Capitulo 2

- Pietro acorda, acorda garoto - o sacudi, Pietro tinha o sono mais pesado que eu já havia visto - se você não acordar irei lhe transformarei em uma lesma e jogarei sal em você.  

- Fala como se tivesse-mo sal o suficiente para jogar em uma lesma - ele bocejou e se virou se para o lado o posto - deixe-me dormir mulher 

- o Filho de Ares esta vindo nessa direção - disse de forma mas tranquila do mundo 

- como sabe ? - ele abriu os olhos me olhando de forma desconfiada  - você já usou isso uma vez para acordar e era mentira.

Me levantei divagar me espreguiçando e apontei para as arvores, sobre ela era possível ver fumaça, e ao longe ouvindo os gritos de guerra deles

- olha, eu dou uns 5 minutos para eles chegarem aqui - dei de ombros e voltei a segurar minha mochila e por a comida dentro, já estava pronta para sair, faltava apenas Pietro, claro que eu não iria o abandonar, mas também não iria enfrentar um exercito inteiro só para salvar o garoto, de forma alguma eu faria isso, mesmo que eu odiasse o sacerdote de Ares, eu não me arriscaria a tanto, então apos pegar minhas coisas o cutuquei com o pé - você vem ou não ?

- Akeylla você e uma vadia, alguém já disse isso ?

- Eu digo isso a ela o tempo todo, mas Akeylla nunca me ouve 

um homem alto com a pele cor de cafe, olhos de tao roxos quanto uma uva, ele era forte, tinha porte de um guerreiro, vestia apenas uma calça negra que parecia ser feita de escuridão, e em seu corpo possuía uma estranha pintura com padrões que mudavam de cor enquanto descia por seus olhos ate seu braço direito. ele sorriu para mim, e antes que eu pode-se pegar minha adaga, ele já estava atras de mim me pressionando contra uma arvore enquanto segurava meu braço, tentei o chutar mais o homem afastou minhas pernas com chutes simples e só não me derrubou por estar contra a arvore.

- Me explica uma coisa, você gosta de ser colocada contra a parede e? apenas isso explica essa reação sempre que me vê, sabe que vou te render mas ainda assim tenta me atacar 

- Se você não aparecesse de do nada, pelado

- Eu estou vestido - ele me interrompeu e cheirou meus cabelos brancos

- sombras não são roupas meu querido, posso te afirmar isso com todas as letras - lhe dei uma cabeçada no nariz seguida de um grande cotovelada no estomago o fazendo se afastar. me virei rapidamente lhe dando um soco no nariz, girei tentando chutar seu estomago mas ele segurou minha perna e me puxou para mas perto, o olhei profundamente em seu olhos roxos

- não quero atrapalhar vocês, mas infelizmente os homens dos sacerdotes de ares estão marchando para cá, sei que essa dança mortal esta muito boa e tal, mas precisamos fugir ou eles vão pisar em nos como pisam em vermes ele olhou para as arvores como se visse algo, e obviamente via, Pietro via quase tao bem quanto uma águia - e alias, quem e o nosso convidado ?

Empurrei Mors me afastando rapidamente e bufando de raiva

- Pietro esse e Mors, Mors esse e o Pietro, já que foram apresentados, por favor vamos embora 

antes de falarem algo, me virei e sai correndo rápido, pisando em pedras para não deixar rastros muito evidentes.

com a saída dos humanos de suas maltas, muitas regiões começaram a serem ocupadas, fazendas preparadas, tudo para uma boa vida na terra. pequenas vilas foram formadas, nada muito grande, pelo menos dês pessoas por locais. então nos, sacerdotes fomos escolhidos,dezenas de homens e mulheres que lutavam por seu deus, mas eramos muitos, e estávamos ansiosos para conseguir o que nos foi prometido. tantos morreram de forma tão brutal, foi um banho de sangue. de todos que lutaram, ouve um que se destacou, ninguém se atrevia a falar seu nome, o chamavam apenas de sacerdote de Ares, o deus da guerra. ele era implacável, ninguém conseguia o derrotar, todos que o encaravam morriam e tinham seu corpo pendurado em estacas para servirem de exemplo e em oferenda ao seu deus. pequenas vilas logo foram obrigadas a criar templos em homenagem a ares e pessoas obrigadas a horarem por ele e lhes servirem de oferenda. aqueles que se recusavam serviam de oferenda para Ares.

E após a ultima descoberta, eles se tonaram ainda mais perigosos

- Akeylla - O grito de Pietro me tirou de meus pensamentos, me virei rapidamente a tempo de escapar de uma flecha que vinha em minha direção. - nós alcançaram 

Pietro parou ao meu lado ja com espadas na mão, ele me passou uma e começou a tirar os sapatos

Mors você... - o procurei, porem ele já havia sumido, novamente, esse era o Mors, aparecia me perturbava e depois sumia, sem avisar sem deixar um recado ou qualquer coisa do gênero, grande filho da eguá

- ele sumiu assim que parou as primeiras cinco flechas, apenas desapareceu como se fosse feito de fumaça, uma fumaça negra mas ainda assim uma fumaça -  ele me olhou - me diga, todos os seus namorados são estranhos assim ou e impresso minha ?

