Capítulo 3

Me virei para olhá-lo e ele me encarava.

Caminhou até a varanda do quarto e eu fui em seguida, ele tirou o seu paletó preto e a gravata também jogando em cima de um sofá que havia na varanda.


- É assim que você deve se vestir todas noites… disse ele.

- Sim chefe… eu disse.

- Logo você se acostuma… escute não vai mais acontecer o que aconteceu hoje, eu não quero o rosto das minhas garotas marcados.

- Sim chefe…

- Venha aqui… disse ele.


Me aproximei e ele pegou no outro lado de meu rosto e ficou olhando com atenção.


- A maquiagem esconde bem…

- Sim… Eu disse olhando pra ele, com um olhar meigo, ele me encarou mas depois se afastou rapidamente de mim.

- É… eu vou dá um jeito de resolver o seu problema…

- Que problema? Perguntei.

- De ser virgem…

- Isso é um problema tão grande assim? Perguntei.

- Sim, eu não sou romântico, não pense que vai ser a “primeira vez dos sonhos”.

- Talvez… Eu… não queira que seja sonho… eu disse olhando pro lado.

- Que? Está me respondendo? Disse ele ele se aproximando novamente.

- Não chefe… apenas disse o que pensei.

- Pois me pareceu… não me provoque ou eu lhe castigo.

- Como? Perguntei com um medo imenso dele me mostrar como, mas precisava ser ousada.

- Ah, você está sim provocando… ele disse pegando meus cabelos na nuca e apertando.


Eu apertei um pouco os olhos pois doeu, ele soltou devagar meus cabelos e passou os dedos pela minha boca.


- Cuidado com o que você fala Manuela…

- Não posso falar o que penso? Perguntei.

- Não pode! Aqui quem fala sou eu! Ele disse firme.

- E fazer, você faz? Perguntei sem pensar mas logo me arrependi.


Com raiva ele pegou novamente em meus cabelos.


- Merece um tapa, mas não quero estragar seu rostinho… disse ele bem próximo de mim.

- Aí! Sussurro…

- Está querendo o que garota? Perguntou ele.

- Se eu disser o senhor me castiga.

- Diga, eu te autorizo.

- Estou querendo você… eu disse encarando ele.

- Está de joguinho comigo não está? Eu não tiro a virgindade de ninguém, não sou delicado.

- Não chefe, não é joguinho, eu apenas queria que fosse o senhor a me ensinar.

- Isso não vai funcionar, sua safada, não caio nessas histórias.

- Se me permite eu queria falar o que penso de novo…

- Fale, eu permito.

- Acho que o Senhor não deveria deixar alguém ter a mulher que escolheu primeiro, o senhor deveria ser o primeiro, não acha?

- Sua abusada, é isso que você quer? Vou te dá então.


Ele me pegou pela cintura e lascou um beijo violento, os lábios dele devoravam os meus, até doeu um pouco o meu machucado, mas eu não podia esquivar, tinha que deixar… me empurrando para dentro ele me jogou na cama, tirou sua camisa e logo estava em cima de mim tirando meu vestido me deixando somente de lingerie, seus lábios beijavam e chupavam meu pescoço enquanto suas mãos deslizavam sobre meu corpo…Confesso eu estava gostando daquilo, meu corpo queimava… ele se levantou tirando o cinto da calça, depois a calça e por fim a cueca. Seu membro já estava ereto e como era grande, fiquei apavorada, com toda certeza ele vai me machucar, mas não dá mais pra recuar, pegando uma camisinha no bolso da calça ele colocou e novamente veio pra cima de mim, se livrou logo da minha lingerie me deixando nua e ficou admirando o meu corpo por alguns segundos, eu estava morrendo de vergonha, os dedos dele deslizavam em meus seios, descendo pela barriga, passando entre as minhas pernas, eu dei um leve suspiro, ele abriu as minhas pernas e se encaixou em mim, e começando a penetrar ele me puxou com tudo pra ele, eu gemi alto de dor, ele fez pra machucar, eu senti todo prazer dentro de mim se desfazer… até uma lágrima caiu dos meus olhos. A medida que ele ia penetrando eu senti mais dor, pois não havia rompido ainda, ele não era nada delicado, me segurava com muita força, e ia cada vez mais rápido e com mais força, eu precisava aguentar aquilo… como eu podia ter pensado que seria diferente? A dor não era suportável, eu chorava em silêncio tentando não demonstrar, assim que ele me rompeu começou a ir mais e mais rápido, eu juro não sentia o prazer que senti quando começamos, depois dele não aguentar chegou ao seu auge e se levantou indo pro banheiro.

