Capítulo 5

"Sebastian Wolker "

Depois da morte de Olívia fiquei sem reação, ainda não acredito que isso aconteceu, estou sentado no banco do carro a alguns minutos enquanto espero Diogo voltar.

Ele cismou que pode ter alguma pista no quarto que pode nos levar até o assassino ou pelo menos nos dar uma luz do que pode ter ocorrido naquele quarto.

Enquanto isso meu filho dorme no banco de trás, meus pensamentos estão no que fazer agora, pego o celular e então lembro o que o desgraçado disse na ligação -" ...mas então o que você faria se descobrisse que sua amada não passa de uma vadia traidora..."- aquela frase não sai da minha cabeça.

Será que Olívia é uma traidora ou infiltrada? Meu deus eu estou ficando louco e nem mesmo avisei meu pai sobre o que aconteceu e já estou formando teorias do que pode ter acontecido com ela.

Fiz a senha no celular, quando a tela desbloqueia vejo a foto de Olivia e é meu peito dói, disco o contato do meu pai, no automático liguei, dois toques e meu pai atendeu:

-Pai, mataram a Olívia, não foi nada bonito. Temos que fazer uma reunião chego em Molrens em duas horas. -escuto ele dizer que Diogo já havia o avisado, ou melhor havia mandado George seu melhor amigo para o avisar e ele estava na sede fazendo uma reunião com alguns dos hackers para verificar as câmeras de segurança do corredor do hotel.

-Está tudo bem. Explico tudo quando chegar aí. Tome cuidado. -falo depois de ouvir sua explicações sobre as câmeras do hotel.

Desligo o telefone e encosto minha cabeça no banco de couro, suspiro e fecho os olhos. O que vou fazer agora, não vou me deprimir, e sim pegar esse desgraçado e acabar com ele.

A partir de agora serei meu filho, eu e minha família, sem essa historinha do meu pai de que tenho que me casar, não quero que isso ocorra novamente, nunca mais, essa será minha meta a partir de agora. Vingança.

                               ⭐🌟⭐

 "Laura"

Assim que sai do carro meus olhos se arregalam, meu Deus que casa é essa, não pera casa não, mansão.

Nunca havia visto algo mais lindo que isso, a fachada da mansão é tão linda que me tira o fôlego, há várias janelas na frente e conforme vamos subindo os degraus que tem na frente pode se ver um jardim e mais lá atrás uma piscina enorme.

A porta é de uma madeira escura e têm dois vasos ao lado direito onde tem uma janela enorme que é escura e não dá para se ver nada dentro.

Parei um tempo admirada se não é o chamado de Maila nem teria me tocado que ela já estava abrindo a porta sorrindo e me convidando a entrar, segui até lá e quando entrei estanquei no lugar, tem seis pares de olhos em mim, sorrio tímida e abaixo a cabeça com vergonha.

-Gente essa é a Laura, ela que livrou minha bunda de um tiro hoje. -me apresentou Maila toda doida.

-Oh, então você salvou minha bebê. Tenho muito á te agradecer. -diz uma mulher linda e arregalo os olhos, ela parece tão jovem pra ser mãe de Maila, avaliei um pouco ao redor e sem me dar conta.

-Você é a mãe da Maila? Meu Deus! -falei.

Sem ter onde enfiar a cara de vergonha dou uma risada nervosa, em seguida sinto as bochechas ficando quentes por ter praticamente gritado.

Então vi todos rirem senti minha bochechas corarem ainda mais e minhas orelhas quentes, dei um passo atrás esbarrando em alguém, dou um pulo para o lado desviando da pessoa.

-Deveria olhar por onde anda. -diz uma voz rouca que me fez arrepiar dos pés a cabeça, me viro e quase tenho um treco, que Deus grego é esse, com certeza estou quase babando. Me afasto já formando um pedido de desculpas para a beldade.

-Me descul...-ia dizendo quando ele me cortou rapido e frio.

-Mãe poderia vir até o carro pegar o Lian por favor. Ele dormiu durante o voo todo, acho que foi o calmante, não quis tentar pegar ele do jeito que estou. -olho atentamente para ele e não noto nada de errado, encaro seus olhos azuis, percebo a dor, tristeza é angústia presentes ali.

-Claro meu filho, vamos até lá. -os dois saem pela grande porta e fico lá parada chocada com o que acabou de acontecer.

