O Anjo

            Sentado em uma pedra á beira de uma nascente de água límpida, está um garoto de nariz avantajado, olhos caídos, cabeça oval e um sorriso terno observando o caminhar daquele líquido transparente por entre pedras de várias formas e tamanhos, uma verdadeira obra de Deus que além da beleza física o som da correnteza transmite paz e tranquilidade á alma, o garoto usa uma calça jeans desbotada, uma camiseta branca com a face de Darth Vader, e nos pés um par de Bamba azul, também usava um par de fones de ouvido ligado a um walkman que tocava a música Super Fantástico, da Turma do Balão Mágico, ás margens do pequeno córrego borboletas de diversas cores e tamanhos bailam entre si, alguns pássaros e passarinhos também se aproximam da margem em busca de alimento ou apenas para molhar o bico, o garoto observa também abelhas que saltam de pólen em pólen em busca de mel e flores é que não falta, a flora é rica em sua diversidade, são muitos tipos diferentes, há Gardênias, Frésias, Girassóis, Gerbera, Iris, Margaridas, Rosas e outras. O local é um pedacinho do paraíso celestial, onde mora a tranquilidade e reina o amor, em meio a tanta beleza e pureza o infante parece estar hipnotizado, como se sua mente estivesse em transe passeando pelo lugar. De repente uma voz chama e o tira de seus pensamentos:

            _Manakel! – A voz é suave, mas firme, o chamado sobrepôs o som do walkman soando alto em seus ouvidos, o garoto se assusta e quase cai da pedra onde está sentado, olha para traz e a uns dez metros de distância, no campo verde esmeralda vê o Arcanjo Harahel, parado com um ar de superioridade angelical, braços cruzados em um manto branco por cima de outro manto amarelo dourado, na gola um detalhe de costura vermelho, seus cabelos e barba de tamanhos médios e brancos impõem respeito, os olhos azuis como o céu são um toque celestialmente especial:

            _Aproxime-se Manakel, preciso lhe passar uma informação.

            O garoto desce meio desajeitado da pedra e segue em direção ao Arcanjo tirando os fones do ouvido, ao se aproximar percebe-se a disparidade de tamanho entre eles.

            _Pois não chefia! Manakel se apresentando. – Ele falou com uma voz de taquara rachada olhando para cima por conta do tamanho avantajado do Arcanjo.

            _Continua irreverente Manakel. – Harahel recrimina a postura debochada do pequenino. _Além de não ter modos está usando um artefato proibido aqui.

            _Ah! Mas estou apenas ouvindo uma musiquinha, sabe chefia, lá na terra tem muita coisa ruim rolando e a música é uma das poucas coisas boas que eles podem curtir e eu gostei muito desse aparelhinho...

            _Mas é proibido. _Harahel interrompe o pequeno anjo.

            _Poxa! É inofensivo.

            Harahel em um movimento rápido retira o walkman da mão dele juntamente com os fones de ouvido, joga para trás, por cima de seus ombros e o equipamento desaparece, Manakel fica com cara de bobo, sem graça e diz com um sorriso amarelo:

            _Belo truque! Pode fazer aquele de tirar o coelho da cartola? Eu adoro.

            _Calado Manakel! – A voz de Harahel soou como um trovão. _Tenho uma nova missão pra você, mas antes saia dessa forma de criança que você assumiu.

Assim que acabou de m****r Manakel sair daquela forma o anjo metamorfou sua aparência angelical normal, era o mesmo rosto, na mesma cabeça oval, porém aparentava ter por volta de trinta e cinco anos e suas vestes agora era um manto branco sobre outro de cor bege, sandálias, barba longa e na gola do manto branco um detalhe de costura azul celeste.

            _Está feliz agora chefia?

            _Estarei feliz após cumprir minha tarefa e voltar ao meu posto.

            _Gente! Quanto rancor, estamos no céu, poderia pelo menos melhorar essa cara amarrada. – Manakel fala manso abrindo os braços e com deboche. _Não quero ser o chato que vai te avisar, mas, essa sua cara carrancuda não combina com este lugar, olhe em volta. – Com os braços abertos ele gira o corpo noventa graus para a direita e depois para esquerda mostrando a beleza do lugar que obviamente Harahel já conhecia.