- ele não e meu namorado - agarrei o braço de Pietro e saltei, nossos corpos foram transformados, viramos pequenas lagartas sobre o tronco de arvores, Pietro estava apavorado, se mexia de forma frenética, apenas fiquei quieta esperando e observando.

"onde eles estão?" um homem gritou para outro passando pela gente.

"sumiram, um virou fumaça e os outros pularam, acho que se teleportaram ou saíram voando, talvez se olharmos para o céu enquanto seguimos os acharemos"

" e melhor deixarmos para la, se Ele, ficar sabemos que deixamos três fugirem, seremos servidos para os javalis"

"Okey, mas juliano, o primeiro elemento, você acha que era... que poderia ser... "

" não -  o segundo homem interrompeu o primeiro rapidamente - vamos seguir nosso caminho, a aldeias em que espalhar nossa palavra"

" hora da colheita " eles viram e saíram rindo e foram seguidos por pelo menos 50 homens, todos forte mente armados 

apos meia hora, que eles haviam passado, saltei da arvore junto a Pietro voltando a minha forma humana, Pietro caiu de bunda no chão e bufo irritado, ele odiava ser transformado, achava ultrajante e degradante, como se aquela criança soubesse o que era isso

- O que e a colheita? - perguntou preocupado - eles não tem cara de quem fazem plantações - Pietro riu

fechei meus olhos concentrada, o mundo ficou em silencio e por fim consegui, a visão me veio. eu vi os gritos e o choro, vi as mortes que viriam... eu vi a colheita

em um momento eu estava parada diante de Pietro, e no outro correndo pela floresta, meu corpo mas rápido do que minha mente, nem ao menos havia percebido ate que tropecei e voltei a correr

- você não pode ir 

Mors, apareceu parado, porem voltei a correr o ignorando, mas novamente o vi la na frente parado me olhando

- você ira se ferir"

tentei acelerar mas não era uma sacerdote de hermes, mas sim de Hecate, apenas sempre sabia o caminho que devia seguir, apenas sempre conseguia chegar onde precisava, e  tentativa de Mors, de me parar era revoltante

- por favor Akey.

ele aparecia em minha frente, e sumia atras de mim enquanto eu corria, apenas para aparecer novamente em minha frente e depois sumir, seus olhos roxos suplicava, mas eu precisava o ignorar, havia feito uma promessa, uma promessa de proteger a todos e iria cumprir

- Akeylla - dessa vez ele me segurou firme com seus braços fortes me fazendo parar -  me escuta por favor, você precisa me escutar, se você for você ira morrer

- Como você sabe ? - gritei furiosa - você aparece e some quando quer, finge saber de tudo. na verdade, você e do tipo que sabe de tudo e não fala porra nem uma, acha isso justo? Quem e você Mors, de quem e sacerdote em ? quem te escolheu, a quem você serve? pelo que você luta?

Ele ficou em silencio e olhou para baixo, cada fibra de seu corpo pareceu ficar tenso, ele mordeu os grandes lábios carnudos suspirou negando com a cabeça. 

- perdão, mas não posso falar, não poderei te responder -  ele se afastou e senti o vento frio em meu corpo, me senti sozinha, estava lutando sozinha e iria continuar sozinha, não deveria ter pensado que seria diferente, nunca e diferente.

me afastei e voltei a correr, corri pois sabia o que estava acontecendo

mas quando cheguei, já era tarde de mais, a aldeia estava em chamas, pessoas corriam para todos os lados, crianças choravam enquanto os homens eram mortos de forma brutal, no centro de tudo, um homem de capuz vermelha olhava para o fogo e erguia os braços gritando palavras que provavelmente era uma prece por seu deus, Ares, era uma cena terrível

corri em meio a multidão sem pensar duas vezes, com minha espada comecei a atingir todos os atacantes, tentava me movimentar pouco e utilizar todos os movimentos com precisão, lutar sempre foi como uma dança, movimentos rápidos ou lentos, laminas dançando e mergulhando, tilintando com uma harmonia musical

minha adaga rasgava gargantas com facilidade, entrando e saindo de suas peles, rasgando e mutilando, quando finalmente perceberam que estavam sendo atacados por mim, eu ja havia matado uns dez homens, parei ofegante, o suor escorria por minhas costas e meus cabelos brancos caiam por minhas costas pregado em minha pele. o homem de capuz vermelho olhou para mim, mesmo eu não podendo ver seu rosto, sabia que ele triscava os dentes, suas mãos estavam fechadas em punho em fúria contida.