Eu eu fiquei deitada ali sem me mexer, meu coração doía, eu queria ser engolida pela terra naquele momento, foi horrível pra mim, eu sangrei, meu corpo estava imóvel, eu sentia dor, só consegui me encolher na cama e puxar um pedaço do lençol cobrindo meus seios e partes íntimas. As lágrimas escorriam.

Ele voltou do banheiro, pegou sua cueca e calça e vestiu novamente.


- Eu disse que não seria do jeito que você estava imaginando… Ele disse arrumando cinto de sua calça.

Eu não disse nada, continuei imóvel, encolhida e de olhos fechados.

- Se levante, tome banho, se vista e volte pra cama… Eu já volto.


Ele dizia abotoando os botões de sua blusa e saindo do quarto.

Reuni forças pra levantar e ir até o banheiro, liguei o chuveiro e entrei, sentei no chão do box e fiquei ali chorando por uns 10 minutos, estava arrasada, como pode um homem tratar uma mulher assim, ter prazer em machucá-la, não sentir nada além de se satisfazer? Ele era mesmo um homem frio e sem coração, eu jamais me apaixonaria por um homem assim.

Depois de ficar ali um tempo, me levantei, terminei o banho, coloquei a camisola e voltei pro quarto, os lençóis da cama já haviam sido trocados. Me sentei na cama e fiquei esperando.

Depois de minutos ele voltou, entrou no  todo suado e sem camisa, foi direto pro banheiro e depois de um tempo voltou só vestindo uma cueca box preta.


- Deita… ele disse e eu me deitei.


Você precisa se entregar mais se não quiser que eu vá transar com a Marisol toda vez que terminar de transar com você… ele disse se deitando.

Em silêncio eu permaneci, mas eu juro que aquilo doeu.

- Durma, amanhã você vai sair comigo…Ele disse.


Me virei para o lado dando as costas pra ele, me cobri e fechei os olhos tentando não chorar, não podia deixar que o que ele disse me fizesse sofrer, o que ele fez já foi o suficiente.

Sentia sua respiração em meu pescoço, bem próxima, mas logo se afastou.


Bernardo.

Manuela… essa garota me confunde, não é como as outras que tenho, não é como a Marisol, ela tem algo que me atrai além de seu corpo escultural, seus lábios carnudos e seus cabelos longos e negros… mais isso comigo não rola, sentimento não é minha praia, eu não gosto de ninguém, eu só quero me satisfazer e é pra isso que tenho elas… Quando criei a minha casa de luxo eu estava pensando nos homens que querem apenas diversão, prazer, tesão sem compromisso, as mulheres são feitas para isso, não para dominar a vida de um homem, nenhuma mulher vai me dominar, eu não vou permitir, essa garota, Manuela, quis jogar comigo ontem, mas eu tratei de ensinar a ela uma lição, comigo não se brinca… apesar de tudo ela permaneceu calada e submissa a mim, que intrigante, com Jonas ela resistiu e muito, mas comigo ela não exitou mesmo não estando bom para ela. Enfim… problema dela, ela foi dada a mim como pagamento, me pertence e vai ser minha até eu enjoar.

De manhã bem cedo eu levantei e tratei de me arrumar para vários compromissos que eu teria hoje.

Manuela dormia ainda, sua expressão era de está com dor, seu travesseiro estava molhado, havia chorado na madrugada.

Me aproximei tirando seu cabelo de seu rosto.


- Manuela acorde… eu disse.

Porque aquela expressão me preocupava, machuquei demais essa menina? Estava doendo tanto assim?

- Manuela! Eu disse um pouco mais alto e ela despertou me olhando.

- Sim chefe… disse sonolenta.