            _Vamos ao que interessa – Harahel quer resolver logo aquela situação e corta o pensamento de Manakel. _Trago uma missão determinada diretamente pelo nosso mestre.

            _Mas acabei de retornar agora de uma missão, não tem nenhum outro anjo desocupado não? – Manakel fica em desespero e mexe o corpo inteiro como se estivesse tendo um tremor de nervos, tudo porque acabara de ficar dois anos na terra em uma missão. _Quem sabe Damabiah, ou Habuhiah?

            _A ordem é “para você ir” nesta missão.

            _Preciso de férias. – insatisfeito Manakel fica agitado sem conseguir encarar o Arcanjo.

            _Quem sabe se você for bem sucedido nesta missão o mestre acabe por lhe dar férias? – Harahel sorri entre os dentes. _Bom, sua missão é ajudar um garotinho na terra que está passando por dificuldades na escola e em casa.

            _Ahhhh ! Outro mimadinho. – Manakel não se preocupa em demonstrar sua insatisfação.

_Bem, se é uma missão, obviamente coisa boa não encontrará, caso contrário porque m****r um anjo na terra?

            _Eu sei sabichão, mas sempre são garotinhos mimados e ranhetas, de vez em quando poderia surgir uma missão para ajudar uma garota em depressão que perdeu o namorado, uma mãe solteira carente que não encontra namorado...

            _Pode parar por ai Manakel. - Harahel fecha o semblante e continua informando sobre a missão. _Na escola ele sofre com garotos delinquentes que fazem bullyng constantemente, ele ama futebol, mas esses garotos não o deixam em paz nem para entrar no time da escola.

            _Pelo menos ele tem bom gosto para esportes.

            _E em casa seu pai abandonou a família, sua mãe está entrando em depressão e isso está se tornando mais um fardo para ele.

            Harahel, se aproxima da água límpida e corrente, estende os braços em um movimento de abertura de dentro para fora, e na superfície da água surge uma imagem, como um filme, onde Manakel pode ver imagens de Thomaz sofrendo na escola e o que tem ocorrido na casa dele, até que surge a imagem de Regina, que é uma mulher linda, cabelos longos ondulados castanhos, corpo esbelto e um rosto quadrado dando a impressão de ser uma mulher forte, guerreira.

            _Está bem, missão aceita. – Com as mãos na cintura e um sorriso bobo ele aceita imediatamente a missão ao ver a imagem de Regina.

            _Espere Manakel, há um agravante. – Harahel demonstra preocupação. _Na linha da vida do garoto a morte já se precipitou e determinou uma data para buscar Thomaz, você tem dois meses para ajudar o garoto, ele precisará deixar de lado os sentimentos de vingança, depressão e derrota, substituí-las por compreensão, alegria de viver e vontade de vencer.

            _Só uma pergunta chefia. – Manakel agora interrompe com ar de desconfiança. _Porque o magnânimo designou esta missão pra mim?

            _Porque você gosta de esportes e sempre faz ótimos trabalhos com crianças. - Manakel enche o peito e deixa fluir o ar de superioridade. _Ah! – exclamou Harahel. _E porque não temos outro soldado celestial para a função.

            Manakel muda seu ar de “ser” especial para “tapa buraco” enquanto observa Harahel sorrindo como se tivesse vencido uma batalha de stand up.

            _Obrigado pelo incentivo chefia, quando eu começo?

            _Imediatamente! É claro! – Harahel com um largo sorriso bate palma e vira-se retornando de onde viera, desaparecendo em uma névoa que surgira do nada.

            Imediatamente Manakel vai desaparecendo, como se estivesse se desintegrando, ele olha para seus braços e mãos até que tudo desaparece.

