#8 - O cerco se fecha

Lagoa, 5:15AM

Luiz Esteves atendeu ao telefone antes do segundo toque. O coração disparado. Poderiam ser notícias. Algo sobre Mari. Ou sobre seu corpo. Stella, dopada, dormia. Ele passava as noites em claro, na varanda.

— Alô.

— Tio Esteves.

— Otávio?!

— Tio... levei um tiro.

O coração do coronel disparou. Vivico era amigo de sua filha desde moleque. Estava no mau caminho. Mas era como um filho.

— Onde está?

— No apê da Mari... — a voz era chorosa, fraca — tio... eu tô morrendo...

Zona da Mata, Minas Gerais, 6:00AM

Dib cobriu Mari com a manta. As olheiras dela estavam evidentes. Não tinham dormido. Haviam passado a noite ali, na varanda. Ele tocou violão até os dedos doerem. Ela tinha escutado. Quieta. Calada. A cabeça no seu ombro. Tinha

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