CAPÍTULO 10

                                                         De Quem é a Culpa?

Thomas Brue deixou o corpo cair sobre o sofá sentindo falta de ar, a cabeça confusa e atordoada — Como? — tirou a gravata que o sufocava — Não pode ser verdade! — sentiu o telefone vibrar em seu bolso, o pegou olhando o visor, atendendo rapidamente —Delegado Garcia — ficara em silencio ouvindo.

— Pelo amor de Deus, por onde esteve ontem à noite?

— Como assim Garcia? Fale logo! — se afastou para sala ao lado — Quem matou minha filha?

— Sei que tem alguns policiais em sua residência, se afaste deles.

— Mais que diabos estar acontecendo? Vá direto ao caso! Prenderam o assassino da minha filha? Como isso aconteceu?

— Sua filha usava uma peça de roupa íntima sua. Era comum? Seu carro foi visto saindo do local, do suporto crime, onde estava bem claro, sua placa e seu rosto nas gravações Thomas. Consegui apagar a gravação. A perícia irá achar algumas evidencias contra o senhor? Por onde esteve? Vou tentar tirar o perito do caso e colocar alguém de minha confiança.

   Confuso com aquelas perguntas e acusações — O que está acontecendo Garcia? O que está dizendo? Meu carro? Eu... Veja o que esses peritos vão dizer e procure resolver tudo aí. Que maldição foi essa? — pensou na noite anterior e não se lembrava de nada — Acordei no apartamento da minha filha, veja com o porteiro de que forma cheguei por lá. Confesso que algumas garrafas de uísques foram viradas. Não posso entrar em uma investigação absurda dessa. Afaste o perito e... Que absurdo estou dizendo? Apenas resolva rápido.

— Deputado o assassino está preso é um pobre coitado que não tem como pagar um advogado e será condenado. Vamos tentar mudar algumas evidências para que o senhor não fique em uma posição crítica. Darei um jeito de afastar o velho Mario da perícia. Preciso que tente se lembrar da noite anterior. Uma equipe foi direcionada ao apartamento de sua filha — ficou em silencio esperando o deputado se manifestar.

— Você está insinuando que matei minha filha — murmurou — Deixe esse assassino preso, preciso que tire esses policiais da minha casa agora — a polícia iria encontrar o apartamento todo bagunçado, tentou imaginar algo suspeito e não se lembrava de nada, mesmo por que saiu às pressas — desligou. Não conseguia se concentrar em nada, sua mente estava perturbada — Como fui... — ligou para Luna diversas vezes e ouvia: —“Esse número não existe” — Como não existe? — continuou tentando por mais algumas vezes.

   O detetive se aproximou — Dr. Preciso fazer algumas perguntas. Por onde o senhor esteve?

   Ele o olhou nos olhos e murmurou — Como disse antes: “trabalhando”. Saia da minha casa respeite nossa dor — foi até a esposa sendo fuzilado pelo olhar do sogro — Era o delegado Garcia, prendeu o assassino a imprensa...

   Foi interrompido pelo detetive:

— Temos um suspeito preso? Que eficaz esse delegado Garcia, Thomas — falou Sr. Richard.

   Thomas Brue fora abraçar a mulher sendo rejeitado.

— Saia de perto de mim! Trabalhando com esse cheiro de bebida? — murmurou ao seu ouvido para que seu pai não ouvisse — Temos que ir ao IML tome banho que estou a sua espera — caiu no choro, abraçada com seu pai — Como mataram minha filha? Era minha joia preciosa, papai, não deveria ter permitido que fosse morar só.

   Thomas Brue pegou o telefone fazendo algumas ligações para uns amigos. Ainda o álcool aflorava em suas veias. Não conseguia lembrar-se da noite anterior, isso estava o deixando louco. Como fora parar no apartamento da filha e como estava morta? Era para estar com Luna e por que não esteve com ela? Ou esteve? Tirou a roupa ficando diante ao espelho, assustado passou a chave na porta — Que isso! — percebeu que não estava com sua aliança — olhava o peito todo arranhado e uma mordida no ombro. Não podia demorar no banho, tinha que ir ver a filha. Chorou ao pensar que não veria mais seus belos olhos. Foi até a esposa — Quero vê-la!

— Ela foi encontrada morta perto de uma obra não muito distante de onde morava —disse o sogro o encarando — Um homem negro de uns 37 anos foi preso no local. Você estava trabalhando Thomas Brue?

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