O Anjo II

_Muito bem Tom! – Gabriel como sempre brincalhão e sarcástico, assim que o garoto inicia a escalada pela escada ele completa: _Sinta-se em casa.

            Tom deu uma parada rápida para escutar a “piadinha” de Gabriel e sem demonstrar se gostou ou não, continuou subindo seguindo para seu quarto, o garoto realmente estava muito desconfiado, na cozinha o casal se entreolha, sorriem e continuam a preparar o almoço. Momentos depois o arroz quentinho está na mesa, ao lado uma linda salada de alface e tomates, Regina coloca uma combuquinha com feijão fresquinho e logo Gabriel coloca uma travessa com sardinhas fritas, elas estão abertas e crocantes, para finalizar ele espreme um limão por cima. Regina chama Tom que está na sala assistindo o programa musical de vídeo clips, Super Special que é apresentado por Mr. Sam, e rapidamente o garoto se apresenta à mesa e fica encantado com o que vê, ele adora sardinha. Sua mãe abre a geladeira pergunta aos rapazes qual a preferência por refrigerantes:

            _O que vocês preferem? Temos refrigerante Crush e Gini?

            _Para acompanhar essa sardinha crocante o melhor é a Gini de limão. – Gabriel fala olhando para Tom, como se esperasse um consentimento.

            _Eu concordo mãe, manda a Gini aqui pra nós. – Tom fala sorrindo.

            O almoço segue tranquilo, algumas piadas de Gabriel fazem Regina e Tom rirem muito, foi um momento agradável que fez a família esquecer por alguns instantes as dificuldades pela qual estavam passando.

            _Estou curioso para conhecer a Aninha, pelo o que vocês falam, ela deve ser danadinha, deve aprontar muito.

            Regina sorri:

            _A minha pequena é um amor, apesar de pegar no pé de Tom, ela é um anjinho que acalma nossos corações.

            Gabriel sente amor nas palavras de Regina, e ele percebe que a mulher é muito mais linda que Harahel havia lhe dito e mostrado, a beleza transcendia sua forma esbelta e passava por seu caráter, sua delicadeza e sua força para lutar pelo bem estar de seus filhos. Instintivamente uma força invisível e celestial atuava entre ele e a família facilitando o entrosamento entre eles e consequentemente possibilitando sua inclusão, abrindo os caminhos para a realização de sua missão. Involuntariamente Gabriel deixou expelir de si um aroma de flores do campo, isso é muito comum entre os anjos, aliás, eles podem expelir vários aromas diferentes, cada qual relacionado ao sentimento vivido no momento, mas quando estão materializados diante de um humano precisam controlar esta forma de demonstrar suas emoções.

            _Hum! Que cheirinho bom de flores do campo! – Regina fica encantada com aquele aroma que invade a casa. _De onde será que está vindo este cheirinho bom?

            _As janelas estão abertas, quer que as feche mãe?

            _Não filho! Deixe como está, tomara que esse aroma gostoso fique por mais um tempo. – Visivelmente muito feliz Regina recolhe os pratos e talheres da mesa. _Gabriel, aceita um cafezinho?

            _Se não for abusar, eu aceito sim. – Gabriel está encantado com a mulher. _Eu adoro café.

Tom retorna à sala após o almoço, vai assistir um pouco de desenho animado antes de ir fazer seus deveres da escola, Regina e Gabriel seguem para quintal dos fundos, cada um com uma xícara de café na cor branca adornada com flores vermelhas e folhas verdes, lá fora havia uma pequena mesa de madeira redonda e velha com quatro cadeiras, eles se sentam e Gabriel observa o gol pintado na parede quando de repente a mesa balança perigosamente, ele leva um susto e dá um pulo esticando o braço para cima, segurando a xícara de café ao alto de sua cabeça, achando que tudo irá despencar. Regina solta uma longa risada e envergonhada pede calma.

            _Me desculpe! Esqueci-me de avisar que a mesa precisa de conserto, ela está bamba de uma perna.

