Capítulo 5

Théo

Quando percebi que aquele imbecil colocou droga na bebida da Catarina, dei um soco nele e segurei Catarina. Ela desmaiou em meus braços e não pensei duas vezes em trazê-la para minha casa.


Coloquei ela deitada em minha cama e ela começou a falar coisas desconexas, quando começou a vomitar e se engasgar com seu próprio vômito. Corri e a carreguei para o banheiro, tirei sua roupa a deixando só de lingerie e dei um banho nela, pela primeira vez, não olhei pra uma mulher quase nua no meu colo, só me preocupei em cuidar dela. A peguei no colo e levei de volta para a cama. A cobri, peguei uma coberta e um travesseiro e fui dormir na sala. Adormeci em poucos minutos.


Acordei e fui até o quarto, dando de cara com uma Catarina confusa e de olhos arregalados quando me vê.


- Bom dia, está melhor?! - Pergunto e ela franze o cenho.


- O que eu estou fazendo aqui?! A gente.. é.. é ?!


- Não Catarina, a gente não transou.


Ela dá um suspiro de alívio. E a olho magoado.


- Seria tão ruim assim a gente transar?!


- Claro que seria, eu tenho um namorado e você me odeia. É, o que aconteceu?!


- An. Você foi drogada e te trouxe pra minha

 casa.

- Como assim DROGADA? Aquele filho da puta do Caíque me drogou? Eu não acredito nisso. — Se levanta e fica tonta.


- Ei, calma, a droga ainda tá no seu organismo. Eu fiz café e se você quiser comer alguma coisa é só pedir.


Ela me olha confusa e cruza os braços.


- Hum. Não, preciso ir pra casa. Não vou ficar na casa de uma pessoa que conheço a poucos dias. Você pode ser um maníaco. Sei lá.


- Sério Catarina? Eu te trouxe pra minha casa, cuidei de você e você ainda acha que sou um doido?


- Tá legal. Desculpa e obrigado —

Eu me sento na cama e suspiro.


- Olha, me desculpa pelo que eu disse pra você aquele dia na corrida. Eu estava errado sobre você. A gente pode tentar, sei lá, ser amigos?!


Pergunto e levanto minha mão. Ela fica encarando por muito tempo e se levanta da cama, quando ela percebe que está só de lingerie, volta correndo e se embrulha.


- Obrigada por cuidar de mim Théo, de verdade. Eu tenho que ir, pode dar licença pra eu vestir minha roupa?


- É, quanto a isso, acho que você vai ter que vestir uma roupa minha, as suas estão na máquina de lavar. - digo coçando a cabeça.


- An. Tá.


Me levanto e pego uma camiseta do imagine dragons, minha banda favorita e pego também uma jaqueta de couro, pois o tempo está frio lá fora.


- Toma, vista e eu te encontro na cozinha para você tomar alguma coisa. - Digo e saio, a dando privacidade.


Depois de um tempo Catarina volta, com a minha camiseta, a jaqueta de couro e o cabelo arrumado. Olho pras suas pernas e praguejo mentalmente. A garota é uma gostosa. E ficou ainda mais gostosa com as minhas roupas. Ela tem as coxas grossas e com certeza aqueles seios cabem perfeitamente em minha mão, e a boca rosada, me dá vontade de morder e provar como se fosse um maldito doce. Ela inteira deve ser doce.

"Para com isso Théo, você está agindo como um adolescente cheio de hormônios". Meu sub inconsciente ralha. Saio dos meus devaneios ao escutar a voz doce.


- Já vou indo. Meus pais devem estar preocupados comigo. E a Amanda, aquela ingrata também.


- Tudo bem, é, sua amiga levou seu carro pro Apartamento dela, ela ligou no seu celular e atendi. Me desculpa por isso.


- Não. Tudo bem. Eu vou pegar um Uber então.


- Eu posso levar você até o apartamento dela e você pega o seu carro.


- Não precisa. Muito obrigado Théo. Adeus.


Ela sai do apartamento e caio no sofá. Meu celular começa a tocar e vejo o nome de Ingrid piscar na tela. Desligo e me deito. Não quero as reclamações de Ingrid no pé do meu ouvido. Ela não entende que o que temos não é nada. Mulher nenhuma nunca vai me prender. Já deixei isso acontecer e virou uma bagunça que quero esquecer. Levanto, me arrumo e sigo para a oficina, hoje tem muita coisa pra fazer.


Depois de passar o dia inteiro desmontando e montando carros, decido fechar a oficina e ir pra casa. Entro no escritório e alguém me chama. Vejo que é Pedro e me levanto.


- E aí cara, me conta tudo de ontem. Pegou a morena gostosa? - Diz se sentando.


- Para de ser uma velha fofoqueira, não acredito que veio aqui só pra me perguntar isso! — Digo indignado.


Pedro é o meu melhor amigo, nos conhecemos quando eu fazia faculdade de Engenharia mecânica, ele era um nerd e eu o bad boy que matava aula pra foder com alguma menina atrás da faculdade. Ele se formou o ano passado e eu tive que trancar por causa de problemas familiares. Apesar de tudo eu amava a engenharia. E era um bom aluno.


- Tá legal. Não está mais aqui quem falou. Amanhã vai ter uma resenha lá em casa, quero que você vá. Eu tô conhecendo uma mina e queria te apresentar ela.


- Uau, o nerd pegador, resolveu sossegar? Ela é bonita? Legal?  - Sorrio.


- A gente só está se conhecendo, SÓ isso. Agora quem tá sendo a velha fofoqueira?! Te vejo amanhã. - Diz saindo e sorrio.

Meu amigo sempre foi um romântico, mas depois de uma decepção amorosa, ele se fechou e virou o Théo 2.0, pegador e desapegado. Resolvo ir pra casa. Abro a porta e dou de cara com quem não gostaria de ver.


Ingrid estava sentada só de lingerie no meu sofá. Arqueei uma sobrancelha e fui logo perguntando.


- Como você entrou aqui? E o que está fazendo aqui?


Ela se levanta e passa as unhas em meu braço, antes eu sentiria um arrepio, hoje não sinto nada. Ela é gostosa, uma boa foda, mas tá querendo uma coisa que não quero.


- Vim te ver, você não atende minhas ligações amor. - Fala manhosa.


Tiro suas mãos de cima de mim, olho dentro dos olhos dela e falo.


- Olha Ingrid foi bom o que rolou com a gente, mas isso que você quer, eu não posso te dar. Eu não sou projeto de relacionamento. Eu não quero me amarrar a ninguém. Sou solto. Livre.


- Eu achei que você gostasse de mim. VOCÊ TÁ TERMINANDO COMIGO? — Grita.


- A gente não tem nada, para terminamos. Mas se você quer ir por esse lado, sim, eu estou terminando com você. Agora por favor dá licença da minha casa!?

Ela se levanta e vai pra porta gritando.

- Você vai se arrepender disso Théo. E vai voltar implorando por mim. — bate a porta e eu suspiro. Me livrei de uma doida.

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