Como é possível alguém ser tão lindo e ao mesmo tempo tão mau educado, fechei a cara e me virei para as outras pessoas que estavam sentadas na sala que por sinal é  bem elegante e muito linda.

Olho para Maick que sorri pra mim, me aproximo dele ficando parada olhando para o nada, minha mente vagava sem rumo para minha irmã e amiga Olivia que não deu notícias desde que saiu daqui em viajem.

Meus pensamentos estão naquela voz também, como se eu já tivesse ouvido antes em algum lugar, aquele olhar duro também me lembra alguem, os cabelos escuros como o do senhor que havia visto mais cedo, antes de passar na lanchonete com Maila e Maick, a única diferença dos dois é que o outro tem barba e uns fios brancos em meio aos pretos. Mas mesmo assim algo nesse homem que acabo de ver me é familiar, mesmo que não me lembre agora irei lembrar depois.

Os dois homens, o mais velho e o que vi agora são muito parecidos, no modo de falar e seu porte de deus de tudo e todos, suspirei por lembrar como fui ignorada, pelo gato, mas bola que segue.

Sou desperta dos meus pensamentos quando ouço um choro e vejo quando a mãe de Maila que não sei o nome entra pela porta com um menininho no colo.

Sorrio me aproximando devagar, ela está tendo dificuldades de lidar com o garotinho de olhos azuis e cabelos negros como a noite.

-Olá pequenino, você não deveria chorar assim. Logo seu pai volta e você pode ficar com ele. -falo como se eu soubesse o que falo sobre os outros.

Por incrível que pareça ele para de chorar e me olha com os olhinhos cheios de lágrimas e um bico de dar dó.

-Papai dize qui num ia me dexa. -me impressiono, sua voz é fofa, mesmo ele aparentando não saber falar ele sabe, mas sorri ainda mais vendo seu bico aumentar.

-Ele deve ter algo importante pra fazer, enquanto isso poderíamos brincar que tal? -me ofereci.

A mãe de Maila me olha com cara de surpresa, eu me dou bem com crianças e idosos, muito raramente consigo conversar com pessoas da minha idade por esse mesmo motivo.

-Está bom. -ele diz enquanto funga e esfrega os olhos para secar as lágrimas.

-Posso pegar ele pra brincar senhora. Assim você pode conversar melhor com Maila sobre o ocorrido de mais cedo. -olho para ela, que estampa um lindo sorriso no rosto.

-Vou m****r Jenn buscar alguns brinquedos para vocês. -estendi meus braços para ele que veio em meu colo sem nenhum problema.

A mãe de Maila nos leva para um canto perto da grande escada que nem tinha reparado mas é tão linda quanto o reto da casa na mesma madeira escura da porta.

Quando olho tem um lugar ali que parece ser onde ele brinca, tem um carpete acolchoado colorido e uma porta bem ao lado, deve ser algum quartinho.

 -Vou pedir a jenn e logo os brinquedos vão estar aqui. -a mulher bonita fala com seu porte elegante e começa a sair.

 -Está bem. -fui ao carpete e coloquei o menininho e comecei a pensar o que faria agora, nem sei se a mulher me escutou.

-Como é seu nome pequenino? -início uma conversa com ele enquanto os brinquedos não chegam.

-Lian. E o xeu? -o jeito que ele pronuncia as palavras é engraçado, fica faltando letras e sai de forma engraçada.

-Eu sou a Laura. Muito prazer em te conhecer. -digo sorrindo para ele que também sorri para mim.

-Aqui estão os brinquedos. -uma moça que parece ter pouco menos da minha idade diz me entregando uma caixa pequena com alguns ursos e coisas de montar.

Jogo tudo no carpete e Lian começa a me apresentar os brinquedos que estão ali na casa da avó, para cada um tem um nome e é dia que ganhou.

Quando me dei por mim estava brincando com um garotinho que nem conhecia, na casa de desconhecidos, com roupa de limpeza que agora é uma blusa branca, uma calça larga na cor amarelo limão, e a bota de limpeza, a jaqueta deixei no carro de Maick, nem sei que rumo tomar agora.

Só quero brincar com esse garotinho lindo e encantador que fala animadamente sobre os brinquedos na casa do pai e dos da casa dos tios e tias.

                                 ⭐🌟⭐

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