- Está bem? Sente algo?

- Um pouco de dor… ela disse.

- Dor? Onde?

Ela ficou em silêncio e sem jeito.

- Já entendi… eu vou pedir ao médico da casa que venha ver você.

- Não precisa, vou melhorar…

- É uma ordem, ele vem, quero você 100%.

- OK chefe… ela disse se sentando com um pouco de dificuldade fazendo expressões de dor.

Fui até o telefone e pedi para Marisol vir ao quarto… depois de minutos ela chegou.

- Bom dia chefinho, o que precisa?

- Chame o médico, peça que ele venha aqui, Manuela está com um problema.

- Sim chefinho, mas o que ela tem?

- Coisas de mulher… vá, chame o doutor e depois se arrume, vai sair comigo, já que ela não pode.

- Com prazer chefinho… ela disse saindo.

Voltei para cama e me sentei.

- Você quem procurou isso, espero que tenha aprendido a lição.

- Aprendi chefe… ela disse.

- Quando eu quiser você não se prenda, vai doer menos.

- Eu não estava me prendendo, o senhor... Ela se interrompeu… Desculpe.

- Fale, quero ouvir.

- O senhor fez de propósito, eu estava gostando…

- Fiz isso para que você veja que comigo será apenas sexo, prazer, desejo, tesão, jamais será amor Manuela, não espere isso de mim, jamais, me preocupo com você apenas porque te quero bem pra me satisfazer e mais nada, não pense que pode jogar comigo, eu mando aqui e não você, você é minha e eu eu faço com você o que eu quero, não o que você quer que eu faça.

- Certo chefe… ela disse sem exitar.


Fiquei a encarando por um tempo, aqueles olhos negros, aquele olhar misterioso, ela pensa que eu sou bobo, eu sei que ela quer fugir daqui e só quer me manipular pra isso, eu não vou cair no jogo dela.

O médico veio e eu saí do quarto, fui para a cozinha e tomei um café preto bem forte.


- Estou pronta chefinho… disse Marisol vindo até mim.

- Perfeito, só vou esperar o médico e nós vamos.

- Está preocupado com ela?

- Está me questionando? Disse firme.

- Não chefinho, desculpe.

- Não que seja da sua conta, mas estou pois ela é um instrumento do meu prazer.

- E eu, não satisfaço mais você?

- Sem drama Marisol, tome café e espere em silêncio por favor.

- Sim chefinho… disse ela.


Confesso, Marisol é melhor calada e na cama, acho que já estou com ela a tanto tempo que ela pensa ser somente a única, mas não, eu tenho outras nas outras duas casas de luxo que possuo, aqui agora tenho a Manuela… se ela me irritar, dispenso ela pra outras casas, de amigos meus.

Subi novamente para o quarto e bati na porta antes de entrar, o médico abriu e entrei.


- Então doutor, o que tem ela?


Ele me explicou tudo, disse que eu tinha forçado demais a relação e que acabei machucando ela, por ela ser virgem eu teria que ir com calma na primeira penetração, mas eu fui com tudo, disse que ela teria que ficar umas duas ou três semanas sem ter relações, o que me deixou com muita raiva, mas eu não podia tentar novamente e acabar machucando ainda mais e provocando algo pior, então tive que engolir. Passou remédios para que ela colocasse e disse que se seguisse o que ele recomendou ficaria boa em duas semanas.


- Ok doutor, obrigado e pode ir… eu disse olhando para Manuela que me olhava com aqueles olhos de gueixa.

- Eu disse que você tinha sido rude demais… disse ela.

- Está me repreendendo? Perguntei chegando mais perto.

- Não, mas é a verdade.

- Eu já disse, não diga sua opinião sem que eu permita… trate de fazer o que o médico mandou, não quero esperar muito tempo para ter você de novo.

- Sim senhor…

- Fique na cama, vou m****r alguém lhe servir, a noite me espere.


Ela afirmou com a cabeça.

Sai do quarto, desci e sai com Marisol, tinha muitas coisas pra resolver hoje.

Leia este capítulo gratuitamente no aplicativo >

Capítulos relacionados

Último capítulo