Uma palavrinha sobre o livro

           Minha mãe faleceu sem ler meu primeiro livro, Rua de Pedra em Sépia. Gostaria muito que ela tivesse lido este que você tem em mãos, mas não houve tempo. É na dor que a gente aprende algumas coisas que só parecem óbvias depois do fato. Aí não tem mais volta. E as lembranças vão e voltam, e a gente se cobra e se cobra e se cobra, sem parar. Talvez tudo ocorra para que possamos evoluir. Talvez seja tudo muito fortuito. Não sei. Espero que haja algum sentido nisso tudo, pois, se não tiver, ficarei bem decepcionado.

            Enfim, eis aqui um livro cuja história começa a partir de uma sensação estranha que tive quando parei numa lanchonete de beira de estrada, com minha família. Assim que a família de Solomon vai ao banheiro feminino, ele tem a nítida sensação de que elas, Diane e Niara, nunca existiram. Aí começa a sua aventura, a sua jornada. Em busca de sua família, em busca de si. Mundos paralelos, oscilações magnéticas, outros planos...

            Tente Outra Vez foi escrito em poucos meses, diferente de Rua de Pedra, que se arrastou por três anos. É uma história três vezes menor que o Rua, com uma linguagem mais simples e direta, e com objetivos bem diferentes. A ideia inicial nunca foi a de passar uma "mensagem", mas alguns leitores o veem dessa forma: como um livro que transmite algo. Leitor, leitora, acompanhe a caminhada de Solomon por um mundo que já não lhe pertence mais. Divirta-se ou irrite-se com o amigo que tenta guiá-lo nessa nova fase: Amit, um velho falastrão com um sorriso enviesado sempre pronto para torturar nosso protagonista.

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