                        *

            A manhã é de sol, o clima aquece conforme as horas passam, apesar do Outono estar se iniciando já é possível observar algumas folhas secas de árvores a cair pelas ruas, Regina chega á uma feira livre que tem na rua atrás de sua casa, ela tem pressa, quer chegar rápido em casa para preparar o almoço e terminar umas encomendas de costuras. A feira está bastante movimentada, muitos murmurinhos dos clientes conversando, tentando escolher as melhores frutas e legumes, comerciantes gritando frases feitas, querendo chamar a atenção para seus produtos e um cheirinho delicioso de pastel domina o ar.

            Regina para em frente á uma barraca de peixes, seus filhos adoram sardinha, o produto parece muito bom, exposto em uma bancada com gelo, contudo ela sempre desconfia de produtos frágeis em exposição, uma vez comprou 1kg de pescado e quando chegou em casa estava estragado. Ela fica ali parada olhando na dúvida, o dono da barraca percebe e imediatamente passa a vender seu produto:

            _Bom dia! Minha Senhora! Aproveita que está fresquinho!

            _Estou pensando... – Regina realmente está com dúvidas.

            _Aproveita que o preço está bom, é o mais barato da feira. – O homem baixinho, barrigudo, com um grande bigode e avental encardido de gordura amarrado na cintura e manchado de sangue, insiste.

            _Porque está tão mais barato que nas outras barracas?

            _Bem – O homem excita por um instante. _É que eu trago direto de Santos, peguei ontem á noite com os pescadores, sem intermediários, aí meu custo sai mais barato.

            Regina não se convence totalmente com as explicações dele, mas decide comprar 1Kg da sardinha. Muito feliz o homem pega as sardinhas e vai até a balança, pega uma embalagem para colocar o produto, em seguida entrega á Regina pegando seu dinheiro, enquanto ela espera o troco algo repentino acontece, que a fez dar um salto de susto. Uma mão subitamente surgiu e agarrou sua sacola com as sardinhas.

            _Meu Deus! – Ela gritou como reação ao susto.

            _Calma moça! Não vou rouba-la, estou lhe protegendo.

            Regina fica por alguns instantes olhando aquele homem de estatura média, cabeça oval e nariz avantajado, camiseta branca justa realçando seu porte físico, calça jeans e uma barba rala com cabelos lisos no ombro.

            _Solta minha sacola ou chamarei a polícia! – Regina fala alto com os olhos arregalados.

            _Calma! – Ele solta a sacola. _ Só quero lhe proteger.

            _Como assim? – Ela pergunta enquanto recebe o troco do comerciante.

            _É que a senhora está sendo enganada por este comerciante. – Ele fala com tranquilidade e firmeza.            Os três se entreolharam, ela com expressão assustada, o comerciante com os olhos arregalados e ele com um sorriso de quem tem sempre razão.

            _Como assim? – Regina está desesperada.

            _Senhora! Não dê ouvidos a esse estranho. – O comerciante parece aflito.

            _Enquanto a Senhora, elegantemente se distraia com essa “muvuca” da feira, o senhorzinho aí, do bigode fora de moda, misturou com suas sardinhas frescas, uma porção de sardinhas duvidosas que podem até estar estragadas. – Ele mantém o sorriso no rosto e o ar de superioridade.

            _O quê? – Regina está horrorizada. _Como assim? – Ela fixa os olhos no comerciante que assustado dá um passo atrás, meio sem jeito. _É verdade isso?

            _Claro que é! – Ele responde no lugar do comerciante, pegando a sacola da mão de Regina. _Olha a cara de pau dele, assustado. – Agora ele fala olhando para o comerciante. _Sua cara de babaca assustado já te entregou. – Ele abre a embalagem das sardinhas e pede para Regina cheirar.

            A mulher meio sem jeito e com medo do que poderia acontecer se aproxima lentamente fazendo careta mesmo antes de sentir qualquer coisa, quando está próxima o suficiente ela cheira e passa mal, seu rosto fica verde, seu estômago embrulha, sua cabeça roda e só não cai atordoada porque ele a segura em seus braços. Ele a leva para trás da barraca e a coloca sentada em um banquinho, lhe serve um copo de água e ela vai se recuperando.

