CAPÍTULO 3 - LAÍS THILTON

LAIS ESTAVA ABRAÇADA ao noivo durante o sepultamento de seus sogros, ela apertou a sua mão o máximo que pode para mostrar a ele que estava ali para o que desse e viesse.

— Vai dar tudo certo.

Ele assentiu, mas sua mente estava muito longe de tudo aquilo.

— Estamos aqui com você.

Não... não estavam...

Joseph tinha deixado muito claro após o policial sair de seu escritório, tudo estava armado desde o começo.

LAIS ENTROU EM SEU QUARTO e caiu na cama totalmente sem forças, ela sabia que ter ficado noiva de Benny da noite para o dia não iria aplacar a dor dele, mas a notícia, indiferente do momento tinha que ser celebrada de alguma forma.

Em seu coração, Benny era o homem dos seus sonhos, era bonito, inteligente e ambicioso, a origem de sua família ainda era muito duvidosa e ele mesmo sempre desconversava quando o assunto era as suas origens irlandesas.

— Porque o interesse?

— Não sei... como iremos nos casar, seria interessante conhecer o sobrenome que irei carregar pelo resto da minha vida.

Ele a abraçou e a beijou.

— O importante é que estou aqui com você, o que minha família foi ou deixou de ser simplesmente se perdeu no passado.

— Mas...

Ele a beijou novamente e disse:

— Ninguém constrói o futuro olhando para o passado... eu entendo a sua necessidade sobre o que se passou, mas meu pai não gostava de falar sobre eles e meu avô muito menos, se foram heróis ou bandidos cabe apenas a Deus julgar.

— E o que te garante que eles vieram para cá por serem heróis ou bandidos?

— Simplesmente porque sei o sobrenome que carrego e o sangue que levo em minhas veias, os irlandeses por si só não são covardes, e os O’Reilys nasceram revolucionários.

Por mera curiosidade, Laís digitou IRLANDA + O’REILY no G****e e ficou espantada com tudo o que tinha descoberto.

Ela passou a mão sobre a barriga e sorriu.

— Você tem sangue de heróis, meu querido ou querida...

***

— PARABÉNS, SENHORITA Thilton, você está grávida.

Sua mãe que estava acompanhando a visita parecia irradiante, no começo ela ficou um pouco assustada, mas desde o primeiro momento já sabia que levava em seu ventre o fruto do amor que sentiam um pelo outro.

— Teremos um novo motivo de alegria naquela casa... seu pai vai amar a notícia, querida, precisamos de boas notícias, já chega de marés de azar.

Mas ela se sentia insegura quanto a Benny, ele estava prestes a ir para Harvard e talvez tivesse que adiar seu grande sonho por esta realização.

AS DUAS CHEGARAM AO ESCRITÓRIO e viram um policial sair.

— Aconteceu alguma coisa que não sabemos, Clarice? – Perguntou Breanne Thilton.

— Sinceramente não sei dizer à senhora, é alguma coisa relacionada ao senhor Benjamin O’Reily.

— Benny? O que aconteceu com Benny?

Quando o policial ia falar alguma coisa, ela saiu correndo e entrou no escritório do pai e viu o clima pesado que estava ali e foi repousar nos braços de seu amado.

— Benny, está tudo bem?

— Acho que ele não poderá falar no momento.

— Aconteceu alguma coisa?

— Meus pais morreram...

— Morreram? Como assim? Do que? Como?

— Lá... quer se casar comigo?

Joseph deu um sorriso orgulho.

Ele é mais esperto do que eu imaginava... uma pena que seu pai não era assim...

— Precisamos te contar algo, papai.

Benny olhou de forma estranha para ela enquanto via seu sorriso sonhador.

— Sou todo ouvidos, querida.

Ela segurou a mão de Benny com força e disse de forma visivelmente ansiosa:

— Estou grávida, papai.

— Benny, podemos esquecer por um momento a morte de seus pais para celebrarmos a vida que está vindo?

— Claro, senhor...

Joseph olhou torto como uma reprimenda.

— Claro, Joe...

Joseph abraçou os dois visivelmente feliz.

— Não se preocupe, filho, estaremos cuidando de seu filho durante a faculdade, queremos que você muito em breve ocupe o lugar de seu pai na empresa e criaremos o império que eu e seu pai planejávamos há tanto tempo.

Benny engoliu seco e assentiu silenciosamente já sabendo do destino que lhe aguardava.

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