sabia que tínhamos uma longa viagem de ida e volta, mas por algum motivo, acabei descobrindo que não estávamos indo sozinhos, havia outro carro preto com mais três homens dentro, dei de ombros e basicamente baixei meu corpo para que pudesse relaxar, minha mãe e meu pai sempre fizeram questão de cuidar da minha segurança, mesmo não sabendo de tudo o que aconteceu comigo, mas de qualquer forma, eu acho um pouco de exagero, contudo nunca falei nada para eles o que penso sobre isso, pois adoro que eles cuidem de mim, e com este pensamento caímos na estrada e eu só acompanhava da janela o distanciamento da casa dos meus pais ficar cada vez maior, fechando os olhos tive a certeza de que tudo na minha vida mudaria e então adormeci…     

                — Que lugar é este?  

Ouvi minha própria voz saindo um pouco nervosa por não saber onde estava, olhei ao redor, e só via árvores, flores e… de repente alguém me abraçou por trás e sorriu, um sorriso gostoso, contagiante, que me deixou arrepiada até o último fio de cabelo e aquela sensação dos braços e mãos me tocando desta forma, me pareceram familiares, então virando-me para ver quem era, acabei levando um susto ao me ver diante daquele homem dos sonhos, Michael…

Ele sorria como se fossemos íntimos, parecia feliz em estar ali comigo, mesmo eu não sabendo o que estava acontecendo, e aquela sensação dos braços dele ao meu redor foi se intensificando até que ouço em um sussurro.

                 — Pensou que ficaria se escondendo de mim? Eu já cansei de ficar procurando por você entre essas árvores 

  Ele me apertou contra seu corpo e eu saboreei cada segundo daquela sensação incrível que eu estava sentindo, mesmo sendo apenas um sonho, eu conseguia sentir seu calor como se fosse real.

               — Não vou mais me esconder, nem fugir de você 

  Murmurei com um tom brincalhão, mas cheia de segundas intenções, notei que a respiração dele acelerou e ele aproximou ainda mais seu corpo do meu e com um braço me segurou pela cintura e a outra mão, passou um polegar em minha bochecha e sentindo sua respiração no meu rosto, aquele momento mágico se intensificou, apenas fechei os olhos e saboreei aquele doce momento e quando seus lábios encontraram os meus…

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