            _Que cheiro horrível! – Ela olha para o comerciante que está com cara de besta. _O senhor mentiu pra mim e ia me vender sardinhas estragadas!

            _Senhora! – O comerciante tenta se explicar. _Eu não sabia.

            _Ah! Tá bom! Inventa outra. – O bom sujeito acusa o comerciante com cinismo.

            _Olha senhora! Devolvo seu dinheiro e jogo estas sardinhas estragadas fora. – O comerciante tenta reparar aquela situação.

            _Tá bom bigodão, toma juízo ou da próxima vez vou chamar a fiscalização sanitária. – Ele ameaça o comerciante enquanto ajuda Regina a se levantar. _Vamos senhora, tem uma barraca mais à frente que é de confiança.       Enquanto eles vão se afastando, o bom rapaz olha para trás e pisca o olho para o comerciante que retribui com uma piscada meio torta, fechando os dois olhos e com um sorriso de leve no bigodão, de quem fez seu papel de comparsa.

            O casal anda alguns metros pela feira, Regina ainda um pouco atordoada, não pelo odor fétido das sardinhas, mas pelo que havia acontecido, não sabia exatamente o que pensar, queria apenas ir para casa. De repente eles param em frente à outra barraca de peixes.

            _Não! Por favor! – Regina passa mal só de ver mais peixes em sua frente. _Não poderei ver peixes por um longo tempo.

            _Ora! Que isso! – Ele tenta fazê-la mudar de ideia. _Vamos! Se você ia comprar é porque estava com vontade ou há alguém te esperando em casa que gosta.

            _Sim, meus filhos adoram, eu também gosto, mas perdi a vontade, não vou nem conseguir preparar para eles.

            _Te entendo perfeitamente, mas isso vai passar. – Ele tenta convencê-la. _Você pode comprar e congelar, depois que tudo passar você descongela e faz.

            _Mas quem é você afinal? – Ela fica perplexa por alguns instantes.

            _Está bem! – Ele olha para os lados meio sem jeito. _Eu vou te contar a verdade.

            _Por favor! É o mínimo. – Regina parece estar indignada com tantos acontecimentos seguidos.

            _Calma, não se zangue comigo.

            _Diga logo o que está acontecendo senão vou gritar no meio da feira pedindo socorro.

            _Tudo bem! Acalme-se! – Manakel percebe que não dá para ficar enrolando. _Eu sou um primo distante de Rodrigo, por parte de pai.

            _Primo? – Ele nunca mencionou nada sobre primo algum, aliás, ele disse que não conhecia a família do pai. – Ela está confusa.

            _É, eu sei, a última vez que nos vimos devíamos ter uns quatro ou cinco anos de idade, realmente muito pouco para podermos nos lembrar.

            Regina ainda confusa:

            _Certo, tudo bem, mas o que você quer e como me encontrou aqui?

            _Encontra-la demorou um tempão, sabia que estavam em São Paulo, a partir daí fui perguntando para um para outro até chegar à sua rua, no seu endereço. – Ele coça a cabeça e observa a mulher cada vez mais confusa. _ Eu te vi sair de casa e fiquei sem graça de chegar em você, sem mais nem menos e estava procurando o melhor momento, quando vi o bigodão tentando te enrolar. – Manakel tentou resumir ao máximo e pretendia mudar de assunto o quanto antes. _Bom resumindo foi isso, sou apenas um amigo que estava passando e vi o que houve, tentei ajudar e só. – Ele tenta ser cordial para conquistar a confiança dela. _Vamos fazer o seguinte, esquece tudo isso e vamos comer um pastel. – Ele fala com sorriso no rosto. _O que acha?

            _Está bem, aceito. – Ela aceita o convite sorrindo. _Minha cabeça está rodando como um pião, quem sabe comer algo me ajude a relaxar?

            Na barraca de pastéis são atendidos por uma simpática família de orientais, e o pastel era sensacional.

            _De onde você é? – Regina quer conhecer o homem misterioso.

