Michael Beckham

A luz do sol já havia invadido o meu quarto quando acordei, então olhei para o lado e pela primeira vez em anos senti a sensação de sábado em casa. Uma sensação que eu havia memorizado quando criança, pois eu adorava sábado de manhã.

      Sentei na cama e peguei meu celular, já são 09:36, respirei fundo quando apareceram algumas notificações das últimas horas então fui ver o que era, havia algumas mensagens e alguns e-mails, e como eu poderia imaginar, todos de Karl. Acho que ele está, digamos, um pouco apavorado por estar fazendo esses agendamentos e atendimentos sem mim.

Soltei um gemido audível e deitei de novo deixando o celular de lado, posicionando o braço em cima dos olhos para aproveitar a sensação de tranquilidade quando ouço algumas batidas na porta e logo me sentei na cama,  abrindo a porta lentamente,meu pai enfiou a cabeça para dentro e sorriu para mim, e sorrindo em resposta fiz um gesto com a mão para que ele entrasse.

Se acomodando na cama, meu pai sorri e murmura.

        — Michael, esta noite teremos um evento beneficente para comparecer.  Seria uma honra se você comparcesse.

 E assentindo, me ajeitei na cama e respondi.

        — Obrigado pai. Vai ser uma boa oportunidade para conhecer os empresários daqui, eu só preciso resolver algumas pendencias antes.     

E levantei da cama rapidamente e completei.  

          — Ainda pela manhã.

 Com um gesto, meu pai confirmou e sorrindose levanta e diz.

          — Fico orgulhoso por ver o homem que você se tornou, filho. 

Sorrindo, eu o abracei e respondi.          

          — Devo tudo a você, pai.

E me abraçando, meu pai sorri e me deixa sozinho no quarto.

          Saindo do banho rápido que tomei, passei a mão pelo cabelo sabendo que seria suficiente para arrumá-lo e em seguida fui até minha mala para pegar uma roupa para usar, pois não a desfiz ainda, meu intuito é comprar um apartamento para mim ainda hoje. Muito provavel que não iria dormir no ambiente hoje, mas não precisarei desfazer a mala para isso. 

Escolhendo minhas roupas, optei por uma camisa branca e uma calça escura com meus sapatos prada.

Assim que desci a escadaria notei que a casa estava silenciosa e fui até a cozinha e lá encontrei meu irmão mexendo no celular enquanto tomava seu café e no instante que me viu esboçou um sorriso em minha direção.

         — Bom dia, maninho. 

 Não posso dizer que minha relação com Anthony foi boa, na verdade enquanto ele crescia, eu já estava na fase de  me preocupar e dedicar aos curos do ensino médio, e ntão não sei se ele nutre algum tipo de inimizade comigo  e mesmo amando ele,  senti um ar  ironico no tom seu tom de voz quando me comprimentou e logo rebati.

        — Bom dia, Garotão. Onde está o pai e a mãe? 

 Peguei uma xícara e coloquei café com leite e sentei na cadeira de frente para ele, que estava  tomando um gole do seu café, e parecendo relaxar sobre minha presença, ele responde.

         — O pai foi levar a mãe no Spa, hoje tem aquele evento, aí já sabe como são mulheres nesses dias.

  Começou a rir bem humorado e assentindo, tomei mais um gole do meu café e perguntei.

         —Sabe de alguma cobertura aqui perto que esteja a venda?

Pensativo,  Anthony negou com a cabeça e respondeu.

       — Quem deve saber a respeito é o Matias, motorista do papai.    

Anthony fez um gesto com a cabeça e apontou para a porta e continuou.      

        — Ele está lá fora, o pai levou a mãe com o carro dele.

 Assentindo, observei meu irmão sair da cozinha e dei meu último gole no café e levantei para colocar a xícara na pia e depois fui a à procura do Matias.