- matem-na, matem essa descrente e mostrem a todos a força de Ares

Ele gritou em fúria contida, todos os homens pararam e se viraram para mim, graças aos deuses Pietro surgiu ja ja cortando gargantas com sua pequena adaga, ser sacerdote de hermes lhe dava uma velocidade sobrenatural, ri e voltei a lutar, cortando as gargantas. flechas atingiram minhas costas mas ainda assim permaneci a lutar, pequenos cortes e arranhões não iriam me parar. enquanto girava praguejava feitiços fazendo homens sendo jogados longe ou pegando fogo

Então uma forte explosão me jogou long, o mundo girou, o ar não entrava em meus pulmões, um ruido ensurdecedor soava alto em minha cabeça, me sentei vendo tudo em câmera lenta. homens vinham em minha direção, Pietro lutava para os manter afastado mas o mesmo já não tinha a mesma velocidade de antes e estava muito ferido.

Atras deles eu podia ver, homens cavavam um buraco, estavam procurando uma Malta, um abrigo subterrâneo. tentei me erguer mas não consegui, meu corpo tombou para o lado. ouvi ao longe uma criança chorar e chamar sua mãe, eu queria a ajudar a encontrar sua mãe.

senti uma picada no ombro e em minha perna, flechas haviam me atingido e outras vinham em minha direção, Mors tinha razão, eu iria morrer. fechei meus olhos aceitando a morte, já havia escapado tantas vezes, um dia ela iria me alcançar, e eu só podia pedir perdão perdão a Hecate por falhar em minha missão

Então esperei, mas ela não chegou. ao abrir os olhos dei de cara com flechas presas em uma teia de escuridão, olhei em volta e e vi algo sumir em meio a escuridão, então eu soube que ele me salvou, sorrir ao ver as flechas no chão

Senti uma onda de energia me dominar, aproveitei a proteção que me foi dada

- Grande Gaia, mãe terra que em tudo habita, me ajude a purificar seu corpo desse mal que te atinge. Grande Gaia, protetora do mundo, me ajude a salvar teus filhos. Grande Gaia, me der forças para salvar esse povo que aqui habita 

visualizei cada um dos alvos e soquei de uma vez o o chão ate sentir o sangue escorrer em minha mãos junto aos ossos quebrados, mas não me importei, quanto maior a magia, maior o preço, sangue, dor e emoções e vontade, tudo deixa uma magia mais poderosa.

o chão se abriu logo a baixo de vários dos homens que tentavam me atacar, eles caiam em um buraco e eram imediatamente esmagados, o som de ossos ecoavam pelas cabanas em chamas, sangue fluía da terra como um rio vermelho.

- Zeus, rei dos céus, permita-me lançar minhas mãos aos céus e acabar com o sofrimento -  ergui minha mãos aos céus e comecei a entoar, nuvens negras se unindo e escurecendo, grandes gotas de chuvas caiu do céu, lavando a terra e apagando o fogo -  obrigada meus senhores 

- mendigando aos deuses ? a deuses que não lhe pertence ? - o homem de capuz vermelho andou ate parar em minha frente, eu conseguia ver apenas sua boca - você me parece familiar sabia, tem lindos cabelos prateados como as estrelas 

Ele se abaixou e revelou seu rosto com um sorriso nos lábios, meu corpo congelou, senti o suor secar e me sangue gelar, era ele. sem duvidas era ele. Romeo 

o Romeo que me torturou, o Romeo que me matou

- o gato comeu sua linguá? - ele segurou meu rosto me fazendo o encarar, eu queria fugir, queria escapar de suas garras, mas não conseguia me mover, meu corpo estava paralisado, não conseguia fugir, senti meus olhos arderem em lagrimas e ainda assim não consegui escapar. ele sorriu passando a ponta de sua linguá em minha bochecha ate meus olhos, por onde a lagrima escorreu por meu rosto e cheirou meus cabelos - suas lagrimas são doces. eu gosto de você, olhos dourados como o sol, pele cor de chocolate, cabelos como o brilho das estrelas. você daria uma boa mulher, pena que precisa morrer, Sacerdotisa de Hecate

- Akeylla - Pietro gritou, chamando a atenção de nos dois, ele lançou uma faca na direção de Romeo, porem a faca parou no ar, mas foi tempo o suficiente para mim acordar e com um movimento de minha mão o lancei longe usando telecinese

ele se levantou no ar, porem usando aerocinese, o lancei novamente longe. Romeo rosnou, olhou em volta e em fim percebeu que todos estavam mortos. todos os seus homens. ele me olhou uma ultima vez e fugiu, eu não podia o perseguir, estava ferida e cansada, e precisava cuidar dos feridos também.

todos estavam a salvos, a criança havia parado de chorar e agora, finalmente eu poderia descansar 

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