            _Tudo bem, eu entendo! – Gabriel meio sem graça tenta mostrar que não foi nada. _Percebi que uma das cadeiras também está com problemas.

            _Verdade, seu primo tentou consertar, mas apenas fez algumas emendas que não resolveram muito.

            A conversa do casal é interrompida por bater de palmas na frente da casa e um chamado.

            _Tommm! – Era a voz infantil de Jonatam.

            Antes que Regina chamasse por Tom para ir atender o garoto, ele já deu um grito da sala.

            _Pó deixar mãe! Estou indo atender, é o Jonatam.

            No portão o garoto, que era o goleiro do time da escola, espera por Tom com uma bola de capotão novinha embaixo do braço e na mão segurava um “geladinho” provavelmente no sabor de cereja ou morango porque era da cor vermelha, seu rosto estampava um sorriso melecado da guloseima.

            _Oi Tom!

            _Fala ai Jonatam!

            _Vamos no campinho jogar bola?

            _Sei não.

            _Ora, vamos sim vai? A turma toda vai estar lá.

            _Todo mundo?

            _Sim, toda a turma da escola, vamos jogar treinando para seletiva que o profº Mateus vai fazer.

            Tom abaixou a cabeça desanimado, sabia que naquele “toda a turma” incluía André e Rubens.

            _Ei carinha! Vamos, deixe de ser molenga.

            _Sabe o que é Jonatam? – Antes que Tom completasse a justificativa para não ir, seu amigo o interrompeu.

            _Ah! Já sei, aqueles caras desagradáveis estarão lá.

            _Não é isso não.

            _Escuta amigo, uma hora você precisará enfrenta-los, mesmo que lhe custe um olho roxo, ou alguns hematomas e isso vai acontecer mais cedo ou mais tarde, não pode fugir para sempre.

            _Não é isso! É que preciso fazer um trabalho da escola.

            Jonatam balançou a cabeça negativamente, reprovando a explicação de Tom.

            _Está bem Tom, eu vou indo, se um dia você quiser enfrenta-los eu estarei ao seu lado. – Jonatam foi caminhando em direção a avenida principal.

            _Obrigado pela força e por vir me chamar. - Tom fala a meia altura para que seu amigo que ia indo embora escutasse.

            Jonatam mesmo de costas levantou o braço fazendo um sinal com os dedos indicador e médio levantados, o mesmo gesto usado como paz e amor, uma forma de demonstrar a Tom que apesar dele rejeitar o convite estava tudo certo entre eles.

            Tom visivelmente triste entra em casa, desliga a tv e vai para seu quarto.

Do lado de fora, Gabriel segue conversando com Regina, um papo gostoso que os faz esquecer do tempo.

            _E esse campo de futebol? Acontecem muitas partidas aqui?

            _Muitas, Tom é apaixonado por futebol.

            _Legal, eu também gosto muito.

            _Que legal! Pra que time você torce?

            _Sou torcedor do Santos, fiquei encantado quando era criança e vi o esquadrão mágico do Santos ganhar o mundo.

            _Puxa! Que coincidência. – Ela ficou surpresa.

            _Você também torce para o Santos?

            _Ah não! – Regina sorriu. _Nem gosto de futebol, mas o Santos é o time de coração de Tom.

            _Garoto esperto. - Gabriel percebe que o primeiro passo foi dado com excelência e para não estragar ele resolve ir, era o momento certo para criar um clima de “quero mais” em Regina.

            _Bom, o papo está ótimo e o café delicioso, mas preciso ir. – Ele fala enquanto se levanta.

            _Sério? Fique mais um pouco, logo a Aninha chega, você vai gostar de conhecê-la.

            _Sinto muito! Preciso ir, tenho uma entrevista de emprego em meia hora.

            _Verdade? Vou orar por você, vai dar tudo certo.

            _Obrigado! – Ele agradece sorrindo. _Que em suas orações “Ele” te escute, porque meus últimos pedidos parecem ter sido perdidos pelo caminho.