 Entrei no Jardim de casa,  muito bonito e bem cuidado, flores de vários tipos e cores decoravam todo o local e no centro do Jardim tem um chafariz cinza e ao lado Gregori e Matias conversavam, e parecia ser uma conversa bem descontraída pois Gregori estava sorrindo empolgado mas no momento em que cheguei logo voltaram a postura de guarda costas extremamente profissionais.

         — Bom dia, Sr. Michael.

 Gregori me cumprimentou coçando a garganta e eu confirmei com a cabeça e respondi.

     — Bom dia, Gregori, Matias... — Acenei para ambos e então continuei. — Matias eu preciso de algumas informações.   

 Matias assentiu e permaneceu em silêncio e eu logo perguntei.

        —  Você sabe de alguma cobertura aqui perto que esteja a venda?

  Assentindo, seu rosto ganhou uma expressão mais tranquila e ele responde.

       — Tenho um amigo que quer vender uma cobertura, posso levar o senhor lá, agora mesmo, se desejar. 

 Logo me empolguei, e assentindo respondi.

       — Só vou pegar minha pasta e já volto, Gregori irá seguir você.  finalizei e corri até meu quarto para pegar o que precisava.

           Assim que entrei no carro, senti algo diferente, como se o que eu estava prestes a fazer fosse a coisa realmente certa. E com esse empurrão, fiquei com uma expectativa sobre a cobertura e com uma certa curiosidade sobre o que iria acontecer dali para frente, não creio que serão mudanças ruins, talvez mudanças necessárias. Eu sou um homem adepto a todos os tipos de mudanças, pois é sempre bom procurar e aceitar novos desafios, apesar de ser jovem, tenho experiências que me ensinaram a não temer e muito menos fugir do novo.

Assim que chegamos no local onde Matias nos informou que seria, desci do carro rapidamente e olhei para cima, e encontrei a cobertura, que por fora era branca e tem a proteção de vidro fume, uma bela estrutura adornava todo o prédio, e senti um frio na barriga bem vindo naqueles momento. Pegando minha pasta, segui Matias juntamente com Gregori e entramos no prédio luxuoso onde eu iria passar a ser dono da cobertura.

       Dei uma risada de lado quando pensei no quão obstinado sempre fui para conquistar meus objetivos, e na recepção encontramos uma moça loira que parece ter grudado seus olhos em mim e com isso mordeu o lábio inferior, e pareceu estremecer sob meu olhar  repreensor no qual fez com que a recepcionista se colocasse em seu devido lugar.         

        — Boa tarde, o Julian está nos aguardando.

Matias murmurou interrompendo o olhar da garota que assentindo franziu a testa e pegou o telefone da recepção e discou para alguém, murmurou algumas palavras  assentiu e desligou o telefone.

        — O Sr Julian está aguardando os senhores no décimo andar, à esquerda na segunda porta. 

 A garota respondeu parecendo ruborizar mas olhando somente para Matias que assentindo começou a andar em direção ao elevador e eu o segui.

Assim que o elevador parou no andar solicitado, acompanhei Matias sair primeiro e andar diretamente a uma porta escura, abrindo-a vejo que é uma sala comercial pequena porém aconchegante, e na primeira mesa levanta-se um homem com aproximadamente 50 anos e sorrindo se aproxima de Matias e o cumprimenta, depois vira-se para Gregori e a mim e acena com a cabeça. 

         — Bom dia, senhores. Como posso ajudá-los? 

 O homem grisalho responde e Matias murmura.

       — Julian, o Sr. Michael está interessado em uma cobertura, então lembrei da sua. 

 E assentindo, Julian sorri e olha para mim e responde.

      — Bem lembrado, posso estar mostrando a cobertura para você agora, se não estiver com pressa.

 E negando com a cabeça, respondi.

      — Para ser sincero, estou ansioso para ver.

 E pela expressão que Julian fez, notei que a cobertura seria minha facilmente.

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