            _Sou de muito longe. – Ele vai ter que fazer algo contrário a sua natureza, mas que sempre era feito para poder ajudar as pessoas, mentir, afinal os meios justificariam o fim e somente anjos da guarda em situações semelhantes a estas, tinham permissão para cometer tal pecado. _Vim a trabalho com a esperança que meu primo possa me ajudar.

            _Que azar o seu! – Regina acaba sendo irônica.

            _Não entendi seu comentário.

            _É que faz alguns dias que Rodrigo nos deixou, foi embora pra nunca mais voltar e deixou o trabalho também.

            _Mas assim como vou conseguir que ele me ajude? – Gabriel tenta mostrar surpresa e o comentário o deixa parecer meio bobo.

            _É! Se depender do cretino do seu primo, você está ferrado. _Ela fala com certa raiva do ex-marido.

            _Não deve estar sendo fácil para você não é?

            _Não, não está, pior ainda para as crianças, mas iremos superar, já passamos por momentos difíceis antes.

            _Tudo bem. – Ele tenta se mostrar calmo, mas a intenção é que ela se interesse em ajudá-lo. _Logo consigo algo e tudo se resolve. – Ele fala olhando de canto de olho para ver a reação dela.

            _Mas você alugou casa? Onde está hospedado?

            _Estou em um hotel aqui perto, tenho recursos para ficar lá até o fim dessa semana. – Ele vai tentando acalma-la, mas de forma que ela se comova com sua situação. _Acredito que conseguirei trabalho logo.

            _O que você faz?

            _Sou carpinteiro, mas faço de tudo, gosto de reformar as coisas, consertar.

            _Que legal! Você parece ser um bom homem.

            _Obrigado.

_Diferente de seu primo. - Regina fala com rancor, mas tenta se mostrar gentil com o parente que acabara de conhecer. _Posso te convidar para almoçar em casa? – Ela parece não acreditar no que disse, chamar um estranho, que acabara de conhecer para ir a sua casa, porém algo nele era diferente e cativante, trata-se de outro recurso celestial, um fator intangível que influencia os humanos em suas decisões.

            _Eu aceito com uma condição.

            _Qual?

            _Que você deixe que eu prepare as sardinhas, quero que coma uma sardinha saborosa e esqueça o que houve hoje.

            _Deixo você preparar, mas não garanto que comerei.

            _Fechado então, vamos passar na barraca de peixes antes de irmos.

            Eles terminam de comer os pastéis deliciosos, compram as sardinhas de boa qualidade, Regina ainda compra algumas frutas, legumes e verduras. Ele pede a ela que não se esqueça de levar alguns limões para temperar as sardinhas.

            Um tempo mais tarde estão na casa de Regina, ela o auxilia no preparo dos peixes mesmo ainda tendo certa aversão ao olha-los e lembrar-se da péssima experiência vivida na feira, quando a Kombi do tio Zé toca a buzina três vezes, em instantes, Thomaz surge na cozinha e imediatamente fica com uma expressão de surpresa no rosto ao ver aquele homem estranho em sua casa.

            _Oi filho! – Regina parece estar feliz e entusiasmada, de alguma forma o homem estava melhorando o astral dela. _Como foi na escola?

            _Tudo bem mãe, nada de novo. – Tom está curioso e faz um gesto com os olhos como se perguntasse quem era o estranho. _E aqui? Alguma novidade?

            _Ah! – Meio sem jeito limpando as mãos no avental ela apresenta os rapazes. _Thomaz este é o ... – Uma dúvida surge no ar, até aquele momento ela não tinha perguntado o nome do bom samaritano, ficou ali esperando uma resposta dele, tentando disfarçar que já sabia para que seu filho não pensasse nada negativo dela. ...é o...

            _Gabriel! – Ele rapidamente se apresentou ao garoto e salvou a mãe daquela situação incômoda. _Sou um amigo e fui convidado para almoçar, resolvi ajudar preparando as sardinhas.

            _Ah! Legal! – Thomaz está meio que sem entender direito, afinal que amigo era esse que nunca tinha visto antes. _Eu vou subir e me trocar. – O garoto fala com ar de desconfiança.

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