            _Não fale assim, tenha fé e acredite que um Deus de grande coração está olhando por você.

            Meio sem graça, ele vai entrando na casa, segue até a cozinha e lava sua xícara de café, parada na porta do lado oposto Regina parece não acreditar que exista um homem como ele, atencioso, bondoso, bem humorado e que saiba preparar ótimas sardinhas crocantes com limão.

            _Vamos! Eu te levo até o portão. – Regina além de ser prestativa quer estar mais alguns momentos ao lado dele.

            _Não se incomode, eu consigo ir sem me perder.

            Ela sorri, um sorriso terno com aqueles lábios encantadores que por alguns breves segundos hipnotizaram o anjo:

            _Bobo, venha, eu te acompanho.

            Já do lado de fora ele para enquanto ela abre o portão, o vizinho está com seu aparelho de som muito alto e é inevitável que ouçam a música que está tocando, parecia ser uma encomenda, tocava Fábio Jr e Bonnie Tyler, Sem Limites Pra Sonhar. Eles ficaram ali parados ouvindo a música e se encarando, um aroma de tutti frutti toma conta do ambiente colocando um sorriso delicado no rosto de Regina até que abruptamente um estouro e um arranhão na agulha do aparelho de som quebrou o clima hipnotizante entre eles. Ficaram sem graça, e Gabriel tentou quebrar a tensão:

            _Opa! Parece que o gato pulou em cima da vitrola. -           Eles riram muito. _Obrigado pelo almoço foi uma experiência maravilhosa.

            _Eu que agradeço por ter me ajudado na feira e pelas sardinhas crocantes, estavam ótimas. – Para Regina ficou nítido que naquele momento rolou um clima forte entre eles. _Quando quiser ou tiver um tempinho dê uma passadinha aqui para tomarmos um café e conversarmos mais um pouco.

            _Você é louca! – Aquelas palavras de Gabriel assustaram Regina, ele sorriu e completou. _Fica me convidando, olha que eu volto mesmo hein?!?!?!

            Novamente eles riram juntos, do outro lado do portão lentamente ele fechou o trinco e foi se afastando, seguindo pela calçada. Regina entrou feliz, com um grande sorriso no rosto e um sentimento que há muito tempo não sentia, a música Asa Morena ficou tocando em sua mente sem parar, até a hora de dormir ela estava flutuando pela casa, tão fora de si que após o jantar Aninha pediu para ficar na TV até mais tarde e ela consentiu, foi uma surpresa para a própria Aninha e para Tom.

            _Aninha, é melhor ir dormir, amanhã acordamos cedo. - Thomaz tenta consertar a falha da mãe.

            _Mas a mamãe me deixou assistir a TV.

            _A mamãe não sabe o que está dizendo, e amanhã quando ela acordar vai perceber a besteira que fez ao deixar você até tarde na TV.

            Tom consentiu que a menina poderia assistir mais alguns minutos de TV, porém antes do que ele esperava ela desmaiou no sofá, acordar cedo e dormir cedo já era uma rotina para Aninha.

                          *

            A quinta feira amanhece com o sol a pino, Regina desperta com um barulho de marteladas, de imediato fica irritada com o vizinho, mas parecia ter tido a melhor noite de sua vida, sentou-se na cama com as pernas cruzadas como se fosse meditar, abriu um sorriso, esticou os braços por trás das costas alongando o máximo que podia, respirou fundo e foi ao banheiro com aquele sorriso encantador. As batidas continuaram, ora barulho de serra elétrica, ora de lixa, e isso já estava irritando a manhã de Regina, ela colocou água no fogo para preparar o café quando entrou em sua mente três marteladas, foi a gota d’água, ela foi para o quintal dos fundos para xingar o vizinho sem noção, quando abriu a porta ficou surpresa, deu de cara com Gabriel, ele estava com avental de couro cheio de bolsos com ferramentas, pregos, parafusos, a mesa velha e capenga estava com uma cara nova, com as madeiras das pernas novinhas, e ele estava focado na reforma das cadeiras, ao perceber que Regina aparecera, ele parou e sorriu:

            _Bom dia!

