cap 4

O dia hoje foi mais calmo, depois da sobrinha da dona Lorena ver eu e a Paula se beijando na cozinha segui para minha casa, já estava indo quando a paula me chamou la, ela sabe que não gosto de entrar assim na casa dos patrão mesmo eles me recebendo tao bem la.

—Você conseguiu conversar com o senhor Pietro filho?

Meu pai pergunta chegando próximo a mim

—Não pai, ele não estava, tinha ido na vila, dona Lorena disse que era pra ele chegar logo mais pelo visto não ia ser tão logo. Falo lembrando das coisas que estão faltando

Teria dado certo dele comprar hoje, vai ter que dar mais uma viagem para la, os cercados estão precisando de mais arame e aqui não está tendo o que precisa, depois de almoçar saio de casa e vou olhar os pastos aqui sempre tem alguma vaca parindo então tenho que olhar para não acontecer da cria morrer entre meio a outros gados. Pós meu chapéu e fui selar o cavalo para seguir minha viagem, ao longe vi o senhor Pietro chegando, resolvo esperar ele pra falar o que está faltando, quando ele finalmente estaciona o carro de frente a casa vou até onde ele está puxando o cavalo.

—Boa tarde senhor Pietro. Digo e ele parece cansado

Boa tarde Conrado. Diz e percebo que ele esta preocupado

—Está tudo bem? Pergunto e ele suspira

—Está sim, só estão me cobrando mais vinhos porque já está acabando o das adegas, mais diga o que queria falar. Diz

—Há sim, bom estou precisando arrumar umas cerca e preciso de arames, arestes e pregos. Digo e ele vai até a porta de traz pegando algumas coisas

—Ok, amanhã você pode ir na Vila e comprar tudo que precisa, por que tenho que resolver as coisas da colheita das uvas para a produção de vinho, você aproveita e leva aquelas duas caixas de vinho que estão no armazém, eles terão que esperar por as próximas. Diz então faço que sim com a cabeça

Peguei o cavalo e segui para o pasto, aqui é tudo tão tranquilo, me traz uma paz fico imaginando os anos que passei estudando, entre uma aula e outra, entre pessoas que se achava superior a todos os outros por ter um carro do ano.

Aqui o ar é puro você planta e colhe as frutas, temos plantações de uvas, tanto verde quanto roxa que é produzido o vinho, onde nós mesmo os produzimos, temos vacas para leite, fazemos queijos e requeijão, e fazemos os doces, temos uma pequena plantação de maçã que também produzimos geleias tortas entre outras coisas para o consumo da Fazenda, temos boi para exportar a carne para os frigoríficos, aqui é uma fazenda completa onde todos nosso vizinhos são boas pessoas que sempre estão dispostos a ajudar.

Término de olhar os pastos então resolvo voltar para casa, já passa das seis da noite, hoje será comemorado o aniversário de dona Lorena então terá mais uma seresta só que ao contrário da de ontem estará todos, os vizinhos e suas famílias e o senhor Pietro com todos da casa, será uma festa típica de todos os anos, carne assada muita bebida e música, claro que é musica raiz, aqui nós gostamos das músicas brasileiras, e algumas daqui mesmo, dês de que estou aqui sempre é comemorado o aniversário dela e poucos meses depois temos outra comemoração em relação a ela mais não sei muito bem o por que. Segui para casa cavalgando devagar, eu gosto do meu trabalho, está aqui me traz muita paz.

Chego em casa e passo direto para o banheiro, tomo um banho quente deixando a água tirar todo o meu cansaço. Depois do banho tiro minha barba que já estava por fazer, saio do banheiro e vejo meu pai chegando em casa

—E aí meu velho, estava aonde? Pergunto e ele me olha

—Estava mais o senhor Pietro resolvendo umas coisas para a colheita das uvas, fim de semana que vem dará certo. Ele diz feliz, a colheita da uva é um dia muito animado para nós todos

—Hoje o senhor vai nós fazer companhia? Pergunto e ele sorrir animado

—Sim, hoje estarei lá. Ele segue para o banheiro e eu vou me arrumar

Saio de casa e vou direto para lá, já está quase todos reunidos, já se ouve músicas tocadas no violão e na sanfona, vejo a garota de cabelo loiro sentada ao lado do primo, os dois conversam animadamente, só então percebo o quanto seu sorriso é lindo, os dentes alinhados e os lábios perfeitamente desenhados me faz por um momento querer ter ele entre os meus. Balanço a cabeça para afastar esse pensamentos. Sinto braços rodear meu corpo e o perfume adocicado invade meu olfato, sei que se trata da Paula.

—Você está lindo como sempre meu amor. Diz vindo ficar na minha frente

—Você também está bonita. Eu gosto de está com ela, gosto da sua companhia, mais ao mesmo tempo me sinto sufocado quando ela faz tal ato, me sinto sufocado das vezes que ela já falou sobre morramos juntos.

—O que você tem que está assim tão seco hoje? Pergunta soltando seus braços de mim

—Há Paula não começa por favor, estou cansado e estamos em uma festa então não começa com suas paranoias. Digo e ela fica com os olhos marejados

—Tudo bem, aproveite a festa que para mim ela acabou. Ela sai me deixando ali sozinho, algumas pessoas olham mais não dou muita atenção, eu pensei que sentia algo maior por ela, mais com o passar dos dias que ela sempre arrumava algo para discutir ou até mesmo essa obsessão de nós morar juntos foi me deixando desfocado do relacionamento, relacionamento abusivo não vem só da parte do homem, a mulher também tem o dom de persuasão, ela também faz drama psicológico, certo que tem homens que são mais asqueroso mais viver em um relacionamento que cansaços já é questão de uma briga é demais.

Vejo o Caio convidar a pérola para dançar, até pensei que ela negaria, mais ela foi, sorriu para ele e pegou sua mão que estava estendida para ela, fico observando eles dois dançar, sinto uma coisa ruim por dentro, eu não sei explicar o que é, mas também não consigo tirar os olhos deles dois, ela sorrir e ele roda ela no ritmo da música.

Meu pai logo chegou então aproveitamos a festa, mais só consegui fazer isso, depois que o Caio foi embora, seu Pietro disse que logo cedo eu já poderia ir na Vila comprar o que estava precisando.

—Eu gostaria de ir na Vila se possível. A loira diz então nossos olhares se cruzam

—Claro pérola, você pode ir mais o Conrado ao amanhecer Senhor Pietro diz e eu engulo em seco, não esperava ter que levar ela

—Obrigada tio. Ela diz sorrindo de lado

Pouco tempo depois resolvo ir para casa, amanhã levanto cedo então tenho que dormir. Ao me deitar por uma fracção de segundo tive o sorriso dela na minha mente, acabei dormindo com esse pensamento. Deus queira que essa garota vá embora logo ou eu não sei o que será de mim.

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