            Regina ficou sem apalavras, seu rosto era a pura expressão da surpresa, com uma das mãos na boca, ela não sabia o que dizer, então ele falou novamente com os braços abertos:

            _Olha, desculpa eu aparecer assim sem avisar, é que acordei cedo e pensei porque não? Estou livre mesmo!

            Regina vai rodeando a mesa:

            _Você trocou os pés da mesa! – Surpresa ela coloca as mãos sobre a mesa para conferir. _Ela não está mais bamba!

            _Não, não está mais bamba, está firme como uma rocha, assim como as cadeiras, que também logo ficarão.

            _Mas eu não tenho como lhe pagar pelo serviço!

            _Não se preocupe é só um favor.

            _Mas você está precisando de dinheiro, está desempregado.

            _É, eu sei, mas que graça teria a vida se de vez em quando não deixássemos o dinheiro de lado para fazer um favor? Se não estiver enganado, em algum lugar na Bíblia foi escrito que é dando que se recebe, ou será que foi Sócrates quem disse isso?

            _Não sei como agradecer esse gesto lindo.

            _Que tal começar com aquele cafezinho delicioso?

            _Ah! Sim claro! Já estou fazendo, já, já te trago.

            _Ótimo, já estou terminando aqui.

            As crianças acordaram, se arrumaram para aula e foram ver Gabriel, ficaram encantados com a mesa consertada, tomaram o café, comeram pão francês com margarina e logo a Kombi estava lá com suas três buzinadas costumeiras.

            Em seguida Regina surge na varanda com uma xícara de café para Gabriel, ele para o que está fazendo e senta-se em uma das cadeiras, ela se senta ao lado dele, simplesmente encantada com a iniciativa. De repente algo vem á mente dela:

            _Mas...como você entrou aqui? – Por um instante ela fica horrorizada pensando em ter deixado o portão aberto à noite toda.

            _Fique calma, realmente a trinca do portão está com problemas, mas em seguida irei consertar também. – É difícil para ele mentir, por sua origem angelical, mas fazia parte de seu trabalho. _Eu não quis te acordar cedo, então achei melhor ir fazendo os consertos e assim fazer uma surpresa, me desculpa.

            _Tudo bem, não precisa se desculpar, mas promete que vai ver a situação do portão, não posso deixar minha família correr riscos.

            _Combinado! – Ele toma o último gole de café, se levanta e entrega a xícara para Regina. – Mãos á obra.

            Ela fica ali parada por alguns momentos, encantada, parece não acreditar no que vê.

            Após terminar os reparos das cadeiras Gabriel partiu para o reparo do portão, que não existia, foi um engodo para justificar sua entrada na casa, mas de qualquer forma ele deu um “trato”, ajustou parafusos, colocou grafite na engrenagem e a trinca do portão ficou novinha. Enquanto guardava suas ferramentas Regina surgiu com um copo d’água.

            _Pra você! – Ela estende a mão oferecendo o copo d’água para ele.

            _Opa!!!! – Ele demonstra ser uma ótima surpresa. _Estava mesmo com sede.

            _E agora? – Regina tem um emaranhado de sentimentos se contorcendo em seu estômago.

            _Agora? Bom, vou guardar minhas coisas e ir a uma entrevista de emprego.

            Regina não esconde o desapontamento em seu rosto:

            _Pôxa! Depois de tudo o que você fez não vou poder lhe oferecer um almoço?

            Sorrindo meio sem graça ele agradece:

            _Eu agradeço, e que fique registrado que eu adoraria ficar, mas realmente preciso ir.

            _Quando você aparecerá novamente?

            _É um convite? – Ele responde sorrindo com ar de surpresa.

            _É sim. – Regina não titubeia em assumir que quer vê-lo novamente.

            _Acredito que amanhã à tarde estarei livre.

            _Ótimo! – Ela não esconde a alegria de saber que em breve irão se ver novamente.

            Sorrindo, Gabriel pega sua maleta e já com seu avental devidamente guardado vai em direção ao portão:

            _Fica assim então, amanhã eu dou uma passadinha por aqui.

            _Estarei te esperando.

            _Até mais!

            _Obrigada por tudo! Você é um anjo.

            Já do lado de fora da casa, fechando o portão, ele olha e se despede com um sorriso.

            Á noite após o jantar Regina e as crianças estão na sala assistindo o programa Acredite se quiser, apresentado por Jack Palance, Aninha já estava bocejando de sono enquanto Tom não desgrudava os olhos da telinha onde era narrado as teorias e façanhas de Nikola Tesla. Regina sabia que o programa apresentava alguns temas “pesados” para as crianças assistirem, como reportagens sobrenaturais, mas também tinham algumas muito interessantes como a que estavam assistindo. Assim que o seriado acabou ela achou por bem contar ás crianças a verdade sobre Gabriel, na verdade não havia mentido, apenas omitido uma informação importante.

            _Crianças! – Ela chamou a atenção deles antes que se levantassem para irem dormir.

            _Sim mãe! – Tom que estava deitado no sofá, se senta.

            _É sobre esse meu amigo, o Gabriel.

            _Já sei! – Gritou Aninha. _É seu namorado!

            _Aninha! – Regina a repreendeu imediatamente. _Claro que não, de onde tirou essa ideia?

            _Deve ser porque desde que ele apareceu aqui a senhora não muda essa cara de boba alegre. – Tom foi direto ao ponto sem cerimônias.

            _Meu Deus! Crianças! – Regina ficou por alguns instantes envergonhada. _Não é nada disso, acontece que estou passando por momento difícil e nesses dias estive me sentindo melhor, só isso.

            As crianças comentaram em coro:

            _Ahhh! Tahhh!

            _Está bem, vamos ao que interessa. – Ela tenta mudar de assunto para evitar mais constrangimentos. _O fato é que ele pode ser considerado um amigo sim, porém ele é mais do que isso. – Novamente ela foi interrompida.

            _Então mãe, mais que um amigo só pode ser namorado. – Tom falou com ar de sabedoria.

            _Não Tom, me deixe concluir por favor. – Ela aguardou alguns instantes para ter certeza de que não seria mais interrompida e continuou. _Eu o conheci ontem na feira e descobri que ele é primo de seu pai, por parte de seu avô, ou seja, seu pai e Gabriel são primos, seus pais são irmãos.

            _Pode isso mãe? – Aninha ficou curiosa com a aquela situação.

            _Infelizmente sim, minha querida.

            _Então, se ele é primo do papai, o que ele seria nosso? – Perguntou Tom.

            _Ele pode ser considerado meu primo também. _Disse Regina. _Não de sangue, mas família é família e para resumir vocês podem considera-lo com um primo também. Ela tenta tornar o aceitamento e aproximação deles o mais simples possível. _É isso que quero que saibam. – Aquele momento de esclarecimentos foi um alívio para Regina.

            _Porque não nos contou antes mãe? – Tom ficou um pouco chateado por ela não ter confiado neles e contado antes.

            _Achei que seria muita informação para a cabecinha de vocês, mas depois percebi que vocês são crianças especiais e devem saber de tudo o que acontece com nossa família. – Ela respirou fundo. Afinal somos os três mosqueteiros agora, certo?

            Novamente as crianças responderam juntas.

            _Certo! – Os três se abraçaram e riram muito juntos.

            _Mãe, ele vai ficar aqui conosco? – Tom perguntou de forma séria.

            _Ficar aqui? – A pergunta dele pegou Regina de surpresa. _eu não pensei nisso.

            _Então pense mãe, se ele é nosso primo tem que ficar com a família, pelo menos até encontrar um emprego e ter onde ficar.

            _Vou pensar nisso filho, agora vão se deitar, amanhã tem aula.

            Regina se despediu das crianças e ficou ali no sofá, olhando para a televisão, mas com seus pensamentos voando longe.

    

    

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